| | VÍDEOS DA PARASHÁ VAIETSÊ | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ VAIETSÊ - Saída de Yaacov de Beer Sheva.
- A visão de Yaacov.
- Yaacov encontra Rachel e chora.
- 7 anos de trabalho por Rachel.
- A enganação de Lavan.
- Após 7 anos de trabalho, Yaacov se casa com Lea.
- Yaacov se casa com Rachel e trabalha mais 7 anos por ela.
- Lea tem 4 filhos: Reuven, Shimon, Levi, Yehuda.
- Yaacov se casa com Bilá, escrava de Rachel.
- Bilá tem 2 filhos: Dan e Naftoli.
- Yaacov se casa com Zilpá, escrava de Lea.
- Zilpá tem 2 filhos: Gad e Asher.
- Lea tem mais dois filhos: Issachar e Zevulun.
- Lea tem uma filha: Diná.
- Rachel tem um filho: Yossef.
- Yaacov trabalha mais 6 anos para Lavan.
- Lavan tenta enganar Yaacov.
- Yaacov decide voltar.
- Lavan persegue Yaacov e o alcança.
- O Tratado de Yaacov e Lavan.
| | | FAÇA A SUA PARTE - PARASHÁ VAIETSÊ 5782 (12 de novembro de 2021) O Rav Elazar Menachem Man Schach zt"l (Lituânia, 1899 - Israel, 2001), ao relembrar-se de como escapou das tragédias do Holocausto, via claramente que em cada passo do caminho ele foi guiado pelas mãos de D'us. Ele costumava ensinar que quando a pessoa é incapaz de decidir por si mesma, a decisão é feita por ela pelos Céus. E ele exemplificava isso através de algo que aconteceu em um momento muito importante da sua vida. No começo da 2ª Guerra Mundial, várias Yeshivót fugiram da Rússia comunista e foram para a cidade de Vilna, capital da democrática Lituânia. No entanto, em pouco tempo os russos conquistaram a cidade e mais uma vez muitos judeus tiveram que decidir para onde fugir. O Rav Schach tinha duas opções: viajar para Eretz Israel ou para a cidade de Kletzk, na Bielorússia, onde teria a oportunidade de poder continuar ensinando Torá. E, além disso, sua esposa havia trabalhado como farmacêutica em Kletzk e permaneceu lá quando o Rav Schach viajou para Vilna, devido aos pedidos dos moradores locais, para ajudar no preparo de remédios para eles. O Rav Schach continuava em dúvida e adiou sua decisão até o último momento. O prazo final para a decisão caía em uma sexta-feira, véspera da leitura na Torá da Parashá Lech Lechá. Esse era o último dia para realizar os procedimentos necessários para uma possível viagem, e ele tinha que ir ao correio para enviar uma carta para sua esposa com uma das duas escolhas: ou ele iria se encontrar com ela em Kletzk e ficar por lá, ou ela viajaria até Vilna para encontrar-se com ele e de lá partiriam para Eretz Israel. A dúvida em sua cabeça era grande. Como tomar a decisão? Ele então preparou duas cartas, em dois envelopes distintos, um com o plano "A" e o outro com o plano "B", para que pudesse ficar ponderando na fila do correio sobre qual decisão tomar. Ele estava aguardando na fila, pesando os prós e contras das duas opções, porém sem conseguir decidir-se. Ao chegar sua vez de ser atendido, ele ainda estava indeciso e ficou parado, olhando para os dois envelopes. Seus pensamentos foram abruptamente interrompidos pelos gritos do funcionário do correio, dizendo que ele estava atrapalhando a fila. Sem cerimônias, ele pegou um dos envelopes da mão do Rav Schach e despachou. O Rav Schach ficou abismado com a atitude grosseira do funcionário e disse: - Espere, eu não lhe dei este envelope! Por que você o tirou das minhas mãos? Talvez eu quisesse enviar a outra mensagem! Por que você fez isso?" O atendente simplesmente ignorou o Rav Shach e disse: "Próximo!". O Rav Shach percebeu que seria perda de tempo ficar discutindo, e então abriu o envelope remanescente e entendeu que sua esposa iria estar brevemente recebendo uma carta