quinta-feira, 12 de maio de 2022

O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EMOR 5782

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ EMOR



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BS"D

O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR - PARASHÁ EMOR 5782 (13/Mai/22)


"Carla era uma jovem mulher que, infelizmente, foi diagnosticada com uma doença terminal. A expectativa dos médicos era desanimadora: no máximo mais três meses de vida. Carla, porém, não se desesperou. Ela era uma pessoa que confiava muito em D'us, e sabia que tudo o que Ele faz está dentro de um plano muito maior do que nosso limitado intelecto pode alcançar. Desta forma, com muita serenidade, ela começou a colocar suas coisas "em ordem" para sua partida deste mundo.
 
Passado algum tempo, e realmente percebendo que sua saúde se debilitava mais a cada dia, Carla ligou para um amigo e pediu para que ele viesse à sua casa para discutirem determinados aspectos de seus últimos desejos. Conversaram sobre vários pontos, e ela inclusive lhe revelou todas as suas vontades relacionadas ao serviço funerário. Quando tudo já estava em ordem e o amigo preparava-se para sair, Carla lembrou-se de algo:
 
- Espere, tem mais uma coisa! - disse ela, parecendo entusiasmada - Isto é muito importante para mim. Eu quero ser enterrada com um garfo na minha mão direita.
 
O amigo ficou olhando para Carla, sem saber o que dizer. Ele ficou confuso com aquele pedido estranho.
 
- Isto é uma surpresa para você, não é? - perguntou Carla, se divertindo com a expressão confusa no rosto do amigo. Ela então explicou:

- Quando eu era criança, adorava visitar minha avó, principalmente quando ela oferecia jantares. Eu sempre fazia questão de me sentar ao lado dela. No final do jantar, quando os pratos começavam a ser retirados da mesa, minha avó inclinava-se na minha direção e cochichava no meu ouvido: "Mantenha o seu garfo". Era minha parte favorita, pois eu sabia que algo melhor estava por vir, como um delicioso bolo de chocolate ou uma maravilhosa torta de maçã. Era sempre algo muito bom!
 
- Assim - concluiu Carla - eu quero que as pessoas me vejam lá no caixão com um garfo na minha mão, e então perguntarão: "para que este garfo?". Então eu quero que você diga para todos: "Ela mantém seu garfo, pois o melhor ainda está por vir"."
 
Precisamos fortalecer a nossa Emuná, entender que há muito acima da nossa compreensão. Tudo o que D'us faz é para o nosso bem, é sempre com muita bondade e misericórdia. Se confiarmos Nele, viveremos mais leves, aceitando as dificuldades e desafios, pois saberemos que o melhor ainda está por vir.

Nesta semana lemos a Parashá Emor (literalmente "diga"), que continua falando sobre o assunto de "Kedushá" (santidade), mas agora aplicada às pessoas mais elevadas do povo: os Cohanim, responsáveis pelos serviços espirituais do povo judeu. Por serem mais elevados, suas responsabilidades em relação à Kedushá são ainda maiores. A Parashá também fala sobre a importância do "Kidush Hashem" (santificar o Nome de D'us), através de uma conduta sempre reta em todas as áreas da vida, e a gravidade do Chilul Hashem (profanar o Nome de D'us), que ocorre quando nos desviamos dos caminhos corretos e transmitimos às pessoas um conceito errado sobre espiritualidade.

Inclusive a Parashá termina com um triste incidente que foi um enorme Chilul Hashem, quando um homem acabou blasfemando contra D'us publicamente, algo tão inesperado e descarado que nem mesmo Moshé sabia exatamente o que fazer naquela situação. No final, D'us ensinou a Moshé que aquele ato deveria ser punido, de forma muito dura e exemplar, com a pena de morte.
 
Para entendermos exatamente o que aconteceu, precisamos olhar com detalhes os versículos que descrevem o incidente: "E saiu o filho de uma mulher judia, e ele era o filho de um homem egípcio, do meio do acampamento, e eles brigaram no acampamento, este filho da mulher judia e um homem judeu. E o filho da mulher judia pronunciou o Nome de D'us e amaldiçoou. Então eles o trouxeram a Moshé. O nome de sua mãe era Shelomit, filha de Dibri, da tribo de Dan" (Vayikrá 24:10, 11).

Obviamente estes versículos despertam muitos questionamentos. Quem era este homem, filho de um egípcio? Por que ele brigou? Por que amaldiçoou D'us no meio de sua briga com outra pessoa? Além disso, no início do versículo está escrito que este homem "saiu". De onde ele saiu? E, finalmente, por que foi necessário trazer o nome da mãe dele e revelar a qual Tribo ela pertencia?
 
Explicam nossos sábios que esta mulher, Shelomit, foi a única mulher judia que, durante os 210 anos de escravidão, se envolveu com um egípcio. Seu nome vem da palavra "Shalom", expressão utilizada quando cumprimentamos as pessoas. Isso demonstra que ela não era uma mulher recatada, ela se expunha muito, tendo um contato imodesto com os homens, o que a levou a se envolver com um homem egípcio. Este erro levou ao nascimento de um filho que nitidamente tinha problemas espirituais, a ponto de amaldiçoar D'us.
 
