quinta-feira, 2 de setembro de 2021

MEDO QUE MOVIMENTA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ NITZAVIM E ROSH HASHANÁ 5782

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
 
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHÁ NITZAVIM



         São Paulo: 17h37                  Rio de Janeiro: 17h24 

Belo Horizonte: 17h28                  Jerusalém: 18h25
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BS"D

MEDO QUE MOVIMENTA - PARASHÁ NITZAVIM E ROSH HASHANÁ 5782 (03 de setembro de 2021)

 
Rivka era medrosa por natureza e tinha mais temores e apreensões que uma pessoa comum. Ela tinha somente uma filha, Sara. Quando a menina cresceu um pouco, Rivka estava hesitante em colocá-la em uma escola distante de casa, que requereria o uso diário de ônibus. Vários pensamentos passavam por sua cabeça, como um atentado terrorista, acidentes na estrada ou o medo que Sara perdesse o ônibus e ficasse sozinha na rua. Tudo isso fez com que ela matriculasse sua filha em uma escola perto de casa, para a qual pudesse ir a pé.
 
Nas primeiras séries estava tudo bem, até o momento em que a família se mudou para os arredores da cidade de Bnei Brak. A única escola que Sara poderia ir a pé era religiosa. A mãe sabia que poderiam surgir problemas, já que eles não eram religiosos. Entretanto, ela achou que poderia lidar com as questões que surgissem. E realmente as coisas estavam indo bem, até que, em uma sexta-feira, a garota de nove anos voltou entusiasmada da escola, dizendo que a professora havia ensinado a Brachá das velas de Shabat para as meninas.
 
- É muito bonito - disse a mãe - porém, você sabe que nós não acendemos velas de Shabat.
 
- Eu não entendo - reclamou Sara - minha professora disse que todo mundo acende velas de Shabat. Por que nós não acendemos?
 
- Nós não acendemos velas de Shabat - disse a mãe - mas veja o lado positivo. Nós acendemos velas em Yom Haatzmaut (dia da independência), em memória dos soldados que morreram lutando por nossa terra.
 
A menina deixou o quarto desapontada. A professora e suas colegas pareciam tão felizes em relação ao acendimento das velas de Shabat! Ela decidiu fazer algo com suas próprias mãos. Foi até a mercearia local e pediu duas velas de Shabat para o dono. Como o homem sabia que a família dela nunca havia comprado velas de Shabat anteriormente, ele achou que a garota não havia entendido corretamente o pedido da sua mãe, e deu a ela as velas que ele achou que ela havia pedido: duas velas de Yurtzait (aniversário de falecimento).
 
Naquela noite, após seus pais chegarem em casa, sua mãe chamou-a para o jantar. Sara, que estava ocupada no seu quarto, não respondeu ao chamado. Após chamar repetidas vezes, a mãe e o pai foram até o quarto dela, onde a encontraram sentada em sua escrivaninha, contemplando as duas velas de Yurtzait acesas.
 
- O que são essas velas? - exclamou a mãe, assustada.
 
As velas de Yurtzait a arrepiaram. Ela recordou-se de sua própria mãe, muitos anos antes, acendendo duas velas de Yurtzait para os pais falecidos. Ela se lembrou das lágrimas de saudade e do orgulho que acompanhavam o ritual. Sara levantou-se, desconfortável por ter sido descoberta. Olhou para as velas e depois para os pais. E então ela abriu um sorriso e disse as palavras que fizeram os pais desabar:
 
- Uma é para você, pai. E a outra é para você, mãe.
 
Sara quis dizer que ela queria compartilhar a Mitzvá das velas de Shabat com os pais. Porém, os pais entenderam a mensagem de forma bem diferente: uma vela de Yurtzait para o pai, que estava morto como judeu, e outra para a mãe, que havia matado toda a beleza do judaísmo com seu estilo de vida "moderno". Essas velas fizeram os pais "enxergarem a luz". Naquele momento eles decidiram retornar para os caminhos da Torá. E, daquela semana em diante, o pai providenciou velas de Shabat para todos os moradores do edifício.

Estamos chegando a um dos momentos mais importantes do nosso calendário: Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico. Apesar de ser um dia de festa, no qual nos vestimos com roupas bonitas e fazemos refeições festivas, Rosh Hashaná é também um dia de muita apreensão, pois é "Yom HaDin" (Dia do Julgamento). D'us julga cada um de nós, como todos os detalhes dos atos e pensamentos que fizemos durante o ano, definindo desta maneira se somos Tzadikim ou Reshaim, e se seremos inscritos no Livro da Vida ou da Morte.
 
Rosh Hashaná também é o dia da criação de Adam, o primeiro ser humano. É, portanto, o "aniversário" de todos os seres humanos. E qual é o "presente" que recebemos neste dia especial? Um julgamento, no qual podemos ser inscritos no Livro da Vida ou da Morte! Este é o presente que esperaríamos receber? Por que D'us é tão duro conosco justamente no dia da nossa criação?
 
