| | VÍDEOS DA PARASHÁ MIKETZ | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ MIKETZ - Os dois sonhos do Faraó.
- Yossef é chamado para interpretar os sonhos.
- Yossef se torna o vice rei.
- Yossef se casa com Osnat.
- A estratégia de Yossef é implantada no Egito.
- Yossef tem dois filhos: Efraim e Menashé.
- Começam os anos de fome no Egito.
- Yaacov manda seus filhos aos Egito.
- Yossef reconhece seus irmãos, mas eles não o reconhecem.
- Yossef acusa os irmãos de serem espiões.
- Os irmãos de Yossef se arrependem.
- Yossef prende Shimon e exige a vinda de Biniamin.
- Yaacov se recusa a enviar Biniamin.
- A fome continua e Yaacov é obrigado a enviar Biniamin.
- Yossef testa seus irmãos e esconde cálice de prata na sacola de Biniamin.
- Biniamin é acusado de roubo e condenado a virar escravo.
| | | A HONESTIDADE ABRE PORTAS - PARASHÁ MIKETZ E CHANUKA 5782 (03/dezembro/2021) "Na Yeshivá Etz Chaim, localizada na cidade de Volozhin, havia um excelente aluno que subitamente adoeceu e necessitava de cuidados médicos. O Rav Chaim Volozhin zt"l (Lituânia, 1749 - 1821), o Rosh Yeshivá, pediu para que outro aluno acompanhasse o rapaz até a casa de seus pais, onde ele poderia receber o tratamento adequado. Como a casa ficava a mais de um dia de jornada, ao anoitecer eles passaram a noite em uma pequena hospedaria. De manhã cedo, antes de partirem, o jovem acompanhante pagou a sua parte, mas o amigo doente não tinha trazido dinheiro. Ele ficou desesperado, mas foi tranquilizado pelo dono da hospedaria e recebeu a permissão de pagar depois. Eles continuaram, então, rumo à casa dos pais do aluno doente. Ao chegarem, o jovem doente se lembrou da dívida e entregou ao seu amigo o dinheiro para o pagamento da hospedaria, pedindo para que o pagamento fosse feito imediatamente quando ele passasse por lá na volta. O amigo garantiu que assim o faria e despediu-se do amigo doente, desejando-lhe uma pronta recuperação. Porém, no caminho de volta para a Yeshivá, apesar de novamente ter passado a noite naquela mesma hospedaria, o rapaz acabou esquecendo-se e o dinheiro acabou ficando, sem intenção, em sua posse. Enquanto isso, o estado de saúde do rapaz doente piorou e ele acabou falecendo em pouco tempo. Seus amigos da Yeshivá, ao escutarem as más notícias, ficaram muito tristes com o ocorrido. Eles participaram do seu enterro e prestaram as homenagens finais. Passados alguns dias, o Rav Chaim Volozhin estava caminhando pelos corredores da Yeshivá quando se deparou com a alma do rapaz que havia falecido. O Rav Chaim Volozhin aproximou-se e perguntou o que havia acontecido no Julgamento Celestial dele. O rapaz falecido lhe respondeu que havia sido decretado que ele iria para o Gan Éden. Porém, ao chegar lá, um anjo impediu sua entrada, dizendo que havia uma transgressão de roubo em suas mãos, pois ele não havia pago a hospedaria. Apesar de ter dado o dinheiro para o seu amigo pagar, o dono da hospedaria não havia recebido o pagamento e, com isso, não havia perdoado a dívida. Por aquele motivo era impossível deixá-lo entrar no Gan Éden. Mas como o Tribunal Celestial viu que ele não teve culpa no ocorrido, permitiram excepcionalmente que ele viesse falar com seu rabino para pedir que ele o ajudasse a resolver a situação daquela dívida e assim pudesse entrar no Gan Éden. O Rav Chaim Volozhin imediatamente chamou o aluno que havia acompanhado o falecido até a casa dos pais e ordenou que ele se dirigisse à hospedaria e pagasse a dívida do amigo falecido, o que ele prontamente fez. O rapaz falecido não apareceu mais para o Rav Chaim Volozhin e encontrou o merecido descaso no Gan Éden". Vemos como