Mas, afinal, qual foi o motivo da briga deste homem, filho de um egípcio? Nossos sábios divergem sobre o que realmente o levou à discussão. Uma explicação é que a briga começou por causa do lugar onde este homem queria colocar a sua tenda, e vemos isso através dos detalhes dos versículos. Por que foi necessário dizer a qual Tribo sua mãe pertencia? Pois este homem quis montar sua tenda junto com a Tribo de Dan. Cada Tribo tinha seu lugar específico determinado, tanto durante as viagens do povo judeu quanto nos momentos em que acampavam. Porém, o pertencimento a uma Tribo específica depende do pai, não da mãe. Por isso, havia um lugar onde este homem poderia acampar, mas não junto com a Tribo de Dan, já que ele não pertencia a esta Tribo. Porém, o homem se irritou e foi ao Beit Din (Tribunal Rabínico), mas saiu de lá derrotado. Inconformado, ele começou a desprezar os juízes e a amaldiçoá-los. As pessoas vieram intervir e, em um momento de fúria, ele acabou amaldiçoando D'us.
 
Já o Rabeinu Bechaie traz outra explicação, baseada em outro detalhe do versículo. Está escrito sobre este homem que ele "saiu". De onde ele saiu? Da porção anterior da Torá. Antes de descrever a briga, a Parashá tinha falado sobre os "Lechem Hapanim", os 12 pães sagrados que eram colocados sobre a Shulchan, a mesa de ouro que ficava dentro do Mishkan. Este homem, filho do egípcio, estava perturbado com este assunto, pois a cada Shabat os pães que haviam passado a semana inteira sobre a Shulchan eram substituídos por novos pães. O que faziam com os pães "velhos"? Eles eram comidos pelos Cohanim, pois eram pães sagrados. O homem estava inconformado com isso, pois argumentava que um rei deveria ser servido com pães quentes e frescos, e não com pão velho e duro. Ele considerou que, como os Cohanim mereciam mais respeito, aquela lei de servir a eles pão velho era algo estúpido, que não fazia nenhum sentido. Sua revolta o levou a discutir com outras pessoas e, no meio das argumentações, ele acabou perdendo a cabeça e amaldiçoou D'us.

O questionamento "Isso não faz nenhum sentido" foi o início do fim. A história terminou de forma triste, com a pessoa amaldiçoando D'us. O Rav Issocher Frand aponta para um fato interessante: o que teria acontecido se o blasfemador tivesse esperado uma semana? Ele teria presenciado um milagre. O pão não teria ficado duro nem velho, e sim teria se mantido fresco por uma semana. Se tivesse esperado mais um pouco, o homem não teria questionado as ações e o comportamento de D'us. Com o passar do tempo ele teria compreendido, mas ele não teve paciência para esperar. Ele queria saber "agora", e se não fazia sentido para ele "agora", então toda a religião não valia a pena. Foi isso que o levou a amaldiçoar D'us.

Há muitas ocasiões na vida nas quais não entendemos a conduta Divina. Não entendemos as doenças e guerras, não entendemos por que pessoas boas sofrem, não entendemos as muitas tragédias da história judaica, em especial o Holocausto. Não faz sentido para nós. Porém, devemos sempre lembrar que somos nós que não entendemos, mas isso não quer dizer que D'us não tem Seus planos. O tempo e o espaço nos limitam, mas D'us é ilimitado. Quando contemplamos um plano maior, quando confiamos em D'us e deixamos o tempo passar, muitas vezes as coisas começam a fazer sentido.

Esta é a lição do blasfemador e do Lechem Hapanim. A incapacidade de aceitar sua falta de entendimento conduziu a pessoa a um terrível fim. Se ele tivesse Emuná para aceitar e esperar, toda a sua vida teria sido diferente. O questionamento não é proibido, podemos e devemos buscar respostas na vida. Porém, devemos aceitar que às vezes não encontraremos respostas. Nestes casos, a conclusão deve ser: "Eu não sei por que D'us permitiu que isso acontecesse, mas tenho certeza que D'us tem Seus planos e Seus caminhos".

Às vezes, somente com o tempo as coisas começam a fazer sentido. Pode ser uma semana, podem ser anos, podem ser até mesmo séculos. Muitas coisas não serão nem mesmo respondidas neste mundo. Mas podemos utilizar nossa Emuná para vivermos mais tranquilos e serenos, com a certeza de que D'us faz somente o bem em nossas vidas. D'us é verdadeiro e correto sempre, como nos ensinou Moshé: "Todas as Suas ações são puras, pois todos os Seus caminhos são justos" (Devarim 32:4). Por isso, mesmo durante as dificuldades e testes da vida, guarde sempre o seu garfo, pois o melhor ainda está por vir.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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