| | ASSUNTOS DA PARASHÁ BAMIDBAR - O comando do censo do povo judeu (20 a 60 anos)
- Escolha dos líderes de cada Tribo.
- Início do censo por Tribos.
- Os Leviim.
- O acampamento: Yehudá (Yehudá, Issach, Zevulun) no Leste, Reuven (Reuven, Shimon, Gad) no Sul.
- O Mishkan durante as viagens.
- Efraim (Efraim, Menashe e Biniamin) no Oeste, Dan (Dan, Asher, Naftali) no Norte.
- Total.
- Genealogia de Moshé e Aharon.
- Status dos Leviim.
- Censo dos Leviim: Guershon, Kehat e Merari.
- Censo dos Primogênitos.
- Substituindo os Primogênitos pelos Leviim (Redenção dos Primogênitos).
- Funções para Kehat: carregar utensílios do Mishkan.
- Precauções para os Kehatim.
| | | IMAGEM E SEMELHANÇA DE D'US - PARASHÁ BAMIDBAR E SHAVUÓT 5785 (30/mai/25) "Um homem certa vez procurou o Rav Avraham Guenechowsky zt"l e desabafou que seu pequeno filho não estava tendo sucesso nos estudos. Ele sofria muito por isso e chegou a leva-lo a um psiquiatra, que explicou que as dificuldades eram devido a traumas, depressão, hiperatividade e uma lista longa de outros problemas. O psiquiatra concluiu que o pai deveria colocar seu filho em uma escola para crianças especiais. O Rav Guenechowsky escutou o relato emocionado daquele pai e sentiu a sua dor. Ele pediu para que lhe trouxessem o garoto. Quando ele chegou, o Rav sentou-se ao lado dele e perguntou: "Você gosta de brincar com quais brinquedos? Carrinhos, aviões?". Ele então brincou e conversou com o garoto por uma hora, e logo percebeu que o problema dele não era falta de concentração ou entendimento, e sim falta de autoconfiança. Isso fazia com que ele tivesse dificuldade em se enturmar com os colegas, deixando-o triste e levando-o a não conseguir estudar direito. O Rav então convidou o garoto para que viesse estudar com ele uma vez por semana. E logo no primeiro dia de estudos o Rav disse a ele: - Eu te direi toda semana uma charada interessante, e você contará para os seus amigos na escola. Porém, a resposta eu direi somente para você. E, na semana seguinte, você revelará a resposta para eles, e então eu te ensinarei uma nova charada. A primeira charada era: "O que é, o que é, que colocamos na boca, porém não o comemos e não sentimos gosto, e mesmo assim fazemos Brachá?". O menino não sabia a resposta, e o Rav deu uma dica: "Ele faz 'Tu, Tu...". Naquela semana o menino contou a charada na escola e todos seus colegas quebraram a cabeça para encontrar a resposta, e somente na semana seguinte o menino revelou a resposta. E assim aconteceu semanalmente, o menino frequentava a casa do Rav Guenechowsky e este lhe dava atenção e carinho. Estudavam juntos e depois ele ensinava uma nova charada para que ele transmitisse aos seus amigos. O fato de os colegas estarem sempre reunidos a sua volta fortaleceu muito sua autoestima, trazendo confiança, até que o menino se transformou completamente. Os pais ficaram surpresos com a incrível mudança que havia acontecido com seu filho, que passou a ser um excelente aluno, sem a necessidade de ajuda de uma escola especial. Tudo isso devido à percepção, sabedoria e dedicação do Rav Guenechowsky." O Rav Guenechowsky soube dar valor para aquela criança. Tudo o que ele precisava era de autoestima. Atualmente muitas crianças são rotuladas como "problemáticas", quando tudo o que elas precisam é apenas de carinho, atenção e sentir que cada ser humano é único e especial. | | No próximo domingo de noite (01/jun/25) chegaremos a mais uma importante parada no Calendário Judaico: a Festa de Shavuót, também conhecida como "Chag Matan Torá", quando revivemos a incrível Revelação Divina no Monte Sinai, momento no qual escutamos pessoalmente de D'us os 10 Mandamentos que, segundo nossos sábios, contém as 613 Mitzvót da Torá. Shavuót é um momento de reconexão espiritual, de novamente mostrarmos para D'us que estamos dispostos a receber a Torá em nossas vidas, para que ela nos transforme em pessoas melhores. Em Shavuót lemos a Meguilat Ruth, que foi escrita pelo Profeta Shmuel. A Meguilá conta a história de Ruth, uma mulher de Moav, descendente de reis, que abandonou tudo, tanto as idolatrias do seu povo quanto o conforto do palácio real, para se unir ao povo judeu. Mas por que lemos esta Meguilá justamente em Shavuót? Qual é a conexão entre a história de Ruth e a entrega da Torá no Monte Sinai? A Meguilat Ruth, apesar de ser um Livro curto, tem capítulos bem movimentados, cheios de acontecimentos importantes. No segundo capítulo, o profeta começa a nos apresentar um grande Tzadik chamado Boaz. A história da humanidade estava prestes a mudar com o primeiro encontro entre Boaz e Ruth. Desta união sairia um nobre bisneto, David Hamelech, de quem o Mashiach descenderá. Cada versículo da Meguilá está carregado de grande simbolismo e significado. Quando Boaz aparece pela primeira vez, a Meguilá descreve uma cena que chama a atenção: "Eis que Boaz chegou de Beit Lechem. Ele disse aos ceifeiros: 'Hashem esteja convosco!' e eles responderam: 'Que Hashem te abençoe!'" (Ruth 2:4). Por que essa trivial troca de cumprimentos é necessária para o "enredo" de uma história tão importante, que trata do início da genealogia do Mashiach? Se estivéssemos escrevendo uma peça de teatro sobre este grande evento histórico, seria realmente importante escrever um diálogo do tipo: "E Boaz cumprimentou seus trabalhadores e perguntou: 'Como vocês estão?' e eles responderam: 'Bem, e você?'"