sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A EDUCAÇÃO É A ARMA MAIS PODEROSA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KI TISSÁ 5782

Este email é dedicado à elevação da alma da minha querida e saudosa avó

Frade (Fany) bat Efraim z"l

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 

efraimbirbojm@gmail.com.
 
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PARASHÁ KI TISSÁ



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  • O Pedido de Moshé
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  • Moshé retorna com o rosto brilhando
BS"D

A EDUCAÇÃO É A ARMA MAIS PODEROSA - PARASHÁ KI TISSÁ 5782 (18/Fev/2022)

 
Um preso, que havia sido condenado à pena de morte e estava aguardando pela execução, pediu como último desejo um lápis e uma folha de papel. Após escrever por vários minutos, o condenado chamou o guarda e pediu que aquela carta fosse entregue à sua mãe. A carta dizia:
 
"Mãe, se houvesse mais justiça neste mundo, seríamos nós dois executados, e não apenas eu. Pois você é tão culpada quanto eu sou pela vida que tenho levado.
 
Você se lembra de quando roubei e levei pra casa a bicicleta de outro menino? Você me ajudou a escondê-la, para que meu pai não descobrisse.
 
Você se lembra de quando peguei o dinheiro da carteira do vizinho que eu encontrei caída na rua? Você foi comigo gastá-lo no Shopping.
 
Você se lembra de quando você discutiu com meu pai por minha causa, o que acabou causando com que ele fosse embora de casa? Ele só queria me repreender por eu ter roubado o gabarito das provas finais do curso que eu estava fazendo, do qual eu acabei sendo expulso.
 
Mãe, naquela época eu era só uma criança, mas pouco tempo depois eu me tornei um adolescente problemático e agora sou um homem bastante mal formado. Eu era apenas uma criança, e tudo o que eu precisava era de correção, e não de aprovação pelos meus erros!
 
Mas, mesmo assim, eu te perdoo. Só te peço que faça essa carta chegar ao maior número de pais do mundo, para que eles saibam que o que faz os homens se tornarem pessoas do bem é a educação.
 
Obrigado, mãe, por ter me dado a vida. Vida que agora estou prestes a perder por não ter aprendido a vive-la.
 
Assinado: O seu filho delinquente"
 
Quem se nega a castigar seu filho não o ama, como ensina Shlomo Hamelech: "Aquele que economiza na vara da disciplina odeia seu filho" (Mishlei 13:24). A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo. Educação começa nos primeiros anos da infância e vai até o último dia de vida. Eduque enquanto ainda é uma criança, para que não seja necessário punir quando for adulto.

Nesta semana lemos a Parashá Ki Tissá (Literalmente "Quando você contar"), que começa falando sobre uma das diversas contagens do povo judeu no deserto. Além disso, na continuação, a Parashá descreve a terrível transgressão do bezerro de ouro, um dos erros mais graves cometidos pelo povo judeu em toda a sua história. E estes dois assuntos estão conectados entre si, apesar de a ordem estar invertida, já que não existe "antes e depois" na Torá, isto é, a Torá não foi escrita necessariamente na ordem cronológica dos acontecimentos. O erro do bezerro de ouro causou muitas mortes dentro do povo judeu, sendo algumas através da espada, outras através de uma epidemia e outras através do "teste" de beber água como o pó de ouro do bezerro. Logo depois D'us ordenou a contagem do povo, como um pastor que conta suas ovelhas após o ataque de um lobo para saber quantas sobreviveram.
 
O erro do bezerro de ouro, que causou tantas mortes e uma mancha espiritual difícil de ser apagada, é algo complexo de ser entendido. O povo havia acabado de ter uma incrível revelação. D'us havia pessoalmente falado com eles quando estavam sob o Monte Sinai, a primeira e última vez na história da humanidade. É difícil até mesmo imaginar a incrível espiritualidade daquele momento. Porém, quarenta dias depois, este mesmo povo fez um bezerro de ouro, algo que deixou D'us tão furioso a ponto de querer "apagar" o povo judeu e criar um novo povo a partir de Moshé. Somente através de muitas Tefilót e súplicas de Moshé o decreto de D'us pôde ser revogado. Como um povo, que havia acabado de passar por uma experiência tão transcendental, pôde cair tanto? Qual foi a fonte deste erro?
 
