| | VÍDEO DA PARASHAT VAIECHI | | | ASSUNTOS DA PARASHAT VAIECHI - Doença e os últimos dias de Yaacov.
- Brachá para Efraim e Menashé.
- Brachá (e bronca) aos filhos.
- Último pedido de Yaacov.
- Falecimento e luto por Yaacov.
- Yossef pede permissão para enterrar Yaacov em Israel.
- O enterro de Yaacov.
- Yossef tranquiliza seus irmãos.
- A morte de Yossef.
| | | SABEDORIA PARA ATINGIR O OBJETIVO - PARASHAT VAIECHI 5781 (31 de dezembro de 2020) "Certa noite, ao chegar em casa, o Sr. André encontrou seu filho largado no sofá, assistindo televisão, e ficou preocupado. O que seria do seu filho? Que futuro teria aquele rapaz que, já em idade de se casar, só pensava em assistir televisão, jogar playstation e sair com os amigos? Já havia tentado conversar, brigar e até mesmo deixá-lo de castigo, mas nada funcionava. De repente, teve uma ideia genial. Com um sorriso enorme, disse ao filho: - Filhão, escolhi uma ótima moça para você se casar. Já vou marcar a data do casamento. - Mas pai, eu quero escolher sozinho a minha noiva - resmungou o filho, sem tirar os olhos da televisão. - Meu filho, você não entendeu. É um partido incrível. Ela é filha do Bill Gates! - disse o pai, empolgado. - Bem, neste caso, eu aceito - disse o filho, como se tivesse acordado para a vida. Então o Sr. André foi procurar o Bill Gates. E já foi direto ao assunto: - Querido Bill Gates, estou aqui para um assunto importante. Tenho o marido perfeito para a sua filha. - Mas minha filha ainda é muito jovem - disse Bill Gates, surpreso com a proposta daquele desconhecido. - Eu sei - disse o Sr. André, com a voz confiante - mas o jovem que que proponho para ser seu genro é simplesmente o vice-presidente do Banco Mundial. Não jogue fora uma oportunidade como esta! - Neste caso, tudo bem - disse Bill Gates, concordando que não valia a pena perder um genro como aquele. Finalmente, o Sr. André foi falar com o Presidente do Banco Mundial. Com um enorme sorriso, anunciou: - Sr. Presidente, eu tenho um jovem que gostaria de recomendar para ser o vice-presidente do Banco Mundial. - Agradeço, mas não tenho interesse em contratar ninguém - disse o presidente, sem muita paciência. - Mas espere, Sr. Presidente - disse o Sr. André, empolgado - O jovem é o futuro genro do Bill Gates. - Neste caso, ele pode começar amanhã mesmo - disse o Sr. Presidente, ao escutar quem seria o excelente funcionário que estaria trabalhando para ele. Quando o Sr. André voltou para casa, estava tudo resolvido. Seu filho, um jovem ocioso, que não queria nada na vida, seria genro do Bill Gates e vice-presidente do Banco Mundial. Um pouco de astúcia resolveu tudo" Apesar de ser apenas uma piada, esta história nos ensina uma lição importante: há momentos na vida em que, ao invés de usar a força, precisamos usar a nossa sabedoria para conseguir o que queremos. | | Nesta semana lemos a Parashat Vaiechi (literalmente "E viveu"), fechando o primeiro livro da Torá, Bereshit. Yaacov, após vinte e dois anos, se reencontrou com seu filho Yossef, que havia se tornado o vice rei do Egito. Yaacov foi com toda a família morar no Egito, para escapar da fome profetizada por Yossef através dos sonhos do Faraó. Na verdade, aquele era o início do primeiro exílio do povo judeu, conforme D'us havia profetizado para Avraham. Yaacov acabou vivendo no Egito por dezessete anos, e faleceu aos 147 anos. Antes de seu falecimento, Yaacov fez um pedido especial ao seu filho Yossef. Como Yaacov não queria ser enterrado no Egito, ele fez Yossef prometer que o levaria para a Terra de Israel, para ser enterrados com seus antepassados, como está escrito: "Eis que vou morrer. Na minha sepultura, que cavei para mim na Terra de Knaan, lá você me enterrará" (Bereshit 50:5). Mas o que significa que Yaacov cavou uma sepultura? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que a linguagem "cavei" refere-se à compra da sua sepultura, na Mearat Hamachpelá, local onde estavam enterrados os outros patriarcas e matriarcas. Porém, deste ensinamento surge um enorme questionamento. Se Avraham já havia comprado de Efron a Mearat HaMachpelá, por que Yaacov precisou novamente comprar a sua sepultura? Rashi explica que Yaacov precisou comprar de Essav o direito de ser enterrado lá. Ele pagou uma fortuna, literalmente uma enorme pilha de dinheiro, tudo o que ele havia juntado durante os anos de trabalho na casa de seu tio Lavan. Porém, esta resposta de Rashi ainda não resolve a dificuldade levantada. Sabemos que o direito de ser enterrado na Mearat HaMachpelá pertencia ao filho primogênito. A partir do momento em que Yaacov comprou de Essav, por um prato de lentilhas, o direito da primogenitura, automaticamente ele recebeu o direito de ser enterrado