sexta-feira, 16 de abril de 2021

CRESÇA VOCÊ, AO INVÉS DE DIMINUIR O OUTRO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ



São Paulo: 17h31                  Rio de Janeiro: 17h19 
Belo Horizonte: 17h23                  Jerusalém: 18h33
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VÍDEO DAS PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ
ASSUNTOS DA PARASHÁ
 
PARASHAT TAZRIA
  • Impureza ao dar à Luz.
  • A Tzaráat.
  • Carne viva numa mancha.
  • Tzaráat numa infecção.
  • Tzaráat na queimadura.
  • Pedaço de calva.
  • Manchas brancas turvas.
  • Calvície.
  • Isolamento do Metsorá.
  • Descoloração das Roupas.
PARASHAT METSORÁ
  • Processo de purificação de um Metsorá.
  • Oferenda do Metsorá pobre.
  • Descoloração em casas.
  • Fluxo Masculino.
  • Descargas Seminais.
  • Menstruação.
  • Fluxos Femininos.



 
BS"D

CRESÇA VOCÊ, AO INVÉS DE DIMINUIR O OUTRO - PARASHIÓT TAZRIA E METSORÁ 5781 (16/abr/ 2021)

 
O Rav Goldsmit estava dando uma aula na sinagoga, como fazia todos os dias. De repente, dois novos alunos entraram um pouco atrasados, fizeram um tímido aceno e sentaram-se. O tema da aula era muito interessante e o rabino gesticulava muito, esbanjando energia.
 
Porém, algum tempo depois, algo chamou a atenção do rabino. Ele insistia que seus alunos não trouxessem celulares para a sinagoga, para que não interrompessem os estudos e as Tefilót com toques e mensagens. Porém, para a sua decepção, os novos alunos estavam concentrados só no celular, não tiravam os olhos da tela.
 
- Que tremenda falta de educação, vir a uma aula de Torá e ficar mexendo o tempo todo no celular! - pensou o rabino - Por que não ficaram em casa?
 
Mais um tempo se passou e os dois continuavam no celular, concentrados, como se não estivessem no meio de uma aula. Que desrespeito absurdo! O rabino começou a ficar indignado. Uma aula tão interessante, tão importante, e aqueles dois homens não davam a mínima atenção, preferiam ficar mexendo no celular!
 
Após quase uma hora de aula, o rabino terminou e todos se levantaram para ir embora. Os dois novos alunos fizeram um sinal de agradecimento e rapidamente foram embora. O rabino se sentiu ofendido com aquele comportamento inconveniente dos dois homens. Foi então que o Rav Bergman, outro rabino da sinagoga, se aproximou e perguntou:
 
- O que você achou dos dois novos alunos que eu mandei para a sua aula?
 
- Então foi você que os mandou? - perguntou o Rav Goldsmit, não escondendo seu incômodo - Acho que eles não devem ter gostado da aula. Infelizmente sequer prestaram atenção. Ficaram o tempo todo de olho apenas no celular. Nem sei para que vieram!
 
- Você está enganado - riu o Rav Bergman - Eles são pai e filho, e os dois são surdos. Eles têm instalado no celular um aplicativo que capta a voz e automaticamente transforma em texto na tela. Eles prestaram atenção na sua aula toda, não devem ter perdido nem mesmo uma única palavra!
 
O rabino ficou surpreso e envergonhado. Refletindo, ele disse:
 
- Eu deveria ter dado a eles o benefício da dúvida. Acho que fui muito precipitado no meu julgamento...

 

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Tazria (literalmente "Dar à luz") e Metsorá (pessoa que está com a doença espiritual Tzaráat). A Parashá Tazria descreve as manifestações físicas da Tzaráat, a doença espiritual que causava o aparecimento de manchas na pele, nas roupas e nas paredes da casa. Já a Parashá Metsorá descreve o processo de purificação pelo qual a pessoa contaminada pela Tzaraat tinha que passar para que pudesse voltar ao convívio social.
 
