| | MENSAGEM DA PARASHÁ TSAV | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ TSAV - Cinzas do Altar.
- 3 fogos do Altar.
- Leis da Oferenda de Minchá (Farinha).
- Oferenda do Cohen Gadol e seus filhos.
- Leis das Oferendas de Pecado (Chatat).
- Leis das Oferendas de Culpa (Asham).
- Presentes dos Cohanim.
- Leis das Oferendas de Agradecimento (Todá)
- Pigul e Notar - Oferendas que não são mais aceitas.
- Proibição de consumir as Oferendas em um estado de impureza.
- Proibição de comer gordura (Chelev) e sangue.
- A Porção das oferendas dada ao Cohen.
- Consagração dos Cohanim.
| | | CONSTÂNCIA NO SERVIÇO DIVINO - PARASHÁ TZAV 5783 (31/mar/23) "Alberto era comerciante muito honesto e esforçado. Porém, uma tragédia abateu-se sobre ele. Quando ele chegou certa manhã à sua fábrica, viu que seus armazéns estavam em chamas. Desesperado, ele chamou os bombeiros, que trabalharam duro para conter as labaredas. Após o incêndio ter sido controlado, Alberto descobriu que todo seu estoque tinha sido arruinado. Agora ele estava sem um centavo e, para piorar, tinha uma grande dívida a ser paga por toda a matéria prima que havia sido comprada à credito. O que ele poderia fazer? Desesperado com sua situação, Alberto decidiu ir até o escritório de Ronaldo, o fornecedor das matérias primas, e contar tudo que estava ocorrendo. Ronaldo, um homem compreensivo e bondoso, ficou com pena de Alberto. Além de apagar as dívidas dos seus registros, ele ainda estendeu uma nova linha de crédito, fornecendo uma nova remessa de matéria prima para que Alberto pudesse recomeçar seu negócio. Foi uma verdadeira salvação. A notícia da generosidade de Ronaldo se espalhou pela cidade e, pouco tempo depois, Pedro foi bater na porta do escritório de Ronaldo, pedindo dinheiro para abrir um negócio. - Como é que você tem a audácia de vir me pedir dinheiro sem nem mesmo me conhecer? - perguntou Ronaldo, um pouco incomodado. - Porém, você deu um grande crédito ao Alberto! - argumentou Pedro, ofendido - Por que você o ajudou, mas agora não quer me ajudar? - Como é que você quer se comparar ao Alberto? - questionou Ronaldo - Eu já fiz milhares de dólares em negócios com ele durante vários anos! Eu o conheço e sei que posso confiar nele, pois ele sempre me pagou em dia. Portanto, quando uma tragédia se abateu sobre ele, eu lhe dei uma linha de crédito. Porém no seu caso, eu nem te conheço! Se eu lhe emprestar algum dinheiro, quem me garante que você vai me devolver?" O Magid MiDuvno (Lituânia, 1741 - Polônia, 1804) ficava extremamente incomodado quando muitos judeus vinham para a Tefilá apenas em Rosh Hashaná e Yom Kipur, deixando de aparecer durante os outros dias do ano. Então ele ensinava para as pessoas, através desta parábola, que da mesma maneira que a pessoa que tem um bom conceito com o fornecedor vai ser auxiliada quando passar por um momento de dificuldade, assim também alguém que tem um bom conceito com D'us, através da sua constância no cumprimento das Mitzvót, também receberá um auxílio especial e o benefício da dúvida durante os momentos de necessidade. | | A Parashá desta semana, Tzav (literalmente "Ordene"), continua trazendo detalhes sobre os Korbanot. A Parashá foca em alguns Korbanot que também os Cohanim precisavam oferecer, tais como a "Minchá Chinuch", oferecida pelo Cohen quando ele fazia pela primeira vez na vida os Serviços do Mishkan, e a "Minchá Chavitin", oferecida diariamente pelo Cohen Gadol, duas vezes por dia. A Parashá também fala de outro interessante Korban, chamado "Korban Todá", oferecido como agradecimento por uma pessoa que passou por algum risco de vida e se salvou. A pessoa trazia o Korban como uma demonstração de reconhecimento que sua salvação foi através da Mão de D'us, e não apenas sorte ou acaso. Um dos utensílios mais importantes no Serviço de Korbanot é justamente o Mizbeach, o Altar de sacrifícios, onde partes dos Korbanot eram queimadas e em cujas paredes o sangue dos Korbanot era jogado. Alguns detalhes interessantes sobre o Mizbeach são trazido na Parashá. Havia três fogueiras que ficavam constantemente acesos sobre o Mizbeach. Uma delas é chamada de "Maarachá Guedolá", a grande fogueira, onde os Korbanot eram queimados. Além disso, havia a "Maarachá Shenia shel Ktoret", uma segunda fogueira, de onde eram retirados os carvões em brasa utilizados no Serviço diário do Ktoret, o incenso, feito de manhã e de tarde. Finalmente, havia a "Maarachá Lekium HaEsh", uma fogueira cujo propósito era perpetuar o fogo. Este era o local de onde madeiras em chamas eram retiradas e levadas à fogueira principal quando necessário. Na verdade, havia dois tipos de fogo no Mishkan que ficavam acesos de forma contínua: o "Esh Tamid" e o "Ner Tamid". O primeiro era um fogo de calor intenso, que queimava constantemente no Mizbeach, enquanto o segundo era uma pequena chama que ficava acesa continuamente em uma das velas da Menorá. O que estes dois tipos de fogo nos transmitem? O fato de ambas as chamas queimarem continuamente, sem interrupção, têm um significado importante em nosso Serviço