| | VÍDEO DA PARASHÁ VAETCHANAN | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ VAETCHANAN - Moshé implora para entrar na Terra de Israel.
- Fundamentos da Emuná.
- Obediência a D'us.
- Exílio e Retorno.
- Cidades de Refúgio.
- Repetição dos Dez Mandamentos.
- Shemá Israel.
- Mitzvá da Mezuzá.
- Perigos da Prosperidade.
- Recordando o Êxodo e transmitindo para as futuras gerações.
- Advertência contra a assimilação quando entrarem na Terra de Israel.
| | | TAPAS QUE SALVAM - PARASHÁ VAETCHANAN 5781 (23 de julho de 2021) Em 1812, o exército francês cercou Moscou. O exército russo defendeu a cidade com valentia e o cerco acabou estendendo-se por muito tempo. O rigoroso inverno russo estava se aproximando e as tropas francesas estavam com a moral em baixa. Muitos oficiais aconselharam Napoleão Bonaparte a abandonar o cerco e recuar. - O que vocês estão dizendo faz sentido - admitiu Napoleão - porém, antes eu gostaria de descobrir como está a moral dos soldados russos, para poder tomar uma decisão. Mas como seria possível saber qual era o nível da moral dos soldados russos? A única maneira seria verificando pessoalmente. Então Napoleão e alguns oficiais escolhidos a dedo disfarçaram-se de camponeses russos e entraram na cidade. Eles seguiram alguns soldados russos até uma taverna e sentaram para ficar escutando a conversa deles. Não levou muito tempo para escutarem os soldados reclamando da fome pela qual estavam passando e da vontade coletiva de se render. Radiantes de alegria, Napoleão e seus companheiros se levantaram para sair. De repente, um dos soldados russos viu Napoleão e, apontando para ele, começou a gritar: - Camaradas, esse é o Napoleão! Seus amigos começaram a rir e debochar dele, achando que ele estava bêbado. Porém, o soldado insistiu, dizendo que, quando esteve na França, tinha visto Napoleão pessoalmente. Ele tinha certeza que aquele era Napoleão! Mas os amigos não acreditavam. O que o Imperador da França estaria fazendo em uma taverna russa? O soldado russo insistiu, deixando Napoleão preocupado. Se ele fosse descoberto, seria capturado e morto. Enquanto os soldados russos discutiam, Napoleão e seus oficiais rapidamente bolaram um plano. - Ei, Sasha - disse um dos oficiais franceses a Napoleão - venha cá! Napoleão, fingindo-se de bêbado, derramou um copo de vodka na camisa do oficial. O oficial, fingindo estar irritado, deu um berro e um tapa na cara de Napoleão, derrubando-o no chão. Então ele começou a chutá-lo, gritando: "Seu bêbado desgraçado, tome isto e mais isto!". O espetáculo chamou a atenção dos soldados russos. - Olhe só, Bóris - um deles gritou, gargalhando - Aí está o seu Napoleão! É assim que eles tratam o Imperador? Ao ver aquela cena, os soldados perderam o interesse em Napoleão e ele conseguiu escapar. Ao retornarem ao acampamento, o oficial que havia batido em Napoleão se ajoelhou e implorou por perdão. - Perdoar? - disse Napoleão - Eu devo minha vida a você, pois foram estes tapas e pontapés que me salvaram!" Às vezes também recebemos "tapas" de D'us. Mas precisamos saber que é por bondade e misericórdia que Ele nos bate, para nos ajudar e, muitas vezes, salvar nossas vidas, tanto fisicamente quanto espiritualmente. | | Nesta semana lemos a Parashá Vaetchanan (literalmente "E eu implorei"), que continua trazendo os últimos discursos de Moshé antes do seu falecimento e da entrada do povo judeu na Terra de Israel. Moshé continua relembrando os principais acontecimentos dos últimos 40 anos, entre eles o decreto de D'us de que ele não poderia entrar na Terra de Israel junto com o povo, por ter tirado água golpeando a pedra. Moshé implorou para que D'us o permitisse entrar na Terra de Israel, mas a resposta foi negativa. Logo depois D'us pediu para Moshé subir em uma montanha e olhar para a Terra de Israel. Aconteceu então um grande milagre e Moshé conseguiu ver toda a Terra de Israel, incluindo cada pequeno detalhe. Mas para que foi necessário este milagre? Além disso, será que este milagre não causou mais sofrimento em Moshé? Quando alguém está jejuando, a fome começa a apertar na hora do almoço. Se alguém aparecesse com uma refeição apetitosa, com um cheiro delicioso, não seria ainda mais difícil aguentar o jejum? Da mesma forma, Moshé já havia recebido o duro castigo de não entrar na Terra de Israel. Se já não bastasse isso, D'us ainda ordenou que ele subisse em uma montanha e olhasse para a Terra de Israel. Isso não causou ainda mais vontade em Moshé, aumentando seu sofrimento? Se Moshé não iria entrar, será que não era melhor nem ter visto a Terra de Israel? Outro detalhe importante é que este Shabat também é chamado de "Shabat Nachamu" ("Consolem-se"), por causa das palavras iniciais da Haftará lida na semana, na qual o profeta Yeshayahu consola o povo judeu pela destruição do nosso Primeiro Beit Hamikdash. Mas qual é a conexão deste conceito do consolo do povo judeu com o duro decreto de Moshé e o sofrimento dele ter visto a Terra de Israel sem poder entrar? Antes de tudo, precisamos entender por que Moshé queria tanto entrar na Terra de Israel. Será que era para comer dos seus frutos deliciosos ou para olhar suas belas paisagens? O Talmud (Sotá 14a) ensina que o desejo de Moshé de entrar na Terra de