| | MENSAGEM DA PARASHÁ KI TETSÊ | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ KI TETSÊ - Mulheres cativas de guerra
- A porção do Primogênito.
- O Filho Rebelde.
- Enforcamento e enterro do corpo.
- Devolução de objetos perdidos.
- O Animal caído.
- Proibição de homens usarem roupas de mulher e vice versa.
- Espantando a mãe pássaro.
- Parapeito.
- Agricultura Mista e Combinações proibidas.
- Tsitsit.
- A mulher casada difamada.
- Se a acusação é verdadeira e o castigo por adultério.
- A jovem comprometida.
- Violação.
- Casamentos proibidos.
- Santidade do acampamento do exército.
- Abrigando escravos fugitivos.
- Proibição de prostituição.
- Cobrança de Juros.
- Mantendo as promessas.
- O trabalhador em uma videira e no campo.
- Divórcio e novo casamento.
- Isenção da guerra no Shaná Rishoná.
- Proibição de pegar a pedra do moinho como objeto de garantia.
- Sequestro.
- Lembrança do erro de Miriam e a Tzaraat.
- Garantia para empréstimos e a honra do devedor.
- Pagamento de salários na data certa.
- Responsabilidades individuais.
- Consideração pelas viúvas e órfãos.
- Presentes da colheita aos pobres (Leket, Shichechá e Peá).
- Chicotadas.
- Levirato (Ibum e Halitzá).
- Pessoa que ataca seu companheiro.
- Pesos e Medidas corretos.
- Lembrando Amalek.
| | | HONESTIDADE E EMUNÁ ANDAM JUNTAS - PARASHÁ KI TETSÊ 5784 (13/set/24) "O Rav Menachem Nachum Twersky zt"l (Ucrânia, 1730, Polônia, 1787), o "Rebe de Chernobyl", passou por muitas dificuldades ao longo da vida. Seus sofrimentos começaram em uma idade muito tenra, quando ficou órfão de pai e mãe e foi mandado para a casa dos tios, que também eram pobres e não queriam mais uma boca para alimentar. Por isso, ele era visto como "concorrente" e não era tratado com o carinho que um órfão precisa. Para piorar seu sofrimento, seus tios às vezes davam presentes aos filhos, mas faziam questão de entregar na frente do pequeno Nochum, como ele era chamado, que ficava assistindo e nunca recebia nada. De alguma forma, no entanto, o pequeno Nochum sempre aparecia na escola com os mesmos objetos que seus primos. O professor de Nachum começou a suspeitar que ele estava furtando, pois como ele estaria conseguindo os presentes? Quando ele questionou Nochum sobre isso, a pequena criança respondeu com a maior naturalidade: "Ué, meu pai me dá!" - O que você está dizendo? - perguntou o professor, confuso - Você não está imaginando coisas? Seu pai já faleceu há alguns anos! Como ele pôde te dar estes presentes? - Eu não estava me referindo ao meu pai biológico - respondeu Nochum - Eu quis dizer que meu Pai Celestial me dá esses presentes. Eu peço, e Ele me dá. Isso não soou bem aos ouvidos do professor. Parecia uma mentira inventada para escapar da bronca. Havia algo de errado. O professor acabou compartilhando suas preocupações com o tio de Nochum. Apesar de os seus filhos nunca terem reclamado que algo havia sumido de casa, o tio decidiu fazer um teste. Naquela mesma noite, o tio juntou todos os seus filhos na sala e deu uma moeda para cada um deles, na frente de Nochum, mas para Nochum ele não deu nada. Imediatamente Nochum correu para a sinagoga, enquanto o tio e o professor o seguiram. Eles observaram Nochum entrar na sinagoga, abrir a Paróchet, colocar sua cabeça no Aron Hakodesh e chorar: - Avinu SheBashamaim (Meu Pai Celestial), eu também quero uma moeda. Eu quero uma moeda como a que meus primos receberam. Ele repetiu essa Tefilá muitas vezes, enquanto lágrimas rolavam pelo seu rosto. E, então, todos ouviram o ruído de uma moeda caindo no chão. Nochum a pegou com um enorme sorriso. Sua Tefilá havia sido atendida." As dificuldades na vida de Nochum o fizeram desenvolver uma enorme conexão com D'us, incorporando as palavras de David HaMelech: "Meu pai e minha mãe me