sexta-feira, 7 de junho de 2024

A RAIZ DO ANTISSEMITISMO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BAMIDBAR E SHAVUÓT 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BAMIDBAR 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ BAMIDBAR

ASSUNTOS DA PARASHÁ BAMIDBAR
  • O comando do censo do povo judeu (20 a 60 anos)
  • Escolha dos líderes de cada Tribo.
  • Início do censo por Tribos.
  • Os Leviim.
  • O acampamento: Yehudá (Yehudá, Issach, Zevulun) no Leste, Reuven (Reuven, Shimon, Gad) no Sul.
  • O Mishkan durante as viagens.
  • Efraim (Efraim, Menashe e Biniamin) no Oeste, Dan (Dan, Asher, Naftali) no Norte.
  • Total.
  • Genealogia de Moshé e Aharon.
  • Status dos Leviim.
  • Censo dos Leviim: Guershon, Kehat e Merari.
  • Censo dos Primogênitos.
  • Substituindo os Primogênitos pelos Leviim (Redenção dos Primogênitos).
  • Funções para Kehat: carregar utensílios do Mishkan.
  • Precauções para os Kehatim.
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A RAIZ DO ANTISSEMITISMO - PARASHÁ BAMIDBAR E SHAVUÓT 5784 (07/jun/24)

"Certa vez, quando o Rav Yossef Pressburger zt"l (Eslováquia, 1847 - Israel, 1923) caminhava pelas ruas de sua cidade, um grupo de crianças não judias correu atrás dele e começou a chamá-lo de nomes feios. Ele continuou andando, fingindo não escutar o que elas diziam. Em outra ocasião, o Rav Yossef estava caminhando com um conhecido e o mesmo grupo de crianças não judias começaram a gritar ofensas antissemitas para eles. Seu conhecido quis bater nas crianças com uma vara, mas o Rav não permitiu. Ele disse, com tranquilidade:
 
- Deixe-os. Vou acabar com isso pacificamente.
 
O Rav Yossef virou-se então para as crianças mal educadas e ofereceu uma pequena moeda a cada uma delas se continuassem lhes insultando durante um minuto. Então, após as ofensas, ele entregou as moedas para elas, que ficaram muito felizes. A cena se repetiu algumas vezes nos dias seguintes e, após as ofensas, as crianças recebiam o dinheiro. Finalmente, chegou o dia em que ele disse para as crianças que elas poderiam continuar com os xingamentos, mas não receberiam nada por isso, pois ele não tinha mais dinheiro para pagá-las.
 
- Se você não vai dar dinheiro, então não vamos continuar os xingamentos! - disseram as crianças, ofendidas.
 
Depois daquele dia, as crianças não voltaram mais a ofender o Rav Yossef."
 
Há milênios o antissemitismo nos assombra. Mas não será na força que resolveremos isso, e sim na sabedoria.

Nesta semana começamos o quarto Livro da Torá, Bamidbar. E a Parashá Bamidbar (literalmente "No deserto"), que começa com uma nova contagem do povo judeu, demonstrando o amor de D'us pelo Seu povo, sempre é lida na mesma época da Festa de Shavuót, também conhecida como "Zman Matan Torateinu", que comemoramos a partir da próxima terça-feira de noite (11/jun). Esta é a época na qual revivemos a entrega da Torá no Monte Sinai, algo que mudou a história da humanidade. A Torá, com toda a sabedoria contida nela, impactou não apenas o povo judeu, mas o mundo inteiro, trazendo valores morais para toda a humanidade.

Neste ano a Festa de Shavuót vem com um gosto amargo para o povo judeu. Achávamos que o antissemitismo havia terminado, ou ao menos diminuído muito. Porém, no mundo inteiro, manifestações antissemitas, com milhares de participantes, pregam novamente a expulsão e o extermínio do povo judeu. O antissemitismo recebeu um novo nome, "antissionismo", para parecer mais ético, mas na prática judeus do mundo inteiro, e não apenas de Israel, estão sendo atacados, verbalmente e até fisicamente. Israel é manchete em todos os jornais do mundo, e apesar de todos os esforços para ser o exército mais ético, recebe condenações globais injustas. O que se esconde atrás destes milênios de ódio? Por que este antissemitismo de repente borbulha, ferve e explode contra os judeus em todos os lugares, e se repete de tempos em tempos durante toda a nossa história?

Alguns historiadores até tentam trazer algumas possíveis razões. Talvez os judeus possuem muitas riquezas e poder, causando inveja. Ou quem sabe os judeus são odiados por serem diferentes. Talvez a explicação é que foram apenas bodes expiatórios, escolhidos aleatoriamente. Porém, percebemos que os judeus são odiados por serem separatistas, mas quando se assimilam, tornam-se uma ameaça. São capitalistas exploradores e revolucionários comunistas. Possuem a mentalidade de Povo Escolhido junto com um complexo de inferioridade. O ódio contra os judeus nos últimos dois mil anos tem sido contínuo, universal e doentio, mas as explicações constantemente mudam. Quando há muitas explicações, e elas são contraditórias, então isto é um sinal de que estes não são os motivos verdadeiros. E mesmo quando estes motivos desaparecem, o ódio continua. Por que?
 
Muito antes que uma manifestação prática do antissemitismo aparecesse no mundo, a Torá já havia ensinado que o ódio antissemita teria uma participação integral na história do povo judeu, como ensina o Talmud (Shabat 89a): "Qual é a razão pela qual (o monte onde a Torá foi entregue) é chamado de Sinai? Pois é uma montanha sobre a qual desceu o ódio ("Sina") das nações do mundo". A palavra "Sinai" tem a mesma raiz da palavra "Siná", que significa "ódio". Portanto, o Talmud está nos ensinando que há um grande ódio que emana do Monte Sinai.
 

