| | ASSUNTOS DA PARASHAT VAYELECH - Preparação para nova liderança.
- Yehoshua.
- Hakel e a leitura do Sefer Devarim pelo Rei de Israel.
- Preparativos finais de Moshé.
- A Torá é colocada como testemunha.
| | | É SÓ PEDIR PARA VOLTAR - PARASHÁ VAYELECH E YOM KIPUR 5786 (26/ago/25) "Ronaldo havia terminado o ensino médio. Como é típico dos jovens, disse aos pais que queria viajar e descobrir o mundo. Seu pai, com toda a sua experiência de vida, lhe disse que não era hora de gastar tempo com viagens inúteis, que não iriam acrescentar nada em sua vida. Era hora de começar uma faculdade, pensar no futuro. Ronaldo, porém, não aceitou o conselho do pai. Em seu desejo de conhecer um mundo novo, disse com desprezo: - Não quero me prender a uma faculdade agora. Preciso abrir minhas asas e voar, para ver como é o mundo. O pai, porém, não gostou do desrespeito do filho. Muito irritado, ele disse: - Não seja irresponsável! Se você sair, não precisa mais voltar! Ou você toma juízo e começa imediatamente uma faculdade, ou nunca mais será bem-vindo aqui nesta casa. Infelizmente, Ronaldo já estava com a cabeça decidida. Mesmo com as ameaças do pai, decidiu viajar. Ele deixou sua casa em Maryland e começou a viajar de carona pelos Estados Unidos. Colheu uvas na Califórnia e fez trabalhos temporários em vários lugares, apenas para ter o que comer. Os primeiros momentos foram incríveis, com muitas descobertas e experiências novas. Porém, como era esperado, depois de algum tempo vivendo sozinho e sem conforto, Ronaldo ficou com saudades de casa. Sentia falta dos pais, de um teto, de saber de onde viria a próxima refeição. Decidiu então voltar para casa. Mas, quando chegou em Iowa, lembrou-se da ameaça do pai. Sentou-se então em uma calçada e escreveu uma carta: "Querida mãe, estou cansado, com fome e me sentindo sozinho. Quero voltar para casa, mas não sei se o papai vai me receber de volta. Você sabe que a linha do trem passa ao lado da nossa fazenda, bem onde fica uma enorme macieira. Se o papai me deixar voltar, quero que você amarre uma toalha branca em um galho dessa árvore. Quando eu estiver no trem, olharei para a macieira para verificar se há uma toalha branca pendurada. Se não houver nenhuma toalha branca lá, será um sinal de que o papai ainda sente o mesmo que sentia no dia em que saí de casa, quando me disse para nunca mais voltar. Então saberei que não sou mais bem-vindo". Ronaldo continuou com as caronas até chegar perto de Maryland, onde embarcou no trem em direção à sua casa. À medida que o trem se aproximava, ele começou a ficar nervoso. Será que haveria uma toalha na macieira? Quando o trem já estava bem próximo, ele se virou para um homem que estava sentado ao lado dele e disse: - Poderia me fazer um favor? Vamos passar ao lado de uma fazenda onde tem uma macieira bem grande. Vou fechar meus olhos. Apenas me diga se há uma toalha branca amarrada em um dos galhos dessa árvore. Estou nervoso demais para olhar eu mesmo. Ele estava tão preocupado com a possibilidade de que a toalha não estaria lá que tinha medo de olhar para a árvore. Ele ficou com os olhos bem fechados enquanto o trem passava pela fazenda. Tomando coragem, Ronaldo abriu os olhos e perguntou ao homem se ele havia visto uma toalha branca. O homem respondeu: - Rapaz, há uma toalha branca em cada galho daquela árvore. Devem ter centenas de toalhas brancas penduradas" Em essência, o pai mal podia esperar para que o filho voltasse para casa, pois a misericórdia de um pai pelo seu filho nunca acaba. Assim também ocorre com D'us. O que Ele mais quer é que possamos "voltar para casa". | | Nesta semana lemos a Parashá Vayelech (literalmente "E foi"), na qual Moshé avisou ao povo que naquele dia estava completando 120 anos. Apesar da idade avançada, ele não tinha perdido suas forças, mas ele relembrou ao povo que não poderia cruzar o Rio Jordão, pois D'us havia decretado que Ele não entraria na Terra de Israel. Este conceito se conecta com os Asseret Yemei Teshuvá, os 10 dias de arrependimento, que vão desde Rosh Hashaná, quando D'us escreve os decretos para o nosso ano, até Yom Kipur, quando D'us os sela. Talvez seja possível dizer que esta é a semana mais importante do ano. Temos diante de nós uma tarefa tremenda, que é o trabalho da Teshuvá, o arrependimento, o conserto dos nossos atos e tomar para si a responsabilidade de melhorar. Mas há um pensamento que sempre nos incomoda nesta época: será que D'us me quer de volta? Será que não errei demais e me afastei demais Dele durante o ano que passou? Esse é um veneno do Yetser Hará, que nos faz desistir e não nos deixa melhorar. E qual é o antídoto deste veneno? Ter em mente um fato importante: D'us deseja desesperadamente que voltemos. Explica o Rav Yssocher Frand que dizemos todos os dias na Tefilá uma Brachá sobre Teshuvá: "Traga-nos de volta, nosso Pai, à Sua Torá... e nos influencie a retornar em arrependimento perfeito diante de Você". A Brachá termina com as palavras: "Você, D'us, a Fonte de toda Brachá, quer o arrependimento (HaRotse BiTeshuvá)". Recitamos essas palavras tantas