quinta-feira, 29 de agosto de 2024

SENTINDO-SE OBRIGADO A FAZER O BEM - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ REÊ 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Camille bat Renée z"l    
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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MENSAGEM DA PARASHÁ REÊ

ASSUNTOS DA PARASHÁ REÊ
  • A Brachá e a Klalá.
  • Santidade da Terra de Israel / Destruição das idolatrias.
  • Altares particulares.
  • Permissão de comer oferendas redimidas.
  • Comidas sagradas consumidas apenas em Jerusalém.
  • Permissão de comer comidas não consagradas.
  • Princípios gerais.
  • Proibição de copiar os rituais dos Knaanim.
  • O falso Profeta.
  • "Missionários"idólatras.
  • A Cidade Apóstata.
  • Responsabilidade do"Povo Escolhido".
  • Animais proibidos para o consumo: Criaturas aquáticas e Pássaros.
  • O Segundo Dízimo.
  • Dízimos para o pobre.
  • O Ano de Shmitá.
  • Emprestando dinheiro.
  • O Escravo judeu.
  • Animais primogênitos.
  • Shalosh Regalim: Pessach, Shavuót e Sucót.
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SENTINDO-SE OBRIGADO A FAZER O BEM - PARASHÁ REÊ 5784 (30/ago/24)
 
"O Rav Yossef Dov Soloveitchik zt"l (Bielorrússia, 1820 - 1892) , mais conhecido como Beis Halevi, era famoso pelo seu incrível nível de temor a D'us, o que era perceptível na forma como cumpria as Mitzvót. Porém, havia uma característica nele que talvez não ficou tão famosa: a extraordinária generosidade do seu coração.
 
Um exemplo disso é que o Rav Yossef Dov nunca tinha dinheiro no bolso. Por que? Pois assim que ele recebia qualquer quantia, imediatamente distribuía aos pobres. Os necessitados que conheciam este detalhe sabiam aproveitar, e sempre aguardavam com expectativa os momentos em que o rabino receberia algum dinheiro. Quando isso acontecia, eles corriam para abordá-lo e pedir o que precisavam, e nunca saíam de mãos vazias.
 
Certa vez o Rav Yossef Dov realizou o casamento de um noivo que pertencia a uma das famílias mais ricas da cidade de Brisk. Ele não cobrava nada para fazer cerimônias, mas o costume era o pai do noivo dar ao rabino um certo valor em dinheiro imediatamente após a cerimônia, como uma forma de agradecimento. Naquele dia não foi diferente e, por ser o casamento de uma família muito rica, logo após a cerimônia o rabino recebeu um pacote volumoso, que demonstrava conter muito dinheiro. Porém, assim que o rabino recebeu o dinheiro, um homem pobre parou ao lado dele e se apressou em contar sua triste história de privações e necessidades. Em poucos instantes o pacote já estava nas mãos do pobre, sem que o rabino tivesse ao menos contado o dinheiro.
 
Por causa desta generosidade, considerada exagerada por alguns moradores de Brisk, houve uma insatisfação entre as pessoas mais influentes, que vieram até ele com duras reclamações, alegando que ele deveria renunciar ao cargo de rabino da cidade. E qual era o argumento deles? Como o rabino desdenhava do dinheiro que lhe era dado, isso demonstrava que ele não valorizava as posses materiais dos outros. Portanto, como poderia julgar as disputas financeiras da cidade? O Rav Yossef Dov, ao escutar o argumento dos moradores, não se abalou. Com um sorriso, respondeu a eles:
 
- Vocês estão enganados. Eu não desprezo o dinheiro, ao contrário, eu o trato com respeito e da forma mais adequada possível. E se vocês me perguntarem o motivo pelo qual eu distribuo todo o dinheiro que eu recebo com generosidade, vou responder a vocês com uma pergunta: o que vocês fariam se estivesse parado diante de vocês um ladrão armado, que apontasse para vocês uma arma e exigisse que vocês dessem a ele todo o dinheiro? Vocês teriam dúvida do que fazer? Vocês pensariam em talvez não entregar? Certamente não fariam esta tolice. Tenho certeza que vocês dariam a ele imediatamente todo o dinheiro. O mesmo acontece comigo. Toda vez que um pobre vem até mim e pede ajuda, sinto como se uma pessoa estivesse na minha frente me ameaçando com uma arma. Eu sinto como se minha vida estivesse em perigo se eu não entregar a ele todo o meu dinheiro. É por isso que imediatamente eu tiro todo o dinheiro que eu tenho no bolso e dou para ele."
 
Pessoas com um bom coração se sentem obrigadas a ajudar ao próximo, como se estivessem sendo forçadas a fazer isso. É isso que as faz se tornarem pessoas cada vez melhores.

Nesta semana lemos a Parashá Reê (literalmente "Veja"), que começa falando sobre a Brachá e a Maldição, que são resultados das nossas escolhas na vida. Aqueles que escolhem o caminho das Mitzvót, que nos treina e nos educa a sermos pessoas melhores, mais tranquilas, bondosas e compreensivas, estão escolhendo o caminho das Brachót. Porém, ao escolher o caminho dos desejos do coração, de fazer apenas o que temos vontade, ao invés de fazer o que é o correto e o melhor para o nosso crescimento, a pessoa automaticamente está escolhendo o caminho das maldições. E isso não se refere apenas ao que ocorrerá no Mundo Vindouro, mas também ao que ocorrerá neste mundo, na nossa convivência com as pessoas e na forma como reagimos aos acontecimentos. A Parashá também fala sobre a responsabilidade do povo judeu em influenciar o mundo positivamente através de um comportamento exemplar, santificando o Nome de D'us.
 