Mas qual é o motivo deste ódio? No Monte Sinai os judeus aprenderam que existe um único D'us, com exigências morais para a humanidade. Imediatamente eles viraram alvo daqueles cujo impulso mais forte era liberar a humanidade da consciência e da moralidade. No Monte Sinai, o povo judeu foi escolhido como "Luz das nações". Mas há aqueles que querem que o mundo seja um lugar de escuridão espiritual. A mensagem recebida e carregada pelos judeus transformou o mundo. Esta mesma mensagem traz à tona o ódio daqueles que dariam sua última gota de esforço para resistir.
 
Adolf Hitler (que seu nome e sua lembrança sejam apagados) disse uma frase impactante: "Os Dez Mandamentos perderam sua validade. Consciência é uma invenção judaica; é uma ferida, como a circuncisão". A ambição que o impelia era libertar o mundo das restrições da consciência e da moralidade. Ele criou sua própria religião: liberar todos os desejos do ser humano. O obstáculo no caminho do sucesso eram os judeus e sua mensagem de um D'us único, da igualdade de todos perante D'us, de amar ao próximo, de ajudar os pobres e vulneráveis. Hitler odiava o povo judeu pois eles eram o oposto de sua visão de como o mundo deveria ser. Enquanto os judeus existissem, ele não poderia triunfar. Os enraizados conceitos judaicos de D'us e moralidade haviam tomado conta do mundo. Ele sabia que sua ideologia ou a dos judeus prevaleceria. O mundo não poderia viver com os dois.
 
Por que as pessoas odeiam a mensagem? Pois a maioria das pessoas não consegue lidar com o peso de serem boas o tempo todo. Quando praticam maus atos, surge um sentimento de culpa. Os judeus são a personificação da consciência coletiva da humanidade. Antes da Torá, as pessoas construíam suas vidas com seus próprios conceitos de certo e errado. Os judeus mostraram que existe apenas um único D'us. Ninguém vive como convém, todos devem submeter sua vontade a uma Autoridade superior.

Em certo nível de consciência, as pessoas reconhecem como verdadeira a mensagem do povo judeu. Aqueles que não desejam receber a verdade descobriram que a única maneira de se livrar dela é destruindo seus mensageiros, já que a própria mensagem é muito poderosa para ser descartada. Se o judaísmo fosse apenas mais uma ideologia, as pessoas poderiam ridicularizá-la e continuar nos seus caminhos. Mas, no fundo de suas almas, cada ser humano reconhece as verdades essenciais da moralidade.
 
As ideias originadas no Sinai mudaram o mundo. Mas são tão difundidas que não damos valor. Os conceitos judaicos civilizaram o mundo. Paz, liberdade, monoteísmo, família, educação e caridade parecem comuns hoje em dia, mas qualquer historiador com conhecimentos sobre os padrões morais do mundo antes da chegada dos judeus pode facilmente reconhecer o enorme impacto que o judaísmo teve. Como disse John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos: "Eu insisto que os Hebreus fizeram mais pelo homem civilizado do que qualquer outra nação... eles são a mais gloriosa nação que já habitou este Terra... Eles influenciaram os assuntos da humanidade mais, e com mais alegria, do que qualquer outra nação, antiga ou moderna".

A solução para o antissemitismo tem a mesma raiz da sua causa, isto é, são os valores da Torá que finalmente eliminarão o antissemitismo. A mensagem que os judeus carregam é a receita para derrotar o mal. As incríveis ideias judaicas podem influenciar o mundo, mas o mundo não pode absorver a mensagem adequadamente a não ser que os mensageiros a conheçam e ensinem. Quanto mais os judeus transmitirem sua mensagem especial, menos um holocausto pode voltar a acontecer. Somente quando os judeus se comportarem como judeus, transmitindo as mensagens éticas da Torá, poderemos esperar viver em um mundo onde o mal foi erradicado.
 
Há um interessante paralelo entre a humanidade e os trabalhadores de uma mina de carvão. Dentro das minas podem se desprender gazes tóxicos. A vida de muitos trabalhadores das minas de carvão já foi salva com uma ideia simples: basta colocar um canário para cantar no local. Enquanto o pássaro está cantando, é sinal de que está tudo bem, mas quando o canário para de cantar e morre, é sinal que o gás inflamável que se desprende das minas chegou a um nível perigosamente alto. É um alerta de que problemas vêm por aí, pois se o canário morreu, os mineiros em breve morrerão também se não saírem logo. O povo judeu é o canário do mundo. Quando o antissemitismo começa a renascer e a ganhar força, é sinal de que há algo errado e que problemas grandes estão vindo. Os judeus abraçam um monoteísmo ético, que responde apenas a D'us, não se dobrando ao relativismo moral. Quando a convivência com tal rigidez ética se mostra insuportável para muitos, é sintoma de que o mundo está doente. 6 milhões de judeus morreram no holocausto, mas não parou só nos judeus. A morte dos judeus era um aviso de que havia algo muito errado. Esse horror todo seria impensável sem a conivência ou a cumplicidade de grande parte da população mundial. Portas foram fechadas, olhos ficaram cegos e ouvidos ficaram surdos. De repente, ninguém mais sabia o que estava acontecendo com os judeus. Os judeus foram os principais alvos, mas era apenas o início de uma perseguição que incluiu muitas outras minorias.
 
Combater o aumento do antissemitismo é uma obrigação moral de todos os que repudiam a injustiça. Não na força, mas na sabedoria, através de bons atos e sendo exemplos, que podem fazer do mundo um lugar melhor.

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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