quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

POR QUE VOCÊ NÃO PEDIU AO DONO? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT SHEMOT 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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ASSUNTOS DA PARASHAT SHEMOT
  • O Crescimento do povo judeu.
  • O "novo" Faraó e a opressão.
  • Bebês jogados no Nilo.
  • Nascimento de Moshé.
  • Moshé sai para ver seus irmãos.
  • Moshé foge para Midian.
  • O arbusto ardente.
  • Moshé é apontado como salvador do povo judeu.
  • Moshé "discute" com Hashem.
  • Moshé volta ao Egito.
  • Brit Milá do filho de Moshé.
  • Moshé e Aharon pedem ao Faraó a liberação do povo judeu.
  • O Faraó aumenta o trabalho do povo.
  • Os judeus reclamam com Moshé.
  • Moshé reclama com Hashem.
BS"D

POR QUE VOCÊ NÃO PEDIU AO DONO? - PARASHAT SHEMOT 5781 (08 de janeiro de 2021)

 
Uma Yeshivá de Jerusalém estava arrecadando fundos para fazer uma homenagem especial em memória de seu querido Rosh Yeshivá, que havia recém falecido. Uma parede da Yeshivá seria dedicada à memória do Rosh Yeshivá, e cada pessoa que doasse 100 mil dólares teria a oportunidade de deixar lá uma dedicatória.
 
Shmuel era um homem muito generoso, que no passado havia contribuído generosamente para a Yeshivá. Ele era muito próximo do falecido Rosh Yeshivá e se sentia como parte da sua família. Seu sonho era participar daquele belo memorial. Porém, por causa de uma forte crise econômica, ele havia perdido muito dinheiro e não tinha os meios para fazer uma doação naquele valor. Ele tentou conseguir o dinheiro de várias maneiras, mas nada funcionou. Shmuel estava muito triste com a possibilidade de não participar daquela homenagem.
 
Uma vez por semana, Shmuel estudava um livro de Emuná com um colega de estudos. Ele comentou com seu colega sobre a homenagem ao Rosh Yeshivá e desabafou sobre a sua tristeza de não poder participar. Perguntou se o colega tinha alguma ideia de como conseguir aquela quantia. Seu colega de estudos perguntou:
 
- Você já tentou rezar para isso? Você já pediu o dinheiro ao verdadeiro Dono de todo o dinheiro?
 
Shmuel se sentiu envergonhado. Na verdade, havia pensado em várias soluções, havia feito tentativas em diversas áreas, mas havia se esquecido do principal: ainda não havia rezado e pedido ajuda para D'us. Naquele mesmo dia, Shmuel rezou. Abrindo seu coração, ele pediu para que D'us o ajudasse a cumprir aquela Mitzvá.
 
Alguns dias depois, seu advogado tributário telefonou para informá-lo que havia cometido um grande erro, algo que nunca havia feito na vida. Ao fazer o cálculo dos impostos, ele havia errado e, por muitos anos, Shmuel havia pagado ao governo muito mais do que devia. Mas o advogado trouxe também uma boa notícia. Ele havia entrado com um pedido de devolução, que foi aceito pelo governo. Shmuel foi informado naquele telefonema que receberia de volta um valor de aproximadamente... 100 mil dólares!!!
 
Shmuel viu a mão de D'us no que havia ocorrido. Era exatamente a quantia necessária para a sua sonhada doação. Apesar de estar passando por um momento de dificuldade financeira, ele não teve dúvidas do que fazer com aquele dinheiro. Afinal, D'us havia escutado sua Tefilá e o havia ajudado a cumprir a Mitzvá que ele tanto sonhava: dar a honra merecida ao Rosh Yeshivá. (História real)

Nesta semana começamos o segundo Livro da Torá, Shemot, que trata principalmente do processo de escravização do povo judeu no Egito e o surgimento de Moshé, o grande salvador e líder do povo judeu que, sob o comando de D'us, conseguiu libertar o povo judeu, com milagres e sinais, depois de dois séculos de uma escravidão brutal.
 
Na Parashat desta semana, Shemot (literalmente "Nomes"), D'us se revelou para Moshé e o apontou como o responsável pela libertação do povo judeu. Mas a "negociação" não foi fácil, pois inicialmente Moshé recusou o cargo, por sua enorme humildade, argumentando que haviam pessoas mais elevadas que ele e, portanto, mais adequadas para o cargo de liderança. Outro argumento utilizado por Moshé foi: "Eu Te imploro, D'us. Não sou um homem de palavras, nem de ontem, nem de anteontem, nem desde o tempo em que Você falou ao Teu servo, pois eu tenho uma boca e uma língua pesadas" (Shemot 4:10). Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Moshé tinha um problema na fala, que lhe causava uma imensa dificuldade de se comunicar. Como ele poderia ser o líder do povo e discutir com o Faraó a libertação dos judeus tendo tamanha dificuldade? Mas D'us insistiu, dizendo que era Ele que permitia que o ser humano falasse e, portanto, faria com que as palavras de Moshé saíssem claramente da sua boca quando ele falasse com o Faraó. Além disso, D'us também convocou Aharon, o irmão mais velho de Moshé, para que o acompanhasse e fosse a "boca de Moshé" diante do Faraó.
 
Porém, deste ensinamento surge uma pergunta muito óbvia. O problema levantado por Moshé era um questionamento verdadeiro, já que dificilmente alguém com dificuldades na fala poderia ser um líder e argumentar com sucesso com um estadista poderoso. Por que D'us não fez a solução mais simples de todas, que seria curar a fala de Moshé? Desta maneira, não seria necessária uma intervenção constante de D'us e nem a companhia de Aharon!
 