com instruções de viajar imediatamente para Vilna, com destino final em Eretz Israel. O funcionário mal-humorado do correio foi enviado dos Céus para "escolher" qual era a decisão correta a ser tomada e mostrar o caminho que levaria o Rav Shacha à sobrevivência e sucesso em Eretz Israel. O Rav Shach sobreviveu à guerra e acabou se tornando um dos maiores Roshei Yeshivá da história do povo judeu. Em um momento de dificuldade e indecisão, ele fez a sua parte e D'us fez o resto. | | Nesta semana lemos a Parashá Vaietsê (literalmente "E saiu"), que descreve os 20 anos de Yaacov na casa de seu tio Lavan. Fugindo da fúria de seu irmão Essav, que queria matá-lo, Yaacov aproveitou para procurar uma esposa na cidade de Haran. Ele sabia que a convivência na casa de Lavan não seria fácil, por isso também se preparou espiritualmente durante 14 anos na Yeshivá de Shem e Ever, descendentes de Noach. A viagem de Yaacov para Haran foi marcada por milagres e uma incrível revelação de D'us, que prometeu protegê-lo e trazê-lo de volta em paz para Eretz Israel. Porém, logo no início da Parashá há uma aparente contradição. A Parashá começa falando sobre a viagem de Yaacov, como está escrito: "E Yaacov partiu de Beer Sheva e foi para Haran" (Bereshit 28:10). Porém, depois disso está escrito: "E ele encontrou o lugar e dormiu ali, pois o sol tinha se posto" (Bereshit 28:11). A que lugar o versículo se refere? A Beit E-l, o local sagrado onde Avraham havia elevado Yitzchak sobre o altar, e onde futuramente seria construído o Templo. Porém, se o versículo disse inicialmente que Yaacov havia saído de Beer Sheva, que fica em Eretz Israel, e havia chegado em Haran, que fica onde atualmente é a região do Iraque, então como o próximo versículo diz que Yaacov chegou ao local do Templo, que também fica em Eretz Israel? Explica o Talmud (Sanhedrin 95b) que realmente Yaacov chegou até Haran, após uma longa viagem. Porém, quando ele chegou lá, lembrou-se de algo importante: "É possível que eu tenha passado pelo lugar onde meus antepassados rezaram e não rezei lá?". Ele então decidiu retornar a Beit E-l. Uma vez que ele pensou em voltar, muitos milagres aconteceram, entre eles o encurtamento do caminho, como está escrito "E ele encontrou o lugar", indicando que ele chegou lá inesperadamente, mais cedo do que teria chegado normalmente. Além disso, D'us fez o sol se pôr mais cedo, para forçar Yaacov a dormir e ter visões espirituais incríveis. Mas por que D'us não o fez se lembrar de passar por Beit E-l durante o caminho? Haran fica muito longe de Israel, então por que somente lá D'us fez Yaacov se lembrar? Se ele tivesse se lembrado antes, D'us nem precisaria ter feito tantos milagres! A resposta é que D'us queria ver a reação de Yaacov. Ao fazer ele se lembrar somente em Haran, D'us deu a Yaacov duas opções: ficar chateado por ter perdido uma boa oportunidade, mas não fazer nada a respeito; ou se levantar e reiniciar o caminho de volta. Yaacov não queria perder nenhuma oportunidade espiritual. Ao invés de ficar chateado, queixando-se da vida, ele se levantou e começou o longo caminho de volta. D'us fez um milagre e encurtou o caminho para ele. Porém, o milagre só aconteceu após Yaacov ter feito a sua parte. Isto significa que, caso Yaacov não tivesse voltado, ele teria perdido aquela incrível revelação de D'us. O mesmo conceito vemos em relação a Moshé Rabeinu. Quando ele nasceu, sua casa se iluminou. Ele era um predestinado para salvar o povo judeu. D'us o salvou de forma milagrosa, quando ele foi colocado em uma cesta à deriva no Rio Nilo. Moshé foi encontrado por Batia, a filha