sexta-feira, 1 de setembro de 2023

RECONHECIMENTO E AGRADECIMENTO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KI TAVÔ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel

Avraham Yaacov ben Miriam Chava


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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  
Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 


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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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PARASHÁ KI TAVÔ



         São Paulo: 17h36                  Rio de Janeiro: 17h24 

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MENSAGEM DA PARASHÁ KI TAVÔ

ASSUNTOS DA PARASHÁ KI TAVÔ
  • Primeiros Frutos (Bikurim).
  • Declaração pela separação dos Dízimos.
  • Relacionamento de D'us e o povo judeu.
  • O novo pacto: as pedras escritas.
  • Tornando-se uma Nação.
  • A Brachá e a Klalá.
  • A Brachá pela obediência.
  • A Klalá pela desobediência.
  • O Pacto.
  • O discurso final de Moshé.
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RECONHECIMENTO E AGRADECIMENTO - PARASHÁ KI TAVÔ 5783 (01/set/23)

"O Rav Shalom Eisen zt"l (Israel, 1916 - 1987) foi um importante Dayan (juiz) em Jerusalém por muitos anos. Uma de suas características mais marcantes era o "Hakarat HaTov", saber reconhecer as bondades recebidas. Por exemplo, durante a época em que ele estava muito doente, alguns jovens estudantes da Yeshivá que se revezavam para ajudá-lo em casa. Sempre que ocorria alguma Simchá destes jovens estudantes, o Rav Shalom se esforçava para participar delas, apesar das dificuldades, da dor e das restrições causadas por sua doença. E quando o Rav Shalom dava suas aulas, ele se levantava, apesar da dificuldade e das dores. Ele dizia que se sentia obrigado a dar as aulas e a se levantar, em uma demonstração de gratidão aos jovens alunos que cuidavam dele.

Porém, uma das suas maiores demonstrações de Hakarat HaTov ocorreu quase no final de sua vida. Com o tempo a doença do Rav Shalom foi piorando, suas pernas foram ficando mais fracas e seus olhos escureceram. Um médico de Israel orientou que ele fizesse um tratamento novo nos Estados Unidos. Ele foi, passou lá algum tempo e, quando voltou, continuou a lutar contra aquela doença que o consumia pouco a pouco. Então, chegou Adar, o mês da alegria, mas uma notícia muito triste chegou ao povo judeu: o falecimento do Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986), um dos maiores rabinos dos Estados Unidos. Seu enterro foi realizado em Jerusalém no dia seguinte da Festa de Purim. O Rav Shalom, doente e debilitado, queria muito participar, principalmente por se tratar de um dos maiores rabinos da geração. Porém, seu filho não permitiu, argumentando que ele não tinha forças para isso e, portanto, estava isento da obrigação. O Rav Shalom aceitou o argumento do filho e decidiu não ir ao enterro. Porém, poucos dias depois, ele chamou seu filho e disse:

- Preciso da sua ajuda. Parece que, de acordo com a lei, você precisa juntar um Minian para ir ao túmulo do Rav Moshe Feinstein e pedir perdão em meu nome por eu não ter participado do seu funeral.
 
- Pai, você não fez nada de errado! Você não tinha forças para participar - disse seu filho, chocado - Como você poderia ter ido?

- Você tem razão - respondeu o Rav Shalom - de acordo com a lei, eu estava isento de participar do enterro. Apesar do Rav Moshe Feinstein ser um grande líder do povo judeu, uma situação que obriga todos a participarem de seu enterro, mesmo assim eu estava isento, pois eu não tinha forças. Porém, lembrei de algo importante. Quando eu estive nos Estados Unidos, deitado em uma cama, fraco e fragilizado, eu vi quando o Rav Moshe Feinstein veio me visitar. Como ele fez este esforço por mim, eu sinto muita gratidão por ele. Pode ser que eu estava isento de participar do enterro dele pelo lado da Halachá, mas não sei se eu estava isento pelo lado do Hakarat HaTov. Por isso, preciso ir ao seu túmulo pedir desculpas.
 
O Rav Shalom não se tranquilizou enquanto seu filho não prometeu que iria até o túmulo do Rav Moshe Feinstein, acompanhado de um Minian, para pedir perdão."
 
O Hakarat HaTov é uma das características mais importantes que precisamos desenvolver. Devemos reconhecer e sentir gratidão mesmo pelas pequenas coisas que recebemos dos outros.

Nesta semana lemos a Parashá "Ki Tetsê" (literalmente "Quando você sair"), que traz uma quantidade enorme de Mitzvót, muitas delas "Bein Adam Lehaveiró", nos ensinando a importância de sermos misericordiosos e bondosos com as outras pessoas, e preocupados com os bens dos outros da mesma forma que nos preocupamos com os nossos próprios bens.
Nesta semana lemos a Parashá Ki Tavô (literalmente "Quando você vier"), que traz algumas Mitzvót que somente poderiam ser cumpridas depois que o povo judeu entrasse, conquistasse e se assentasse na Terra de Israel. Uma delas é a Mitzvá de Bikurim, na qual eram oferecidas as primeiras frutas de cada colheita, como está escrito: "E você tomará das primícias de todos os frutos da terra" (Devarim 26:2).

O Midrash traz um ensinamento muito interessante em relação à Mitzvá de Bikurim. A Torá começa com as palavras "No princípio D'us criou". A palavra "Princípio", "Bereshit", refere-se às primeiras frutas que nasciam, também chamadas de "Reshit". Isto significa que em mérito das primícias o mundo foi criado. Porém, o que este Midrash está nos ensinando? Qual é a singularidade da Mitzvá de Bikurim, a ponto de ser considerado que o mundo foi criado por causa dela?

