quinta-feira, 21 de abril de 2022

BUSCANDO A SUPERAÇÃO - SHABAT SHALOM M@IL - SHEVII SHEL PESSACH 5782

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SHEVII SHEL PESSACH


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BUSCANDO A SUPERAÇÃO - SHEVII SHEL PESSACH 5782 (22/abr/22)

 
Quando Corey Borner tinha dezesseis anos, ele jogava futebol americano pela sua escola. Ele era extremamente habilidoso, parecia que um grande futuro o aguardava, mas tudo mudou de um instante para o outro. Em uma partida, após um choque forte com um jogador do time adversário, Corey Borner permaneceu imóvel no chão e não conseguia se levantar.  Na verdade, ele não conseguia sentir nada da cabeça aos pés.
 
Enquanto ele estava imóvel, caído no campo, ele repetia a frase: "D'us, me ajude". Mais tarde, no hospital, os médicos lhe informaram que ele havia sofrido uma grave lesão na medula e ficaria preso a uma cadeira de rodas pelo resto da vida. Naquele momento, Corey Borner desabou: "D'us, por que justamente eu?". Ele levou um ano para aceitar a realidade, até que entendeu que sua condição era algo que vinha de D'us. Certamente Ele tinha planos maiores. Mas a pergunta era: "O que seria da sua vida daquele momento em diante?".
 
Com o apoio da família e sua enorme força de vontade, Corey Borner encontrou um novo caminho na vida, como palestrante motivacional. Enquanto visitava escolas, dando palestras encorajadoras, ou durante suas aulas na faculdade de comunicação, Corey Borner mantinha em mente uma conversa que teve com um dos médicos após sua lesão na medula. Certo dia um médico perguntou se ele já havia visto um traje de exoesqueleto antes, e se ele estaria interessado em experimentá-lo algum dia. Corey Borner não conhecia, mas concordou que valia a pena tentar se isso significasse andar novamente. E ele nunca mais tirou essa ideia de sua cabeça.
 
Mais de uma década após sua lesão, no dia 16 de agosto de 2021, Corey Borner encaixou suas pernas em um traje de exoesqueleto. Ele levantou-se e, surpreendendo familiares, amigos e professores, atravessou caminhando todo o palco da formatura para receber seu diploma da Universidade de Dallas. Era o maior momento de sua vida, ele havia voltado a andar! Corey Borner entendeu que D'us o havia salvado por alguma razão. Ele esperava que sua história fosse uma fonte de inspiração para todos que estivessem passando por dificuldades na vida. Sua maior lição era: nada pode impedir a força de vontade"
 
Corey acreditou em D'us. Ele entendeu que estava preso em uma cadeira de rodas, em uma situação longe do ideal, mas sempre manteve em sua mente a crença de que, se D'us quisesse, ele voltaria a andar. E, no caso dele, D'us de fato permitiu que isso acontecesse.
 
Todos nós temos sonhos na vida, e esperamos que tudo ocorra de forma ideal. Porém, logo nos confrontamos com dificuldades e desafios que não estavam nos planos originais. Devemos, por um lado, aceitar nossas limitações e testes, e perceber que foi D'us que nos colocou nestas situações. Mas, ao mesmo tempo, não devemos nos acomodar. Precisamos confiar na ajuda de D'us, de que Ele nos ajudará a chegar ao nosso ideal.

Nesta quinta feira de noite (21 de abril) novamente é Yom Tov, o sétimo dia da Festa de Pessach. O primeiro dia de Pessach é Yom Tov pois neste dia ocorreu a saída do Egito, evento que marcou para sempre a história do povo judeu. Mas por que o último dia de Pessach também é Yom Tov? Por causa do grande milagre que ocorreu neste dia, que também marcou para sempre a história da humanidade: a abertura do Mar Vermelho. Além de demonstrar o amor de D'us pelo povo judeu, este grande milagre também demonstrou o poder de D'us no mundo e Sua característica de Midá Kenegued Midá (medida por medida), pois da mesma forma que os egípcios afogaram os bebês judeus, eles foram afogados no Mar Vermelho. Além disso, foi o fim da escravidão psicológica dos judeus, que sentiam que seus opressores poderiam a qualquer momento levá-los de volta à escravidão. Ver os corpos dos torturadores egípcios na beira do mar deu aos judeus a sensação verdadeira de tranquilidade e liberdade.
 
Há um paralelo interessante entre as Festas de Pessach e Sucót. Ambas são comemoradas no dia quinze do mês (Nissan e Tishrei, respectivamente) e têm sete dias de duração, sendo o primeiro Yom Tov e os demais dias Chol Hamoed (com a exceção do sétimo dia de Pessach). Porém, há uma aparente grande diferença entre as duas Festas. Logo depois de Sucót temos uma nova Festa, Shemini Atseret, como se fosse o oitavo dia de Sucót. Por que Pessach não tem uma Festa no seu oitavo dia?
 
A resposta é que Pessach também tem seu "oitavo dia", mas não uma Festa que vêm após sete dias, e sim após sete semanas: Shavuót. E as duas Festas estão muito conectadas, pois Pessach marca a liberdade física do povo judeu, enquanto Shavuót marca a liberdade espiritual, com o recebimento da Torá. Mas por que tanto tempo entre Pessach e seu "oitavo dia"? Pois foram necessários 49 dias de preparação para sair do nível espiritual tão baixo no qual os judeus se encontravam no Egito e chegar na santidade necessária para receber a Torá em Shavuót.
 
