quinta-feira, 14 de maio de 2020

MANTENHA SUA PALAVRA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5780:

São Paulo: 17h12                   Rio de Janeiro: 17h00
Belo Horizonte: 17h07                  Jerusalém: 18h54
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ASSUNTOS DAS PARASHIÓT
BEHAR
- Shmitá (O Ano Sabático).
- Yovel (Jubileu) e o toque do Shofar em Yom Kipur.
- Proibição de causar sofrimento (Onaát Mamon e Onaat Devarim).
- Venda e Resgate da terra em Israel.
- Casas em cidades muradas.
- Casas nas Cidades dos Leviim.
- Ajuda aos necessitados.
- Leis dos escravos.
- Resgate dos Escravos que estão nas mãos de Goim. 







BECHUKOTAI
- Recompensas pela obediência.
- Advertência e Passos de afastamento espiritual:
1) Não estudar
2) Não cumprir
3) Desrespeitar quem cumpre
4) Odiar os sábios
5) Impedir outros de cumprirem
6) Negar Divindade das Mitzvót
7) Negar Hashem.

- Punições por desobediência (5 séries de advertências).
- Destruição e arrependimento.
- Conclusão das advertências e consolo.
- Avaliações de doações ao Kodesh.
- Doações de animais e imóveis para o Mishkan e possível resgate.
- Maasser de animais.
MANTENHA SUA PALAVRA - PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5780 (15 de maio de 2020)

"O Rav Yehuda Zev Segal zt"l (Inglaterra, 1910 - 1993), Rosh Yeshivá (Diretor espiritual) de Manchester, tinha um aluno que era muito próximo dele. Este rapaz acabou ficando noivo de uma moça canadense e o casamento seria realizado em Montreal. O rabino recebeu seu convite junto com uma passagem, para que pudesse estar presente naquela enorme alegria. Seu aluno também organizou para que o rabino ficasse hospedado na casa de Yoni, um primo da noiva.

Finalmente o dia do casamento chegou e todos estavam radiantes de felicidade. Porém, um problema técnico fez com que o casamento sofresse um grande atraso. Ao invés de começar às 20h00, conforme estava programado, a cerimônia começou somente às 22h00. Logo após a cerimônia, quando a festa mal havia começado, o Rav Segal perguntou para Yoni se ele poderia levá-lo de volta para casa. Yoni ficou chocado com aquele pedido. O rabino havia feito uma viagem tão longa para ficar apenas poucos minutos na festa? Porém, em respeito ao rabino, não comentou nada. Quando chegaram em casa, Yoni ficou ainda mais confuso. O rabino pediu para que ele voltasse para a festa, pois como era parente da família, tinha a grande Mitzvá de alegrar o noivo e a noiva. Yoni fez o que o rabino havia pedido, mas ficou incomodado com a atitude dele.

Na manhã seguinte, o Rav Segal perguntou a Yoni se ele havia estranhado sua atitude na noite anterior. Um pouco envergonhado, Yoni confessou que havia estranhado o fato de ele ter viajado de tão longe apenas para participar do casamento, mas ter ficado tão pouco tempo na festa. O Rav Segal então explicou:

- Você se lembra o que aconteceu ontem de noite, quando estávamos saindo de casa para ir ao casamento? Seu filho pequeno perguntou que horas você voltaria para casa. Você então falou para ele deitar cedo e disse que ele não precisava se preocupar, pois até meia noite haveria alguém em casa. Quando vi que você não voltaria até o horário combinado com o seu filho, por causa do atraso no casamento, eu pedi para voltar, pois caso eu não tivesse voltado, você teria dito uma mentira para ele".