abandonaram, e D'us me acolheu" (Tehilim 27:10). Quem tem Emuná nem pensa em furtar ou ser desonesto, pois sabe que é D'us que manda tudo o que precisamos. | | Nesta semana lemos a Parashá Ki Tetsê (literalmente "Quando você sair"), que traz diversas leis importantes, entre elas muitos ensinamentos "Bein Adam Lehaveiro", de como nos comportarmos socialmente, para não prejudicarmos o próximo e ajudarmos todos os que tivermos possibilidade. No final da Parashá é trazido um assunto interessante: a nossa constante batalha contra Amalek, como está escrito: "Lembre-se do que Amalek fez a você no caminho, quando você saiu do Egito" (Devarim 25:17). E antes do assunto de Amalek, a Parashá nos adverte contra a posse de balanças imprecisas, com pesos e medidas adulteradas, que permitiriam ao dono da loja enganar seus clientes. Uma pessoa é obrigada a utilizar pesos e medidas estritamente calibrados em suas transações comerciais. Mas qual é a conexão entre estes dois assuntos? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que se uma pessoa possui pesos e medidas fraudulentos, deve se preocupar com o inimigo. Em outras palavras, Rashi está explicando que intencionalmente enganar os clientes nos negócios, através de pesos e medidas adulterados, levará a ataques de Amalek e seus semelhantes. Porém, como entender Rashi? Existem tantas transgressões graves na Torá. Alguém adulterando sua balança para enganar seus clientes em alguns gramas de mercadoria não parece ser a pior coisa do mundo. É muito ruim ser desonesto. É roubo usar pesos e medidas adulterados. Mas por que justamente esta transgressão é o que "atrai" o ataque de Amalek? Se o problema é o roubo envolvido na adulteração, então a Torá deveria trazer a proibição de "Não roubar" ao lado do assunto de Amalek. O roubo direto é muito mais flagrante do que adulterar balanças! Além disso, há uma interessante fonte do Talmud (Baba Batra 88b) que afirma que a transgressão de possuir pesos e medidas imprecisos é mais grave do que a transgressão de relações proibidas. Isso é um pouco assustador! O que há de tão grave em guardar pesos e medidas imprecisos, que o faz ser pior do que relações proibidas? Para responder, o Rav Yssocher Frand sugere antes se aprofundar um pouco nas transgressões da Torá. Quando uma pessoa está correndo risco de vida, ela deve desrespeitar as Mitzvót para salvar sua vida. Aprendemos isso do versículo: "e viva por elas (as Mitzvót)" (Vayikrá 18:5), de onde nossos sábios aprendem que devemos viver pelas Mitzvót, e não morrer por elas. Porém, de acordo com o Talmud (Sanhedrin 74a), há três transgressões que uma pessoa deve entregar sua vida ao invés de transgredi-las: relações ilícitas, assassinato e idolatria. Por que essas três transgressões são as mais graves? Certamente não é porque levam à pena de morte, já que há outras muitas transgressões na Torá que também levam à pena de morte. Então qual é o motivo de tanta rigorosidade? Explica o Rav Naftali Tzvi Yehuda Berlin zt"l (Rússia, 1816 - Polônia, 1893), mais conhecido como Netziv, que todas as nossas transgressões são resultado de três falhas espirituais. A primeira falha é a falta de Emuná, a crença em D'us, um D'us Onisciente, Onipresente e Onipotente. Se uma pessoa comete uma transgressão é porque acredita que D'us não enxerga ou não se importa com o que ela está fazendo. A segunda falha é o desejo desenfreado, a pessoa ser dominada pelo seu Yetser Hará, que utiliza "iscas" tentadoras. A terceira falha são os traços de caráter negativos, tais como raiva, arrogância, inveja, etc, associados com a falta de autocontrole. As três transgressões mais graves representam a essência dessas três graves falhas espirituais. Idolatria é a transgressão cometida puramente pela falta de Emuná. Relações