sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

QUEBRANDO SUA NATUREZA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BÔ 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós: 
Shandla bat Hersh Mendel Z"L 
    Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L 

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O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BÔ 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ BÔ

ASSUNTOS DA PARASHÁ BÔ
  • Gafanhotos: A 8ª Praga.
  • Escuridão: A 9ª Praga.
  • Preparativos para a Praga Final.
  • Rosh Chodesh.
  • Preparação do Cordeiro.
  • A Festa de Pessach.
  • Korban Pessach.
  • Morte dos Primogênitos: A Praga Final.
  • O Êxodo.
  • As Leis do Korban Pessach.
  • Deixando o Egito.
  • Relembrando o Êxodo.
  • A Consagração do Primogênito.
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QUEBRANDO SUA NATUREZA - PARASHÁ BÔ 5784 (19/jan/24)
 
Em 1917, os Menchevikes assumiram o governo da Rússia, no final da Primeira Guerra Mundial. Pela primeira vez em décadas os judeus tiveram mais liberdade. Todos estavam felizes e as pessoas começaram a ganhar mais dinheiro, principalmente os judeus, que estavam no ramo dos diamantes e joias.
 
Um deles era o Sr. Avraham, um judeu muito trabalhador, que chegava todos os dias no seu escritório às 8h00 e ficava lá o dia todo. Em uma determinada manhã, ele acordou cedo demais e resolveu ir ao escritório mais cedo, para colocar as papeladas em dia. Ele carregava consigo, como de costume, sua valise com diamantes e joias. Enquanto caminhava, escutou alguém gritar: "Tzenter", que em ídiche significa "décimo". Ele se virou e viu um homem parado na frente de uma pequena sinagoga, procurando o décimo homem para completar um Minian. Quando percebeu que o Sr. Avraham havia virado para observá-lo, o homem gritou: "Venha, precisamos de você para o Minian!".
 
O Sr. Avraham não estava com vontade de entrar para rezar, mas como tinha um tempo livre, decidiu ajudar. Porém, quando entrou, viu que só haviam mais três homens além dele e do homem na porta, que continuava sua procura por um "Tzenter". Incomodado por ter sido enganado, quis ir embora. Mas o homem o tranquilizou, explicando que muitos judeus caminhavam naquela rua todas as manhãs e logo teriam os dez homens. Frustrado, o Sr. Avraham começou a recitar Tehilim. Vinte minutos se passaram, mas apenas mais uma pessoa havia entrado na sinagoga. O Sr. Avraham decidiu ir embora, mas o homem na porta implorou para que ele ficasse, explicando que era o Yurtzait do seu pai e que ele tinha que dizer o Kadish. Garantiu que conseguiria um Minian rapidamente. O Sr. Avraham disse que não poderia mais ficar, pois já eram 8h00 e ele precisava ir ao escritório. O homem respondeu de forma mais ríspida, dizendo que não o deixaria ir embora antes de dizer o Kadish.
 
O Sr. Avraham teve vontade de gritar com o homem, empurrá-lo e sair. Quem ele pensava que era para falar com ele daquela maneira? Mas se segurou, acalmou-se e voltou ao seu lugar para continuar seus Tehilim. Mais dez minutos se passaram e haviam conseguido juntar somente mais dois homens. O Sr. Avraham decidiu que iria embora. Dirigiu-se à saída novamente, mas o homem obstruiu a porta e, com um dedo apontado para ele, disse:
 
- Escute aqui, se fosse você que tivesse um Yurtzait pelo seu pai, você não iria querer que eu continuasse aqui? E eu ficaria! Portanto, faça o mesmo por mim!
 
Aquele argumento mexeu com o Sr. Avraham e ele resolveu continuar lá até o homem conseguir o Minian. E, finalmente, às 8h30, ele conseguiu reunir dez pessoas. O Sr. Avraham achou que ele iria dizer apenas uma Mishná e logo depois recitar o Kadish, mas o homem começou a fazer toda a Tefilá desde o início! Impaciente, o Sr. Avraham olhava para o relógio e fazia cálculos, imaginando que não chegaria ao escritório antes das 09h00. Finalmente, quando a Tefilá terminou, o homem agradeceu muito, serviu bolo e whisky e todos saíram.
 
O Sr. Avraham retomou seu caminho para o escritório, carregando sua preciosa valise. Quando chegou a duas quadras do seu escritório, um homem que o conhecia veio correndo até ele, acenando freneticamente e gritando:
 
- Rápido, vá embora daqui! Os Bolshevikes deram um golpe e assumiram o poder. Alguns deles vieram até aqui e assassinaram muitos judeus. No momento eles estão ocupados saqueando os escritórios. Fuja e salve sua vida!
 
O Sr. Avraham se escondeu por alguns dias, até que a situação se acalmou um pouco, e depois conseguiu fugir da Rússia e salvar sua vida. Tudo pelo mérito de ter feito a coisa certa, vencendo sua preguiça e sua raiva.

Nesta semana lemos a Parashá Bô (literalmente "Venha"), que continua descrevendo as Pragas que D'us mandou sobre os egípcios, destruindo a estrutura do país e quebrando fisicamente e psicologicamente os egípcios e, em especial, o Faraó, um homem extremamente obstinado. A demonstração de poder de D'us culminou com a saída triunfal do povo judeu, terminando mais de 200 anos de uma terrível escravidão física e espiritual. Os judeus finalmente estavam livres para sair e servir D'us.
 
