| | MENSAGEM DA PARASHÁ KI TETSÊ | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ KI TETSÊ | | | - Mulheres cativas de guerra
- A porção do Primogênito.
- O Filho Rebelde.
- Enforcamento e enterro do corpo.
- Devolução de objetos perdidos.
- O Animal caído.
- Proibição de homens usarem roupas de mulher e vice versa.
- Espantando a mãe pássaro.
- Parapeito.
- Agricultura Mista e Combinações proibidas.
- Tsitsit.
- A mulher casada difamada.
- Se a acusação é verdadeira e o castigo por adultério.
- A jovem comprometida.
- Violação.
- Casamentos proibidos: A esposa do pai, genitais mutilados, Bastardo, Amonitas e Moabitas, Edomitas e Egípcios.
- Santidade do acampamento do exército.
- Abrigando escravos fugitivos.
| | - Proibição de prostituição.
- Cobrança de Juros.
- Mantendo as promessas.
- O trabalhador em uma videira e no campo.
- Divórcio e novo casamento.
- Isenção da guerra no Shaná Rishoná.
- Proibição de pegar a pedra do moinho como objeto de garantia.
- Sequestro.
- Lembrança do erro de Miriam e a Tzaraat.
- Garantia para empréstimos e a honra do devedor.
- Pagamento de salários na data certa.
- Responsabilidades individuais.
- Consideração pelas viúvas e órfãos.
- Presentes da colheita aos pobres (Leket, Shichechá e Peá).
- Chicotadas.
- Levirato (Ibum e Halitzá).
- Pessoa que ataca seu companheiro.
- Pesos e Medidas corretos.
- Lembrando Amalek.
| | | APRENDENDO COM OS ANIMAIS - PARASHÁ KI TETSÊ 5782 (09/set/22) "Na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga vivia imerso em intensa amargura, por causa da zombaria dos seus companheiros. Ele tinha o pelo maltratado, profundas cicatrizes no lombo e a cabeça tristonha. Aproximou-se dele um formoso cavalo árabe, que havia recebido muitos prêmios, e disse: - Triste destino que você recebeu! Você não inveja minha posição? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis! - Como conseguiria um burro entender o brilho da fama? - questionou o fino potro, de origem inglesa. - Há dez anos vi este miserável sofrendo nas mãos do seu adestrador - disse outro soberbo cavalo, de procedência húngara - É tão covarde que não reagia, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para transportar carga e receber pancadas. É vergonhoso ser seu companheiro! O burro recebia as agressões verbais sem reagir. Os insultos ainda não haviam terminado quando o rei entrou no recinto, em companhia do chefe das cavalariças. - Preciso de um bom animal, para um serviço de grande responsabilidade - informou o rei - Quero um animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. Todos os cavalos encheram o peito. O empregado ofereceu o cavalo árabe, mas o rei rejeitou imediatamente. Por ele ser orgulhoso, só servia para desfiles. Também ofereceu o potro inglês, mas o rei não aceitou, por ser um animal muito irrequieto. Também o cavalo húngaro foi oferecido e imediatamente dispensado pelo rei, por ser bravio, sem educação. Decorridos alguns instantes de silêncio, o rei perguntou: - Onde está o meu burro de carga? O chefe das cocheiras indicou-o, encolhido entre os demais animais. O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou enfeitá-lo com os símbolos reais e colocou sobre ele o pequeno príncipe para uma longa viagem, tranquilo por saber que podia confiar naquele animal." Assim também acontece na vida. Muitas vezes quem faz a diferença e será querido por D'us não são aqueles que mais aparecem e se sobressaem, e sim aqueles humildes, que fazem seu trabalho sem chamar a atenção. | | A Parashá desta semana, Ki Tetsê (literalmente "Quando você sair"), traz dezenas de Mitzvót "Bein Adam Lehaveiró" (entre a pessoa e seu companheiro). Além disso, nos chama a atenção que também há muitas Mitzvót relacionadas à natureza e aos animais, que nos transmitem mensagens muito atuais e importantes. Por exemplo, a Torá nos ensina que é proibido colocar no mesmo arado um boi e um burro. Uma explicação mais simples é que o boi tem mais força que o burro. Colocá-los juntos no mesmo arado causa uma sobrecarga ao burro, causando-lhe sofrimentos físicos, e é proibido causar a um animal qualquer sofrimento desnecessário. Outra explicação é que o boi é ruminante, mas o burro não. O burro sofre ao ver que o boi tem comida em sua boca e ele não. Na realidade, o boi não recebeu mais comida do que o burro, mas a simples sensação de que o outro está recebendo mais privilégios já causa sofrimento. O Rav Chaim Shmulevitz zt"l (Lituânia, 1902 - Israel, 1979) comenta que esta é uma grande lição de como devemos tomar cuidado para não despertar a inveja nas outras pessoas. Se devemos ser cuidadosos com os sentimentos de um animal, muito mais com os sentimentos de uma pessoa. Isto obviamente se aplica a tomarmos cuidado com o que postamos nas redes sociais, pois nossos momentos de alegria podem causar tristeza e depressão nas pessoas que estão passando por dificuldades. Além disso, a Parashá nos ensina a obrigação de ajudar alguém cujo animal caiu sob sua carga pesada, como está escrito: "Se você vir o burro do seu companheiro ou boi caído na estrada, não ignore. Ajude-o junto com ele" (Devarim 22:4). A Torá usa uma linguagem repetitiva, "Azov Taazov" (Ajude-o), para nos ensinar que devemos ajudar o animal quantas