ilícitas é a clássica transgressão associada à luxuria e aos desejos desenfreados. Finalmente, assassinato resulta de traços de caráter muito ruins. Por exemplo, a pessoa mata outro ser humano quando está com tanta raiva que já não tem mais controle sobre si mesma. É por isso que D'us nos ordena morrermos para não cometermos estas três transgressões. Às vezes, uma pessoa também pode combinar mais de uma dessas falhas espirituais. Por exemplo, se alguém mantém sua loja aberta em pleno Shabat, o que isso significa? Por um lado, indica uma falta de Emuná, a pessoa não acredita e não confia que D'us pode lhe mandar seu sustento mesmo sem ela trabalhar no Shabat. Mas também pode envolver um desejo desenfreado por dinheiro, de acumular bens. A pessoa simplesmente não consegue aguentar a ideia de ficar um dia inteiro perdendo "oportunidades" de vender e ganhar dinheiro. Qual é o pior dessas três gravíssimas transgressões e suas falhas espirituais correspondentes? O Netziv sugere que a idolatria é a pior. Em relação às relações ilícitas, podemos entender que o Yetser Hará venceu e a pessoa sucumbiu aos desejos do corpo. Em relação ao assassinato, também é possível entender que foi um momento de descontrole. Sabemos como é quando ficamos com raiva e perdemos momentaneamente o controle, falando e fazendo coisas que nos arrependemos depois. Mesmo que não podemos aprovar estes atos hediondos, ao menos podemos entender que o que aconteceu foram instantes de descontrole. Porém, em relação à idolatria, que representa a falta de Emuná, não há como justificar e nem entender. Não há desejo físico pela idolatria. Não existe alguém que faz idolatria por causa de um desequilíbrio momentâneo. Então, o que leva alguém a cometer idolatria? A pessoa simplesmente não acredita em D'us. Portanto, esta é a pior transgressão. Podemos então entender a gravidade da transgressão de ser desonesto nos pesos e medidas. A essência dessa transgressão não é o desejo desenfreado por dinheiro. Ganhar centavos a mais em cada venda não é questão de desejos. Talvez roubar um carro ou joias esteja enraizado nos desejos, mas isso não se aplica a enganar com pesos e medidas adulterados. É óbvio que centavos se acumulam em grandes somas, mas pessoas com desejo por dinheiro não ficam satisfeitas em obter ganhos ilícitos em incrementos tão pequenos. Então o que está por trás desta transgressão? A falta de Emuná que é o Criador que provê nosso sustento. Por isso, a pessoa sente que precisa extrair o máximo em cada venda, pois não tem certeza se vai ganhar dinheiro suficiente de outra forma. É por isso que antes do versículo "Lembre-se do que Amalek fez a você" não vem o "Não roubar", pois isso trata-se de desejo por dinheiro. Possuir pesos e medidas adulterados é uma transgressão enraizada em uma falha espiritual muito maior: a falta de Emuná. E é isso que Amalek representa. O versículo diz na continuação: "Eles não temeram a D'us" (Devarim 25:18). Amalek representa o acaso, a negação da existência do Criador do mundo e de Sua Supervisão particular. É por isso que eles atacaram o povo judeu antes de qualquer outra nação, mesmo sabendo que seriam derrotados. Eles não podiam tolerar uma nação que representava D'us no mundo. Uma pessoa desonesta em seus pesos e medidas demonstra não acreditar que D'us provê seu sustento. A pessoa então é castigada com o ataque de Amalek, que também representa a falta de Emuná. A honestidade e a Emuná andam juntas. Quando colocarmos no coração que é D'us que provê tudo o que precisamos, nem mesmo olharemos para o que pertence aos outros. Olharemos para Cima, sabendo que, o que precisarmos, Ele mandará. SHABAT SHALOM – QUE SEJAMOS INCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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