Em relação ao momento da saída do povo judeu, há um versículo interessante: "Mas para todos os filhos de Israel, nenhum cão afiou a língua, nem contra os homens, nem contra os animais" (Shemot 11:7). Este versículo nos ensina que os cachorros não latiram no momento em que mais de três milhões de judeus saíram, em plena luz do dia. E qual foi a recompensa dada aos cachorros por não terem latido? A Torá escreve explicitamente: "Vocês serão para Mim um povo de santidade; não comerão a carne de animal que foi despedaçado no campo, para o cachorro vocês a lançarão" (Shemot 22:30). Os cachorros foram escolhidos para receber a carne de um animal que não foi abatido de acordo com as leis de Shechitá. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que isso nos ensina algo muito importante: D'us não deixa de recompensar nenhuma criatura que seja merecedora. Por não latirem para os judeus quando eles deixaram o Egito, os cachorros ganharam o direito de receber a carne que não pode ser consumida pelos judeus.
 
Porém, este ensinamento desperta um grande questionamento. Na Parashá da semana passada, Vaerá, D'us mandou a Praga dos sapos. Os sapos pulavam por toda parte, infernizando a vida dos egípcios. Eles entraram até mesmo dentro dos fornos dos egípcios. Dessa forma, eles estavam dispostos a morrer para santificar o Nome de D'us. Quem merecia mais recompensa, os sapos, por pularem dentro dos fornos ardentes para santificar o Nome de D'us, ou os cachorros, por não latir? Logicamente, diríamos que os sapos eram mais merecedores. No entanto, a Torá não diz que devemos dar nada aos sapos como recompensa por seu ato meritório.
 
Além disso, o Perek Shira traz os Cânticos de louvor que os animais entoam a D'us. O Cântico pronunciado pelos cachorros é: "Venham, nos prostraremos, nos curvaremos e nos ajoelharemos perante Hashem, nosso Criador" (Tehilim 95:6). O Midrash observa que o Rav Yeshaya, discípulo do Rav Chanina ben Dossa, jejuou 85 dias para entender o motivo pelo qual os cachorros mereciam entoar um Cântico para D'us, já que os cachorros são identificados na Torá pela sua característica de descaramento. Um anjo veio ao Rav Yeshaya e informou que os cachorros mereceram entoar um Cântico a D'us por seu comportamento meritório na época da saída do Egito, por não terem latido.
 
Finalmente, os cachorros também mereceram que suas fezes fossem usadas para curtir o couro dos animais como forma de preparação para fazer o pergaminho usado para escrever Sifrei Torá, Tefilin e Mezuzot. Sofrim contemporâneos confirmam que, de fato, a essência dos produtos químicos usados para preparar o couro dos animais para fazer pergaminhos ainda é derivada das fezes de cachorro. Por que os cachorros mereceram tudo isso apenas por não terem latido para os judeus que estavam partindo? Contrastando com o "heroísmo" dos sapos, parece um ato muito pequeno!
 
A explicação é que nada é mais precioso para D'us do que alguém que quebra sua natureza para cumprir a vontade Dele, superando seus instintos naturais e traços de caráter inatos. Este tipo de ato é mais amado por D'us do que qualquer outro ato.
 
Cachorros naturalmente latem quando veem uma movimentação estranha. É justamente por isso que são utilizados como animais de guarda. Aos olhos de D'us, foi uma conquista incrível para os cachorros no Egito conseguirem conquistar suas inclinações e não cederem às suas tendências naturais, como ensinam os nossos sábios: "Quem é o forte? Aquele que domina suas inclinações" (Avót 4:1). Os sapos, por outro lado, entravam em todos os lugares, e podem nem mesmo ter percebido que estavam pulando para dentro dos fornos. Por isso eles não representam a quebra da natureza, ir contra a nossa vontade para cumprir a vontade de D'us.
 
Explica o Rav Yssocher Frand que ensinamentos como estes são metáforas. A Torá não está nos ensinando sobre os animais, e sim transmitindo uma mensagem para nós, seres humanos. Todos temos inclinações naturais, traços de caráter que adquirimos ou que nascemos com eles. Algumas pessoas têm a tendência de serem mais irritadas, enquanto outras têm a tendência de serem mais calmas e pacíficas. Alguns têm a tendência de serem mesquinhos, enquanto outros têm a tendência de gastarem sem limites. Mesmo irmãos, até mesmo gêmeos, têm diferenças significativas em suas personalidades. O desafio do ser humano ao servir D'us é ser capaz de controlar e canalizar suas características conforme o que for necessário para seguir a vontade Dele.
 
Essa foi a grandeza dos cachorros no Egito. Um cachorro que não late está indo contra sua natureza. Uma criatura fazendo a coisa certa contra sua natureza é o mais alto nível de Serviço Divino. Como resultado, eles mereceram fazer um Cântico, foram recompensados com a carne não kasher e seus dejetos são usados na produção de Torá, Tefilin e Mezuzot.
 
Fica para nós uma importante lição de vida. Muitas vezes estamos cansados ou desmotivados para cumprir as Mitzvót. Outras vezes estamos com raiva e queremos fazer ou dizer coisas feias. São justamente nestes momentos que podemos fazer algo extraordinário. Se pudermos vencer a nossa natureza e cumprir a vontade de D'us, estaremos fazendo algo grandioso. São nos momentos de testes que podemos fazer a diferença em nossas vidas.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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