Um dos assuntos tratados na nossa Parashá é a bondade e a sensibilidade com o próximo, em especial com os necessitados, como está escrito: "Se houver entre vocês um necessitado, um dos seus irmãos, em uma das suas cidades, na sua terra que Hashem, teu D'us, te dá, não endureça o seu coração nem feche a sua mão para o seu irmão necessitado. Ao invés disso, abra a mão para ele e lhe empreste o suficiente para suprir a necessidade que lhe falta" (Devarim 15:7,8). Daqui percebemos o quanto D'us é exigente em relação ao nosso envolvimento com o Chessed, o ato de fazer bondades ao próximo, que não se resume apenas em dar dinheiro a um pobre na rua, mas também inclui pensar no próximo, desenvolver a nossa empatia e suprir também as necessidades psicológicas e espirituais dos outros.
 
O Talmud (Sucá 49b) traz um interessante ensinamento sobre o Chessed: "E Rabi Elazar disse: Qualquer um que pratique Tzedaká e justiça é considerado como se tivesse enchido o mundo inteiro com Chessed, como está escrito: "Ele ama a Tzedaká e a justiça; a terra está repleta do Chessed de D'us" (Tehilim 33:5). Para que você não diga que qualquer um que venha a realizar um ato de bondade de qualquer maneira pode simplesmente fazê-lo, sem nenhum tipo de cuidado, o versículo afirma: "Quão rara é a Tua bondade, D'us" (Tehilim 36:8)". É uma ocorrência preciosa e rara realizar um ato de bondade da forma correta e adequada, com as intenções corretas. Já o Rabi Chama bar Papa ensinou: "Com relação a qualquer pessoa que encontra graça aos olhos dos outros, é certeza que ela é temente a D'us, como está declarado: "Mas o Chessed de D'us perdura por toda a eternidade sobre aqueles que O temem" (Tehilim 103:17). O Talmud está afirmando que, quando vemos que certo indivíduo é dotado de graça e bondade, podemos ter certeza de que ele é uma pessoa temente a D'us.
 
Entretanto, se refletirmos sobre este ensinamento do Talmud, perceberemos que há uma aparente contradição. O Talmud está juntando as características de Chessed e temor a D'us, como se elas sempre andassem juntas. Mas, a priori, estas duas características são muito diferentes, sendo até mesmo opostas. Então, qual é o ponto em comum entre eles?
 
O Rav Shlomo Wolbe zt"l (Alemanha, 1914 - Israel, 2005) traz uma resposta surpreendente. Ele afirma que estas duas características, aparentemente tão diferentes, emanam da mesma raiz espiritual: a capacidade de "olhar para fora". Mas o que isto significa? Há dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que conseguem olhar para fora delas e aquelas que não conseguem ver nada além de si mesmas. Quem vê somente a si mesmo não consegue sentir nada a não ser suas próprias necessidades, somente se preocupam com o que lhe falta. Ela vive apenas pelo seu próprio benefício e não consegue ver o outro e nem as necessidades dele. E quem não consegue ver o outro, em última instância, também não consegue ver nem mesmo o Criador.
 
Com o que isso se compara? Com alguém que está em uma sala cujas portas e janelas estão tão fechadas que a pessoa não consegue olhar nada do que acontece do lado de fora, nem na terra e nem no céu. Porém, se ela abrir um pouco a janela, mesmo que seja uma pequena fresta, imediatamente começará a enxergar tudo, tanto o céu quanto a terra. O mesmo ocorre com quem está fechado e afundado em si mesmo. Isso é um sinal de que as portas e janelas do seu coração estão fechadas, e a única coisa que ela consegue enxergar são os seus próprios desejos e vontades. Ela não enxerga as outras pessoas e também não enxerga D'us. É por isso que o temor e a bondade não residem naqueles que estão imersos nos caprichos de seus corações.
 
Qual é a solução para estas pessoas? Começar a abrir o coração. Se esforçar para enxergar o próximo. Quando seu coração se abrir, mesmo que seja a abertura do tamanho da ponta de uma agulha, ela começará a ver tudo, tanto D'us quanto o próximo. Aqueles que conseguem superar seus desejos e abrir seu coração tem o mérito de receber duas coisas: Chessed e temor a D'us.
 
O Rav Wolbe acrescenta que as fundações do Chessed estão nas palavras da nossa Parashá "abrirá a mão para ele e lhe emprestará o suficiente para suprir a necessidade que lhe falta". Rashi (França, 1040 - 1105) 
explica que é necessário dar ao pobre até mesmo um cavalo para montar e um escravo para correr diante dele, que era o costume dos nobres antigamente, se esta for realmente a necessidade dele. A pessoa que está afundada nas vontades do seu coração não consegue ver o que falta aos outros. Talvez ela entenda que falte ao outro apenas o que falta a ela. Porém, caso elas se aprofundem para entender a situação do próximo, levando em consideração tanto o passado quanto o presente, compreenderão que o que falta ao próximo, apesar de para ela ser um luxo ou algo sem importância, para o próximo é importante. Para que o Chessed seja completo, não adianta dar ao outro o que você gostaria de receber, é necessário sair da nossa "sala fechada" e começar a abrir frestas no nosso egoísmo. Esse tipo de pensamento não está ao alcance de alguém que ama apenas a si mesmo.
 
D'us é bondade ilimitada. Ele não nos dá apenas o "básico", o "estritamente necessário". Ele nos dá tudo com fartura e com bondade. Por isso, aquele que tem temor a D'us certamente pensará em desenvolver também este nível de bondade. O temor a D'us o abrigará a ajudar os necessitados, como se uma arma estivesse apontada para ele. O temor a D'us o levará a sentir a dor dos outros. Assim, com estas duas forças, a pessoa abrirá as portas e janelas do seu coração.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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