Além disso, sabemos que, após sairmos deste mundo, passaremos por um julgamento, no qual todos os atos da nossa vida serão levados em consideração no nosso veredicto. Então qual é a necessidade de um julgamento anual, se haverá de qualquer maneira um julgamento final?
 
Finalmente, se Rosh Hashaná também é um Chag, um dia festivo, por que não fazemos Halel, os cânticos de louvor, na nossa Tefilá, como em Pessach, Shavuót e Sucót?
 
Explicam nossos sábios que como em Rosh Hashaná tudo é decidido, sentimos muito medo. Como vamos cantar o Halel com alegria quando os Livros da vida e da Morte estão abertos diante de nós? E sabemos que não é um julgamento qualquer. Quando o juiz é de carne e osso, é possível subornar, enganar ou dar um "jeitinho" através de pessoas influentes. Mas em Rosh Hashaná o Juiz é D'us. Ele não aceita suborno e vê tudo, até mesmos as nossas intenções. Não há como enganar ou distorcer a realidade. Por isso sentimos tanto medo.
 
A verdade é que ninguém gosta de sentir medo. E, para não sentir medo, muitos preferem não refletir sobre o Dia do Julgamento. Pior ainda, alguns preferem viver imersos em uma ilusão e pensar: "D'us é bonzinho, não vai acontecer nada". Será que é muito errado pensar desta maneira?
 
A resposta está na Parashá desta semana, Nitzavim (literalmente "parados"). Moshé novamente advertiu o povo judeu em relação aos perigos espirituais que eles enfrentariam ao entrar na Terra de Israel, em especial o perigo de se conectarem às idolatrias dos habitantes locais. Estas advertências de Moshé vieram depois de ele ter enumerado as 98 maldições que recairiam sobre o povo caso se desviasse dos caminhos de D'us. Qualquer pessoa normal teria medo de fazer transgressões ao escutar palavras tão temerosas. Mas assim Moshé diz que pode acontecer no coração das pessoas: "E será, quando ele ouvir as palavras deste juramento, que ele se abençoará em seu coração, dizendo: 'Eu terei paz, mesmo se eu seguir os desejos do meu coração'... Este, D'us não perdoará" (Devarim 29:18,19).
 
Isto quer dizer que não se preocupar com nossas atitudes é irresponsabilidade. Realmente D'us é bondoso, mas temos que saber que cada ato tem consequências. Infelizmente muitas pessoas vivem como se nada fosse acontecer. De acordo com o Zohar, as pessoas vivem no mundo pensando que vão ficar aqui para sempre. Racionalmente nós sabemos que não é assim, mas emocionalmente vivemos desta maneira. Como mudar?
 
Este é um dos principais efeitos do Shofar sobre o nosso coração. O toque do Shofar despertar o temor. Antigamente o Shofar era usado para advertir as pessoas de que algo estava acontecendo, como uma invasão de um povo inimigo ou alguma tragédia. O som do Shofar, portanto, quebra a nossa inércia e nos desperta da nossa sonolência. O medo que o som do Shofar nos causa é o responsável pelo nosso despertar. O próprio nome "Shofar" vem da mesma raiz de "Leshaper", que significa "melhorar".
 
Portanto, apesar de não gostarmos de sentir medo, aprendemos que ele é extremamente importante para o nosso crescimento. Porém, é importante saber que existem dois tipos de medo. Há um medo que paralisa, como a pessoa que fica parada no meio da rua, completamente sem reação, ao ver um carro vindo em sua direção. Esse medo é negativo, pois o correto seria a pessoa se mover para salvar sua vida, não ficar parado. Mas há um medo que dá bons frutos e se torna, portanto, uma ferramenta para melhorar. Esse é o medo que D'us espera de nós. O medo que tem frutos é aquele que ajuda a pessoa a querer mudar, melhorar e se mover na vida.
 
O julgamento de Rosh Hashaná causa este medo positivo, pois nos desperta. É por isso que D'us faz vários julgamentos antes do Julgamento Final, pois o medo faz com que cada ano possamos melhorar um pouco, e assim o Julgamento Final não fica tão pesado. O temor causa na pessoa a vontade de fugir. Fugir de que? Do julgamento. Mas fugir para onde? Para se abrigar com D'us. Desta maneira, o temor nos ajuda em nossa volta aos caminhos corretos, caminhos de onde nunca deveríamos ter saído.
 
Desta forma podemos entender por que D'us nos deu um julgamento de vida e morte como "presente de aniversário". O fato de passarmos por um julgamento nos eleva, nos acorda da nossa sonolência. Esta época do ano costuma ser uma época de crescimento, de receber sobre si novas responsabilidades, de consertar nossos erros. E por mais que seja difícil levar para o ano inteiro esta inspiração, certamente saímos pessoas melhores. A chacoalhada que recebemos em Rosh Hashaná traz bons frutos. Não havia presente melhor que D'us poderia nos dar. Um presente que vale para este mundo e para o Mundo Vindouro.
 

Que sejamos inscritos e selados no Livro da Vida
 
SHABAT SHALOM E SHANÁ TOVÁ

 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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