Israel era para ter a oportunidade de cumprir todas as Mitzvót da Torá, já que muitas só podem ser cumpridas dentro da Terra de Israel, como a Mitzvá de Shemitá (Ano Sabático). Apesar da insistência, demonstrando o amor de Moshé pelas Mitzvót, a reposta de D'us foi negativa. Mas o Talmud diz que D'us tranquilizou Moshé: "Você está preocupado com a recompensa do cumprimento das Mitzvót que só podem ser feitas dentro da Terra de Israel? Não se preocupe, vou considerar como se você tivesse cumprido todas elas". Por que D'us considerou que Moshé cumpriu todas as Mitzvót, mesmo as que ele não teve a oportunidade de cumprir? A mesma pergunta surge em relação a Yaacov Avinu. Quando Yaacov estava voltando para casa, depois de passar 20 anos na casa de seu tio Lavan, ele pediu para que seus mensageiros dissessem para seu irmão Essav: "Com Lavan morei e demorei até agora" (Bereshit 32:5). Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que a palavra "Morei", em hebraico "Garti", tem o valor numérico de 613, o mesmo número de Mitzvót da Torá. Yaacov estava mandando uma mensagem para Essav: "Mesmo morando na casa de um perverso, eu cumpri todas as Mitzvót da Torá". Yaacov quis dizer para Essav que ele tinha uma proteção Divina especial por ter cumprido a vontade de D'us mesmo vivendo entre pessoas perversas. Porém, se Yaacov estava fora de Eretz Israel, então era impossível ele ter cumprido todas as Mitzvót da Torá, já que muitas delas só podem ser cumpridas em Israel. Então como entender a mensagem que Yaacov mandou para Essav? Como ele pode ter cumprido todas as Mitzvót? A resposta é que muitas vezes queremos cumprir uma Mitzvá, mas somos impedidos por motivos de força maior e situações que estão fora do nosso controle. Por exemplo, uma pessoa vai ao hospital visitar seu amigo doente, querendo cumprir a Mitzvá de "Bikur Cholim", mas ao chegar ao hospital recebe a notícia que o paciente já não pode mais receber visitas. Neste caso, quando alguém fez de tudo o que poderia para cumprir uma Mitzvá, mas foi impedido por uma força maior, nos Céus é considerado como se esta Mitzvá tivesse sido cumprida. Outro exemplo é que estamos obrigados a habitar na Sucá, uma cabana temporária, durante os 7 dias da Festa de Sucót. Porém, quando chove ou as condições climáticas não permitem que a pessoa permaneça na Sucá, ela está isenta. Nossos sábios ensinam que, neste caso, devemos sair da Sucá com dor e pesar, de cabeça baixa, e não com um sentimento de "estou livre". Se a pessoa sofre por não estar conseguindo cumprir uma Mitzvá, como Yaacov Avinu, então é considerado como se ela estivesse efetivamente cumprindo-a de maneira plena. De acordo com os nossos sábios, quanto maior o esforço e o sofrimento para cumprir uma Mitzvá, maior a sua recompensa. Desta maneira entendemos o motivo pelo qual D'us mostrou a Terra de Israel para Moshé. Não foi para fazê-lo sofrer à toa, e sim para lhe dar mais recompensa pelas Mitzvót. Ele não poderia cumpri-las por motivo de força maior, pois D'us o havia impedido de entrar na Terra de Israel. Mas Moshé havia feito tudo o que podia para cumpri-las. E, justamente por causa do sofrimento que Moshé sentiu por não conseguir cumpri-las, elas tiveram ainda mais valor. Ver a Terra de Israel e as Mitzvót que ele poderia ter feito causou uma tristeza profunda em Moshé, que depois foi transformada em méritos espirituais, que embelezaram ainda mais as Mitzvót. Este ensinamento da Parashá carrega três mensagens importantes. Em primeiro lugar, nos ensina a não sermos precipitados no nosso julgamento. O que parecia uma crueldade de D'us, de causar a Moshé um sofrimento desnecessário, se mostrou uma enorme bondade oculta. Precisamos sempre julgar todos para o bem, especialmente D'us, pois tudo o que Ele faz é por bondade, é com perfeição e uma visão completa e ilimitada. Além disso, nos ensina o amor que devemos sentir pelas Mitzvót. Quando não tivermos a possibilidade de cumpri-las, devemos sofrer por isso, e não nos alegrarmos com o sentimento de estarmos "livres de um peso". Finalmente, este ensinamento nos ajuda a responder uma das perguntas filosóficas que mais afligem a humanidade: "Por que pessoas boas sofrem?". Temos uma visão limitada dos sofrimentos. Muitas vezes, quando passamos por sofrimentos, questionamos a bondade de D'us. Porém, isso é um grande equívoco, pois sofrimentos podem ser amargos, mas são para o nosso benefício. O Talmud (Brachót 33b) ensina que devemos agradecer pelas coisas "ruins" da mesma forma que agradecemos pelas coisas boas, pois, em última instância, tudo é para o bem. Remédios podem ser amargos, mas não são ruins, pois salvam. Da mesma maneira, os sofrimentos são um remédio que nos salva, fisicamente e espiritualmente. Esse entendimento é o verdadeiro consolo do povo judeu. A destruição dos nossos Templos foram tapas dados por D'us para nos despertar e nos ajudar a reajustar o nosso foco. Que possamos nos consolar neste Shabat, pois todo aquele que se enluta pela destruição de Jerusalém certamente terá a alegria de ver sua reconstrução. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle, Chaia bat Yehudit. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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