Além disso, o Talmud (Bikurim 3:3) nos ensina que todos os trabalhadores de Jerusalém ficavam de pé diante daqueles que traziam os Bikurim e lhes perguntam sobre seu bem-estar. Porém, isto é contraditório com outro ensinamento, de que os trabalhadores estavam isentos de ficarem de pé e saudarem até mesmo os estudiosos de Torá enquanto estavam trabalhando, para que não ficassem ociosos e cometessem a transgressão de roubo! A resposta é que Torá está nos ensinando o quanto a Mitzvá de Bikurim é amada. Mas o que torna esta Mitzvá tão especial e querida aos olhos do povo?

Explica o Rav Yaacov Naiman zt"l (Bielorússia, 1909 - EUA, 2009) que a Mitzvá de Bikurim tem o efeito de plantar no nosso coração a Emuná. Porém, que tipo de Emuná precisa ser plantada? Se for a Emuná de que foi D'us que criou os céus e a terra, não é necessária uma Mitzvá para isso. Uma pequena reflexão leva cada indivíduo a reconhecer que há um Criador do mundo. Assim como uma estrutura, mesmo a mais simples, não pode ser construída sem um construtor, o mundo, em sua incrível perfeição e harmonia, não pode ter se criado sozinho, de forma completamente aleatória, através de uma explosão descontrolada.

Porém, há uma área na qual os Bikurim nos ajudam a colocar Emuná no coração. É fácil perceber a "Mão" de D'us na criação do universo, mas é difícil perceber a "Mão Divina" também nas coisas feitas pelo homem. Nossa tendência natural é pensar que nossa própria força e habilidade foram as responsáveis pelo nosso sucesso, ao invés de acreditar plenamente naquilo que dizemos: "E Você que dá vida a todos". A cada respiração deveríamos agradecer a D'us e louvá-Lo, pois é Ele que nos concede vida e força a cada instante. Sem Sua influência, seríamos apenas corpos mortos. Portanto, tudo o que temos vem apenas Dele.

O ser humano precisa entender que toda ação que parece estar sendo realizada por ele mesmo, através da sua própria força, na verdade é realizada pela força de D'us, pois não temos força própria. Este conceito é encontrado no início da Parashá "Ki Tetzê", onde está escrito: "Quando você sair à guerra contra seus inimigos que Hashem, teu D'us, entrega nas suas mãos" (Devarim 21:10). Ir à guerra envolve um grande esforço, além de investimentos em armas e equipamentos de guerra. Porém, mesmo assim, o ser humano deve saber que "Hashem, teu D'us, entrega nas suas mãos", pois é Ele que faz tudo acontecer.
 
Essa Emuná pode ser enraizada em nosso coração através da Mitzvá de Bikurim, pois quando o ser humano cultiva, planta, colhe e traz o fruto para sua casa, ele sente que o sucesso é graças ao seu esforço e sabedoria. Mas a Torá exige que ele vá ao Cohen e diga: "Declaro hoje a Hashem, teu Deus, que cheguei à terra que D'us jurou aos nossos antepassados ​​que nos daria" (Devarim 26:3). Ao fazer isso, ele anula a noção de que é seu próprio poder e força que resultaram em seu sucesso, e ao dizer: "D'us jurou que nos daria" ele expressa o reconhecimento de que tudo vem de D'us. Como o objetivo da criação dos céus e da terra é que o ser humano reconheça que toda a criação, e tudo que ela contém, pertence D'us, os Bikurim nos levam a esse entendimento. Por isso, foi em mérito dessa Mitzvá que o mundo foi criado.

Há, no entanto, mais um enorme benefício quando entendermos que mesmo os atos humanos são direcionados por D'us: o reconhecimento da bondade que recebemos, um dos fundamentos do Serviço a D'us. D'us criou e mantém o ser humano com bondade ilimitada. A vida, a alimentação, e o próprio ar que respiramos, entre outras coisas, são expressões da bondade de D'us, e devemos reconhecer esta bondade. Uma pessoa com sensibilidade espiritual constantemente refletirá e perceberá que D'us é o provedor de todo o bem que ele recebe, e agradecerá a Ele por isso. Por outro lado, aquele que é insensível, que não reconhece as bondades, não terá o hábito de agradecer a D'us pelas bondades que recebe.

O Rav Naiman, em nome do Ramban, explica que o versículo "um povo estúpido e não sábio" (Devarim 32:6) se refere aos Apikorsim (hereges). Mas por que o Apikores é chamado de "estúpido"? Pois ele não reconhece a bondade Divina. É como um homem que é convidado para a casa de seu amigo e desfruta de sua hospitalidade, comendo e bebendo, mas que se recusa a reconhecer a gentileza de seu anfitrião. Um homem assim é chamado de estúpido, e está a um pequeno passo da heresia, pois aquele que não reconhece a bondade do próximo também não reconhecerá a bondade de D'us.

Na primeira praga no Egito, Aharon foi designado para golpear o rio Nilo, e não Moshé, pois Moshé tinha a obrigação de reconhecer a bondade que o Nilo havia feito por ele quando era um bebê. Se em relação a um objeto inanimado é necessário reconhecer a bondade recebida, muito mais em relação a um ser humano. Portanto, a Torá enfatiza a importância da Mitzvá dos Bikurim. Ao trazer as primícias, o ser humano reconhece a bondade de D'us, percebendo a bênção que foi derramada sobre sua terra. É por isso que o Midrash ressalta que o mundo todo foi criado em mérito dos Bikurim, pois, se conseguirmos reconhecer e agradecer por tudo o que D'us nos faz de bondade, já terá valido a pena o mundo ter sido criado. 

SHABAT SHALOM - QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA

              R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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