Apesar de também estar associada a outras transgressões e traços de caráter negativos, o principal motivo da contaminação com a Tzaráat era o "Lashon Hará", a conversa caluniosa. De acordo com o Talmud (Arachin 15b), o nome "Metsorá" vem do termo "Motsi Shem Rá", que significa "aquele que traz o mal nome", isto é, aquele que causa danos ao seu companheiro ao denegri-lo e rotulá-lo como sendo uma pessoa ruim.
 
O processo de cura era extremamente trabalhoso, para que o transgressor sentisse o peso do seu erro e percebesse que as transgressões têm consequências muito negativas. Em primeiro lugar, o Metsorá precisava ficar completamente isolado, fora do acampamento, por pelo menos sete dias. Era um momento de reflexão, de entender a gravidade dos seus atos, de quanto é prejudicial querer afastar as pessoas umas das outras. Depois disso, ele trazia para o Mishkan uma oferenda contendo vários elementos: dois pássaros vivos, madeira de cedro, hissopo e lã tingida de vermelho. Cada um destes "ingredientes" carregava um simbolismo que estava associado aos traços de caráter que haviam causado a transgressão. O cedro era alto, como o orgulho do transgressor. Os pássaros voam sobre os outros animais, como esta pessoa, que se acha superior aos outros. Além disso, continham os traços de caráter que poderiam ajudá-lo a evitar erros no futuro, como o hissopo, um arbusto muito baixo, e a lã tingida de vermelho, cuja coloração era obtida através de um verme. Ambos lembravam o transgressor da importância da humildade, um lembrete de que no fundo não somos nada, então como podemos julgar os outros e nos considerarmos melhores que eles?
 
Além disso, o Metsorá precisava oferecer um cordeiro como "Korban Chatat" (sacrifício de culpa). O Cohen pegava o sangue desta oferenda e esfregava na orelha direita, no polegar direito e no dedão do pé direito, como parte do processo de purificação final, como está escrito: "E o Cohen colocará na parte média da orelha direita do homem que está sendo purificado, e no seu dedão da mão direita, e no seu dedão do pé direito" (Vayikrá 14:25). Porém, o que chama a atenção nesta estranha parte do processo de purificação do Metsorá é que ela também era encontrada em outra cerimônia: a consagração do Cohen, quando ele era "inaugurado" para iniciar os Serviços espirituais no Mishkan (Shemot 29:20). Mas qual é a conexão entre estas duas cerimônias? Por que o Cohen, uma das pessoas mais elevadas do povo, dedicado apenas à espiritualidade, deveria passar em sua inauguração pelo mesmo processo que passava uma pessoa que acabou de ser expulsa da sociedade como resultado de seu comportamento reprovável?
 