Este é o nível de preocupação que devemos ter com os nossos compromissos. Não manter nossa palavra parece algo normal e aceitável, mas é grave. Palavra é palavra, e precisamos fazer de tudo para mantê-la.
Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Behar (literalmente "No Monte") e Bechukotai (literalmente "Nos Meus decretos"). A Parashat Behar descreve uma das Mitzvót mais emblemáticas da Torá: a Shemitá, o ano Sabático, no qual as terras em Israel não podem ser cultivadas e todas as atividades agrícolas são interrompidas. Já a Parashat Bechukotai traz as Brachót que recaem sobre o povo judeu quando estamos conectados com a Torá, mas também as Klalót (maldições) que recaem caso o povo se afaste dos caminhos de espiritualidade.

No final da Parashat Bechukotai, a Torá traz um assunto muito interessante: a doação de presentes para D'us. Por exemplo, a pessoa poderia doar voluntariamente ao Mishkan (Templo Móvel) o seu próprio valor ou o valor de outra pessoa, e isto era avaliado através de uma certa quantidade de moedas de prata. Esta doação era então encaminhada aos tesouros do Templo e era utilizada na realização dos Serviços espirituais ou em serviços de manutenção. E assim a Torá descreve esta promessa de doação: "Um homem que fizer uma promessa em relação à doação do valor de um ser humano para D'us" (Vayikrá 27:2). A partir do momento em que a pessoa pronunciou seu compromisso de doar, já não pode mais voltar atrás e precisa cumprir a sua palavra.

Há vários aspectos que demonstram o quanto a Torá é rigorosa com o cumprimento de um compromisso assumido. Por exemplo, sabemos que um menino que ainda não chegou à idade de Bar-Mitzvá não está obrigado a cumprir as Mitzvót da Torá. Porém, de acordo com o Talmud (Nazir 62a), a partir do momento em que uma criança já sabe se expressar adequadamente, caso ela assuma um compromisso, como, por exemplo, quando promete doar o valor de uma pessoa aos tesouros do Templo, então ela está obrigada a manter a sua palavra e deve cumprir sua promessa. Entretanto, se a criança ainda está isenta de cumprir todas as outras Mitzvót da Torá, por que justamente esta Mitzvá ela já está obrigada?

Além disso, alguns comentaristas opinam que até mesmo um não judeu tem a responsabilidade de manter sua palavra caso tenha assumido um compromisso. Mas por que a Torá traz esta obrigação aos não judeus, se eles precisam apenas cumprir as sete Mitzvót de Bnei Noach, que não incluem a Mitzvá de manter a palavra?

O Ramban (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) nos ensina que quando os sábios de uma comunidade se reúnem para tomar uma decisão, eles têm a força de criar obrigações, não apenas para os membros daquela comunidade, mas também para os seus futuros descendentes. Ele cita três exemplos: a aceitação da Torá no Monte Sinai, as leis relacionadas com a Meguilat Ester e os dias de jejum públicos. Porém, por que temos a obrigação de manter os compromissos que foram assumidos por outras pessoas?

Finalmente, o Talmud (Sanhedrin 92a) nos ensina que "Aquele que muda suas palavras é como se estivesse fazendo idolatria". Isto se refere a alguém que não cumpre sua palavra. Porém, como entender este ensinamento do Talmud? Afinal, o ser humano foi colocado neste mundo para servir a D'us e fazer o bem. Só é possível fazer isto quando a pessoa sabe o que é verdadeiro e o que é falso, o que é bom e o que é ruim. Seguir um sistema falso, com valores e deuses falsos, é compreensivelmente uma transgressão grave. Já uma pessoa que se comprometeu a participar da festa de aniversário da sua querida avó mas, ao invés disso, foi ao cinema com os amigos, certamente fez algo muito errado, mas isto pode ser comparado à fazer idolatria?

