quinta-feira, 20 de julho de 2017

USE DA MANEIRA CORRETA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT MATOT E MASSEI 5777

BS"D
Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
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USE DA MANEIRA CORRETA - PARASHIÓT MATOT E MASSEI 5777 (21 de julho de 2017)


"Certo dia, o Sr. Fernando deu ao seu filho de 13 anos, Daniel, dinheiro para pagar algumas contas atrasadas. A situação financeira da família estava muito difícil e aquele era o último dia para o pagamento antes do corte da luz e da água. O Sr. Fernando advertiu várias vezes o filho para que ele fosse cuidadoso com o dinheiro, pois caso algo acontecesse, não teriam como pagar as contas e ficariam sem luz e água.
 
Daniel, em seu caminho para o banco, viu uma propaganda de um sorteio da loteria que dizia: "Compre um bilhete e concorra a duas caminhonetes 0 km". Ele pensou: "Como seria bom ganhar estes dois carros. Um carro ficaria para o meu pai e o outro venderíamos, pagaríamos todas as nossas dívidas e ainda sobraria dinheiro para comprar os brinquedos que eu sempre sonhei". Então, ao contrário do que seu pai havia instruído, Daniel usou o dinheiro das contas para comprar vários bilhetes de loteria. Quando chegou em casa, não jantou e nem conversou com ninguém, foi logo deitar, na esperança que seu pai esqueceria da história. Porém, no dia seguinte, a primeira coisa que o Sr. Fernando fez foi pedir a Daniel o comprovante do pagamento das contas. O menino então entendeu que não conseguiria enrolar seu pai. Sem outra saída, contou o que havia feito, mas pediu para que o pai não ficasse bravo, pois certamente eles ganhariam as duas caminhonetes e teriam dinheiro suficiente para pagar todas as dívidas e viver com tranquilidade. Quando o Sr. Fernando escutou aquilo, ficou furioso e teve vontade de bater em Daniel. Mas se acalmou, lembrando que já não havia mais nada a fazer.
 
Passados dois dias, chegou o dia do grande sorteio e então, ao acordar, a família teve uma enorme surpresa. Estavam estacionadas em frente à casa duas caminhonetes novinhas! Todos começaram a chorar. Uma caminhonete era da Sabesp, a outra era da Eletropaulo..."

D'us nos deu de presente o mundo material, mas Ele nos ensinou exatamente como utilizarmos, para termos os melhores benefícios. Infelizmente nem sempre escutamos Seus ensinamentos e terminamos pagando preços altos por nossa teimosia.

 

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Matót (literalmente "Tribos") e Massei (literalmente "Viagens"). A Parashá Matót traz vários assuntos, tais como as leis em relação a promessas e juramentos, a guerra contra o povo de Midian e o pedido das tribos de Reuven e Gad de se estabelecerem fora da terra de Israel, nas margens do Rio Jordão. Já a Parashá Massei descreve as viagens que o povo judeu fez durante os 40 anos em que permaneceu no deserto, detalhando cada um dos pontos de acampamento. A Parashá também descreve sobre as "Cidades de Refúgio", para onde deveriam ir as pessoas que haviam matado acidentalmente.
 
No começo da Parashá Massei, D'us ensina a Moshé quais seriam as fronteiras da Terra de Israel, em todas as direções, como está escrito: "Ordene ao povo de Israel e diga para eles: 'Quando vocês chegarem na Terra de Knaan, esta é a terra que deve cair para vocês como herança, a Terra de Knaan de acordo com as suas fronteiras" (Bamidbar 34:2). Porém, há algo neste versículo que nos chama a atenção. A Terra de Israel era originalmente habitada por sete povos: Knaanim, Amoraim, Hitim, Prizim, Hivim, Ievussim e Guirgashim. Portanto, se eram sete povos que habitavam a terra, por que ela recebeu justamente o nome de "Eretz Knaan", que faz referência a apenas um destes sete povos?
 
A resposta está em um interessante Midrash, que explica que quando os Knaanim escutaram que os judeus estavam se aproximando, não ofereceram nenhum tipo de resistência. Ao contrário, eles se levantaram e, por vontade, saíram para "liberar" o lugar para a entrada do povo judeu. Então D'us disse para os Knaanim: "Como vocês liberaram o lugar por vontade, então a terra será chamada pelo nome do seu povo e Eu darei para vocês uma boa terra, para que seja a habitação de vocês". E qual era esta terra? A África. Portanto, de acordo com o Midrash, aparentemente o nome "Eretz Knaan" foi uma "homenagem" ao povo de Knaan por seu ato de ter deixado a terra livre para a entrada do povo judeu.
 
Porém, se pararmos para refletir sobre este Midrash, surgem muitas dúvidas. Em primeiro lugar, por que a terra seria chamada pelo nome do povo de Knaan justamente a partir do momento em que eles estavam abandonando a terra, e não no momento em que estavam habitando nela? Além disso, depois que Knaan abandonou a terra e o povo judeu se assentou nela, a terra passou a ser chamada de "Eretz Israel" e não "Eretz Knaan". Então por que o Midrash associa o nome "Eretz Knaan" com a saída do povo de Knaan da terra? E, finalmente, desde a época de Avraham Avinu a terra já era chamada de "Eretz Knaan", como está escrito: "Eles (Avraham, Sara e Lót) vieram para a Terra de Knaan" (Bereshit 12:5). Portanto, aparentemente o nome da terra não tinha nenhuma relação com o ato de Knaan durante a aproximação do povo judeu. Então por que o Midrash afirma que o nome "Eretz Knaan" estava associado ao fato de Knaan ter abandonado a terra?
 
