sexta-feira, 20 de março de 2020

CONSERTANDO OS ERROS DO PASSADO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5780:

São Paulo: 17h56                   Rio de Janeiro: 17h43 
Belo Horizonte: 17h50                  Jerusalém: 17h15
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VÍDEOS DAS PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI
BS"D
ASSUNTOS DA PARASHAT
 
Vayakel
 
- O Shabat.
- Contribuição de materiais para o Mishkan.
- Os construtores do Mishkan.
- Indicação dos "Arquitetos".
- Construindo o Mishkan.
- Construindo as cortinas do Ohel Moed.
- Construindo as Tábuas (estrutura do Ohel Moed).
- Construindo a Parochet e a Tela de entrada
- Construindo o Aron (Arca Sagrada) e a Kaporet.
- Construindo a Shulchan (Mesa).
- Construindo a Menorá.
- Construindo a Altar de Incenso.
- Construindo o Mizbeach (Altar de Sacrifícios).
- Construindo o Kior (Lavatório).
- Construindo o Pátio e a Tela de entrada.


Pekudei
 
- A Contabilidade das doações.
- Os materiais doados.
- Fazendo as roupas do Cohen Gadol.
- Fazendo o Éfod (Avental).
- Fazendo o Choshen Mishpat (Peitoral).
- Fazendo o Meil (Manto).
- Fazendo o Tsits (Placa para a cabeça).
- O Mishkan é completado.
- Moshé aprova o Mishkan e seus utensílios.
- Ordens para erguer o Mishkan.
- O Mishkan é erguido e os utensílios são posicionados.
- A Presença de D'us preenche o Mishkan.






 

CONSERTANDO OS ERROS DO PASSADO - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5780 (20/março/2020)


"Era uma vez um rei muito grande e poderoso, que governava muitos países. Seu tesouro mais precioso era um diamante. Porém, não era um simples diamante, era o diamante mais perfeito do mundo. Certo dia, durante uma festa, o rei quis ostentar seu diamante, passando-o de convidado em convidado, sobre um travesseiro de veludo macio, para que todos pudessem contemplá-lo. Porém, um dos convidados se descuidou e deixou-o cair no chão. Para o desespero do rei, o diamante perfeito sofreu um arranhão profundo com a queda.

Imediatamente o rei convocou os melhores joalheiros do reinado para verificarem aquele defeito em seu diamante. Após avaliarem o estrago, os joalheiros informaram que não poderiam remover o defeito sem cortar a superfície do diamante, o que certamente reduziria o seu valor. O rei ficou extremamente triste ao saber que seu diamante perfeito perderia seu valor. Mas ele não desistiu da ideia de salvar seu precioso diamante. Continuou procurando, de reinado em reinado, alguém que pudesse consertar a sua incrível joia sem que ela perdesse seu inestimável valor. Até que, em um reinado distante, um artista garantiu ao rei que poderia reparar seu diamante. A autoconfiança do artista convenceu o rei a confiar a ele o reparo do diamante.

Alguns dias depois, o artista voltou com o diamante. O rei ficou surpreso ao ver que o arranhão profundo havia sumido. Em seu lugar, uma linda rosa estava gravada no diamante. O arranhão havia se tornado o caule de uma flor refinada".

Temos dentro de nós um diamante perfeito, que é a nossa alma. Às vezes nós a "riscamos", através das transgressões que cometemos. Mas nem tudo está perdido. Através do arrependimento, podemos transformar os "riscos" da nossa alma em uma incrível oportunidade de crescimento.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Vayakel (literalmente "E reuniu") e Pekudei (literalmente "Contas"). As duas Parashiót falam sobre a realização das obras de construção do Mishkan, com todos os seus utensílios, seguindo cada um dos detalhes que haviam sido transmitidos por D'us a Moshé. Finalmente, quando o Mishkan se completou, Moshé o montou e a Presença de D'us repousou sobre ele. A partir da inauguração do Mishkan, os Cohanim puderam iniciar seus Serviços espirituais, como o acendimento da Menorá, a queima dos incensos e a oferenda dos Korbanót (sacrifícios).

Porém, quando refletimos sobre os Serviços feitos no Mishkan, uma dúvida surge: por que apenas os Cohanim tinham o mérito de fazer os Serviços espirituais? Não havia mais ninguém no povo judeu que tinha nível espiritual para este trabalho tão sagrado e importante?
 
Explicam os nossos sábios que, na realidade, este não era o plano original de D'us. Inicialmente os escolhidos para os Serviços espirituais eram os primogênitos, que já nasciam com uma santidade especial, propícia para os Serviços Divinos. Aprendemos este conceito do nosso patriarca Yaacov, que passou por muitos testes e dificuldades na vida, em especial com seu irmão Essav. Tudo começou quando Yaacov comprou a primogenitura de Essav por um prato de lentilha. Mas o que era esse "direito de primogenitura"? Era o privilégio concedido ao filho primogênito de ministrar os Serviços a D'us, em especial a oferenda de Korbanót. Essav, o filho primogênito de Ytzckak, seria o primeiro sacerdote do povo judeu, mas acabou vendendo o seu direito ao sacerdócio.
 
Este mérito não estava guardado apenas para Essav. Todos os primogênitos estavam originalmente destinados a ter este privilégio, que vinha acompanhado por uma enorme responsabilidade. A escolha dos primogênitos para o Serviço Divino não foi uma escolha arbitrária de D'us. O filho primogênito, o primeiro que saía do ventre de sua mãe, tinha um potencial espiritual inerente que deveria ser canalizado para o Serviço Divino. Este potencial foi reafirmado mais tarde em nossa história, no Egito, durante a Praga da Morte dos primogênitos. Os primogênitos judeus foram poupados da morte, em parte por causa deste potencial, e naquele momento receberam um grau extra de santidade por meio deste ato de salvação e santificação do Nome de D'us. De uma forma simbólica, foi como se, a partir daquele momento, D'us os possuísse.

