| | VÍDEO DA PARASHÁ TZAV | | | VÍDEO DE PESSACH | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ TZAV - Cinzas do Altar.
- 3 fogos do Altar.
- Leis da Oferenda de Minchá (Farinha).
- Oferenda do Cohen Gadol e seus filhos.
- Leis das Oferendas de Pecado (Chatat).
- Leis das Oferendas de Culpa (Asham).
- Presentes dos Cohanim.
- Leis das Oferendas de Agradecimento (Todá)
- Pigul e Notar - Oferendas que não são mais aceitas.
- Proibição de consumir as Oferendas em um estado de impureza.
- Proibição de comer gordura (Chelev) e sangue.
- A Porção das oferendas dada ao Cohen.
- Consagração dos Cohanim.
| | | A PUREZA DAS CRIANÇAS - PARASHÁ TZAV, SHABAT HAGADOL E PESSACH 5781 (26/março/2021) Certo dia Miriam estava com sua filha no zoológico. Ela prestou atenção em uma senhora já idosa passeando com uma garotinha, provavelmente sua neta. A pequena garotinha, ruivinha, tinha o rosto todo salpicado de sardas vermelhas e brilhantes. Miriam viu quando a garotinha entrou em uma fila onde outras crianças aguardavam para que um artista fizesse uma pintura de bichinhos em seus rostos. - Você tem tantas sardas no rosto que o homem não vai ter onde pintar - gritou um menino mais velho, que também estava na fila, querendo fazer uma piada. Todos na fila olharam para a garotinha e deram risada. Ela, sem graça, abaixou a cabeça, muito triste. Imediatamente a avó ajoelhou-se perto dela e disse: - Eu adoro suas sardas! - Mas eu detesto! - respondeu a garotinha, quase chorando. - Quando eu era menina, sempre quis ter sardas - disse a senhora, passando o dedo pelo rosto da neta - Sardas são tão bonitas! Ao escutar aquelas palavras, a menina levantou o rosto e disse: - Você acha mesmo, vovó? - Claro que acho - disse a avó - Quer ver? Diga-me uma coisa mais bonita do que sardas no rosto! A garotinha, olhando para o rosto sorridente da avó, respondeu suavemente: - Rugas! Aquele momento ensinou algo incrível para Miriam. Se olharmos para os outros com os olhos de pureza das crianças, isto é, os olhos do amor, não veremos o que possam ter de feio, apenas o que têm de bonito. | | Nesta semana lemos a Parashá Tzav (literalmente "ordene"), que traz algumas leis relacionadas com os Korbanót, as oferendas feitas no Mishkan. Como este é o último Shabat antes da Festa de Pessach, ele é conhecido como "Shabat HaGadol", por causa do grande milagre que aconteceu no dia 10 de Nissan, o último Shabat antes da saída do Egito. Naquele dia, os judeus tiveram a coragem de enfrentar seus opressores. O cordeiro era um deus egípcio e, mesmo assim, os judeus levaram cordeiros para casa, para sacrificá-los no dia 14 de Nissan, conforme D'us havia ordenado. O milagre foi que os egípcios, apesar de terem ficado irados com esse "descaramento" dos judeus, não puderam fazer nada contra eles. Logo após o término do Shabat começamos a reviver a Festa de Pessach, também conhecida como "Zman Cheruteinu" (o tempo da nossa liberdade). Uma das partes mais importantes de Pessach é o Seder, no qual as famílias se reúnem, recontam e revivem os eventos da saída do Egito. Porém, percebemos que as crianças têm um papel de destaque nesta noite, tanto nas músicas quanto em um dos momentos mais importantes da noite, o "Má Nishtaná", quando a própria Hagadá anuncia: "Aqui o filho pergunta". Apesar de a Halachá ensinar que este trecho da Hagadá deve ser lido mesmo se não houverem crianças presentes, o "Má Nishtaná" ressalta que o Seder gira em torno das crianças. Por que damos tanta importância para a participação das crianças no Seder? A primeira resposta é que Pessach é a Festa da transmissão do judaísmo para as futuras gerações, o momento mágico no qual acendemos as pequenas almas judias que brilharão no futuro. A vida judaica é como uma mesa giratória. Começamos a vida em uma extremidade da mesa de Pessach e, com o tempo, vamos caminhando em direção à cabeceira. Começamos como netos, observando os rituais com curiosidade, os aromas e melodias da noite, fazendo perguntas e recebendo presentes pelas respostas. Os anos passam e os lugares na mesa começam a mudar. Alguns participantes já não estão mais fisicamente presentes, e sua ausência é sentida mais do que nunca em Pessach. Outros novos chegam para embelezar a mesa e ocupar aquele canto que um dia nos pertenceu. Logo os que conduzem o Seder já são os nossos pais, e nossos filhos ocupam os lugares que antes nos eram reservados, cantando o "Má Nishtaná" com a mesma melodia que um dia aprendemos a cantar. Aos poucos nos aproximamos da cabeceira, entendendo que não somos mais as crianças para quem a história foi contada, mas os pais e avós que têm a responsabilidade de transmiti-la para as futuras gerações. Portanto, Pessach não é apenas a lembrança de uma geração que não está mais aqui, mas também a transmissão para uma geração que ainda está por