O povo judeu errou na conta da data na qual Moshé desceria do Monte Sinai. O Yetser Hará tentou desviar os judeus através de argumentos confusos, mas eles estavam tão elevados que os argumentos não funcionaram. Então a arma utilizada pelo Yetser Hará foi projetar no céu a visão do corpo de Moshé flutuando, falecido. O desespero tomou conta de todos. Uma das provas do tamanho do desespero do povo foi o assassinato de Hur, filho de Miriam, que tinha sido apontado por Moshé como líder do povo, junto com Aharon, enquanto ele estivesse no Monte Sinai. Tudo o que Hur fez foi tentar impedir o povo de construir o bezerro de ouro, mas o povo estava tão obstinado e desesperado que acharam correto matar Hur, já que ele tentava impedir a "solução" do problema.
 
Ninguém esperava a morte de Moshé bem no auge da revelação da entrega da Torá. Mesmo Aharon ficou perdido sobre qual atitude tomar. Ele fez o que pôde para impedir a construção do bezerro de ouro e tentou ganhar tempo, pois sabia que, caso se levantasse contra o povo, seria assassinado como Hur, e certamente o pecado do povo se tornaria ainda mais grave, diminuindo as chances de salvação.
 
Testes na vida são inevitáveis, e tentamos superá-los da melhor maneira possível. Porém, o que fazer quando nos deparamos com uma dificuldade nova e inesperada, diante da qual não temos ideia do que fazer? E se, para piorar, estivéssemos sozinhos, sem ninguém com quem nos aconselhar? Com relação ao pecado do bezerro de ouro, tanto o povo judeu quanto Aharon HaCohen tiveram que decidir sozinhos o que fazer em relação ao suposto falecimento de Moshé. Recorrer ao bezerro de ouro como solução diante de uma situação inesperada mostrou o absurdo das circunstâncias e a fragilidade das convicções espirituais do povo. Após terem presenciados todos os milagres no Egito e a abertura do mar, não era essa a reação esperada, a de construir um bezerro de ouro!
 
Nossos sábios explicam que, na verdade, a intenção não era praticar idolatria, e sim procurar um intermediário entre eles e D'us, assim como estavam acostumados com Moshé intermediando o tempo todo. A revelação no Monte Sinai havia sido tão intensa que o povo judeu não conseguiu suportar a espiritualidade do momento, sendo que suas almas começaram a se desconectar dos seus corpos. Portanto, eles realmente não se sentiam aptos a terem um relacionamento direto com D'us.
 
O grande erro do povo foi não ter entendido que, após a entrega da Torá, não haveria mais absolutamente a necessidade de intermediários, tudo se trataria diretamente com D'us. A existência de intermediários, inclusive, seria considerada uma forma de idolatria, já que cada judeu teria a força, através do cumprimento das Mitzvót, de se elevar e se conectar diretamente com D'us.
 
Além disso, quando estamos acostumados com uma rotina, nos sentimos protegidos em nossa "zona de conforto". Porém, quando saímos da normalidade, perdemos o controle da situação. Faltou um pouco de "maturidade espiritual" ao povo judeu. Eles ainda não estavam preparados para tomar decisões sozinhos, precisavam de alguém fiscalizando a todo o momento para que tomassem a decisão correta.
 
Esta Parashá traz, portanto, dois importantes ensinamentos para nossas vidas. Em primeiro lugar, da mesma forma que um piloto de avião deve estar preparado para qualquer situação de emergência, pois desta maneira saberá reagir de forma rápida e acertada quando um imprevisto surgir, assim também devemos manter o nosso controle. Não podemos abandonar a cabine na primeira turbulência que aparecer. Precisamos sempre avaliar as situações nas quais nos encontramos, refletir sobre prováveis dificuldades que enfrentaremos e imaginar possíveis surpresas. Como em um jogo de xadrez, vence aquele que consegue pensar nas futuras jogadas, que consegue mentalizar o máximo número de possibilidades de movimentação das peças, tanto nossas quanto do nosso adversário. Na vida, nosso adversário é o Yetser Hará, e precisamos sempre imaginar as formas e artimanhas que ele utilizará para nos derrubar, para já estarmos preparados.
 
Outro ensinamento extremamente importante é em relação à educação dos nossos filhos. Devemos educá-los a terem certa autonomia, de forma que, mesmo quando não houver ninguém por perto fiscalizando, eles estarão prontos a fazer a coisa certa. Precisamos incentivá-los em sua "independência espiritual", ajudá-los a tomar decisões corretas sozinhos, mesmo quando surgirem condições adversas. O que é considerado ter sucesso na educação dos filhos? Garantir que eles estejam bem mesmo quando não estamos olhando. Pode parecer algo pequeno, mas será que nossos filhos escovariam os dentes todos os dias se não cobrássemos? Se dermos todo o suporte necessário aos nossos filhos, como conhecimento, responsabilidade e autoestima, teremos cumprido a nossa difícil missão de educá-los.

 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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