junto com seus ancestrais. Além disso, Avraham havia adquirido aquela terra para que fosse usada como local de sepultamento dos patriarcas e matriarcas, aqueles que continuariam seu legado e contribuiriam para o estabelecimento e formação do povo judeu. Claramente Yaakov era o herdeiro do legado de Avraham, não Essav. Portanto, se Yaacov já tinha o direito de ser enterrado na Mearat HaMachpelá, então por que ele precisou pagar, e uma quantia tão alta, por algo que já era seu? De acordo com Rashi, Yaakov Avinu havia juntado muito dinheiro em Padan Aram. Porém, ele não queria se beneficiar daquela riqueza que havia acumulado na casa de Lavan, por considerá-la "impura". Quando estava voltando para casa, ocorreu o reencontro com seu irmão Essav. Neste reencontro, Essav deixou claro que se sentia no direito de ser enterrado na Mearat HaMachpelá. Para evitar uma discussão, que poderia tomar proporções maiores e se tornar uma luta armada entre os dois irmãos, Yaakov pagou com todo o dinheiro que havia juntado na casa de Lavan. Mas a pergunta continua. Se Yaakov era contrário a ter qualquer benefício daquele dinheiro, então por que usou para pagar Essav? Não é considerado que ele teve proveito daquele dinheiro, por ter utilizado para comprar seu lugar de enterro na Mearat HaMachpelá? Explica o Rav Yochanan Zweig que embora Yaakov não quisesse se beneficiar dessa riqueza, ele também não queria jogá-la fora, pois seria um desperdício. Isso criou um enorme dilema, pois mesmo se ele decidisse dar aquele dinheiro de presente para outra pessoa, quem recebesse se sentiria endividado com ele e, portanto, Yaakov estaria se beneficiando daquele dinheiro. Se Yaakov usasse o dinheiro em uma compra, ele se beneficiaria do item que receberia em troca e seria, portanto, parte daquela riqueza indesejada. Então o que poderia ser feito com aquele dinheiro, sem receber nenhum proveito e sem desperdiçá-lo? Quando Yaakov ficou sabendo que Essav afirmava ser o legítimo detentor dos direitos de ser enterrado na Mearat HaMachpelá, ele enxergou uma incrível oportunidade para se desfazer daquela riqueza indesejada. Além de Essav já ter vendido a primogenitura, ele também fez mau uso do seu livre arbítrio e desperdiçou seu potencial de se tornar um dos patriarcas do povo judeu. Portanto, seu entendimento de que era o legítimo dono da sepultura na Mearat HaMachpelá foi baseado em sua percepção distorcida da realidade, apenas uma ilusão. Portanto, na realidade, Yaakov não estava fazendo uma compra com aquele dinheiro, pois a sepultura já era sua por direito. O intuito de Yaakov foi aplacar a fúria de Essav e se livrar do dinheiro indesejado. Por um lado, Essav não se sentiu endividado com seu irmão, pois não considerou o dinheiro como sendo um presente, e sim como o pagamento de algo que lhe pertencia e estava sendo vendido. Portanto, Essav não sentiu nenhuma gratidão pelo dinheiro recebido. Além disso, o que Yaakov recebeu na venda, o direito de ser enterrado na Mearat HaMachpelá, também não pode ser considerada um benefício, pois era algo que já pertencia a ele. Deste ensinamento aprendemos algo muito importante para nossas vidas. Como Yaacov resolveu o dilema que tinha na vida? Utilizando sua sabedoria. Quando Essav disse que o direito de ser enterrado na Mearat HaMachpela era dele, Yaacov poderia ter brigado com ele, poderia ter iniciado uma enorme discussão, trazendo diversos argumentos lógicos, mas que certamente não traria nenhum resultado, pois Essav vivia em uma total ilusão e nunca aceitaria nenhum argumento lógico que provasse que ele estava errado. Talvez aquela discussão terminaria até mesmo em uma luta armada entre os irmãos. Então Yaacov, ao invés de brigar e usar a força, usou a sua sabedoria, resolvendo dois problemas de uma só vez: se livrar de um dinheiro indesejado, sem jogá-lo fora e, ao mesmo tempo, sem ter nenhum tipo de proveito dele. Há um ditado popular que diz: "Não precisamos sempre ter a razão. Às vezes é necessário sermos sábios". Muitas vezes entramos em discussões e brigas para mostrarmos que temos razão, e normalmente acabamos perdendo muito mais do que se tivéssemos evitado aquela briga. Discussões de trânsito terminam em agressões físicas. Discussões por pequenos valores terminam nos tribunais, causando enormes perdas para os dois lados. Isto demonstra falta de sabedoria. A sabedoria está em encontrar soluções pacíficas para resolver os nossos problemas, sem brigas nem discussões. Para resolver seus problemas, aprenda a deixar passar, a abrir mão, a resolver os problemas sem usar a força física. Aprenda a usar a força da sabedoria. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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