quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

SEJA GRANDE, MAS SEJA HUMILDE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHEMOT 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

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Haim David ben Esther
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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

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MENSAGEM DA PARASHÁ SHEMOT

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ SHEMOT
  • O Crescimento do povo judeu.
  • O "novo" Faraó e a opressão.
  • Bebês jogados no Nilo.
  • Nascimento de Moshé.
  • Moshé sai para ver seus irmãos.
  • Moshé foge para Midian.
  • O arbusto ardente.
  • Moshé é apontado como salvador do povo judeu.
  • Moshé "discute" com D'us.
  • Moshé volta ao Egito.
  • Brit Milá do filho de Moshé.
  • Moshé e Aharon pedem ao Faraó a liberação do povo judeu.
  • O Faraó aumenta o trabalho do povo.
  • Os judeus reclamam com Moshé.
  • Moshé reclama com D'us.
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SEJA GRANDE, MAS SEJA HUMILDE - PARASHÁ SHEMOT 5783 (13/jan/23)

"Um importante Rosh Yeshivá dos Estados Unidos infelizmente contraiu uma doença que o fazia esquecer as coisas. No entanto, com muito esforço, pelo amor à Torá e pelos seus alunos, ele continuou, na medida do possível, a dar seus incríveis Shiurim na Yeshivá.

Certa manhã, ele preparou durante horas o Shiur que daria aos seus alunos, como sempre fazia. Porém, ao chegar ao Beit Hamidrash, ele esqueceu tudo o que havia preparado. Ele se encontrava em uma situação muito constrangedora, diante de seus inúmeros alunos, sem conseguir falar uma única palavra do que havia preparado. Os alunos olhavam para ele, sem entender o que estava acontecendo. Foi um momento do qual nenhum dos que estavam presentes naquele dia jamais esquecerá. Não somente o Rosh Yeshivá estava desconcertado, como também os alunos, que baixavam seus olhos, evitando olhar para o Rosh Yeshivá. O silêncio que invadiu o Beit Midrash era ensurdecedor.

Após alguns instantes, que pareceram séculos, o Rosh Yeshivá começou a falar. Ele havia esquecido o Shiur preparado, porém não queria perder a oportunidade daquele momento especial, para transmitir uma forte mensagem aos seus alunos.
 
- Eu não me lembro de nada do Shiur que eu preparei - disse ele - Mas de uma coisa eu me lembro. O Talmud (Sotá 49a) diz que, com o falecimento do Rabi Yehuda Hanassi, terminou a humildade no mundo. Logo depois, o Talmud traz uma citação de Rav Yossef, que diz que a humildade não se extinguiu ainda do mundo, pois ele ainda estava lá. Ele queria dizer com isso que, enquanto estivesse vivo, não se poderia dizer que não existe humildade no mundo. Porém, deste ensinamento do Talmud surge uma pergunta óbvia: isso se chama humildade? Isso parece ser orgulho, o oposto de humildade!

- A resposta para este questionamento - continuou o Rosh Yeshiva - é que, como é sabido, o Rav Yossef havia adoecido e, como resultado, acabou esquecendo todo o seu estudo de Torá. Ele era um dos maiores sábios da geração e, mesmo assim, esqueceu tudo do dia para a noite. O que Rav Yossef quis transmitir é o seguinte: "Enquanto eu estiver vivo neste mundo, e as pessoas puderem me observar e aprender sobre a fragilidade do ser humano, que pode em um instante perder tudo o que recebeu de presente do Criador, a humildade não terá sido extinta, pois quem olhar para mim e refletir, não poderá se orgulhar de nada!"
 
O precioso ensinamento do Rosh Yeshivá aos seus alunos é que, não importa o quão alto possamos estar, o quão importante possamos ser, o quão honroso possa ser o nosso trabalho, não devemos sentir orgulho.

Nesta semana começamos o segundo Livro da Torá, Shemot, também conhecido como "Sefer Hagalut VeHagueula" (Livro do Exílio e da Redenção), pois este Sefer trata do primeiro grande exílio do povo judeu, tanto físico quanto espiritual, na terra do Egito, e a posterior salvação do povo judeu. Saímos do Egito não apenas fisicamente, através das 10 pragas e da abertura do mar, mas também espiritualmente, através da entrega da Torá e da construção do Mishkan, o Templo Móvel, onde a Presença de D'us residia.

E a Parashá desta semana, Shemot (literalmente "Nomes"), começa relembrando os nomes dos filhos de Yaacov, que foram ao Egito e deram origem ao povo judeu, como está escrito: "E eis que todos os descendentes de Yaacov eram 70 almas, e Yossef estava no Egito" (Shemot 1:5). Os filhos de Yaacov chegaram ao Egito poucos em número, mas se multiplicaram e se transformaram em um grande povo, com milhões de pessoas, em poucas gerações. Isso foi parte dos milagres que D'us fez ao povo judeu no Egito.
 
Porém, estas palavras do início da Parashá despertam um grande questionamento. Entendemos que a Torá, antes de começar a descrever o início da escravidão, queria lembrar quem foram os "fundadores" do povo judeu. Porém, se Yossef já estava na conta das 70 pessoas, por que seu nome não foi apenas mencionado, como dos seus irmãos? Qual era a necessidade de relembrar, mais uma vez, que Yossef estava no Egito, algo óbvio?

