sexta-feira, 24 de março de 2023

HUMILDADE E AGRADECIMENTO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIKRÁ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Matania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAYIKRÁ



         São Paulo: 17h53                  Rio de Janeiro: 17h40 

Belo Horizonte: 17h42                  Jerusalém: 17h17
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MENSAGEM DA PARASHÁ VAYIKRÁ

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYIKRÁ
  • D'us chama Moshé
  • D'us ensina a Moshé as regras gerais dos Korbanót
  • Korban de gado, rebanho e pássaros (Olá)
  • Oferenda de farinha - Oblação (Minchá).
  • Oferenda cozida, da frigideira, frita na panela.
  • Pacto de sal
  • Oferenda dos primeiros grãos (Bikurim).
  • Oferendas de Pazes de gado, rebanho e cabras (Shelamim).
  • Oferendas de Pecado para o Cohen Gadol, Comunidade, Rei, Indivíduos comuns (Chatat).
  • Cordeiros como Oferendas de Pecado (Chatat).
  • Oferenda de Culpa Ajustável (Ole VeIored).
  • Oblação por Culpa (Chatat).
  • Sacrifício da Malversação.
  • Oferenda por Culpa Questionável (Asham Talui).
  • Oferendas por Desonestidade.
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HUMILDADE E AGRADECIMENTO - PARASHÁ VAYIKRÁ 5783 (24/mar/23)

"Era uma vez uma escada com dez degraus que vivia encostada na lateral de uma casa. Todos os degraus tinham exatamente a mesma dimensão e eram feitos da mesma madeira, mas o degrau mais alto sentia-se superior a todos os outros. Ele tinha um comportamento arrogante com todos os que estavam abaixo dele, e em especial com o degrau mais baixo da escada, aquele que estava muito abaixo dele, quase encostado no chão. Olhando com descaso para os degraus, ele gritava com grande orgulho: "Eu fui escolhido para ficar acima de vocês e, portanto, sou o degrau mais importante de todos".

Certo dia, enquanto o degrau superior fazia suas observações cheias de orgulho e prepotência, o dono da casa passou e, após olhar alguns instantes para aquela escada, decidiu virá-la ao contrário. Em poucos instantes a situação tinha se invertido, pois o degrau mais baixo estava voando até o topo, enquanto o degrau mais alto estava despencando ao mais baixo.
 
Após o susto, os degraus entenderam o que havia acontecido. Imediatamente o degrau arrogante se arrependeu de sua presunção. O degrau mais baixo, que agora se encontrava no topo da escada, tomou muito cuidado para não nutrir nenhum sentimento de orgulho, pois não queria sofrer o mesmo destino do degrau orgulhoso."

De acordo com o Ben Ish Chai (Iraque, 1833 - 1909), a escada da história é uma alusão à dinâmica espiritual das riquezas neste mundo. De acordo com nossa perspectiva mundana, parece que o dinheiro vem às nossas mãos através do nosso esforço, isto é, do nosso trabalho, criatividade ou profissão. Porém, na verdade, cada centavo que vem para nossas mãos foi decretado anteriormente nos Céus. É D'us que decide quem deve ser rico e quem deve ser pobre. Portanto, se uma pessoa é rica, deve lembrar que foi D'us Quem a abençoou com a prosperidade. Ao refletirmos sobre isso, seremos humildes e não causaremos com que a arrogância traga a reversão do nosso sucesso. Manter a humildade é uma forma de mantermos as nossas posses.

Nesta semana começamos o terceiro Livro da Torá, o Sefer Vayikrá, que trata principalmente de assuntos espirituais. O Sefer Vayikrá interrompe um pouco a narrativa da história do povo judeu e os acontecimentos do deserto para tratar de assuntos como Korbanot, pureza e impureza e a famosa doença chamada Tzaráat, que acometia as pessoas que tinham feito certas transgressões, em especial o Lashon Hará. É um Livro completamente diferente dos demais Livros da Torá.
 
Na Parashá desta semana, Vayikrá (literalmente "E chamou"), as leis e detalhes dos diversos tipos de Korbanot começam a ser esclarecidos. A Parashá descreve os diversos tipos de Korbanot, tais como o Korban Shelamim, oferecido voluntariamente por alguém que se sentia agradecido a D'us, e os Korbanot Asham e Chatat, oferecidos de forma obrigatória por pessoas que tinham feito certos tipos de transgressão. A Parashá também esclarece que tipo de animais poderiam ser utilizados e quais eram os acompanhamentos de cada Korban.
 
Infelizmente não temos mais atualmente o nosso Beit Hamikdash, por causa das nossas muitas transgressões, em especial o Lashon Hará e o ódio gratuito. Portanto, não podemos mais oferecer Korbanot, pois é proibido oferecer qualquer sacrifício fora do Beit Hamikdash. Então por que é importante estudarmos todos estes detalhes, que se estendem por duas Parashiót inteiras, se não podemos utilizar esses conhecimentos na prática?
 
Em primeiro lugar, pois quando não temos a possibilidade de cumprir uma Mitzvá, mas a estudamos com profundidade, com todos os seus detalhes, é considerado como se a tivéssemos cumprido. Além disso, quando estudamos as leis dos Korbanot, percebemos que há vários detalhes que nos ensinam preciosas lições de conduta para a nossa vida.

Por exemplo, alguns dos animais oferecidos como Korbanot podiam ser consumidos, alguns apenas pelos Cohanim, outros também pela pessoa que ofereceu o Korban. É o caso do "Korban Shelamim", cujo nome vem da raiz "Shalom", que significa "paz". Por que este nome? Parte do Korban era queimado no altar, parte era consumido pelo Cohen e parte era consumido pelo dono. Isso nos ensina que a paz surge quando as necessidades legítimas de cada grupo são satisfeitas. É também a paz da união entre o material e o espiritual.
 