vir. É nossa responsabilidade criar memórias inesquecíveis em nossos filhos, como aquelas que nossos pais e avós criaram em nós. As crianças de ontem são os pais de hoje e os avós de amanhã. A única maneira de os valores e tradições do passado serem recebidos e honrados no futuro é celebrarmos e vivermos eles no presente, como partes da longa corrente ininterrupta do povo judeu. Mas há um entendimento mais profundo da participação das crianças no Seder. Cada Festa judaica tem seu tema. Pessach é a Festa da libertação do povo judeu da escravidão egípcia. Portanto, seu tema principal é a liberdade. Porém, as Festas judaicas não são apenas lembranças de algum evento que ocorreu há muito tempo. A própria expressão "o tempo da nossa liberdade" não está no passado, está no presente. No passado nós experimentamos a liberdade, e a experimentamos novamente agora, quando celebramos Pessach. A liberdade está no ar durante este momento do ano. Percebemos isso até mesmo na natureza, já que Pessach coincide com o início da primavera na Terra de Israel. A vida começa de novo à medida que ressurge da escuridão do inverno. A redenção do Egito confirma que Nissan é o tempo para a escolha e a liberdade. No breve resumo dos eventos históricos em torno do Êxodo, a Hagadá menciona que os judeus eram "poucos em número... setenta indivíduos" quando eles inicialmente desceram para o Egito, sob a liderança de Yaacov. A frase seguinte, na qual a Hagadá descreve a formação do povo judeu, é "'Lá ele (Yaacov) tornou-se uma nação' - o que ensina que Israel era distinto lá (no Egito)". Vemos que desde os estágios iniciais da formação do povo judeu, já chamávamos a atenção dos outros povos. Yaacov e seus filhos eram uma família de apenas setenta pessoas e, mesmo assim, de alguma forma eles se destacaram entre os milhões de egípcios. Desde o início de nossa existência tínhamos a incrível capacidade de sermos notados em qualquer sociedade onde estivéssemos. A própria existência do povo judeu parece ser definida por uma habilidade de ser diferente, único e excepcional onde quer que estejamos, não importa o quão pequenos em número possamos ser. A escravidão no Egito não era apenas uma escravidão física, mas também uma escravidão psicológica e espiritual. Viver no Egito significava estar amarrado e preso a um modo de trabalho duro e, acima de tudo, inútil, que trazia poucos benefícios pessoais. Homens faziam trabalhos de mulheres e mulheres faziam trabalhos de homens. Um trabalho tedioso e sufocante, que não criava uma identidade e nem satisfação pessoal. De acordo com o Rav Tzvi Nightingale, os egípcios esperavam poder destruir nossa energia e vitalidade por meio de um trabalho árduo, que quebrava o corpo, não apenas pela dificuldade das tarefas, mas também pelo tédio do trabalho. A escravidão no Egito foi a tentativa de apagar o brilho do espírito judaico, que prospera no crescimento e na mudança. O Egito se materializou novamente na Alemanha nazista, frio, escuro, sem vida e cinza. Os alemães tentaram tirar a nossa liberdade e o companheiro mais próximo dela, a criatividade. E quem representa mais a liberdade e a criatividade do que as crianças? Não é por acaso que sociedades sombrias e imorais, como o Egito de 3.500 anos atrás, a Alemanha de 70 anos atrás ou o Estado Islâmico de hoje sejam tão cruéis e insensíveis com as crianças. Os egípcios queriam matar os bebês, e chegaram à brutalidade de os utilizarem como tijolos das construções que os judeus eram forçados a construir. Da mesma forma, os alemães exterminaram 1,5 milhão de crianças judias. O Estado Islâmico transforma seus próprios filhos em bombas ambulantes, e não se importa quando as vítimas de seus atentados são crianças inocentes. Crianças, sem as preocupações do mundo, representam liberdade, vitalidade e criatividade sem limites na vida. O Egito, a Alemanha e o Estado Islâmico, que não se importam com a liberdade e a criatividade e, portanto, com a própria vida, não hesitaram em destruir as maiores expressões do amor infinito pela vida e pela liberdade que as crianças representam. Portanto, é justo e apropriado que respondamos a essa morte, escuridão e confinamento tendo as crianças como o ponto central da Hagadá e do Seder. Respondemos às sociedades malignas, que tentaram esmagar a força vital da criatividade, com o riso despreocupado e a curiosidade questionadora das crianças, que procuram explorar e descobrir as oportunidades infinitas da vida. Na noite do Seder, que as vozes das crianças judias se levantem para perguntar e cantar, permitindo que a exuberância desordenada e irrestrita das crianças nos conduza à liberdade e à vida que todos nós buscamos. SHABAT SHALOM E PESSACH KASHER VE SAMEACH R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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