nosso Julgamento Celestial será rigoroso em relação à nossa honestidade. Se até mesmo um ato não intencional foi cobrado de forma tão rigorosa, como será a cobrança de atos intencionais de desonestidade? | | Nesta semana lemos a Parashá Miketz (literalmente "Ao fim de"), que continua descrevendo os altos e baixos da vida de Yossef. Após ter passado 12 anos na prisão, acusado de forma injusta, já sem esperanças de um dia ser libertado, Yossef viu seu destino mudar de repente. Como aconteceu na história de Chanuka, quando D'us interveio e nos ajudou na batalha contra os gregos, deixando Sua "marca" através do milagre do óleo, Yossef também foi salvo milagrosamente e percebeu a Mão de D'us direcionando os eventos. O Faraó havia sonhado com vacas magras que engoliam vacas gordas e com espigas queimadas que engoliam espigas bonitas, e acordou muito assustado. Porém, nenhum dos seus conselheiros e magos conseguiu interpretar corretamente os sonhos. Após ter recebido do copeiro chefe, cujo sonho havia sido interpretado por Yossef na prisão, a indicação de que Yossef poderia interpretar seus sonhos, o Faraó resolveu convocá-lo. Quando questionado se ele conseguiria interpretar os sonhos, Yossef fugiu de qualquer tipo de honra e reconhecimento. Assim ele respondeu ao Faraó, com muita humildade: "Isto está além de mim. É D'us que responderá o bem estar do Faraó" (Bereshit 41:16). E, logo em seguida, não apenas Yossef interpretou o sonho, mas ainda consertou erros que o Faraó intencionalmente inseriu na descrição deles para testá-lo. Os sonhos significavam que viriam sete anos de muita fartura no Egito, seguidos de sete anos de muita fome. A repetição dos sonhos era um indicativo de que a vontade de D'us começaria a se cumprir imediatamente. Yossef sugeriu que durante os sete anos de fartura fosse guardada muita comida, e uma pessoa sábia e honesta fosse escolhida para supervisionar o trabalho, garantindo o futuro dos egípcios. O Faraó gostou tanto da interpretação de Yossef para os seus sonhos que o nomeou como responsável pela supervisão do trabalho. Porém, em relação a este acontecimento surge uma grande pergunta: como o Faraó pôde ter tanta confiança em Yossef, a ponto de nomeá-lo como o principal administrador do plano para salvar o Egito da fome que estava por vir? É verdade que Yossef era uma pessoa sábia, mas como o Faraó pôde acreditou em alguém que havia acabado de sair da prisão e que até então era apenas um escravo? O Rav Chaim Shmulevitz zt"l (Lituânia, 1902 - Israel, 1979) explica que o Faraó percebeu a honestidade de Yossef quando ele começou dizendo que não tinha nenhum poder de interpretar sonhos, e sim que tudo era um presente de D'us. Yossef, mesmo desejando ser libertado da prisão e diante de uma incrível oportunidade, não queria receber créditos. Esta honestidade mostrou que ele era uma pessoa totalmente confiável. Portanto, este é o primeiro ensinamento valioso da Parashá: a importância da honestidade. A honestidade abre muitas portas em nossa vida, conforme ensina o mais sábio de todos os homens, Shlomo Hamelech: "Melhor um bom nome do que um bom azeite" (Kohelet 7:1). Explica o Rav Moshé Alshich zt"l (Império Otomano, 1508 - Israel, 1593) que o bom óleo ilumina, mas uma hora ele termina, enquanto o bom nome conquistado brilha para sempre. A honestidade é tão importante que a primeira pergunta que o Tribunal Celestial nos fará quando sairmos deste mundo será: "Você foi honesto nos negócios?", antes mesmo de nos perguntar se fixamos tempos para o nosso estudo da Torá e se esperamos todos os dias pela redenção. Mas honestidade não significa apenas não roubar e não