Outro tipo de Korban era chamado de "Minchá". Diferente dos outros Korbanot, este não se tratava de animais, e sim de uma oferenda de farinha, misturada com azeite e especiarias, que era normalmente oferecido por pessoas pobres, que não tinham condições de trazer oferendas melhores. Mesmo assim D'us recebia de bom grado este Korban, como se a pessoa tivesse oferecido sua própria alma. Também às vezes o Korban Minchá era oferecido no formato de pães ou wafers, assados, fritos ou cozidos. Porém, a Parashá nos ensina que não era um pão normal, já que era proibida a inclusão de fermento na massa. Além disso, também era proibido adicionar mel à farinha. Neste caso não se trata de mel de abelhas, e sim mel de frutas. O que estes dois detalhes nos ensinam?

Normalmente os Korbanot eram oferecidos por algum tipo de transgressão que a pessoa havia cometido ou por um agradecimento. Portanto, o Korban deveria ser oferecido como uma forma de despertar na pessoa o arrependimento e a gratidão perante D'us. Porém, não adianta apenas um sentimento momentâneo de arrependimento ou de gratidão se posteriormente a pessoa não colocar em prática uma nova forma de conduta. Quando uma pessoa levava um Korban ao Beit Hamikdash, isso já simbolizava o começo de uma nova direção em suas vidas. Não devemos nos sentir orgulhosos, pensando que já somos suficientemente bons ou que já completamos nossa missão. Não adianta apenas oferecer o Korban e não mudar de atitude. O "Chametz" representa o orgulho e a sensação de que estamos preenchidos, mas, na verdade, é uma sensação falsa e provisória. Precisamos ter claridade de que ainda falta muito no nosso crescimento e aprimoramento.
 
Uma lição semelhante aprendemos da explicação do Rav Yehuda Loew zt"l (Polônia, 1525 - República Checa, 1609), mais conhecido como Maharal de Praga, sobre o motivo dos Korbanot. Segundo ele, os Korbanot eram oferecidos para lembrar à pessoa que tudo pertence ao Criador. Na verdade, nossa existência é nula perante Ele, então sacrificamos parte de nossos bens para D'us, mostrando que tudo na criação tem essa finalidade. Neste caso, a ausência do fermento simboliza a ausência do ego, a autoanulação em favor do Serviço Divino.
 
Além disso, muitas transgressões são cometidas por nos conectarmos demais aos prazeres materiais, muitas vezes nos esquecendo do principal, que é a espiritualidade. Trocamos nosso Mundo Vindouro por prazeres passageiros, que não nos preenchem. Ao não misturar mel de frutas na farinha, aprendemos a importância do foco, de não nos deixar desviar do crescimento espiritual por causa dos prazeres e gostos do mundo material.

Há diversos comentaristas que explicam as motivações da Mitzvá de Korbanot. Por exemplo, o Rambam explica que era uma maneira de arrancar do coração dos judeus as oferendas às idolatrias egípcias, canalizando as forças espirituais dos Korbanot apenas para D'us. Já o Ramban diz que a transgressão contém três partes: o ato, a fala e o pensamento. Ao oferecer o Korban, estamos consertando estas três áreas. Apoiar as mãos na cabeça do animal antes do abate consertava a parte do ato. Fazer o Vidui (confissão) com as mãos sobre a cabeça do animal consertava a parte da fala. E o abate, que fazia a pessoa refletir sobre as consequências do seu ato, pois quem deveria estar morrendo era ela, e não o animal, consertava a parte do pensamento.
 
Porém, uma pista para entendermos sua principal função vem do próprio nome "Korban", que tem a mesma raiz da palavra "Karov", que significa "perto". O Korban é, portanto, um meio para nos aproximarmos de D'us, suplicando pelo perdão Divino após uma transgressão ou demonstrando apreciação e agradecimento por todas as bondades e ajuda que recebemos Dele em nossas vidas. Isso traz a pessoa mais perto de D'us. Como atualmente não temos o Beit Hamikdash e estamos incapacitados de oferecer Korbanot para D'us, como podemos expressar nosso arrependimento e a nossa gratidão a D'us? Através da nossa Tefilá. As Tefilót têm os mesmos dois propósitos dos Korbanot. Elas testemunham o nosso reconhecimento de que D'us controla o mundo todo, nos permitindo pedir ajuda a Ele, pois Ele escuta todas as nossas Tefilót, não importa onde estivermos. Além disso, a Tefilá também é o momento de agradecermos, de louvarmos D'us, de entendermos Sua grandeza infinita e reconhecermos todas as bondades que Ele faz em nossas vidas.
 
Nossas rezas proporcionam uma linha espiritual direta com o Criador do Universo. Há cerca de 100 anos, algumas pessoas foram entusiasmadas contar a um grande sábio de Torá que havia sido recém-inventado um aparelho incrível, chamado telefone, que permitia falar com outra pessoa a uma longa distância, sem nem mesmo vê-la. Para a maioria das pessoas aquela invenção era algo nunca imaginado antes. Porém, para a surpresa de todos, o sábio não se surpreendeu. Abrindo um largo sorriso, ele questionou: "E o que tem isso de mais? Eu tenho me comunicado com D'us dessa forma por anos e anos, através das minhas Tefilót".
 
Estas são algumas das importantes lições que aprendemos dos Korbanot. Que possamos nos anular perante D'us, entendendo Sua grandeza e percebendo cada vez mais Suas bondade, e que possamos nos conectar a Ele através das nossas Tefilót e bons atos. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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