sexta-feira, 2 de junho de 2023

VOLTANDO AO EQUILÍBRIO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ NASSÓ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  


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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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MENSAGEM DA PARASHÁ NASSÓ

ASSUNTOS DA PARASHÁ NASSÓ
  • Funções de Guershon: carregar as coberturas e cortinas.
  • Funções de Merari: carregar os pilares, tábuas e bases.
  • Contagem de Kehat, Guershon e Merari.
  • Retirando os impuros do acampamento.
  • Oferendas por transgressões que envolvem falsos juramentos.
  • Matanót Kehuná.
  • A Suspeita de Adultério (Sotá).
  • O Nazir.
  • A Brachá dos Cohanim.
  • A Oferenda dos Nessiim (Líderes) de cada Tribo.
  • A Inauguração do Altar.
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VOLTANDO AO EQUILÍBRIO - PARASHÁ NASSÓ 5783 (02/jun/23)
 
"Ivan era um homem simples do campo, que vivia em uma pequena aldeia da Rússia, distante das cidades grandes. Sua aldeia era muito simples, sem sinais das novas tecnologias que surgiam no mundo, mas mesmo lá os habitantes haviam escutado a respeito de uma nova invenção chamada "trem". Os viajantes que passavam pela cidade descreviam os vagões interligados, que se moviam sozinhos, sem a necessidade de cavalos. Era quase um milagre! Ivan passava os dias sonhando com a oportunidade de um dia ver um trem de perto e, quem sabe, até mesmo viajar nele. Ele não tinha ideia do custo de uma passagem, mas imaginou que o trem era algo para pessoas ricas. Estimou que a viagem custava cinquenta rublos e, por três anos, economizou tudo o que podia, até que um dia alcançou seu objetivo. Ele montaria em seu cavalo e viajaria cento e vinte quilômetros até a estação de trem. Lá ele compraria uma passagem e viajaria até a capital: Moscou.

Finalmente chegou o grande dia. Antes de amanhecer, Ivan já estava vestido com sua melhor roupa e sua maleta também já estava arrumada. Após algumas horas, finalmente ele chegou à estação. Com o coração disparado de emoção, Ivan aproximou-se do caixa e lhe estendeu seus cinquenta rublos. O funcionário pensou que Ivan era um rico que desejava viajar na primeira classe, e lhe deu uma passagem dourada e personalizada. Informou que o trem partiria da plataforma três, às dez e meia em ponto, e desejou-lhe uma ótima viagem.

Ivan se aproximou da plataforma. Então, ele chegou. Imponente, radiante e exuberante - o trem! Ivan mal conseguia respirar de tanta emoção. As pessoas que estavam na estação prepararam-se para entrar. Ivan não sabia que havia três classes no trem, pois as pessoas que passavam pela sua cidade só tinham condições de viajar na terceira classe. Quando finalmente as portas do trem se abriram e todos se apressaram em entrar, Ivan não sabia para onde ir. Enquanto algumas pessoas se dirigiam lentamente para a frente do trem, outras foram para a parte central. Porém, a grande maioria correu para a parte traseira do trem, levando consigo suas bagagens, galinhas, bodes e até porcos. Ivan achou melhor seguir a maioria e foi para o fundo do trem. Quando finalmente conseguiu entrar, todos os assentos de madeira já estavam ocupados e ele foi obrigado a viajar de pé, junto com os animais. Achando que isso era parte da experiência, ele sorriu e tentou aproveitar. Quando o trem começou a andar, Ivan começou a ser jogado de um lado para o outro. Após algum tempo, ele começou a ficar decepcionado. Onde estava todo o esplendor que todos descreveram? Não era isso que ele esperava!
 
Já quase no final do trajeto, o condutor entrou no vagão, anunciando em voz alta: "Passagens, por favor!". Como vários passageiros haviam entrado ilegalmente, sem pagar pela passagem, alguns se esconderam embaixo dos bancos e outros no banheiro, com a esperança de não serem descobertos. Assumindo ser parte da experiência, Ivan os imitou e tentou esconder-se embaixo de um banco. Porém, o condutor percebeu e pediu para ver a sua passagem. Ivan mostrou sua passagem dourada para o condutor, que não acreditou no que viu:
 
- O que você está fazendo aqui, se escondendo embaixo do banco desse vagão imundo? - perguntou o condutor, abismado - Você deveria estar sentado na primeira classe!

O condutor, ao ver a expressão confusa de Ivan, começou a explicar que a primeira classe era o lugar onde o passageiro podia desfrutar de uma viagem confortável, com direito a cabine particular, cama, deliciosas refeições, champagne e vários outros benefícios. Ivan não podia acreditar no que estava escutando. Ele se considerou um tolo, por ter passado quase toda a viagem na terceira classe, junto com os pobres e seus animais, quando poderia estar sentado entre os nobres na primeira classe! Causando gargalhadas em todos, Ivan pediu ao condutor que o deixasse reiniciar a viagem do início, pois ele queria aproveitar ao máximo a primeira classe..."

Da mesma forma, a alma vem para este mundo com o propósito de viajar na primeira classe, um vagão repleto de Mitzvót, bons atos e Torá, que a alimentam e trazem prazer verdadeiro. Entretanto, tragicamente, a alma acaba passando a maior parte do seu trajeto neste mundo ligada a prazeres materiais, banalidades, intrigas e busca de honra. Ao chegar ao fim da viagem e se encontrar com o Condutor, ela gritará, angustiada: "Como pude desperdiçar minha viagem na terceira classe? Meu lugar era na primeira classe!" Reiniciar a viagem do ponto de partida não é possível, mas sempre há a oportunidade de "trocar de vagão" durante o percurso.