vezes for necessário. Porém, a Torá estipula uma condição: "junto com ele". Rashi (França, 1040 - 1105) explica que se a pessoa que precisa de ajuda diz: "Eu vou descansar agora. Você tem a Mitzvá de me ajudar, portanto faça tudo sozinho", não estamos obrigados a ajudá-la. Isso nos ensina que a pessoa não está obrigada a deixar que outros tirem vantagem dela apenas porque ela quer fazer Chessed. Porém, qual é a definição da Torá de "tirar vantagem dos outros", já que há uma aparente contradição. Se alguém se recusa a nos emprestar algo que precisamos, e logo depois esta mesma pessoa vem nos pedir algo emprestado, o que devemos fazer? A Torá, de forma muito clara, diz que estamos obrigados a ajudá-lo, e recusar é uma violação da Mitzvá de "não se vingar". Então qual é a diferença entre os dois casos? A resposta é que sempre que uma pessoa realmente necessita da sua ajuda, você deve ajudá-la, mesmo se ela não for agradecer ou retribuir. Na realidade, o maior nível de bondade é o "Chesed shel Emet" (bondade verdadeira), quando fazemos um ato de caridade sabendo que não receberemos nada em troca da pessoa, como a Mitzvá de acompanhar um morto em seu enterro. No entanto, se a pessoa, devido à sua preguiça, tenta nos manipular para que façamos por ela algo que ela poderia fazer, temos a permissão de recusar. Aplicar este princípio em nossas vidas nos poupa de muitos ressentimentos. Algumas pessoas sempre fazem tudo o que os outros pedem e, ao perceberem a falta de reciprocidade e apreciação, ficam ressentidas e acham que foram "usadas". Porém, internalizar a perspectiva da Torá vai nos ajudar a sentir alegria em ajudar os outros, mesmo sem receber favores em troca ou gratidão. Já que a pessoa realmente necessitava da nossa ajuda, realizamos a Mitzvá de Chessed e nos elevamos espiritualmente. A Parashá traz também outras Mitzvót relacionadas com a natureza, tais como a proibição de misturar espécies e não pegar os filhotes de passarinho na frente da mãe. Porém, no meio de Mitzvót relacionadas à natureza, encontramos uma Mitzvá relacionada aos seres humanos: "Quando construir uma casa nova, construa um parapeito no teu telhado" (Devarim 22:8). Devemos ser cuidadosos, tanto com a nossa vida quanto com a vida dos outros, e tentar ao máximo evitar acidentes. Por isso a Torá nos ordena construirmos um parapeito de proteção em um local onde pessoas podem cair. Porém, depois disso a Torá volta a trazer Mitzvót relacionadas ao meio ambiente. Por que a Torá colocou uma Mitzvá relacionada aos seres humanos no meio de assuntos que falam sobre os animais e sobre a natureza? O Ramban zt"l (Espanha, 1194 - Israel, 1270) explica que todas estas Mitzvót em relação aos animais têm o objetivo de ensinar o ser humano a ser misericordioso e ter um bom coração. O ser humano precisa desenvolver um sentimento de responsabilidade com o meio ambiente e com todas as criações de D'us. Porém, infelizmente, muitas vezes o ser humano perde o equilíbrio nestas áreas, dando mais importâncias ao meio ambiente e aos animais do que ao próprio ser humano. Tivemos uma experiência extremamente amarga na história recente do povo judeu, que nos ensina uma lição preciosa. Os nazistas tinham cultura, educação, e até mesmo um estatuto de proteção aos animais. Porém, para ser considerado um bom ser humano, é necessário muito mais do que isso. É necessário ter um bom coração e o conhecimento do que é certo e errado. As mesmas pessoas que se preocupavam com o bem estar dos animais assassinaram a sangue frio 6 milhões de inocentes, incluindo idosos, mulheres e crianças indefesas. Observamos atualmente uma quantidade crescente de pessoas dispostas a cuidar dos animais, alimentando-os e tratando-os como filhos. Porém, estas mesmas pessoas se tornam insensíveis diante de um ser humano faminto. Cada vez mais pessoas são voluntárias em ONGs de animais abandonados, mas não dedicam nem mesmo um minuto por semana para visitar lares de idosos ou orfanatos. Portanto, não temos a certeza de que alguém que sente compaixão pelos animais também sentirá o mesmo por um ser humano. Não é garantido que alguém que cuida da natureza também cuidará de crianças necessitadas. Por isso a Torá colocou a Mitzvá de fazer um parapeito, isto é, se importar com uma vida humana, no meio dos assuntos de preocupação com os animais. Isso nos ensina que podemos gostar dos animais e cuidar da natureza, mas sem jamais se esquecer de gostar dos seres humanos, o verdadeiro motivo de toda a criação. A característica principal das pessoas escolhidas por D'us para serem os líderes do povo judeu era a sensibilidade. Todos eles eram pastores, para desenvolver o senso de responsabilidade e preocupação. Porém, eles também eram cientes de suas responsabilidades com as pessoas. Avraham, Yitzchak, Yaacov, Moshé e David Hamelech não eram apenas pastores de ovelhas, mas também se tornaram pastores de pessoas. Eles aprenderam com os animais a terem sensibilidade, e utilizaram esta sensibilidade com as pessoas. Diz o ditado que o melhor amigo do homem é o cachorro. Mas, na verdade, o maior amigo do homem deveria ser o próprio homem. SHABAT SHALOM QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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