sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A ALEGRIA DO RECONHECIMENTO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT KI TAVÔ 5775

ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
BS"D

A ALEGRIA DO RECONHECIMENTO - PARASHAT KI TAVÔ 5775 (04 de setembro de 2015)

"O rabino de uma comunidade judaica Sefaradi dos Estados Unidos certa vez desmaiou no meio de uma aula. Ele foi imediatamente levado ao hospital pelo Dr. Goldman (nome fictício), um dos frequentadores da sinagoga. Lamentavelmente a situação do rabino era muito crítica, pois ele não voltava a si e seus sinais vitais começaram a enfraquecer. Depois de uma série de exames, o Dr. Goldman constatou com tristeza que eram poucas as chances de recuperação do rabino. Já esperando pelo pior, ele pediu a alguns alunos do rabino que rapidamente juntassem um "Minian" (grupo de dez homens judeus) para que pudessem fazer o "Vidui" (confissão) antes do falecimento. Infelizmente poucos alunos puderam ser contatados naquele momento e havia apenas nove judeus presentes. Seria uma pena, por tão pouco, não fazer o Vidui com Minian.

Mas o Dr. Goldman não desistiu. Ele revisou a lista de todos os pacientes internados no hospital e descobriu que havia um paciente judeu no último andar. O problema é que aquele doente estava de cama, conectado a tubos e máquinas, muito fraco. Mesmo assim, o Dr. Goldman pediu aos médicos uma permissão especial para mover aquele paciente com sua cama e seus aparelhos e levá-lo até o quarto do rabino, para assim completar o Minian. Mas quando os médicos vieram perguntar ao doente se ele aceitava ir completar o Minian, ele começou a chorar. Quando se acalmou, explicou que justamente aquele dia era o "Yortzait" (data do falecimento) de seu pai, e que ele estava extremamente triste por estar internado no hospital e não poder dizer o "Kadish" (reza em elevação da alma dos falecidos). Ele percebeu que um enorme milagre havia acontecido, pois a Supervisão Divina havia reunido um Minian em pleno hospital sem que ele precisasse fazer nenhum esforço. O paciente pediu permissão para dizer o Kadish por seu pai antes de fazerem o Vidui do rabino. Todos os presentes concordaram e, com muito respeito, escutaram o Kadish que o paciente pronunciou lentamente, enquanto lágrimas corriam dos seus olhos.

Ao terminarem de responder o Kadish mais emocionante de suas vidas, todos se surpreenderam com o que aconteceu. Os batimentos cardíacos do rabino imediatamente começaram a voltar ao normal e, pouco a pouco, ele foi recuperando as forças e a consciência. Parecia que o Vidui não seria mais necessário.
 
Depois de uma semana, milagrosamente o rabino voltou para casa totalmente curado. Além disso, aquele paciente judeu que havia falado o Kadish por seu pai, que estava há muito tempo à espera da doação de um fígado, conseguiu naquela mesma semana um doador compatível. O transplante foi feito, salvando a vida dele."

Existem alguns momentos nos quais a "Mão de D'us" parece mais evidente. Porém, a verdade é que D'us está presente em cada pequeno detalhe das nossas vidas, e somos nós que não percebemos. Se reconhecêssemos mais as bondades de D'us em nossas vidas, certamente seríamos muito mais felizes. 

************************************************** 

A Parashat desta semana, Ki Tavô, começa descrevendo uma incrível cerimônia, na qual os judeus levavam ao Beit Hamikdash (Templo Sagrado) seus "Bikurim" (primícias, as primeiras frutas colhidas de algumas espécies específicas). Estas frutas, que tinham um enorme valor sentimental para os seus donos, eram colocadas em belas cestas e presenteadas ao Cohen (sacerdote). O dono das frutas também recitava diante do Cohen uma enorme declaração de agradecimento a D'us por todas as bondades recebidas, que começava desde a época dos patriarcas e passava por eventos marcantes do povo judeu, como a saída do Egito e a conquista da Terra de Israel. A declaração terminava com o agradecimento por D'us ter dado a possibilidade de colherem os frutos da terra. E logo depois do assunto dos "Bikurim", a Torá dá uma grande advertência ao povo judeu e descreve as terríveis maldições que poderiam recair sobre eles durante a história. Qual é a relação entre os dois assuntos?
 
