quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

O GOSTO PELO ESTUDO DA TORÁ - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TERUMÁ 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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PARASHÁ TERUMÁ 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ TERUMÁ

ASSUNTOS DA PARASHÁ TERUMÁ
  • Doações para a construção do Mishkan.
  • Aron Hakodesh e a Kaporet.
  • Shulchan.
  • Menorá.
  • 3 coberturas do Ohel Moed.
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O GOSTO PELO ESTUDO DA TORÁ - PARASHÁ TERUMÁ 5784 (16/fev/24)
 
"Um jovem estudante não estava contente com seu estudo de Torá. Ele já havia tentado conversar com muitos rabinos, mas ninguém conseguia ajudá-lo. Desanimado, pensou em abandonar a Yeshivá mas, antes de tomar essa importante decisão, foi se aconselhar com o Rav Aharon Yehuda Leib Shteinman zt"l (Império Russo, 1914 - Israel, 2017), um dos maiores rabinos da geração. Assim que entrou na casa do grande sábio, fez uma pergunta um pouco estranha:
 
- Rabino, por acaso você gosta de bife e de sorvete?
 
O Rav Shteinman disse que não. Na verdade, ele já nem sabia o que eram aqueles alimentos. Ele costumava se alimentar apenas com pequenas quantidades de comida, em geral vegetais. Certamente não buscava mergulhar em prazeres gastronômicos. O jovem estudante, ao escutar a resposta do rabino, disse a ele:
 
- Não entendo, rabino. Não acredito que existam muitas pessoas no mundo que não gostam de bife e de sorvete. Mesmo assim, você afirmou que, caso lhe oferecessem estes alimentos, que todas as pessoas consideram deliciosos e apetitosos, você não aceitaria, pois não tem interesse. Em relação à Torá, todos me dizem que ela é muito doce e agradável. Mas se você não tem interesse no bife e no sorvete, mesmo eles sendo gostosos, por que eu devo ser forçado a estudar a Torá? Por que não posso sentir desinteresse por ela?
 
O Rav Shteinman escutou atentamente a reclamação do jovem. Abriu um sorriso e lhe disse:
 
- É possível dar a alguém mel, algo que ninguém discute ser muito doce, e essa pessoa dizer que está amargo?
 
O jovem rapaz disse que isso era impossível. A pessoa podia não gostar de mel, mas nunca dizer que é amargo. Mas o Rav Shteinman continuou e disse:
 
- Existe uma única maneira de uma pessoa achar que o mel é amargo: se ela tiver feridas na boca. Isso quer dizer que não é o mel que não tem doçura, e sim a boca da pessoa que está causando a amargura.
 
- O mesmo acontece com o estudo de Torá - concluiu brilhantemente o Rav Shteinman - A Torá é infinitamente doce. Se uma pessoa não consegue sentir sua doçura, então é sinal que tem feridas em sua boca. E, normalmente, estas feridas são o Lashon Hará que a pessoa fala. Garanto que, se cuidar da sua boca, você vai curá-la e logo voltará a sentir o gosto doce do estudo da Torá."
 
O estudo de Torá não é apenas algo intelectual, que desafia nosso cérebro. É algo que nos constrói, fisicamente e espiritualmente. Por isso ela é tão doce e agradável, e nos causa uma sensação de preenchimento. Se não estamos conseguindo sentir a doçura da Torá, talvez seja por causa das "feridas" que temos na nossa boca.

Nesta semana lemos a Parashá Terumá (literalmente "Porção"), que descreve o comando de D'us para a construção do Mishkan, o Templo Móvel, local onde D'us escolheu para repousar Sua presença. É óbvio que D'us não precisa de um local de descanso e não há nenhuma construção física que possa contê-Lo, pois D'us é infinito e está acima de qualquer limitação material. O Mishkan servia para que as pessoas pudessem se conectar com D'us, como está escrito: "Façam para Mim um Santuário e Eu habitarei dentro de vocês" (Shemot 25:8). Não está escrito "Eu habitarei dentro dele", e sim "dentro de vocês", demonstrando que D'us não habitava no Mishkan, e sim que o Mishkan era um lugar de conexão espiritual, um ponto de encontro entre o povo e D'us.
 
D'us queria que o povo se envolvesse com a construção do Mishkan e fizesse parte deste grande milagre, de construir uma estrutura que, apesar de ser algo físico, conseguiria trazer para o mundo a Presença Divina. Os materiais de construção, alguns extremamente caros, como o ouro e a prata, foram doados de forma voluntária, como está escrito: "E eles pegarão para Mim uma porção; de cada pessoa cujo coração o inspira à generosidade, você receberá Minha oferta" (Shemot 25:2).
 
Porém, a linguagem utilizada neste versículo chama um pouco a atenção, pois está escrito "Vayikchu", que literalmente significa "Pegarão", enquanto o normal deveria ser "Vaitnu", que significa "Doarão". Por que a Torá utilizou a linguagem "pegar" para se referir a uma doação?
 