? Isso não parece ser parte importante de um roteiro emocionante. Então por que Shmuel achou necessário incluir essa troca de cumprimentos neste capítulo histórico? A chave para o entendimento não está no fato de pessoas terem se cumprimentado, e sim no detalhe de como elas se cumprimentaram. Não era comum que amigos se cumprimentassem com a expressão "Que D'us esteja contigo", em especial pois o versículo ressalta que eles utilizaram o Nome de D'us, ao invés de utilizar o nome genérico "Hashem", que significa "O Nome". O Talmud (Makot 23b) atribui importância a esse evento ao explicar que, ao se cumprimentarem, eles estavam cumprindo um decreto do Beit Din de Boaz. É proibido mencionar o Nome de D'us em vão, é uma grave transgressão. Foi necessário um decreto específico do Beit Din para permitir essa forma de saudação. Antes da época de Boaz as pessoas nunca se cumprimentavam assim, e após o período de Boaz esse decreto não continuou em vigor. Foi um decreto temporário, de caráter emergencial. O que está por trás desse estranho decreto? Explica o Rav Yssocher Frand que naquela época o povo judeu estava em um estado lastimável. Havia uma fome terrível e os tempos estavam muito difíceis. A prova disso é que um dos líderes do povo, Elimelech, o marido de Naomi, decidiu abandonar seu povo e ir para Moav. Isso era sintomático do que havia de errado com o povo judeu naquele tempo. Moav é um dos povos que nunca poderá fazer parte da comunidade do povo judeu justamente por não terem se importado em fazer o mínimo de bondade com o povo judeu quando eles haviam recém saído de mais de 200 anos de uma brutal escravidão no Egito. Os homens de Moav não ofereceram nem mesmo pão e água aos judeus cansados e debilitados! Escolher Moav como local para viver demonstra que no povo judeu havia um sentimento de não se importar uns com os outros. O que os sábios daquela geração fizeram para remediar a situação? Decidiram que todos deveriam se cumprimentar com o Nome de D'us. O significado daquele decreto era que cada judeu é tão importante e tão sagrado que é digno de ser saudado com nada menos do que o verdadeiro Nome de D'us, e não um "apelido". Isso representa uma maneira muito diferente de cumprimentar alguém do que simplesmente dizer "Oi". E realmente a ideia funcionou, pois o decreto mudou o clima dentro do povo judeu. Ele reestabeleceu o conceito, facilmente esquecido, de que cada pessoa foi criada à imagem e semelhança de D'us. Esse decreto enfatizava: "Todo judeu é um rei e merece ser tratado como tal". O impacto psicológico de cumprimentar alguém com o Nome de D'us foi muito forte e significativo. Esse decreto reforçava a ideia de que devemos ter cuidado com a forma como tratamos as pessoas. As pessoas não são meramente "animais evoluídos", como muitos cientistas insistem em tentar nos convencer. O reconhecimento de que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de D'us sugere uma abordagem totalmente diferente de como nos relacionamos com os outros. Esse foi o decreto do Beit Din da época de Boaz. No Shabat que antecede Shavuót sempre lemos a Parashá Bamidbar, que inicia o quarto Livro da Torá, onde são descritos muitos acontecimentos importantes do povo judeu. Um dos assuntos da Parashá é sobre a posição na qual cada uma das Tribos acampava no deserto. A Parashá não descreve nenhuma disputa ou reclamação sobre os lugares. Os judeus se respeitaram. E, na realidade, uma das principais condições para o recebimento da Torá foi justamente a união e o respeito, como definido por Rashi, que descreveu aquele momento especial como se estivessem todos "como um só homem em um só coração". Sem união não haveria a entrega da Torá. O Midrash diz que, quando chegar a hora de partirmos deste mundo, seremos questionados com duas perguntas: "Você fez de D'us o seu Rei?" e "Você fez do seu amigo um rei?". Em outras palavras, seremos questionados: você tratou cada pessoa como trataria um rei? Nos dias de Ruth e Boaz uma nova era estava começando. Os tempos exigiam uma nova forma de lidarmos uns com os outros. Por isso esse capítulo é a introdução à história do Mashiach. A história do Mashiach precisa começar com o cumprimento entre as pessoas utilizando o Nome de D'us, indicando a importância e a dignidade do próximo, e mostrando que cada um merece ser tratado como se fosse um rei. Esse também deve ser o nosso prefácio à vinda do Mashiach, para que, no momento certo, possamos responder afirmativamente à pergunta: "Você tratou o próximo como um rei?" SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. --------------------------------------------  Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. -------------------------------------------  Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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