Porém, infelizmente parte desta santidade se "estragou" quando o povo judeu construiu o Bezerro de Ouro, pouco tempo após a revelação de D'us no Monte Sinai. Quando Moshé desceu da montanha e viu as pessoas dançando alegremente ao redor do Bezerro de Ouro, ele as desafiou e disse: "Quem está com D'us, junte-se a mim" (Shemot 32:26). Somente os membros da Tribo de Levi escutaram o chamado de Moshé e reuniram-se em torno dele. Naquele dia, os primogênitos perderam a liderança espiritual do povo judeu. Ela foi transferida para o Cohanim, os filhos de Aharon, e eles assumiram os Serviços espirituais, inicialmente no Mishkan e, futuramente, no Beit HaMikdash.

Porém, havia ainda um grande problema que precisava ser resolvido: o que fazer com a santidade inerente dos primogênitos, que haviam sido originalmente separados por D'us para o Serviço Divino e pertenciam a Ele? D'us ordenou que os primogênitos fossem "resgatados", isto é, liberados de sua obrigação de servir no Mishkan. Isto deveria ser feito através de uma cerimônia, chamada "Pidion Haben", na qual o pai do bebê primogênito dá cinco moedas de prata ao Cohen, o substituto do primogênito no Serviço Divino.

Porém, esta cerimônia de "Pidion Haben" desperta um incrível questionamento. Como se não fosse ruim o suficiente para os primogênitos perderem seu status especial, D'us ainda fez desta perda uma Mitzvá para todas as futuras gerações. Para entender o que isto significa, é como se o fracasso mais embaraçoso da nossa vida fosse comemorado através de uma Mitzvá transmitida aos nossos filhos e netos. Não parece exatamente o tipo de experiência que desejaríamos reviver. Alguém convidaria seus amigos e parentes, pagaria um fotógrafo e um luxuoso buffet para comemorar um enorme e vergonhoso tropeço? Certamente que não. Mas é exatamente isto o que fazemos no "Pidion Haben". O Cohen pergunta ao pai se ele quer resgatar seu filho por cinco moedas de prata. O pai paga uma festa, dá ao Cohen as cinco moedas de prata, passa por uma suposta vergonha pelos erros de seus antepassados e, apesar de tudo isto, o faz com um incrível sorriso no rosto, diante de muitos convidados que estão felizes com aquela situação! Como podemos entender qual é a alegria do "Pidion Haben"?

Explica o Rav Simcha Barnett que, apesar de a cerimônia do "Pidion Haben" realmente ter um lado "negativo", que nos recorda do terrível tropeço dos nossos antepassados diante do Bezerro de Ouro, ela também traz três incríveis mensagens para a vida, e é justamente por estas mensagens que nos alegramos tanto nesta cerimônia.

Em primeiro lugar, o "Pidion Haben" nos desperta para o fato de que, uma vez que somos obrigados a resgatar o bebê, isentando-o da sua obrigação de realizar os Serviços espirituais, isto significa que aquela criança tem um potencial espiritual mais elevado. A Mitzvá de "Pidion Haben" ajuda os pais a manterem o foco em sua importante missão de tentar ajudar o filho a desenvolver seu verdadeiro potencial ao longo da vida. E, embora a Mitzvá esteja relacionada apenas com o filho primogênito, a lição certamente aplica-se a todos os filhos. É responsabilidade dos pais dar todo o suporte, carinho e atenção necessários para que seus filhos possam crescer de forma saudável e possam cumprir seu objetivo no mundo.

Além disso, a cerimônia de "Pidion Haben" carrega uma incrível lição para as nossas vidas, pois esta Mitzvá traz um forte simbolismo. D'us quer que o povo judeu traga ao mundo valores morais. E a melhor forma de transmitir valores morais é através da família. Uma das prioridades na vida de um judeu deve ser educar seus filhos a viver de acordo com padrões de moralidade elevados. Antes de educar um filho para que ele seja um advogado, engenheiro ou médico, devemos educá-lo para que seja uma pessoa íntegra e com moralidade.

Finalmente, esta cerimônia é a oportunidade de começarmos o conserto do erro dos nossos antepassados. A cerimônia de "Pidion Haben" nos lembra que às vezes caímos e tomamos decisões erradas na vida. No entanto, a porta está sempre aberta para a reconciliação com D'us. A Teshuvá (vontade de retornar, de consertar nossos erros do passado) é tão forte que os nossos erros podem ser transformados em Mitzvót. Este é o caso do Pidion Haben, uma Mitzvá que representa o "conserto" do erro dos primogênitos. O "Pidion Haben" é um lembrete para consertarmos os nossos erros e nos reforçamos nos pontos onde nos desviamos.      
 
Nos programas de computador sempre aparece a função "Undo" (desfazer), que utilizamos quando cometemos algum erro. Esta função "mágica" desfaz o erro como se ele nunca tivesse ocorrido. Na vida não temos a função "Undo". Porém, através do nosso arrependimento sincero, podemos transformar uma transgressão em uma Mitzvá, não apenas consertando um erro do passado, mas transformando-o em uma oportunidade de aprendizado e crescimento espiritual. D'us nunca fecha as portas diante de alguém que apresenta um coração quebrado e arrependido. Esta é a forma de reescrevermos a história da nossa vida. Não apagando os erros do passado, mas aprendendo com eles para escrever um novo futuro.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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