do mesmo Faraó que havia decretado que os bebês deveriam ser atirados no rio. E, mesmo assim, Moshé foi criado com toda a segurança dentro do palácio do Faraó. Somente muitos anos depois D'us se revelou para Moshé e o apontou como o líder e salvador do povo judeu, em uma experiência transcendental, como está escrito: "Um anjo de D'us apareceu a ele em uma chama de fogo de dentro da sarça, e eis que a sarça estava queimando, mas não estava sendo consumida. Então Moshé disse: "Deixe-me virar agora e ver este grande espetáculo...". D'us viu que ele havia se virado para ver, e D'us o chamou de dentro da sarça e disse: "Moshé, Moshé!"" (Shemot 3:2-4). O que chama a atenção nestes versículos é a linguagem "D'us viu que ele havia se virado para ver". Há uma discussão de qual foi exatamente a atitude de Moshé ao ver aquele fenômeno incrível acontecendo. Uma opinião diz que ele deu cinco passos em direção à sarça ardente, enquanto outra opinião diz que ele simplesmente parou e virou seu rosto para observar. Explica o Rav Yaakov Galinsky zt"l (Polônia, 1920 - Israel, 2014) que se Moshé não tivesse parado para ver, D'us não teria falado com ele. D'us estava esperando a iniciativa de Moshé. Se ele não tivesse tomado nenhuma atitude, o povo judeu estaria no Egito até hoje! Mesmo a salvação de Moshé também foi um grande milagre. O Midrash ensina que Batia estava longe da cestinha de Moshé e não conseguia alcançá-la. Mesmo assim, ela tentou estender sua mão e um grande milagre aconteceu: sua mão se esticou quase 30 metros! Somente desta maneira ela conseguiu salvar Moshé. Se ela não tivesse tentado, se não tivesse estendido sua mão, nada teria acontecido. O ponto em comum entre estes três importantes acontecimentos, que mudaram a história do povo judeu e da humanidade, é que a salvação já estava pronta, através de pessoas predestinadas a grandes feitos. Porém, se eles não tivessem tomado nenhuma atitude, se não tivessem feito a sua parte, D'us também não teria iniciado os grandes milagres e salvações que vieram em seguida. Tudo o que D'us exige de nós é uma demonstração de vontade e comprometimento, como dizem os nossos sábios: "Abram para Mim uma abertura como o furo de uma agulha, e Eu abrirei para vocês uma abertura como a porta do salão". O que faríamos se estivéssemos no lugar de Yaacov? Quantas vezes surge uma Mitzvá importante, mas abrimos mão porque é longe ou precisa de mais esforço do que o normal? A história do mundo foi transformada por pessoas que tomaram atitudes na hora certa. Por exemplo, até os 40 anos de idade o grande Rabi Akiva era completamente afastado do estudo da Torá. O que o fez sair de sua inércia? A vista de uma pedra sendo furada por gotas d'água. Ele entendeu que se ele insistisse, a Torá conseguiria entrar em seu coração, da mesma forma que a água insistentemente golpeia a pedra até furá-la. Porém, quantas vezes já vimos esta mesma cena, da água furando uma pedra? E o que nós fazemos? Tiramos uma selfie e postamos nas redes sociais. Rabi Akiva tomou uma atitude. Ele imediatamente foi estudar Torá. Ele insistiu, mais uma vez e mais uma vez, até se tornar o maior rabino da sua geração, o responsável por uma Yeshivá de 24 mil alunos. Ele fez a sua parte, e D'us lhe deu os conhecimentos e "abriu sua cabeça" para uma nova realidade espiritual. Este é o segredo do sucesso: tomar atitudes e persistir. É verdade que, em última instância, tudo depende de D'us, mas muitas vezes Ele espera nossa atitude antes de fazer os Seus milagres. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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