Nesta semana lemos a Parashá Nassó (literalmente "Levantar, Contar"), que continua descrevendo os trabalhos das famílias da Tribo de Levi, cuja principal função era transportar o Mishkan durante as viagens do povo judeu no deserto. A Parashá também fala sobre a mulher "Sotá", que é suspeita de infidelidade e precisa passar por uma cerimônia para que sua inocência fosse provada. Na continuação, a Parashá fala sobre o Nazir, uma pessoa que fazia um voto para se abster de alguns prazeres materiais. Finalmente, a Parashá descreve os presentes que os líderes de cada Tribo trouxeram voluntariamente ao Mishkan em sua inauguração.

Um dos assuntos centrais da nossa Parashá é o voto de Nazir, um voto voluntário através da qual uma pessoa se abstinha de alguns prazeres materiais, como beber vinho, cortar o cabelo e se impurificar com os mortos. Por que este assunto vem logo depois do assunto da Sotá, a mulher suspeita de infidelidade? Rashi explica que todo aquele que via uma mulher Sotá, em seu terrível estado de degradação moral, imediatamente deveria receber sobre si um voto de Nazir. Como o excesso de materialismo havia levado a mulher a níveis muito baixos de moralidade, então era sugerido que todos os que haviam presenciado esta degradação recebessem sobre si o voto de Nazir para, desta forma, voltar ao equilíbrio espiritual. A abstinência temporária era, portanto, uma maneira de reequilibrar um desvio causado pelo excesso de materialismo e busca de prazeres materiais.

Porém, aparentemente encontramos certa contradição em relação ao Nazir. Alguém que decidiu se tornar Nazir era considerado, por um lado, como alguém "Kadosh". Seu cabelo que crescia livremente era considerado como uma coroa em sua cabeça, e sua proibição de se impurificar com os mortos era semelhante à proibição do Cohen Gadol, a pessoa mais sagrada do povo judeu. Porém, por outro lado, ao final do seu voto, o Nazir deveria oferecer, entre outras oferendas, um "Korban Chatat", que literalmente significa "um sacrifício de transgressão". Afinal, o Nazir é uma pessoa Kadosh ou um transgressor?

No Talmud, em Taanit (11a), encontramos uma discussão interessante sobre este assunto, que também ressalta esta dualidade do Nazir. De acordo com a opinião de Shmuel, aquele que frequentemente faz jejuns será cobrado por isso, já que deixou de usufruir das coisas permitidas deste mundo e causou sofrimento a si mesmo. Aprendemos isso do Nazir, pois se o Nazir, que se abstém apenas do vinho, já é cobrado por isso, imagine alguém que se abstém completamente de comer, como aquele que faz muitos jejuns! Porém, de acordo com a opinião de Rabi Elazar, aquele que recebe sobre si jejuar por muitos dias é considerado um homem "Kadosh", que se separou dos prazeres mundanos. Aprendemos isso do Nazir, pois se o Nazir, que se abstém apenas do vinho, já é considerado Kadosh, imagine alguém que se abstém completamente de comer, como aquele que faz muitos jejuns. Em outras palavras, o Talmud utiliza o Nazir como exemplo de Kedushá e, ao mesmo tempo, como um exemplo de transgressor. Afinal, o que um Nazir representava? Por que esta dualidade?

A resposta é que, por trás desta aparente contradição, encontramos duas formas de nos aproximarmos de D'us. O Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204), em seu livro "Morê Nevuchim", explica que a melhor maneira de se aproximar de D'us e trazer espiritualidade para o mundo é utilizando os meios materiais que D'us criou neste mundo. Por exemplo, temos o poder de santificar os nossos alimentos, ao fazer uma Berachá antes de comer, ou quando separamos frutos para serem doados ao Beit Hamikdash. Quando usamos o couro de um animal e o transformamos em um pergaminho para escrevermos letras sagradas da Torá sobre ele, o elevamos e o tornamos sagrado também. Assim, toda nossa utilização dos objetos materiais com intenções espirituais eleva o mundo material.

De acordo com judaísmo, a melhor forma de se espiritualizar é viver utilizando o mundo material de acordo com os princípios da Torá. Para nos tornarmos pessoas sagradas não precisamos nos afastar do mundo, fazendo votos de castidade ou de silêncio. O correto é direcionar nossas forças e desejos da forma correta. Podemos nos casar, comer e nos alegrar, diferentemente de religiões que ensinam que a pessoa somente pode adquirir santidade quando se afasta de todos os prazeres materiais. É por isso que o Nazir, quando completava seu voto, deveria oferecer um "Korban Chatat", para nos ensinar que esta não é a melhor maneira de se espiritualizar.

Porém, por outro lado, passamos por momentos de desequilíbrio, nos envolvendo demais no mundo material. Nestes momentos muitas vezes é importante irmos para o outro extremo, a abstinência, mas com a intenção de voltarmos novamente ao equilíbrio. É dessa maneira que entendemos por que o Nazir adquire tanta santidade com seu voto de abstinência temporário, pois é um "extremismo" limitado e voltado para atingir o equilíbrio.
 
Atualmente, por não termos mais o nosso Beit HaMikdash, não se aplicam mais as leis do Nazir. Porém, fica para nós uma importante lição: D'us criou o mundo e nos deu a possibilidade de utilizarmos os prazeres materiais, mas para nos ajudarem em nossa subida espiritual. Quando nos esquecemos do nosso propósito, acabamos nos afundando nos prazeres materiais, destruindo nossa espiritualidade. Nestes momentos precisamos ir ao outro extremo para, em nossa meta, conseguirmos alcançar o equilíbrio e a santidade. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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