| | VÍDEOS DA PARASHÁ VAISHLACH | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ VAISHLACH - Yaacov envia mensageiros.
- Yaacov teve medo e se prepara para o reencontro com Essav.
- Yaacov fica sozinho.
- A luta com o anjo.
- Yaacov encontra Essav.
- Chegada a Shechem, Diná é sequestrada e desonrada.
- Shimon e Levi vingam a honra da irmã, Yaacov fica furioso.
- Yaacov viaja para Beth El.
- A morte de Rivka e Dvora.
- D'us muda o nome de Yaacov para Israel.
- Rachel tem mais um filho: Biniamin.
- A morte de Rachel e o enterro no caminho, em Beth Lechem.
- Reuven mexe na cama de seu pai.
- A morte de Itzchak.
- A Linhagem de Essav, de Seir e reis de Edom.
| | | NÃO SUBA O PRIMEIRO DEGRAU - PARASHÁ VAISHLACH 5782 (19 de novembro de 2021) "Certa vez, um interessante caso foi trazido ao Rav Yossef Chaim Sonnenfeld zt"l (Eslováquia, 1848 - Israel, 1932), o Rav de Jerusalém. Reuven havia adquirido um raro objeto, possuidor de uma beleza incomparável. Shimon, seu amigo, pediu para ver o objeto, para também poder apreciar sua beleza. Reuven, por sua vez, não permitiu. Shimon continuou insistindo todos os dias, mas Reuven continuou negando. Shimon, que tinha problemas de saúde, ficou tão chateado com o que estava acontecendo que acabou adoecendo e caindo em um estado de depressão profunda, correndo risco de vida. Os familiares de Shimon ficaram desesperados. Eles procuraram Reuven e pediram para que ele deixasse Shimon dar apenas uma espiada rápida no objeto, para que voltasse ao seu estado normal. No entanto, Reuven continuou impassível, sem dar permissão. A questão foi levada a um Beit Din, para que Reuven fosse obrigado a mostrar o objeto a Shimon, já que estava causando a ele um enorme dano, que poderia levá-lo à morte. Será que o Beit Din deveria obrigar Reuven a mostrar o referido objeto para tirar Shimon daquele estado de depressão? Reuven poderia realmente ser considerado alguém que estava causando danos ao seu companheiro? Um dos rabinos da época disse que achava que sim, e explicou que sua resposta era baseada em uma história trazida pelo Talmud, de um homem que ficou tão obcecado pela beleza de uma mulher a ponto de adoecer por causa disso. A família daquele homem implorou ao Beit Din que permitisse que ao menos a mulher bonita conversasse com aquele homem, separados por uma cortina, mas os rabinos proibiram, devido à falta de recato envolvida. Segundo este rabino, como no caso do objeto não havia nenhum problema de falta de recato, então Reuven deveria ser obrigado a mostrar o objeto para tirar seu amigo daquele estado depressivo. No entanto, quando o caso foi trazido ao Rav Sonnenfeld, ele não concordou com este raciocínio, dizendo que havia uma diferença entre o caso do objeto e o caso da mulher trazido pelo Talmud. No caso do objeto havia outro problema envolvido: a proibição de "não cobiçar". Em um primeiro momento a pessoa quer apenas olhar, mas depois ela também vai querer possuir este objeto, e finalmente fará de tudo para conseguir isso. Como a Torá proíbe a cobiça, então por causa de um "capricho" de Shimon, que estava indo contra uma Mitzvá da Torá, seria correto beneficiar o "infrator" e obrigar Reuven a mostrar o objeto para ele? Segundo o Rav Sonnenfeld, se Shimon ficou doente apenas por Reuven ter recusado mostrar-lhe um objeto, então era ele que precisava trabalhar suas características pessoais para superar sua curiosidade, inveja e cobiça" Os caprichos e desejos de uma pessoa podem fazê-la transgredir todas as Mitzvót da Torá. Por isso, precisamos evitar nos expor às tentações, para nunca entrarmos em um "caminho sem volta". | | Nesta semana lemos a Parashá Vaishlach (literalmente "E enviou"), que começa descrevendo a volta de Yaacov, após ter passado 34 anos longe de casa, sendo que 20 deles haviam sido na casa de seu tio Lavan. Foi uma época difícil na vida de Yaacov, pois durante estes 20 anos Lavan tentou enganá-lo uma centena de vezes. Mas D'us o protegeu de todas as trapaças de Lavan. Yaacov havia ido sozinho, apenas como seu cajado, e agora voltava com um verdadeiro acampamento, com quarto esposas, muitos filhos e bens. Yaacov então se preparou para seu reencontro com seu irmão Essav, de quem havia fugido há tantos anos. Ele rezou para D'us e pediu proteção, dividiu o acampamento para que pelo menos parte da família sobrevivesse a um possível confronto sangrento e mandou presentes para acalmar Essav, já que Yaacov sabia do amor que Essav sentia pelas posses materiais. Porém, apesar de Essav estar marchando na direção de Yaacov acompanhado de 400 homens armados, o encontro terminou de maneira amigável, com os irmãos se abraçando. Depois que Yaacov se separou de Essav, ele foi viver por algum tempo na cidade de Shechem. Após ter saído ileso da casa de Lavan e do reencontro com Essav, Yaacov achou que finalmente seus problemas estavam terminados. Mal sabia Yaacov que seus problemas e sofrimentos estavam apenas começando. Diná, filha de Yaacov com Leá, certo dia saiu para conversar com as moças de Shechem. O príncipe da cidade, chamado Shechem, apaixonou-se pela beleza daquela moça forasteira e acabou sequestrando-a. Em um ato de total descontrole, ele a levou ao seu palácio e a desonrou. Depois, arrependido de seu ato animalesco, Shechem pediu ao seu pai, o rei Chamor, que conversasse