Poderíamos imaginar que estas maldições seriam consequência de terríveis transgressões cometidas pelo povo judeu. Porém, surpreendentemente, a Torá nos traz o motivo explícito delas acontecerem: "Pelo fato de vocês não terem servido a Hashem, teu D'us, com alegria e bondade no coração, quando vocês tinham tudo em abundância" (Devarim 28:47). É interessante perceber que D'us não está nos cobrando atitudes positivas em momentos de testes, dificuldades e sofrimentos. A cobrança é por não fazermos nosso serviço espiritual com alegria mesmo em épocas de abundância, na qual não temos outras preocupações nos desviando do nosso crescimento espiritual. Nos momentos nos quais a tranquilidade permite que o nosso foco esteja na nossa conexão espiritual, fazer o serviço Divino sem alegria é considerado algo grave, quase um desprezo.
 
Será que estas terríveis maldições previstas na Torá já se cumpriram em algum momento da história? De acordo com o Ramban zt"l (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270), estas palavras, que incluem muitas tragédias pessoais e coletivas do povo judeu, se cumpriram durante o período do Segundo Beit Hamikdash, incluindo sua destruição e o subsequente exílio do povo judeu. Porém, esta explicação desperta um grande questionamento. De acordo com as palavras do Ramban, o motivo da destruição do Segundo Beit HaMikdash foi o fato de não termos servido a D'us com alegria mesmo quando tínhamos tudo em abundância. Porém, o Talmud (Yoma 9b) traz uma opinião completamente diferente ao afirmar que o motivo da destruição do Segundo Beit Hamikdash foi o "Sinat Chinam" (ódio gratuito) que havia dentro do povo judeu. Afinal, qual dos dois motivos é o correto?
 
A chave para entendermos que não existe nenhuma contradição entre estes dois motivos é observarmos o que ocorre em nossa sociedade. Este conceito trazido pela Torá, das pessoas estarem infelizes apesar de terem tudo, reflete um pouco da realidade em que vivemos atualmente, onde uma grande porcentagem de pessoas, apesar de ter sucesso no trabalho e uma alta posição social, se afunda em depressão e desilusão. Por que tantas pessoas, que aparentemente têm tudo que a vida pode oferecer, ainda demonstram uma total falta de alegria na vida? O que falta para elas serem felizes de verdade?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que a pessoa somente é verdadeiramente feliz se ela consegue enxergar e apreciar o que D'us manda para ela na vida. Enxergar as bondades de D'us é saber que tudo é um presente, que não merecemos nada do que recebemos, tudo é parte da Misericórdia Divina. Quem vive desta maneira aprende a dar valor para cada coisa que recebe e a apreciar cada pequeno detalhe da vida. Mas, por outro lado, se a pessoa é egocêntrica e sente que merece tudo o que tem, então ela nunca vai estar contente com o que já conquistou. Ao contrário, vai estar sempre focando nas coisas que ainda não são dela, mas que ela já se acha no direito de ter.

Quando uma pessoa vive sua vida com este tipo de atitude egocêntrica, com a sensação de que todos devem algo a ela, então estará constantemente infeliz. Além disso, pelo fato dela se sentir no direito de ter tudo o que tem vontade, caso outra pessoa tenha algo que ela deseja, acabará sendo vista como uma ameaça. A pessoa egocêntrica começará a sentir aversão pela outra pessoa, mesmo que não exista nenhum motivo real para isso, apenas por causa da percepção de que a outra pessoa a está impedindo de ter algo que, por direito, deveria pertencer a ela. Em outras palavras, este tipo de atitude leva a pessoa a odiar o próximo absolutamente sem nenhum motivo verdadeiro. E é justamente este sentimento de aversão sem justificativas reais que os nossos sábios chamaram de "Sinat Chinam".
 
Isto significa que, se rastrearmos o que está por trás do Sinat Chinam, encontraremos lá no início a falta de apreciação correta pelo que D'us fez e continua fazendo por nós. Portanto, o Sinat Chinam não é uma razão diferente da trazida pela Parashat Ki Tavô para a destruição do Beit HaMikdash. Na verdade, o Sinat Chinam é apenas uma manifestação de quando a pessoa está infeliz ao fazer o seu serviço Divino. E esta infelicidade ocorrerá apesar de toda a abundância que a pessoa tem na vida.
 
É por isso que a Torá junta o assunto dos Bikurim com o assunto da advertência. Quando a pessoa levava seus Bikurim para o Beit HaMikdash e fazia a declaração diante do Cohen, ela aprendia a dar valor ao que tinha recebido. Quando uma pessoa planta e colhe, normalmente pensa que o sucesso depende apenas da sua força e da sua inteligência. Mas a verdade é que tudo depende de D'us. A força não é nossa, pois a cada instante é D'us quem está nos mandando energia para os movimentos dos nossos membros e órgãos, como se estivéssemos conectados a um fio de energia. A inteligência para tomarmos as decisões corretas também não é nossa, é um presente de D'us, o Dono de toda a sabedoria. A Terra de Israel depende das chuvas, isto é, depende de D'us, e todo esforço e inteligência não são suficientes se não houver chuvas no momento certo. Até mesmo a existência de uma terra para plantarmos foi um presente de D'us, que nos tirou da escravidão do Egito e nos trouxe, com milagres e sinais, para a Terra de Israel. Sem a ajuda Divina, os Bikurim não poderiam ser oferecidos.
 