A resposta para todos os questionamentos está no entendimento das Mitzvót que foram decretadas pelos nossos sábios. Por exemplo, o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) ensina que, além da proibição de roubo comandado pela Torá, nossos sábios também decretaram o "roubo rabínico". Um exemplo disto é aquele que participa de jogos de azar, isto é, qualquer tipo de jogo no qual as pessoas fazem apostas e aquele que vence o jogo recebe o dinheiro apostado, como ocorre nos cassinos. Nossos sábios declararam que isto é considerado roubo, apesar de o dinheiro ter sido entregue de forma voluntária por todos os envolvidos, pois ele é tirado das pessoas de uma maneira tola. Mas se ninguém está pegando os bens dos outros sem autorização, como pode ser considerado roubo? Qual é a conexão entre fazer alguém perder algo de forma tola e roubar?

O Rambam explica que existem dois propósitos nas Mitzvót. Vamos tomar como exemplo a proibição da Torá de roubar. Por um lado, não podemos roubar pois a Torá quer proteger o dono dos bens e, por isso, proíbe qualquer pessoa de tirar do outro o que não é seu por direito. Desta maneira, a Torá está garantindo uma vida em sociedade com paz e harmonia. Imagine o caos que seria o mundo caso cada um pudesse pegar o que pertence ao outro. Porém, há outro propósito na Mitzvá de não roubar, que é evitar que o ser humano se comporte de maneira desprezível. É por este motivo que não devemos roubar ninguém, mesmo que sejam os bens de um idólatra, isto é, alguém que não mereceria a proteção Divina, pois algo ruim acontece conosco quando roubamos. Isto significa que, fora o dano que causamos aos outros quando roubamos, há um dano que causamos a nós mesmos. E isto se aplica a todas as Mitzvót da Torá.

Explica o Rav
Elchanan Shoff que as Mitzvót foram entregues para garantir que o mundo funcione de uma maneira harmônica. Porém, acima de tudo, as Mitzvót foram entregues para nos mudar. Roubar significa tirar os bens de outra pessoa, mesmo que isto signifique tirar de uma maneira tola. Pois maior do que o mal que isto causa ao dono dos bens é o mal que é causado a quem pratica o ato de desprezar os bens dos outros.

Assim também podemos entender por que é considerado um ato de idolatria a pessoa não manter sua palavra. A Torá está se comunicando com os seres humanos, ensinando-os a como se comportar através das Mitzvót. As Mitzvót afetam tanto o homem quanto o seu relacionamento com D'us. Porém, uma pessoa sem integridade, que não mantém sua palavra, deixa de ser considerado um ser humano. Da mesma forma que não há serviço a D'us quando alguém nega a Sua essência, também não pode haver serviço a D'us quando não há um homem para servi-Lo. É grave errar na definição de D'us, mas é igualmente grave definir erroneamente o ser humano. A Torá pressupõe a existência de um ser humano com integridade antes de comandar qualquer coisa na Torá. É por isto que os nossos sábios ensinam que "Os bons modos vêm antes da Torá". Mesmo antes da Torá ter sido entregue, nossa palavra já tinha um enorme valor. Quando D'us ofereceu a Torá, dissemos "Naasê VeNishmá" (Faremos e entenderemos), isto é, demos nossa palavra de que estávamos aceitando a Torá em nossas vidas. Portanto, se não tivéssemos uma enorme obrigação de manter nossa palavra, o que nos conectaria com a Torá?

Também é este o motivo pelo qual até mesmo um não judeu e uma criança estão comandados a manter a sua palavra, pois não se trata apenas de um comando da Torá, é um comando que está conectado intrinsecamente à condição de ser humano. A Torá não pode mudar um homem e aproximá-lo de D'us se ele não for um homem. Sem integridade, o ser humano não é muito mais do que um animal que anda e fala.

Ser responsável com nossos compromissos nos diferencia de todo o resto da criação. Portanto, devemos ser cuidadosos para não assumir compromissos que não poderemos mantê-los. Pois devemos almejar, antes de querermos chegar ao nível dos anjos, que possamos nos comportar ao menos como seres humanos.
 
SHABAT SHALOM
 
R' Efraim Birbojm

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

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