Rashi (França, 1040 - 1105) explica que a Torá quis trazer um grande louvor para Yossef, enfatizando que aquele Yossef, que era um simples pastor na casa de Yaacov, ainda continuava sendo o mesmo Yossef Hatsadik, uma pessoa correta, mesmo após ter se tornado o vice-rei do Egito. Mas sabemos que a Torá é extremamente compacta, não traz nenhuma informação desnecessária. Por que este louvor justifica a Torá mencionar mais uma vez que Yossef estava no Egito?
 
É natural que pessoas que sobem de cargo acabem mudando seu comportamento. Muitas vezes isso ocorre por exigências do próprio cargo novo. Por exemplo, um rei que assumiu o trono não pode continuar se comportando com se fosse um plebeu. Seus atos devem ser muito bem planejados, em especial os que são feitos publicamente. Existe uma série de normas de conduta e protocolos que devem ser seguidos. Isso causa com que a pessoa que subiu de cargo mude seu comportamento. Além disso, o ego é uma força naturalmente presente no ser humano. Mesmo em condições normais, já achamos que somos melhores que os outros e que estamos sempre certos. Esta força, que se expressa através do orgulho, é ainda mais ressaltada quando a pessoa sobe na vida. Por exemplo, quando alguém fica mais rico, mais sábio ou mais poderoso que os outros em volta, começa a olhar para as outras pessoas com certo desprezo. Pessoas muito ricas querem ter contato apenas com pessoas do mesmo nível socioeconômico. Pessoas muito inteligentes se incomodam de conversar com pessoas mais simples. Como o ego é parte da natureza, se não nos esforçarmos, ele acaba nos dominando.

Ao explicar que o Yossef vice-rei continuava tendo a mesma retidão do Yossef pastor de ovelhas, a Torá está nos ensinando que ele continuou mantendo seus bons traços de caráter, principalmente com relação à humildade. Naquele momento Yossef era o vice-rei, uma das pessoas mais poderosas do Egito, abaixo apenas do Faraó. Ele havia recebido uma incrível sabedoria de D'us, sendo o único capaz de interpretar os sonhos do Faraó e sugerir um plano para que o mundo não morresse de fome nos anos de escassez. Ele recebia honra de todos os egípcios, além de ser um homem extremamente bonito, que fazia com que as mulheres parassem na rua para vê-lo passar. Mesmo assim, com todos os motivos para achar que era melhor que os outros, Yossef nunca perdeu a sua humildade.

Essa é uma das mais importantes lições que Yossef nos transmitiu. Devemos respeitar todas as pessoas, independente de nossa sabedoria, posição social ou econômica. Em primeiro lugar, desprezar o próximo para se sentir superior é um engano terrível, pois futuramente esta pessoa será desprezada por aqueles a quem desprezou, e acabará perdendo sua honra. Se respeitasse o próximo, certamente receberia mais respeito dele, como ensinam nossos sábios: "Quem é honrado? Aquele que honra as criaturas" (Pirkei Avót 4:1). Também aquele que recebeu de D'us mais sabedoria não deve desprezar as pessoas mais simples, como ensinam nossos sábios: "Quem é sábio? Aquele que aprende de todas as pessoas" (Pirkei Avót 4:1). Quem é orgulhoso deixa de aprender muitas coisas importantes que pessoas simples poderiam ensiná-lo. Por exemplo, há coisas que somente a experiência de vida nos ensina, e o orgulhoso perde.

Além disso, quem eleva uma pessoa é D'us, e Ele pode tirar esta grandeza no momento que quiser. Hoje a pessoa pode ser bonita, rica, sábia e poderosa, mas ninguém sabe o que o amanhã reserva a ela. A vida dá voltas, e muitos que estão embaixo hoje amanhã estarão no alto, e vice-versa. Portanto, não desprezar as pessoas também garante que, se um dia precisarmos das mesmas pessoas, poderemos contar com a ajuda delas.
 
Para entendermos o quanto é perigoso uma pessoa correr atrás de honrarias e se considerar melhor que os outros, as fontes místicas judaicas nos ensinam que D'us dá recompensa por cada bom ato que fazemos na vida. Para os Tzadikim, a verdadeira recompensa fica guardada para o Olam Habá, o Mundo Vindouro, pois todos os prazeres do mundo material não se comparam a um único instante de tranquilidade no Mundo Vindouro. Porém, a honra é um prazer espiritual. Portanto, se a pessoa busca honra neste mundo, ela já está gastando neste mundo sua recompensa do Mundo Vindouro.
 
Há uma interessante história descrita pelo Talmud (Pessachim 50a), sobre quando o Rav Yossef faleceu e passou por um fenômeno parecido com o que chamamos atualmente de "experiência de quase morte", isto é, pessoas que tiveram morte clínica, mas de alguma maneira voltaram à vida. Seu pai, o Rabi Yehoshua ben Levi, perguntou o que ele havia visto "do outro lado". O Rav Yossef disse: "Eu vi um mundo ao contrário. As pessoas que são importantes neste mundo estão por baixo lá, e as pessoas que são consideradas baixas neste mundo são elevadas lá". Seu pai, ao ouvir esta descrição, lhe disse: "Você não viu um mundo ao contrário. Você viu o mundo da verdade". O que isso significa? No Mundo Vindouro, as pessoas que buscaram muita honra neste mundo ficarão abaixo daqueles que foram desprezados neste mundo, pois aqueles que recebem honra neste mundo "gastam" seus méritos do Mundo Vindouro.

Daqui aprendemos uma lição importante. Quando recebemos um cargo alto ou qualquer tipo de honra, devemos nos esforçar para continuar com a mesma simplicidade de antes. O orgulho nos afasta da sabedoria verdadeira e, acima de tudo, nos afasta de D'us e do nosso objetivo verdadeiro.   

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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