Nossos sábios trazem muitas respostas para este famoso questionamento. Por exemplo, o Ramban (Nachmanides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) começa recordando o incidente que levou à dificuldade de fala de Moshé. Quando ele era um bebê, foi encontrado por Batia, a filha do Faraó, e criado no palácio real egípcio. Mas sempre que o Faraó brincava com o bebê, ele tirava a coroa da cabeça do Faraó e a colocava em sua própria cabeça. Os conselheiros do Faraó se preocuparam com aquele comportamento. Será que aquele bebê não era a pessoa que eles haviam visto nas estrelas, que estava destinada a derrubar o Faraó e destruir o Egito? Com medo, sugeriram matar o bebê. Yitró, futuro sogro de Moshé, que era um dos conselheiros do Faraó, sugeriu fazer um teste para ver se as ações do bebê eram indicativas de seu futuro. Yitró colocou uma tigela de ouro e uma tigela de carvão em brasa diante do bebê. Se ele pegasse o ouro, revelaria que agia com conhecimento e, portanto, deveria ser morto. Se ele colocasse a mão nas brasas, revelaria que estava agindo como um bebê normal, sem compreensão de suas ações, e poderia viver. Moshé instintivamente foi atrás do ouro, mas D'us enviou o anjo Gabriel para empurrar a sua mão e fazer com que ele agarrasse as brasas. Ao sentir a mão queimando, Moshé quis aliviar a dor colocando a mão, com a brasa, dentro da boca. Foi desta maneira que ele queimou sua boca, causando desde a infância uma grande dificuldade para falar. Como o problema da fala era um testemunho do milagre que havia acontecido na infância de Moshé, D'us não quis removê-lo completamente, para que fosse um lembrete constante para ele.
 
Explica o Rav
Dovid Rosman que o mesmo conceito pode ser utilizado para entendermos o nome pelo qual Moshé era chamado por D'us. Na realidade, ele tinha muitos nomes, e Moshé foi justamente o nome dado por Batia, a filha do Faraó. Por que D'us escolheu chamá-lo por este nome? Pois Moshé significa "tirar das águas", e este nome constantemente o lembrava que ele havia sido salvo das águas, enquanto outros bebês haviam morrido afogados. Isto despertava seu reconhecimento pelas bondades que havia recebido.
 
O Rav Nissim ben Reuven zt"l (Espanha, 1320 - 1376), mais conhecido como Ran, aumenta ainda mais a pergunta sobre a cura de Moshé. O Talmud (Nedarim 38a) afirma que um profeta deve ser sábio, forte, rico e humilde. Entende-se a necessidade da sabedoria e humildade, mas por que a força e a riqueza também são pré-requisitos para um profeta? Ele explica que um profeta é um representante de D'us e, por isso, deve ser completo em todas as áreas, para que as pessoas o honrem e o respeitem. A natureza do ser humano os leva a respeitar e admirar pessoas ricas e fortes. Então por que D'us nunca curou Moshé, o maior profeta de todos os tempos, se a habilidade de falar também é algo determinante na forma como alguém é percebido pelos outros?
 
O Ran responde que as pessoas tendem a prestar atenção em alguém que é um orador cativante, com habilidades oratórias excepcionais, mesmo que fale mentiras. Por outro lado, as pessoas tendem a ignorar um palestrante com dificuldades de se expressar, mesmo que suas palavras sejam verdadeiras. Como D'us entregou a Torá através de Moshé, D'us deixou sem cura a sua dificuldade de fala, para que ninguém pudesse argumentar que a nação judaica só aceitou a Torá por causa do discurso eloquente e cativante de Moshé.
 
A explicação do Ran traz uma lição importante para as nossas vidas. Com frequência, as pessoas aceitam líderes com base em suas qualidades externas, e não pelos seus méritos verdadeiros, necessários para a causa que eles defendem. Instintivamente somos atraídos pelas qualidades exteriores e superficiais, mais facilmente percebidas, em vez dos valores intrínsecos, que embora mais sutis, são muito mais importantes de serem encontrados em um verdadeiro líder. Essa tendência de limitar nosso escopo de avaliação dos outros também permeia nosso cotidiano. Ao lançar um julgamento de caráter sobre os outros, devemos lutar contra o impulso de limitar nossa opinião às "primeiras impressões", derivadas de estímulos percebidos apenas externamente. Devemos buscar mais profundamente o verdadeiro caráter da pessoa. Devemos evitar entrar no enganoso sistema de valores que enfatiza a fisicalidade e a superficialidade, e buscar apenas a verdade.
 
Finalmente, o Ramban traz outra resposta que, embora simples, é profundamente impactante em nossas vidas. D'us não curou Moshé de sua dificuldade na fala simplesmente porque Moshé não pediu a D'us que o curasse. Estamos sempre fazendo os nossos esforços, nas mais diversas áreas, para atingir os nossos objetivos na vida. Porém, às vezes, tudo o que precisamos fazer é rezar. Isto nos ensina uma lição muito importante em relação à Tefilá. Embora Moshé já tivesse sua deficiência por quase toda a sua vida, D'us ainda queria que ele rezasse para ser curado.
 
Não apenas devemos pedir ajuda para usar todo o potencial que D'us nos deu, mas também devemos pedir a D'us ainda mais capacidades do que temos naturalmente. Precisamos pedir para sermos mais sábios do que já somos e termos uma compreensão mais profunda das coisas, mais do que nossas capacidades naturais permitiriam. Com nossos esforços, aliados à nossa Tefilá sincera, alcançaremos os nossos objetivos.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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