Há outros dois ensinamentos que podem nos ajudar a entender a conexão entre as duas cerimônias. A Torá nos ensina que a primeira serpente da história andava ereta e era originalmente o rei de todos os animais. Porém, depois de instigar Chavá a transgredir, a serpente foi castigada com duas maldições: a perda dos seus membros, tendo que se arrastar sobre o seu ventre, e a incapacidade de saborear sua comida, já que, ao rastejar, ela comeria pó. Ensina o Talmud (Taanit 8a) que a serpente, que também simboliza o Lashon Hará, no futuro proclamará que, da mesma forma que ela é incapaz de saborear e sentir o prazer da sua comida, também não há satisfação em falar Lashon Hará. Já outra fonte do Talmud (Baba Batra 165a) relata que uma minoria de pessoas é suscetível aos desejos de promiscuidade, a maioria é tentada pelo roubo, e todos são suscetíveis à transgressão do Lashon Hará (explicam os comentaristas que esta afirmação do Talmud se aplica às pessoas que não estudam as leis de guardar a fala e não se cuidam em relação ao Lashon Hará). Porém, estes dois ensinamentos parecem contraditórios. Geralmente o homem é motivado pelos prazeres e pela gratificação, o que explica a tentação pela promiscuidade e pelo roubo. Porém, se não há proveito nem satisfação na transgressão de Lashon Hará, o que causa com que todas as pessoas tropecem nesta terrível transgressão?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que as pessoas têm um desejo profundo de perceber seu próprio valor. Nossa sociedade promove a competição como forma de avaliar nosso valor, isto é, avaliamos nosso valor nos comparando com as pessoas à nossa volta. Infelizmente essa maneira de autoavaliação é repleta de perigos. Em primeiro lugar, nunca somos realmente encorajados a desenvolver totalmente nosso próprio potencial, pois o sucesso é alcançado superando os outros, e não nos desafiando a sermos tudo o que poderíamos ser. Além disso, em vez de nos aplicarmos e desenvolvermos nossos talentos, às vezes escolhemos o caminho de menor dificuldade e resistência, que é nos elevar pisando nos outros, pois ao rebaixarmos os outros, nos iludimos acreditando que somos melhores do que eles. No entanto, em vez de nos sentirmos realizados, ficamos nos sentindo cada vez mais vazios e improdutivos. Quanto maior o potencial de uma pessoa, maior o vazio que fica quando ele não é preenchido. Por esta razão, os maiores críticos, aqueles que mais falam mal dos outros, normalmente são os indivíduos mais talentosos, mas que, infelizmente, escolheram o caminho mais fácil, ao tentar se sentir realizados diminuindo os outros, ao invés de se esforçarem para se desenvolver e atingir seu verdadeiro potencial através do esforço e da superação.
 
É justamente esse desejo de sentir seu valor próprio que estimula a pessoa a falar Lashon Hará. Mesmo que o Lashon Hará não seja algo que nos dê prazer, todos acabam sendo afetados, pois temos a necessidade de nos sentirmos realizados. Qual seria o antídoto para este comportamento negativo? Focarmos no nosso próprio crescimento, no atingimento do nosso potencial, sem nos compararmos uns com os outros. O Cohen é o indivíduo que personifica a autorrealização. Ele tinha um papel de destaque dentro do povo judeu, mas por ter desenvolvido seu potencial, não por ter diminuído os outros. O processo inaugural pelo qual ele passava ressaltava o fato dele ser uma pessoa de destaque. Esta é a mensagem de D'us para o Metzorá: "Como o Cohen que vai assumir os Serviços do Mishkan, você também pode ser um indivíduo excepcional, e isto não precisa ser conseguido através da negatividade". O Metsorá deveria aprender com o Cohen a desenvolver seu potencial através do seu próprio esforço e a se elevar através das suas realizações positivas.
 
A natureza humana e a necessidade de nos compararmos com os outros nos faz sermos muitos rápidos no julgamento do próximo, talvez para massagear nosso ego, já que, ao encontrarmos defeitos nos outros, nos sentimos especiais e melhores que eles. Mas isto é querer ser pequeno e limitado. Podemos ser muito mais do que isso. Podemos nos esforçar e atingir o nosso verdadeiro potencial, sem Lashon Hará, sem diminuir ninguém, somente focando na nossa verdadeira competição: sermos hoje melhores do que fomos ontem.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
VÍDEO DA PARASHÁ TZAV
VÍDEO DE PESSACH
ASSUNTOS DA PARASHÁ TZAV
  • Cinzas do Altar.
  • 3 fogos do Altar.
  • Leis da Oferenda de Minchá (Farinha).
  • Oferenda do Cohen Gadol e seus filhos.
  • Leis das Oferendas de Pecado (Chatat).
  • Leis das Oferendas de Culpa (Asham).
  • Presentes dos Cohanim.
  • Leis das Oferendas de Agradecimento (Todá)
  • Pigul e Notar - Oferendas que não são mais aceitas.
  • Proibição de consumir as Oferendas em um estado de impureza.
  • Proibição de comer gordura (Chelev) e sangue.
  • A Porção das oferendas dada ao Cohen.
  • Consagração dos Cohanim.
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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