enganar. Existe honestidade nos atos, mas também existe honestidade nos pensamentos. Por exemplo, na Parashá da semana passada, Vaieshev, está escrito que os irmãos de Yossef sentiam ódio dele "e não conseguiam falar com ele em paz" (Bereshit 37:4). Parece que a Torá está fazendo apenas uma dura crítica aos irmãos de Yossef, por eles não conseguirem controlar o sentimento de ódio em relação ao próprio irmão. Porém, Rashi (França, 1040 - 1105) explica que realmente a Torá está criticando a atitude deles, mas que dentro desta crítica há um grande elogio. Normalmente as pessoas se comportam de maneira hipócrita, pois de suas bocas saem palavras gentis e amigáveis, mas em seus corações há inveja e sentimentos negativos. A Torá está ressaltando que os irmãos de Yossef eram honestos, isto é, suas bocas e seus corações estavam alinhados. Eles não sabiam ser falsos com Yossef, fingindo que o amavam na frente dele e falando mal dele pelas costas. Isto também é honestidade. Mas qual foi o segredo de Yaacov para ter filhos tão honestos? Os pais querem criar filhos corretos. Eles leem livros, vão a palestras e cursos, tudo para serem os melhores pais. Porém, apesar de não haver uma fórmula mágica para criar filhos bons, há algo que chega muito perto: o exemplo pessoal. Crianças que observam a honestidade e retidão de seus pais serão boas crianças. Já se os pais forem desonestos, mesmo nos pequenos detalhes, seus filhos também serão desonestos. Se os pais contam mentiras para resolver seus problemas, seus filhos também contarão mentiras. Yaacov representa a verdade e a honestidade, e assim saíram seus filhos. O Rav Avraham Yaacov Pam zt"l (Lituânia, 1913 - EUA, 2001) salienta que ser muito estrito e exigente com nossos filhos pode fazer com que eles sejam desonestos. Se eles perceberem que irão sofrer consequências terríveis se forem pegos em um erro, ficarão inclinados a negar. Se, por exemplo, colocarmos uma grande ênfase nas notas escolares, eles vāo acabar colando nas provas. Porém, ter uma criança honesta é muito mais importante do que ter uma criança com boas notas. Se uma criança admite ter feito algo errado e é punida, estamos punindo-a por sua honestidade, e esta é a pior mensagem que podemos passar aos nossos filhos. Mas esta explicação não responde completamente nosso questionamento. A honestidade é certamente um traço de caráter fundamental, uma das primeiras coisas que devemos procurar em um funcionário. Mas como o Faraó sabia que Yossef, além de honesto, também saberia cumprir com perfeição sua missão gerencial? Responde o Rav Zelig Pliskin que a fonte do Lashon Hará, esta transgressão tão grave, que destrói vidas e é a causa da extensão do nosso exílio, é vermos um defeito na pessoa e extrapolarmos, transformando a pessoa em alguém ruim apenas por causa de um defeito. Podemos aprender do Faraó a fazer justamente o contrário e ver as pessoas de forma positiva. Ele viu um ponto positivo no caráter de Yossef, a honestidade, e extrapolou para ver o bem nele em uma escala maior. Este deve ser o modelo usado ao avaliarmos as pessoas. Devemos tentar enxergar os pontos positivos e as boas qualidades dos outros, e mostrar isto para eles. Isto pode ajudar as pessoas a construírem sua autoestima, pois quanto mais a pessoa percebe que possui atributos positivos, mais motivada ficará para utilizar estas forças para um crescimento futuro. Assim, não apenas teremos bons filhos e bons funcionários, mas estaremos criando pessoas melhores e mais felizes. SHABAT SHALOM E CHANUKA SAMEACH R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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