Os Bikurim são um ensinamento de que esta é a fonte de toda a alegria verdadeira: o reconhecimento de que tudo o que temos é um grande presente de D'us, e que não recebemos por causa dos nossos méritos, e sim pela bondade Dele. Vivendo com esta nova ótica, podemos apreciar mais o que temos, e nos alegrar também com as alegrias dos outros, acabando com o "ódio gratuito" e trazendo ao mundo mais harmonia e companheirismo. 

"SHETIKATEV VETECHATEM BESSEFER CHAIM TOVIM" (QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA)

SHABAT SHALOM                                           

Rav Efraim Birbojm

************************************************************************
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:

                   São Paulo: 17h36  Rio de Janeiro: 17h23                     Belo Horizonte: 17h27  Jerusalém: 18h24
***********************************************************************
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Avraham ben Chana, Bentzion ben Chana, Ester bat Rivka, Rena bat Salk, Duvid ben Rachel, Chaia Lib bat Michle, Michle bat Enque, Miriam Tzura bat Ite, Fanny bat Vich, Zeev Shalom ben Sara Dvorah, Pece bat Geni, Salomão ben Sara, Tamara bat Shoshana, Yolanda bat Sophie, Chai Shlomo ben Sara, Eliezer ben Esther, Lea bat Sara, Debora Chaia bat Gueula, Felix ben Shoshana, Moises Ferez ben Sara, Zelda bat Sheva, Yaacov Zalman bat Tzivia, Yitzchak ben Dinah, Celde bat Lea, Geni bat Ester, Lea bat Simi, Ruth bat Messoda, Yaacov ben Ália, Chava bat Sara, Moshe David ben Chaia Rivka, Levi Itzchak ben Reizel, Lulu Chana bat Rachel, Haia Yona bat Sara, Shulem ben Chaia Sara, Daniel ben Yonit, Chai bat Rivka, Nitzchia bat Yafa.
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni), Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam, Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel, Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl; Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa HaCohen ben Gamilla, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym; Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh; Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela, Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim, Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham, Tzvi ben Baruch, Gitl bat Abraham, Akiva ben Mordechai, Refael Mordechai ben Leon (Yehudá), Moshe ben Arie, Chaike bat Itzhak, Viki bat Moshe, Dvora bat Moshé, Chaya Perl bat Ethel, Beila Masha bat Moshe Ela, Sheitl bas Iudl, Boruch Zindel ben Herchel Tzvi, Moshe Ela ben Avraham, Chaia Sara bat Avraham, Ester bat Baruch, Baruch ben Tzvi, Renée bat Pauline, Menia bat Toube, Avraham ben Yossef, Zelda bat Mechel, Pinchas Elyahu ben Yaakov, Shoshana bat Chaskiel David, Ricardo ben Diana, Chasse bat Eliyahu Nissim, Reizel bat Eliyahu Nissim, Yossef Shalom ben Chaia Musha, Amelia bat Yacov, Chana bat Cheina, Shaul ben Yoshua, Milton ben Sami, Maria bat Srul, Yehoshua Reuven ben Moshe Eliezer, Chaia Michele bat Eni, Arie Leib ben Itschak, Chaia Ruchel bat Tsine, Malka bat Sara, Penina bat Moshe, Schmuel ben Beniamin, Chaim ben Moshe Leib, Avraham ben Meir, Shimshon ben Baruch, Yafa bat Salha, Baruch ben Yaacov, Sarita bat Miriam, Michael Ezra ben Esther, Clarice Chaia bat Israel, Moshe ben Yaacov, Dov ben Michel, Alberto ben Michel, Malaka bat Chalom.
--------------------------------------------
Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
Copyright © 2014 All rights reserved.

Our mailing address is:
efraimbirbojm@gmail.com

unsubscribe from this list    update subscription preferences 






This email was sent to efraimbirbojm.birbojm@blogger.com
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
Shabat Shalom M@il · Rua Dr. Veiga Filho, 404 · Sao Paulo, MA 01229090 · Brazil

Email Marketing Powered by MailChimp

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, deixe aqui a sua pergunta ou comentário sobre o texto da Parashá da semana. Retornarei o mais rápido possível.