vezes durante o ano que talvez elas percam um pouco o impacto. "HaRotse BiTeshuvá" não significa apenas que D'us aceita nosso arrependimento. Significa que Ele deseja nosso arrependimento. E o desejo Dele de que voltemos é tão grande que, até mesmo se fizermos um esforço mínimo, Ele estará lá, esperando para nos receber de volta. Se um pai que brigou com seu filho tem misericórdia dele, muito mais D'us, nosso Pai Celestial, cuja misericórdia é infinita. Ele certamente nos quer de volta, tanto quanto qualquer pai poderia querer seu filho rebelde de volta. E se queremos voltar, o momento é agora! Nós acreditamos, com Emuná completa, que tudo o que acontecerá durante o próximo ano, tanto em nível pessoal quanto em nível coletivo, será determinado durante os Asseret Yemei Teshuvá. Todos nós estamos familiarizados com o conceito de "Busque a D'us quando Ele pode ser encontrado, chame-O quando Ele está próximo" (Yeshayahu 55:6). Este é o momento do ano em que D'us está próximo e, portanto, os obstáculos que impedem que nossas Tefilót sejam eficazes são removidos, de modo que nossas Tefilót sinceras certamente serão ouvidas e nos conectarão a Ele. Devemos aproveitar este período do ano e pedir tudo o que necessitamos. Não importa o que normalmente fazemos durante o resto do ano, em termos de frequência ao Minian, da Kavaná durante a reza ou de quão rápido rezamos. Tudo isso deve ser deixado de lado neste período do ano, em que cada Shacharit, Minchá e Maariv são uma oportunidade única de comunicação com D'us, de uma forma singular que ocorre apenas nesta época do ano. Não podemos desperdiçar essas oportunidades de ouro de nos conectarmos a Ele. Nos ensina David HaMelech: "Espera em D'us, seja forte, e Ele fortalecerá o seu coração; espera em D'us" (Tehilim 27:14). Por que esta repetição? O Talmud (Brachot 32b) explica que se uma pessoa reza e vê que suas Tefilót não são atendidas, deve rezar de novo. Pensamos que rezamos por tantos doentes que não melhoraram, por tantas situações miseráveis que não evoluíram, por tantas coisas que aparentemente nossas Tefilót não foram atendidas, e achamos que não valeu. O Talmud (Brachot 6b) afirma que a Tefilá é uma das coisas que estão no topo do mundo, mas que as pessoas tratam de forma leviana. O Baal Shem Tov explica que a razão pela qual as pessoas tratam a Tefilá levianamente é justamente porque seus efeitos acontecem "no topo do mundo" e, portanto, pode levar muito tempo até que seus efeitos sejam percebidos aqui embaixo. Podemos rezar por nós mesmos, mas talvez a Tefilá tenha efeito apenas sobre nossos tataranetos. Vivemos na era da inteligência artificial, quando podemos digitar nossa pergunta e obter uma resposta instantânea. Não conseguimos nos relacionar com o conceito de uma Tefilá que levará muito tempo para ser respondida. E como não estamos acostumados com isso, acabamos a tratando levianamente. Isso é um erro. Nenhuma Tefilá jamais é "em vão". Pode ser que não ajude em determinado tempo ou lugar, mas todas as Tefilót sobem ao céu e, em algum momento e lugar, terão efeito. Além das necessidades particulares, não podemos esquecer de pedir nestes dias também pelo povo judeu. Quando vemos o mundo contra o povo judeu, enquanto países árabes falam abertamente em aniquilar Israel, precisamos implorar pela Misericórdia de D'us para que nossos inimigos não atinjam seus objetivos. Não é preciso muita imaginação para se perguntar "o que pode dar errado?", basta ver os jornais e escutar as notícias. Mas o principal pedido deve ser para que possamos "voltar para casa", o que somente ocorrerá após a vinda do Mashiach. Mas por que ele está demorando tanto? A resposta está em um versículo interessante. Certa vez, David não compareceu a uma refeição de Rosh Chodesh na casa de Shaul HaMelech. O rei então perguntou a Yonatan, seu filho: "Por que o filho de Yishai (David) não veio, nem ontem e nem hoje, ao pão (El HaLachem)?" (Shmuel I 20:27). Este versículo pode ser entendido de uma forma mais profunda: "Por que o filho de Yishai, isto é, o Mashiach, ainda não veio, nem ontem e nem hoje?". Se continuamos pedindo pela vinda do Mashiach, ano após ano, então por que ele não vem? A resposta é "El HaLechem", isto é, pois continuamos pedindo principalmente pão em nossos pedidos, isto é, nossas necessidades pessoais, ao invés de pedir pelo Mashiach. Não rezamos suficientemente pela vinda do Mashiach. Se o fizéssemos, nossas Tefilót já teriam sido atendidas também. Devemos pedir tudo o que precisamos, mas sem nunca esquecer de pedir o principal: que possamos voltar para casa, para perto de D'us, para os Seus caminhos. Queremos voltar, e podemos ter a certeza de que Ele quer muito mais que voltemos. Ele está há quase dois mil anos esperando por isso. Só precisamos pedir de verdade. SHABAT SHALOM E GMAR CHATIMÁ TOVÁ R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. --------------------------------------------  Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. -------------------------------------------  Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |