| | MENSAGEM DA PARASHÁ VAIETSÊ | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ VAIETSÊ - Saída de Yaacov de Beer Sheva.
- A visão de Yaacov.
- Yaacov encontra Rachel e chora.
- 7 anos de trabalho por Rachel.
- A enganação de Lavan.
- Após 7 anos de trabalho, Yaacov se casa com Lea.
- Yaacov se casa com Rachel e trabalha mais 7 anos por ela.
- Lea tem 4 filhos: Reuven, Shimon, Levi, Yehuda.
- Yaacov se casa com Bilá, escrava de Rachel.
- Bilá tem 2 filhos: Dan e Naftoli.
- Yaacov se casa com Zilpá, escrava de Lea.
- Zilpá tem 2 filhos: Gad e Asher.
- Lea tem mais dois filhos: Issachar e Zevulun.
- Lea tem uma filha: Diná.
- Rachel tem um filho: Yossef.
- Yaacov trabalha mais 6 anos para Lavan.
- Lavan tenta enganar Yaacov.
- Yaacov decide voltar.
- Lavan persegue Yaacov e o alcança.
- O Tratado de Yaacov e Lavan.
| | | VOCÊ ESTÁ SUBINDO OU DESCENDO? - PARASHÁ VAIETSÊ 5784 (24/nov/23) "Dois homens estavam tendo uma calorosa discussão em relação a um pedaço de terra. A terra em questão era adjacente ao campo de ambos, e cada um deles argumentava que ela fazia parte da sua propriedade. Nenhum deles estava disposto a escutar os argumentos do outro e nem a ceder. Finalmente, depois de se ofenderem muito, decidiram procurar os conselhos do Rav Chaim Volozhiner zt"l. O Rav Chaim escutou atentamente aos argumentos de ambas as partes e percebeu que no ar havia muito ódio e discórdia. Ele disse que gostaria de ir, junto com as duas partes, para observar a propriedade em questão com seus próprios olhos, pois talvez isso o ajudasse a entender o ponto de vista de cada um. Juntamente com o Rav Chaim, os dois homens chegaram ao referido local. O Rav Chaim estudou o local, observando onde ficava a propriedade de cada um e suas fronteiras, e escutou mais uma vez os argumentos dos dois, cada um dizendo enfaticamente que o pedaço de terra era seu. De repente, o Rav Chaim abaixou-se e colocou seu ouvido no chão. Os dois homens ficaram espantados. - Rav, o que você está fazendo aí, com seu ouvido encostado no chão? - perguntou um deles. - Bom, eu escutei o ponto de vista de ambos a respeito deste pedaço de terra - respondeu o Rav Chaim - porém, agora eu quis escutar também o que a própria terra tinha a dizer a respeito disto. Os dois homens pensaram que o Rav Chaim estava brincando. Um deles perguntou, em tom de piada: - Então nos conte, Rav, por favor, o que a terra está dizendo! O Rav Chaim sorriu para eles e disse: - A terra não consegue entender a raiva e a visão limitada de vocês. Ela me disse as seguintes palavras: "Este diz que eu pertenço a ele, e este outro diz que eu pertenço a ele. Porém, a verdade é que, mais cedo ou mais tarde, ambos pertencerão a mim!" " Quantas brigas, ódio e desilusões temos na vida por causa do nosso materialismo. Quanto nos afundamos na nossa dependência dos prazeres e posses materiais, sem lembrar que estes não são os nossos valores verdadeiros. O mundo material é um grande teste, se vamos usá-lo para crescer ou para se afundar. | | Nesta semana lemos a Parashá Vaietsê (literalmente "E saiu"), que começa a descrever detalhes da vida do nosso terceiro patriarca, Yaacov. Como vimos na Parashá da semana passada, após receber a Berachá de primogenitura de seu pai, Yaacov precisou fugir para salvar sua vida, já que seu irmão Essav ficou furioso e queria matá-lo. Yaacov também queria aproveitar sua saída forçada para procurar uma esposa, pois seus pais não queriam que ele se casasse com as mulheres de Eretz Knaan, que eram idólatras e com comportamentos imorais. Ele então foi instruído pelos pais a ir para a cidade de Charan, onde vivia seu tio Lavan. A nossa Parashá começa justamente descrevendo a saída de Yaacov de Beer Sheva, indo em direção a Charan. No meio do caminho, Yaacov chegou ao local onde futuramente seria construído o Beit Hamikdash, um lugar extremamente sagrado. Lá ele deitou-se para dormir e teve um sonho profético, como está escrito: "E ele sonhou, e eis que havia uma escada apoiada na terra, cujo topo chegava ao céu" (Bereshit 28:12). D'us então se revelou para Yaacov e garantiu que o protegeria durante todo o tempo em que estivesse em seu exílio particular, longe da Terra de Israel. Sabemos que tudo o que a Torá nos descreve não são apenas histórias para nos entreter, e sim profundos conhecimentos de como viver a nossa vida. Quando Yaacov teve esta visão, em um lugar tão sagrado, o que exatamente D'us estava transmitindo a ele? Por que D'us mostrou a ele uma escada? E por que justamente neste momento, quando ele está indo para a casa de seu tio Lavan para procurar uma esposa e iniciar a construção do povo judeu? E o que podemos trazer de ensinamento para a nossa vida cotidiana? Há um interessante Midrash sobre esta visão profética de Yaacov. Quando o versículo diz que a escada estava "apoiada na terra", refere-se ao fato que Yaakov viu profeticamente seu descendente Korach, sobre quem está escrito "A terra abriu a boca e engoliu a eles e às suas casas, e a todos os homens que estavam com Korach e a todos os seus bens" (Bamidbar 16:32). O Midrash continua nos ensinando que quando