sexta-feira, 21 de agosto de 2020

BUSCANDO A PERFEIÇÃO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT SHOFTIM 5780

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PARASHAT SHOFTIM 5780:

São Paulo: 17h32                   Rio de Janeiro: 17h20 
Belo Horizonte: 17h25                  Jerusalém: 18h40
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VÍDEOS DA PARASHAT SHOFTIM
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ASSUNTOS DA PARASHAT SHOFTIM

- Estabelecimento de Tribunais de Justiça.
- Proibição de colocar árvores e pilares perto do Mizbeach.
- Sacrifícios com defeito.
- Castigos por idolatria.
- Juiz rebelde.
- Escutando os sábios de cada geração.
- O rei de Israel.
- A porção dos Cohanim.
- Adivinhação e Astrologia.
- Profecia.
- Cidades de Refúgio.
- Assassino intencional.
- Preservando os limites das terras.
- Testemunhas.
- Preparando para a guerra.
- Cohen de guerra.
- Pessoas dispensadas da guerra: Construiu uma casa e não inaugurou; Plantou um vinhedo e não redimiu; Noivou e não casou; Está com medo.
- Abertura para a paz.
- Bal Tashchit (Destruição de árvores frutíferas).
- O Assassinato não-solucionado.

BUSCANDO A PERFEIÇÃO - PARASHAT SHOFTIM 5780 (21 de agosto de 2020)

 
"Certo dia, um professor estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam nervosamente responder as questões. Faltavam quinze minutos para o fim da prova quando um jovem levantou o braço e disse:
 
- Professor, o senhor pode me dar uma folha em branco?
 
O professor levou a folha até a carteira do aluno e perguntou-lhe:
 
- Por que você quer mais uma folha em branco?
 
- Eu tentei responder as questões, mas acabei rabiscando muito e minha prova ficou desorganizada e confusa. Prefiro recomeçar e passar as respostas a limpo - respondeu o aluno.
 
- Faltam apenas 15 minutos. Você não tem medo de não dar tempo de terminar a prova? - questionou o professor.
 
- Professor, não tenho medo - respondeu o aluno, com um sorriso tímido - Tenho certeza que o senhor merece receber de volta uma prova limpa e organizada. Por isso, acho que vale a pena o risco.
 
A atitude do aluno causou simpatia no professor que, mesmo muito tempo depois, ainda lembrava-se daquele episódio. Apesar de ter sido um acontecimento simples, para ele foi algo muito significativo."
 
Temos feito em nossas vidas rabiscos, confusões e muitas tentativas frustradas. Porém, como aquele aluno, nós também recebemos de D'us, a cada dia, uma nova folha em branco. Talvez hoje seja um bom momento para começarmos a escrever, nesta nova página em branco, uma história diferente, visando um resultado mais bonito. Não importa a idade, a condição financeira ou o nível de religiosidade, devemos passar nossa vida a limpo. Sem medo, podemos hoje começar a escrever um novo capítulo. Preocupe-se apenas em fazer o melhor que puder.

Nesta semana lemos a Parashat Shoftim (literalmente "Juízes"), que traz muitos assuntos, aparentemente desconectados. A Parashat começa falando sobre a importância de termos juízes e policiais em todas as cidades de Eretz Israel, mantendo a justiça e a ordem. Depois disso, a Torá traz a proibição de plantar uma "Asheira" (árvore) ao lado de um altar de sacrifícios e de construir uma "Matzeivá" (monólito, isto é, uma construção feita de uma única pedra) como altar. A Parashat também fala da proibição de oferecer Korbanót (sacrifícios) com defeito, sobre escutar os ensinamentos dos sábios de Torá. Qual é a conexão entre estes assuntos tão diferentes?
 
Além disso, um dos assuntos que chamam a atenção na Parashat é a preparação psicológica do povo judeu para enfrentar as guerras de conquista da Terra de Israel. Moshé, em seus discursos finais, quis injetar Emuná no povo, para que não sentissem medo, como está escrito: "Quando você saír para a guerra contra o teu inimigo e vir cavalos e carros, um exército maior do que o teu, não os temam, pois Hashem, teu D'us, que te tirou do Egito, está com você" (Devarim 20:1). Porém, como podemos esperar atingir um nível tão alto de Emuná, a ponto de não sentir medo quando vamos para uma batalha de vida ou morte? Será que é tão ruim assim sentir medo?
 
A pergunta fica ainda mais forte de acordo com um questionamento do Talmud (Brachót 60a), que aponta uma aparente contradição entre dois versículos. O profeta repreendeu o povo judeu: "Os transgressores em Tsion estavam com medo" (Yeshayahu 33:14), implicando que o medo é uma transgressão. Porém, Shlomo Hamelech, o mais sábio de todos os homens, nos ensinou: "Bem aventurado é aquele que sente medo constantemente" (Mishlei 28:14). Afinal, o temor é algo positivo ou negativo?
 
O Talmud resolve a aparente contradição nos ensinando que existe um medo positivo e um medo negativo. O medo de perder um aprendizado de Torá ou o cumprimento de uma Mitzvá é um medo positivo, enquanto todos os outros medos são negativos. Portanto, nosso trabalho é desenvolver o medo positivo, enquanto tentamos anular o medo negativo. E, apesar de parecer ser algo muito difícil, se a Torá nos ordenou a não sentirmos medo diante de uma batalha, deve ser algo dentro da capacidade de todos nós.
 
