| | MENSAGEM DA PARASHÁ TETSAVÊ | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ TETSAVÊ - Óleo para Menorá.
- As 8 Vestes do Cohen Gadol:
- 1) Efod ("Avental") e os Engastes.
2) Choshen Mishpat ("Peitoral"). 3) Meil ("Manto"). 4) Tsits ("Tiara", Placa para a cabeça). 5) Avnet ("Cinto"). 6) Ktonet ("Túnica"). 7) Mitsnefet ("Turbante"). 8) Michnassaim ("Calças"). - As 4 Vestes dos Cohanim simples.
- 1) Ktonet ("Túnica").
2) Avnet ("Cinto"). 3) Migbaat ("Turbante"). 4) Michnassaim ("Calças"). - Consagração dos Cohanim.
- Consagração do Altar.
- Korban Tamid.
- Mizbeach (Altar) de Incenso.
| | | UM MUNDO MELHOR DEPENDE DE VOCÊ - PARASHÁ TETSAVÊ 5784 (22/fev/24) Uma famosa universidade americana decidiu pesquisar qual era a receita mais eficaz para que alguém ficasse milionário. Cem milionários foram selecionados e acompanhados por alguns alunos, que observavam seu dia-a-dia e tentavam descobrir o motivo do sucesso deles. Os alunos anotaram a rotina diária dos milionários durante meses. Ao final, os estudantes reuniram seus relatórios para análise. Eles perceberam que os dados recolhidos eram bem semelhantes, à exceção de um, que destoou completamente. A pesquisa apontou que noventa e nove milionários entrevistados dedicavam bastante tempo "guerreando" com seus concorrentes. Somente um dos milionários não "lutava", não processava ninguém e não tinha inimigos. Os pesquisadores decidiram investigar o caso e pediram ao milionário, proprietário de uma grande rede de farmácias, que concedesse uma entrevista. - Por que você não briga com seus concorrentes, nunca os processa e não tem inimigos, ao contrário de todos os outros milionários? - perguntaram os pesquisadores. - Vou lhes contar uma história - respondeu o milionário - No princípio da minha carreira profissional, eu seguia a filosofia do meu falecido pai, que sempre dizia: "Estabeleça objetivos e os alcance a qualquer custo". De fato, eu sempre agi dessa forma. Porém, há alguns anos, decidi viajar com alguns diretores da minha empresa para observar o funcionamento das farmácias em diversas partes do mundo, para conhecer as características de cada mercado. Um dos países que eu visitei foi Israel. Passeamos por todo o país e foi muito proveitoso. No último dia, o nosso guia disse que iria nos levar a um lugar impressionante. Aguardamos ansiosos, imaginando que iríamos a um sítio arqueológico ou algo do tipo. Porém, nosso micro-ônibus entrou em um bairro antigo de Jerusalém, de ruas estreitas, e parou diante de um prédio grande e movimentado. O guia então nos perguntou: "Qual deve ser o tamanho de um local de estudos para comportar cerca de quatro mil alunos?". Começamos a fazer as contas: auditórios, salas de computação, salas de estudos, dormitórios dos estudantes, refeitório, escritórios para os funcionários, etc., e chegamos à conclusão de que seria necessária uma área construída de 130 mil metros quadrados. O guia então perguntou novamente: "E para este lugar funcionar seria necessário um quadro de quantos funcionários?". Chegamos à conta de trezentas e cinquenta pessoas. - O guia então nos disse algo que não podíamos acreditar - continuou o milionário, empolgado - Ele falou: "Esta é a Yeshivá de Mir. Aqui estudam cerca de quatro mil alunos, em uma área de somente três mil metros quadrados. O quadro de funcionários da Yeshivá é composto por vinte pessoas e possui apenas um diretor, que é responsável por tudo". Ficamos mudos. O guia nos levou para conhecer a Yeshivá. Os salões de estudo estavam lotados. Os estudantes estavam tão concentrados que nem perceberam nossa presença. Fomos de andar em andar, e em cada canto possível havia pessoas estudando. Era uma visão incrível, que nos deixou sem palavras. De todos os lugares do mundo que havíamos visitado, aquele foi o que mais nos impressionou. - Ao final do passeio, o guia agendou um encontro com o Rosh Yeshivá - seguiu contando o milionário - Entramos em uma casa muito simples, mobiliada com apenas o estritamente necessário. Na sala estava sentado o Rosh Yeshivá, o Rav Natan Tzvi Finkel zt"l (EUA, 1943 - Israel, 2011). Ele tinha muita dificuldade para falar, por ter a doença de Parkisson em um estágio avançado, porém nos recebeu com uma face radiante. Um dos diretores perguntou: "Prezado rabino, nós administramos grandes negócios e não conseguimos entender como uma instituição tão gigantesca como esta pode ser tão bem dirigida com tão poucas pessoas. Qual é o segredo?". O Rosh Yeshivá sorriu e respondeu com uma pergunta: "Vocês sabem a diferença entre um homem e um animal? Quando um animal deseja algo, ele tenta alcançá-lo mesmo que tenha que pisar nos que estiverem em seu caminho. O homem, por sua vez, consegue abdicar de seus desejos para que não venha a causar danos ao seu companheiro. Mais ainda, o homem pode deixar de ter proveito em determinada situação para que seu companheiro o tenha. Aqui na nossa Yeshivá vivem homens, e quando cada um deles se preocupa com seu companheiro, em como fazer o bem ao próximo, não há problemas para ninguém. - As palavras do sábio rabino entraram como uma faca no meu coração - concluiu o milionário - A partir daquele dia, decidi mudar minha conduta. Naquele momento decidi me comportar como um ser humano... | | Nesta semana lemos a Parashá Tetsavê (literalmente "Ordene"), que começa a descrever as roupas