Explica o livro "Lekach Tov" que a resposta está em um fundamental ensinamento do Talmud (Brachót 35a) que explica uma contradição entre dois versículos dos Salmos de David HaMelech. Em um Salmo está escrito: "De D'us é a terra e a sua plenitude" (Tehilim 24:1), enquanto em outro Salmo está escrito: "E a terra (D'us) deu ao ser humano" (Tehilim 115:16). Afinal, a terra é de D'us ou Ele a deu ao ser humano? Responde o Talmud que antes de o ser humano pronunciar uma Brachá (Benção) sobre os alimentos, pedindo permissão para ter proveito, então "De D'us é a terra e a sua plenitude", isto é, somos proibidos de ter qualquer proveito, pois não é nosso. Porém, depois que a pessoa pronunciou a Brachá e pediu permissão para ter proveito, então "E a terra (D'us) deu ao ser humano", isto é, já temos permissão de ter proveito deste alimento que D'us criou.
 
Os comentaristas explicam este ensinamento do Talmud de maneira mais profunda. A Brachá é, na verdade, uma forma de conectar toda a criação com D'us, pois é Ele que faz sair o pão da terra, Ele que criou as frutas e de acordo com Suas palavras tudo foi criado. Quando D'us deu a terra ao ser humano, foi com a condição de que utilizemos todos os seus benefícios com a plena consciência de que "De D'us é a terra e a sua plenitude", isto é, que foi Ele quem nos deu a terra. Esta é a principal Kavaná (intenção) que devemos ter ao pronunciarmos as Brachót antes de termos proveito do mundo material. De acordo com o Talmud (Brachót 35b), aquele que tem proveito do mundo material sem fazer uma Brachá para se conectar a D'us e reconhecer que tudo vem Dele é como se estivesse cometendo um ato de roubo. Sem pedir permissão para utilizar o mundo material, é como se a pessoa estivesse roubando de D'us, o Criador e dono de tudo.
 
Com este ensinamento do Talmud podemos entender as palavras do Midrash. A terra já se chamava "Eretz Knaan" há muito tempo, como está comprovado no versículo de Avraham Avinu. Porém, enquanto não estava claro que Knaan vivia na Terra de Israel com o conhecimento de que "De D'us é a terra", não tinha sido ainda apropriado que a terra fosse chamada em nome deles, pois se eles tivessem morado na terra "sem ter feito Brachá", não haveria sentido na terra ter sido dada a eles. No momento em que o povo judeu se aproximou e os Knaanim liberaram a terra por sua própria vontade, eles demonstraram o reconhecimento de que "No princípio D'us criou os Céus e a terra" (Bereshit 1:1) e, como foi Ele quem a criou, Ele pode dá-la a quem bem entender. Os Knaanim entenderam que até aquele momento era a vontade de D'us que a terra ficasse com eles, mas que daquele momento em diante a vontade de D'us era tirar a terra deles e dar ao povo judeu, por isso eles se levantaram e foram embora. O Midrash está afirmando que o ato dos Knaanim terem levantado e ido embora revelou, de maneira retroativa, que foi apropriado D'us ter chamado a terra em nome deles, "Eretz Knaan".
    
É importante parar para refletir sobre este ensinamento do Midrash. Se Knaan não tivesse se levantado e saído por vontade, o que teria ocorrido? Como D'us havia prometido a terra para o povo judeu, eles a conquistariam de qualquer maneira e, ao invés dos Knaanim terem sido recompensados por seu ato, eles teriam sido castigados. Eles sairiam da terra expulsos após uma guerra contra o povo judeu, na qual certamente muitos do povo morreriam. Além disso, teriam todos os seus bens capturados, como aconteceu com os outros povos que tentaram resistir à entrada do povo judeu. Mas como os Knaanim tomaram a decisão correta, receberam como recompensa uma boa terra para viver.


Isto se aplica a tudo o que temos na vida. Tudo pertence a D'us e Ele nos dá com a condição de que utilizemos os nossos recursos para o Serviço Divino e o nosso crescimento espiritual. Como na história do filho que não escuta o pai, algumas vezes somos teimosos e utilizamos o mundo material de maneira egoísta e equivocada, apenas pelo proveito momentâneo, esquecendo que tudo pertence a D'us. Isto causa uma revelação retroativa de que não valeu a pena D'us ter nos dado e, por isso, podemos perder as Brachót que Ele nos manda. Porém, quando utilizamos nossos bens materiais da maneira correta, conforme D'us nos ensinou, então transformamos o mundo material em espiritualidade e demonstramos que foi apropriado o que recebemos Dele. Esta atitude abre as portas para recebermos Brachót em todas as áreas da vida e fazem com que D'us queira continuar investindo em nosso crescimento.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm

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                   São Paulo: 17h20  Rio de Janeiro: 17h08                    Belo Horizonte: 17h15  Jerusalém: 19h07
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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