o versículo diz "o topo da escada chegava ao céu", isso se refere ao fato de Yaakov ter visto profeticamente seu descendente Moshé, sobre quem está escrito "E para Moshé Ele disse: Suba a D'us (no Céu)" (Shemot 24:1). Mas o que este Midrash está nos transmitindo? Qual é a relação entre a escada do sonho de Yaacov e seus descendentes Korach e Moshé, que viriam apenas muito tempo depois? O Rav Yssocher Frand explica que D'us estava mostrando a Yaakov, no momento em que ele partia para encontrar uma esposa, qual seria a essência da nação que descenderia dele. D'us quis ensinar que uma escada era uma representação perfeita do povo judeu. Para entender um pouco mais por que esta é a essência do povo judeu, há um importante ensinamento do Talmud (Meguilá 16a) que pode nos ajudar: "Esta nação (o povo judeu) é comparada ao pó e às estrelas. Quando descem, descem até o pó, mas quando sobem, sobem até as estrelas". Por que uma escada é a representação perfeita do povo judeu? Pois ninguém jamais permanece parado em uma escada. A escada é usada para subir ou descer, não para ficar parado. As pessoas sentam-se em cadeiras, sofás ou camas, peças de mobiliário utilizadas para ficar parado. Porém ninguém jamais utiliza uma escada simplesmente para ficar em pé, parado. Esta é a semelhança entre a escada e o povo judeu. Essa é a nossa essência, somos uma nação que não pode permanecer estagnada. Ou subiremos e alcançaremos alturas maravilhosas, ou iremos na direção oposta, isto é, desceremos até o pó. Isto é o que o Midrash quer nos ensinar ao dizer que D'us mostrou para Yaacov seus descendentes, Korach e Moshé. Eles representam os dois extremos. De um lado estava uma pessoa que, apesar do seu enorme potencial espiritual, foi consumida pela inveja. Qual foi o seu fim? "A terra abriu a sua boca". Como Korach não estava subindo, ele desceu às maiores profundezas possíveis. Ele representa o topo inferior da escada do povo judeu. Do outro lado estava Moshé Rabeinu, que tinha um enorme potencial e conseguiu preenche-lo. Mas não devemos pensar que Moshé chegou ao seu nível de grandeza apenas por ser um predestinado. Moshé batalhou sua vida inteira para melhorar e crescer. Cada teste era para ele uma oportunidade de aprendizado. Cada dificuldade era uma forma de mudar e melhorar. Moshé demonstrou os limites superiores que um ser humano é capaz de alcançar em santidade e humildade. Ele representa o topo superior da escada do povo judeu. Este ensinamento da Parashá é incrível. Ao nos mostrar os dois extremos, D'us está nos ensinando que não há como ficar no meio termo, em cima do muro, no meio da escada. A própria estagnação é considerada uma descida espiritual. O povo judeu, e a vida em geral, são representados por uma escada com os pés no chão e o topo alcançando os céus. Cabe a cada um de nós decidir, a cada momento, em que direção queremos nos dirigir, se é para cima, em direção ao céu, ou se é para baixo, em direção às maiores profundezas. Esta foi a visão que D'us mostrou a Yaakov sobre sua futura nação, um povo que pode cair até o pó, mas que pode subir até as estrelas. Há uma "dica" deste conceito na própria Terra de Israel. Sabemos que o ponto espiritual mais elevado do mundo encontra-se justamente no local onde o Beit Hamikdash foi construído, em Jerusalém. Por outro lado, o ponto geográfico mais baixo do mundo encontra-se na região do Mar Morto, também em Israel, localizado a quase 400 metros abaixo do nível do mar. Isto significa que a Terra de Israel permite que um judeu chegue ao seu máximo potencial, caso ele se volte para o lado espiritual, mas também permite que chegue ao seu nível mais baixo, caso opte pelo lado material. A vida é feita de escolhas, e fazer escolhas não é algo fácil. Nossa má inclinação está sempre tentando nos enganar, nos levando aos caminhos do comodismo. É difícil mudar, mas a Torá nos ensina que ficar parado também é difícil. A diferença é que no primeiro caso, a dificuldade inicial traz frutos doces, enquanto no segundo caso os frutos são amargos, pois aquele que está parado e acomodado está, em última instância, caindo espiritualmente. Em todas as áreas da nossa vida precisamos fazer escolhas de melhoria, pois, caso contrário, estaremos escolhendo o lado do fracasso. Por exemplo, manter um bom casamento é difícil, mas o divórcio também é difícil. Se manter saudável é difícil, mas ser obeso também é difícil. Ter disciplina financeira é difícil, mas estar sempre endividado também é difícil. Manter as amizades é difícil, mas não ter amigos também é difícil. Ser responsável é difícil, mas lidar com as consequências de ser irresponsável também é difícil. Tentar e falhar é difícil, mas se arrepender de ao menos não ter tentado também é difícil. Muitas situações em nossas vidas sempre serão difíceis, mas podemos escolher o nosso difícil. Lembre-se sempre que os esforços positivos são difíceis, mas têm frutos doces, enquanto o comodismo também é difícil, pois tem frutos amargos. Escolha com sabedoria. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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