espiritual. Nós também temos uma "centelha Divina" dentro de nós, a nossa alma, que é uma parte de D'us. Porém, para que a nossa alma possa transmitir este "calor espiritual" para o nosso corpo, precisamos mantê-la constantemente acesa. Isso pode ser conseguido através das coisas que alimentam o fogo da nossa alma, que é o estudo da Torá com alegria e o cumprimento das Mitzvót com entusiasmo. Como o fogo do Mizbeach, devemos ser vigorosos e vibrantes no nosso Serviço a D'us, em tudo o que fazemos. No entanto, por outro lado, sempre que fazemos coisas grandiosas, corremos o risco de nos tornarmos arrogantes. Para nos prevenir deste perigo, temos o exemplo do Ner Tamid, que não era um fogo poderoso e impressionante, e sim uma modesta chama, mas que fazia o seu "trabalho" de maneira constante e contínua. A Torá está nos ensinando que, tanto se a chama for forte e vigorosa quanto se for pequena e modesta, acima de tudo devemos nos lembrar de que ambas ardiam continuamente, sem interrupções, sem muitos "altos e baixos". Isso nos ensina que nós também devemos agir desta maneira em nosso Serviço diário para D'us. É isso o que Ele quer de nós, a constância e a continuidade. Devemos permanecer consistentes em nosso Serviço Divino, mostrando tanto o entusiasmo quanto a modéstia em nosso cumprimento da Torá. Nossa conexão espiritual deve existir em todos os momentos, assim como as chamas no Mishkan. Em contraste com outras religiões, que normalmente concentram o serviço em "picos espirituais", isto é, em momentos de maior inspiração, os judeus concentram seu Serviço Divino nas atividades mundanas, do dia a dia, que são as que ocupam a maior parte da nossa vida. A palavra "religião" vem de "religar", isto é, após alguns momentos desconectados de D'us, a pessoa se religa a Ele em momentos esporádicos. Não é isso o que D'us quer de nós, Ele quer uma conexão constante, sem interrupções. Isso pode ser observado em um comportamento interessante que um judeu tem quando vai se deitar e quando se levanta no dia seguinte. A última coisa que um judeu faz antes de dormir é o "Kriat Shemá Sheal HaMitá", isto é, uma declaração de Emuná que D'us cuidará de nós durante o sono. A primeira coisa que um judeu faz quando acorda é o "Modê ani Lefanecha", um agradecimento por D'us ter cuidado e devolvido a nossa alma enquanto dormíamos. Portanto, se a última coisa que fazemos antes de dormir é nos conectarmos a D'us, e a primeira coisa que fazemos ao acordar é nos conectarmos a D'us, então mesmo durante o sono estávamos conectados com Ele. Portanto, um judeu não se desconecta de sua espiritualidade nem mesmo quando vai dormir. Nós também temos "picos espirituais" e "explosões de inspiração", mas o verdadeiro Serviço a D'us é em relação às coisas comuns do dia a dia. Por exemplo, um dos nossos Serviços centrais é o "Korban Tamid" (oferenda diária), que era oferecido todos os dias, sem exceção, de manhã e de tarde. Este Korban nos ensina a lição de que o crescimento espiritual contínuo e duradouro não é possível sem a noção de regularidade. Para construir uma base espiritual sólida, não devemos nos concentrar em eventos pontuais, e sim na rotina diária. Esse não é um desafio fácil em nossas vidas. Ensina o Pirkei Avot que o mundo se sustenta sobre três pilares: a Torá, através do seu estudo e do cumprimento de suas Mitzvót; a Avodá, principalmente através dos Korbanot; e os atos de bondade, caridade e misericórdia com o próximo. A Tefilá atualmente está substituindo os nossos Korbanot, até que tenhamos o mérito da reconstrução do nosso Beit Hamikdash. Porém, uma das grandes dificuldades é repetir diariamente as mesmas palavras nas rezas e, ainda assim, manter o frescor e a vitalidade. Por exemplo, sentimos a diferença da nossa Tefilá em momentos especiais do ano, como em Rosh Hashaná e Yom Kipur, ou em momentos nos quais precisamos muito da ajuda de D'us, como no caso de uma doença ou dificuldades financeiras. Mas o que acontece em um dia comum, quando estamos saudáveis e com estabilidade financeira? A nossa Tefilá torna-se algo sem vitalidade, que fazemos no "piloto automático". O mesmo ocorre em outras áreas espirituais, nas quais um primeiro momento de inspiração é logo substituído por um comportamento de descaso e apatia. O segredo está em refletirmos sobre a importância do nosso Serviço espiritual. Cada Mitzvá que fazemos nos eleva e nos conecta com D'us. Cada Tefilá é uma oportunidade de falarmos com D'us, expressando nosso agradecimento ou nossa Emuná de que Ele pode nos ajudar em tudo o que necessitamos. Nossos sábios explicam que há coisas que precisam de reforço constante, e uma dela é a Tefilá. Através das chamas do Mishkan, a Torá está instruindo os judeus a levarem a inspiração do Mishkan para suas rotinas diárias. D'us dá valor ao Serviço diário, e não apenas a picos de inspiração. Nosso Serviço de rotina, feito com alegria e vitalidade, é tão importante para D'us quanto a entrega da Torá no Monte Sinai. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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