Nossos sábios trazem muitas respostas para este questionamento. Uma das respostas é oferecida por um Midrash, que afirma que o termo "Lakach", que significar "pegar", também significa "adquirir". O Midrash então conecta essa expressão à Torá, que também é descrita como uma aquisição, como está escrito "Pois uma boa aquisição (Lekach Tov) Eu dei a vocês, não abandonem Minha Torá" (Mishlei 4:2). Qual mensagem o Midrash está nos transmitindo ao associar a doação de materiais para a construção do Mishkan com a Torá?
 
O Midrash continua e ensina que o estudo da Torá está muito acima de qualquer outro tipo de profissão. Para reforçar esta ideia, o Midrash traz uma parábola: um mercador de seda e um mercador de especiarias estavam envolvidos em um negócio. Após a troca dos produtos, o mercador de especiarias havia adquirido seda, mas havia perdido suas especiarias, enquanto o mercador de seda havia ganhado as especiarias, mas havia perdido sua seda. O Midrash então conclui que a Torá não tem essa deficiência, pois um estudioso versado em uma parte da Torá pode trocar seus conhecimentos com alguém versado em outra parte da Torá, sendo que no final ambos ganharão conhecimento e não perderão nada.
 
Porém, essa parábola pode refletir a superioridade dos conhecimentos da Torá em relação a profissões que envolvem bens materiais, pois, neste caso, a partir do momento em que um comerciante dá algo para outra pessoa, ele fica sem. No entanto, se compararmos com uma profissão definida pelo conhecimento, parece que a parábola não se aplica mais. Por exemplo, um físico pode ensinar física a um matemático, enquanto o matemático pode ensinar matemática a um físico, sendo que, no final, ambos terminarão ganhando novos conhecimentos, sem perder seus conhecimentos originais. Então como a parábola mostra a superioridade da Torá sobre profissões que são definidas pelo conhecimento?
 
O Talmud (Kidushin 32b) ensina que, uma vez que alguém estudou e internalizou a Torá, ela se torna "sua Torá". O que separa a Torá de todas as outras áreas do conhecimento é que, uma vez que a Torá é estudada, ela se funde com a identidade única e os talentos da pessoa. O efeito disso é duplo: a pessoa em si muda, tornando-se consciente de sua verdadeira realidade e atualizando seu potencial, e a própria Torá adquire uma nova qualidade, assumindo as marcas da pessoa que a estudou. Portanto, algum assunto da Torá estudado por um indivíduo não é igual ao mesmo assunto estudado por outra pessoa. Cada pessoa oferece suas próprias perspectivas e entendimentos únicos na Torá estudada.
 
Explica o Rav Yochanan Zweig que uma pessoa que estuda outras formas de conhecimento, em uma busca intelectual, apenas acumula informações. Ela não passa por mudanças e nem muda a realidade das informações estudadas. A física estudada por uma pessoa é a mesma física estudada por outra. Mesmo que o conhecimento seja acumulado, as leis da física não mudam. Se apenas uma pessoa tem esse conhecimento, ela é única. No entanto, ensiná-lo a uma segunda pessoa diminui sua singularidade. Portanto, quanto mais pessoas souberem de um determinado conjunto de informações, menos significado haverá no indivíduo que as conhece. A aquisição da Torá é diferente, pois ela é única para cada indivíduo. Portanto, mais pessoas estudando a Torá não diminuem o conhecimento de um indivíduo, pois sua singularidade nunca pode ser duplicada.
 
Nossos sábios explicam que, de acordo com uma opinião, o Terceiro Beit Hamikdash descerá pronto do Céu. Por que isso não ocorreu com o Mishkan? A pergunta é ainda mais forte pelo fato de muitos dos materiais utilizados em sua construção terem sido dados de forma milagrosa ao povo judeu, como as pedras preciosas, que compunham as roupas do Cohen Gadol e que foram trazidas aos Nessiim (líderes) pelas Ananei HaKavod. Se D'us já estava fazendo algo milagroso, por que Ele não fez um milagre ainda maior e, ao invés de ordenar que fosse construído através das doações do povo, não mandou o Mishkan pronto?
 
A resposta é que D'us queria permitir que cada pessoa participasse da construção do Mishkan. Ao incentivar a participação de cada indivíduo, D'us reconhecia o fato de que cada pessoa é única. As intenções e motivações de cada pessoa ao doar eram diferentes, tornando a doação em si única e especial. O Mishkan precisava ser construído de uma maneira que refletisse as diferentes características e qualidades de cada indivíduo.
 
Esta é a conexão entre a construção do Mishkan e a Torá. É justamente esse aspecto, de ser algo "individual", que torna a Torá única. Uma vez que a Torá estudada por uma pessoa é transformada pela inserção da natureza da pessoa, a Torá que ela internaliza também tem essa qualidade única. Isso separa o estudo da Torá de todas as outras formas de estudos e profissões, que não podem ser transformadas de acordo com a natureza do indivíduo que as estuda.
 
Que possamos encontrar a doçura no estudo da Torá, permitindo que a Torá nos transforme em pessoas melhores, e que possamos deixar nela a nossa marca única e especial.
 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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