Explica o Rav Zev Leff que uma observação cuidadosa nos ensinamentos trazidos na nossa Parashá nos dá algumas dicas importantes de como podemos alcançar o medo correto e evitar todos os outros tipos de medo. O fio que une todos os assuntos da Parashat é o nosso objetivo neste mundo, de buscarmos a perfeição. E todos os assuntos trazidos acrescentam ensinamentos nesta área.
 
A Parashá começa com a ordem de nomearmos juízes e policiais para garantir a justiça completa. Nosso direito de ocupar a Terra de Israel, a terra da perfeição espiritual, depende de buscarmos esse objetivo de forma cuidadosa e aplicada, conforme está escrito: "Justiça, justiça persiga, para que você viva e herde a terra que Hashem, teu D'us, dá para você" (Devarim 16:20). Para isto, os juízes devem saber o que é certo e o que é errado. Eles devem ter sabedoria, que é a capacidade de discernir quais ações e pensamentos são uma expressão da vontade de D'us, mas também devem ter ética, que é a capacidade de traduzir este conhecimento em ações.
 
A Torá continua com três proibições que colocam nossa busca pela perfeição em perspectiva. Primeiro, somos proibidos de plantar uma "Asheira" perto de um altar de sacrifícios. Muito idólatras plantavam árvores bonitas em torno de seus altares de idolatria, para criar uma bela paisagem e atrair mais adoradores aos seus cultos. A mensagem é que não devemos trocar os caminhos de D'us por algo que parece apenas atraente. A árvore representa os prazeres do mundo material, a beleza externa, enquanto as pedras pouco atraentes do altar de sacrifícios representam nossa total devoção a D'us.
 
Em seguida, a Torá nos proíbe de fazer uma "Matzeivá", uma construção feita a partir de uma única pedra para ser utilizada como altar de sacrifícios. Uma única pedra representa uma pessoa perfeita diante de D'us. Um altar feito de muitas pedras, em contraste, representa a busca pela perfeição de um indivíduo ainda imperfeito. Se um judeu se ilude pensando que já atingiu a perfeição, um desastre certamente acontecerá.
 
Finalmente, a Torá nos proíbe de oferecermos como Korban um animal com defeito. Isto também nos ensina que nosso objetivo neste mundo é atingir a perfeição, e que é mais importante a qualidade dos nossos atos do que a quantidade.
 
Se alguém se desvia, mesmo que ligeiramente, de seguir a vontade de D'us, não vai ter sucesso em sua busca pela perfeição. Para conseguirmos este objetivo, precisamos também escutar os ensinamentos e direcionamentos dos líderes de Torá da geração, que nos ajudam a constantemente ajustar o nosso foco e a consertar os nossos pequenos desvios. É por isso que a necessidade de tal orientação é o assunto da Parashá que vem em seguida.
 
E como tudo isto se conecta com o medo permitido e o medo proibido? Quando a busca pela perfeição é a força motriz na vida de uma pessoa, o medo de que ela não conseguirá atingir esta perfeição estará sempre com ela. É sobre este medo a que se referiu Shlomo HaMelech, o medo positivo. Ele pode ser comparado a alguém que tem medo de ratos e encontra-se em um prédio em chamas, com um rato parado na única saída. Por causa do medo do fogo, esta pessoa vai esquecer completamente seu medo de ratos. Da mesma forma, todos os outros temores empalidecem para aquele que busca acima de tudo aproximar-se de D'us, como afirmou David HaMelech no Tehilim que lemos durante todo o mês de Elul, em preparação para Rosh Hashaná: "D'us é minha luz e salvação, de quem terei medo? D'us é a força da minha vida, de quem sentirei temor?... Se um exército acampar contra mim, meu coração não temerá... que eu possa habitar na casa de D'us todos os dias da minha vida, ver a bondade de D'us e visitar Seu santuário" (Tehilim 27:1,3,4)
 
Este é o ensinamento de Moshé para o povo judeu. Quando uma pessoa vai para a batalha, para lutar contra os inimigos de Israel e de D'us, a única coisa que deve preocupá-lo é o fortalecimento do Nome de D'us que virá através da vitória. Nesse sentido, cada judeu deve colocar sua confiança em D'us e não temer por sua vida, caso esteja diante da possibilidade de honrar D'us e Seu povo. Ele não deve pensar em sua família, seu trabalho ou suas propriedades, mas sim deve desviar sua mente de tudo e se concentrar apenas na batalha. E, além disso, ele deve ponderar que as vidas de todo o povo judeu dependem dele. Como seu único medo na batalha é falhar em santificar o Nome de D'us, então ele não teme o inimigo, pois consegue focar em suas responsabilidades. Aquele que luta com todo o coração, com a intenção de santificar o Nome de D'us, tem a garantia de não ser atingido e merecerá, para si e para seus filhos, uma casa respeitável e a vida eterna no Mundo Vindouro.
 
Portanto, não é o sentimento de medo que é proibido, mas sim o temor "deles". Quando temos um medo correto, de fazer algo errado e de não atingir a perfeição, o medo incorreto, de lutar contra os inimigos, empalidece. Isto se aplica às grandes batalhas de conquista da Terra de Israel, mas também às nossas batalhas do cotidiano. Se nosso único medo for o medo de fazer coisas erradas perante D'us, automaticamente todos os nossos outros medos vão desaparecer.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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