do Cohen Gadol e dos outros Cohanim. Logo após a Torá ter descrito os detalhes construtivos do Mishkan, na Parashá Terumá, a Torá logo em seguida descreve as roupas dos Cohanim, que deveriam ser usadas durante os Serviços feitos no Mishkan. Era roupas esplendorosas, feitas de materiais caros e preciosos, como ouro e pedras preciosas. As roupas do Cohen Gadol também traziam consigo mensagens e efeitos espirituais, que afetavam todo o povo judeu. Por exemplo, nossos sábios explicam que cada uma das oito roupas do Cohen Gadol servia para trazer expiação de algum erro específico do povo. Uma das roupas que mais chama a nossa atenção é o "Meil", uma roupa longa, feita de lã tingida de azul celeste, cuja borda inferior era repleta de sinos de ouro. Com esta roupa o Cohen Gadol podia ser ouvido sempre que caminhava, como está escrito: "O som (dos sinos) será ouvido quando ele entrar no Santuário diante de D'us e quando sair, para que ele não morra" (Shemot 28:35). Mas por que D'us queria que o Cohen Gadol andasse com uma roupa que fazia barulho? Que mensagem isso nos transmite? O Rav Mordechai Gifter zt"l (EUA, 1915 - 2001) oferece duas reflexões interessantes sobre este versículo. A primeira reflexão é que cada vez que o Cohen Gadol dava um passo, ele percebia seu passo, e todas as outras pessoas em volta também percebiam. Isso carrega uma mensagem muito importante: cada passo que damos tem um impacto, sobre nós mesmos e sobre os outros em volta. Obviamente que isto se aplica principalmente ao Cohen Gadol, nosso maior líder espiritual, alguém cujas ações, mesmo cada pequeno passo, causavam um profundo impacto em todo o povo. Mas certamente esta é uma lição que também deve ser aplicada a cada um de nós. Quanto maior é uma pessoa, maior é o seu impacto em todos em volta. Todos nós devemos nos esforçar para maximizar os efeitos positivos de cada uma de nossas ações. A outra reflexão é baseada em um ensinamento do Talmud (Pessachim 112a), que diz que Rabi Akiva ensinou ao seu filho, Rabi Yochanan, a sempre bater na porta entes de entrar em uma casa. O Midrash diz que a fonte desse costume é o versículo da nossa Parashá, sobre o Cohen Gadol sempre ser escutado através dos sinos quando entrava no Santuário. Rabi Akiva aprendeu uma lei de "Derech Eretz", bons modos, do Cohen Gadol. É impróprio simplesmente "invadir" a casa de alguém. Não devemos entrar na casa de um estranho, e nem mesmo na casa de conhecidos, sem bater primeiro na porta, anunciando nossa entrada. Na verdade, não devemos entrar nem mesmo em nossas próprias casas sem antes bater na porta. Muitas pessoas têm essa sensibilidade e delicadeza, e sempre batem na porta antes de entrar, para que sua chegada não seja totalmente inesperada. O Talmud Yerushalmi (Yomá 7:3:4) nos ensina: "Para duas coisas não havia expiação (através de sacrifícios obrigatórios), mas a Torá estabeleceu expiação para elas. São elas: aquele que fala Lashon Hará (espalha calúnias) e o homicídio não intencional. Para aquele que espalha calúnia não havia expiação, mas a Torá fixou expiação para ele: os sinos do "Meil". Para o homicídio não intencional não havia expiação, mas a Torá estabeleceu expiação para ele: a morte do Cohen Gadol". Mas por que a Torá juntou estas duas transgressões? Qual é a conexão entre o Lashon Hará e a morte acidental? Explica o Rav Gifter que a ideia de não entrar sem anúncio está diretamente relacionado com Derech Eretz, isto é, a sensibilidade de não invadir a privacidade de alguém. O "anúncio" da chegada do Cohen Gadol ao Santuário era uma demonstração meticulosa do atributo de Derech Eretz. Portanto, esse som das roupas expiava o ato que é causado, em última instância, pela indiferença com o Derech Eretz, já que a raiz do Lashon Hará é o descaso com a honra e a vida do próximo. E, no final das contas, a raiz do assassinato também deriva da falta de reconhecimento do que é um ser humano. Alguém que deseja matar outro ser humano obviamente não vê essa pessoa como alguém criado "à imagem e semelhança de D'us" (Bereshit 9:6). A base do Derech Eretz, de tratar alguém com respeito, é reconhecer que essa pessoa é um ser humano, criado à imagem de D'us. Mesmo o assassinato não intencional também envolve certa negligência, pois se a pessoa soubesse o valor de uma vida certamente teria tomado mais cuidados. O aumento da violência em uma sociedade está relacionado com a falta de civilidade. Em uma sociedade, quando um não trata o outro com dignidade, então, nos níveis mais baixos, as pessoas se matam por um celular ou um par de tênis. Se não tivermos reverência pela "imagem de D'us" que há em cada pessoa, então o fruto amargo desse comportamento é "a voz do sangue de seu irmão clama por Mim no campo" (Bereshit 4:10). Por outro lado, quando alguém é meticuloso até mesmo em bater na porta quando não é obrigado, quando nos esforçamos para segurar a porta para uma pessoa que está com as mãos ocupadas ou quando deixamos a pessoa que está com muita pressa passar na frente na fila, isso restaura a noção de que somos criados "à imagem de D'us", e a sociedade se torna um lugar muito melhor para se viver. Este é o segredo da harmonia na vida. Para que a vida em sociedade melhore, isso depende de cada um de nós. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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