com a família de Yaacov e propusesse um casamento. Yaacov obviamente não gostou da proposta, e muito menos da forma como as coisas foram feitas. Porém, os que mais tomaram as dores de Diná foram seus irmãos Shimon e Levi. Eles bolaram um plano e propuseram a Shechem que, para permitir o casamento, todos os homens da cidade deveriam fazer Brit Milá. Shechem, que estava apaixonado e já não pensava mais de forma racional, aceitou a proposta e convenceu todos da cidade a fazerem Brit Milá. E, no terceiro dia, o dia em que a pessoa fica mais fraca e dolorida, Shimon e Levi mataram a cidade inteira e resgataram Diná. Há algo que chama a atenção na linguagem do versículo que descreve o regate de Diná: "E mataram, ao fio da espada, Chamor e seu filho Shechem, tiraram Diná da casa de Shechem e partiram" (Bereshit 34:26). Mas a linguagem "Vaikchu" (e tiraram) implica em algo feito à força. Explica o Midrash, em nome de R' Yudin, que os irmãos de Diná tiveram que tirá-la à força da casa de Shechem, já que ela não queria sair de lá. Mas como é possível que Diná, a filha de Yaacov, tenha desejado permanecer na casa de quem a desonrou, a ponto de precisarem tirá-la à força de lá? Como é possível que ela, que cresceu em sua casa cercada de santidade, onde jamais havia presenciado algo dessa natureza, tenha resistido a ser resgatada? Ao refletirmos um pouco, perceberemos que a mesma pergunta se aplica a muitas de nossas atitudes. Se uma pessoa entende que determinado ato é indigno e errado, como pode ser que ela venha a cometer, de forma consciente, este mesmo ato que havia outrora censurado e repudiado? Explica o Rav Yerucham Leibovitz zt"l (Bielorússia, 1873 - 1936) que a resposta está nas palavras do versículo "E (Shechem) apegou sua alma à Diná, a filha de Yaacov, e amou a jovem, e falou ao coração da jovem" (Bereshit 34:3). Daqui podemos aprender um princípio fundamental para as nossas vidas. Há uma força poderosa e assombrosa, que provoca mudanças dentro do ser humano: a força da sedução. Ela exerce um poder tão grande sobre a pessoa que não existe conselho ou medida eficaz capaz de combatê-la. Seu encanto é tão efetivo que leva o homem a contradizer-se várias vezes e, em alguns casos, até mesmo a cometer barbaridades que vão contra a sua índole. Foi esta força que cegou Diná, fazendo com que ela resistisse em ser separada de Shechem. Não está escrito que ele "falou à jovem", e sim que ele "falou ao coração da jovem". A sedução não se efetua através da mente, e sim através do coração. Não devemos pensar que estamos acima desta força tão poderosa, pois todos estão suscetíveis a ela. Até mesmo Adam Harishon, o primeiro homem, sucumbiu diante do feitiço da sedução. Nem mesmo sua grande sabedoria, e nem o ambiente que o rodeava, como anjos no Gan Éden, conseguiram livrá-lo das garras da sedução, que acabou culminando com a transgressão de comer do fruto proibido. Podemos comprovar como a sedução nos vence no dia-a-dia, sem sequer nos darmos conta. Por exemplo, um homem entra em uma loja com a intenção de comprar um tecido para confeccionar um terno. Após avaliar por alguns minutos a mercadoria, ele decide não comprar naquela loja, por não ter encontrado algo do seu gosto ou devido ao alto preço da mercadoria. Quando o vendedor se dá conta que o cliente está de saída, retira do armário uma quantidade variada de tecidos, diferentes dos mostrados anteriormente, estende diante do comprador e diz: "Veja como é bonito este tecido", "Vou te vender por um preço especial", "Somente nesta semana já vendi uma grande quantidade deste tecido", entre outros argumentos. Se estivéssemos ali parados como simples observadores, contemplando esta cena, seguramente diríamos: "São palavras vãs e ineficazes, que têm somente a intenção de seduzir o comprador". Porém, as palavras cumprem eu objetivo, e vemos como o cliente sai da loja com a mercadoria, envergonhado e espantado consigo mesmo, pensando: "Como me convenceram com tanta facilidade?". Esta é a chave para entender muitos erros, nossos e dos nossos antepassados. Sabemos e reconhecemos a gravidade de uma transgressão e a vergonha que nos causará, mas quando o coração é seduzido, tudo é esquecido. Até mesmo gigantes espirituais, como Adam e Diná, acabaram caindo nas redes da sedução. Então qual é o conselho para se proteger da sedução e não se tornar uma presa dela? Nossos sábios ensinam no Talmud (Avodá Zará 58b) que um Nazir, pessoa que fez um voto de se abster de certas coisas, entre elas de beber vinho e comer uva, ao precisar passar perto de um vinhedo, deve dar a volta e não cortar caminho por dentro dele, uma vez que pode vir a ser seduzido a quebrar seu voto. O comportamento do Nazir nos ensina que as transgressões são como uma escada, que é subida de degrau em degrau. Se você não quer chegar lá em cima, não comece a subir no primeiro degrau. Portanto, o único conselho existente para se proteger da sedução é afastar-se totalmente dela. Somente então o homem poderá ficar tranquilo em suas convicções, pois uma vez afastado da sedução, poderá julgar as situações com objetividade, sem estar subornado pelos desejos que cegam o ser humano e o desviam dos seus verdadeiros objetivos. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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