Estes 49 dias são contados a partir da "Oferenda do Omer", que era trazida no segundo dia de Pessach. Uma quantia de cevada (o volume de um Omer, cerca de 2,3 litros) era oferecida no Beit Hamikdash e, a partir deste dia, era feita uma contagem de 49 dias até a Festa de Shavuót, quando era feita uma nova oferenda, a oferenda de dois pães feitos de trigo, chamada "Shtei Halechem".
 
Os grãos utilizados nestas duas oferendas são bastante simbólicos. A cevada é considerada o mais baixo dos grãos e, portanto, é adequado principalmente para alimentação dos animais. Além da oferenda do Omer, a cevada também era levada ao altar do Beit Hamikdash na oferenda de uma mulher suspeita de adultério, para enfatizar que sua transgressão demonstrava que ela havia se entregado à sua natureza animal. Foi nesse nível baixo que os judeus saíram do Egito. Já o trigo, usado no "Shtei Halechem", é o mais nobre dos grãos. Sua oferenda em Shavuót demonstra que, após 49 dias de trabalho espiritual, atingimos um nível elevado, apropriado para receber a sagrada Torá.
 
O Rav Asher Meir, em seu livro "Meaning in Mitzvot", traz outra abordagem para a diferença entre as oferendas de Pessach e Shavuót. Ele faz um interessante questionamento: se a cevada é um grão "pobre", por que não oferecemos em Pessach algo mais elevado e digno desta Festa tão importante? A explicação "técnica" é que no início na primavera, época de Pessach, apenas a cevada amadureceu, mas o trigo ainda não. Isso nos ensina que, embora devamos sempre nos esforçar para realizar o nosso Serviço a D'us com o melhor que temos e da melhor maneira possível, há lugar para um Serviço "secundário" se isso for tudo o que estiver disponível.
 
A Torá parece estar nos dizendo para não sermos judeus "Shtei Halechem", isto é, aquele que despreza qualquer aspecto do serviço Divino que não seja perfeito e em seu nível máximo. Mas isso significa que devemos ser judeus "Omer", nos acomodando com uma situação imperfeita? A resposta é que a Torá também rejeita este outro extremo. Estamos autorizados, e até mesmo ordenados, a trazer cevada ao Beit Hamikdash, mas com a condição de imediatamente começarmos a contar os dias que faltam para o momento em que seremos capazes de cumprir a Mitzvá de trazer o novo grão de colheita para o Beit Hamikdash em toda a sua glória, com as "primícias" da colheita de trigo, representada pela oferenda do "Shtei Halechem".
 
E como estas duas formas de abordagem se relacionam com as Festas que elas representam? O "Shtei Halechem", que rejeita qualquer ato que não seja perfeito, está relacionado com Shavuót, quando o povo se conectou a D'us de uma maneira transcendental, através do recebimento dos Mandamentos no Monte Sinai. De acordo com este ponto de vista, o valor do judaísmo se dá unicamente através do cumprimento perfeito das Mitzvót, e quaisquer outros termos não têm valor. Já o "Omer" está relacionado com a Festa de Pessach, na qual revivemos nossa redenção do Egito. Os judeus, na época da saída do Egito, eram quase indistinguíveis de seus vizinhos egípcios, afundados em quarenta e nove níveis de impureza. Mesmo assim, D'us os salvou, em meio a maravilhas e milagres. A nossa salvação de Pessach está baseada na nossa identidade judaica como descendentes dos patriarcas, mas sem conexão com o cumprimento das Mitzvót.
 
O ensinamento incrível que fica destas duas Festas é que não devemos adotar nenhuma das abordagens de forma extrema e absoluta. O segredo do judaísmo é o equilíbrio. A abordagem "Pessach" foca na natureza especial do povo judeu em termos de nossa identidade nacional, sem conexão com o cumprimento de Mitzvót. D'us nos salvou do Egito apesar de nosso status espiritual baixo, mas apenas com a condição de começarmos imediatamente a contar os dias, ansiando pelo status ideal do povo judeu alcançado quando aceitamos a Torá, que representa a abordagem "Shavuót".
 
Como trazer este conceito para nossas vidas? Algumas pessoas vivem de acordo com o ditado "o bom é inimigo do ótimo", pois o desejo de se contentar com o que é meramente aceitável nos impede de atingir nosso potencial.  Outros vivem de acordo com o ditado "o ótimo é inimigo do bom", pois a insistência em atingir a perfeição normalmente nos impede de alcançar alguma solução adequada. As duas formas são verdadeiras, mas contraditórias. A contagem do Omer nos oferece uma maneira de conciliar essas duas verdades. A misericórdia de D'us conosco nunca deve ser usada como uma desculpa para a apatia, a preguiça e o comodismo. Que possamos aceitar fazermos o bom, servir a D'us com todas as nossas forças, mesmo que atualmente sejam limitadas, mas com a condição de mantermos nossa vontade de um dia alcançarmos o Serviço perfeito.
 

CHAG SAMEACH E SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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