| | MENSAGEM DAS PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI | | | PARASHÁ VAYAKEL - O Shabat.
- Contribuição de Materiais para o Mishkan.
- Os construtores do Mishkan.
- Indicação dos "Arquitetos".
- Construindo o Mishkan.
- Construindo as cortinas do Ohel Moed.
- Construindo as Tábuas (estrutura do Ohel Moed).
- Construindo a Parochet e a Tela de entrada
- Construindo o Aron (Arca Sagrada) e a Kaporet.
- Construindo a Shulchan (Mesa).
- Construindo a Menorá.
- Construindo a Altar de Incenso.
- Construindo o Mizbeach (Altar de Sacrifícios).
- Construindo o Kior (Lavatório).
- Construindo o Pátio e a Tela de entrada.
| | PARASHÁ PEKUDEI - A Contabilidade das doações.
- Os Materiais doados.
- Fazendo as roupas do Cohen Gadol.
- Fazendo o Éfod (Avental).
- Fazendo o Choshen Mishpat (Peitoral).
- Fazendo o Meil (Manto).
- Fazendo o Tsits (Placa para a cabeça).
- O Mishkan é completado.
- Moshé aprova o Mishkan e seus utensílios.
- Ordens para erguer o Mishkan.
- O Mishkan é erguido e os utensílios são posicionados.
- A Presença de D'us preenche o Mishkan.
| | | A HUMILDADE SALVA VIDAS - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5783 (17/mar/23) "O Rav Shmuel Salant zt"l (Império Russo, 1816 - Israel, 1909) foi o rabino de Jerusalém por cerca de setenta anos, e era conhecido por suas ideias brilhantes e formas inovadoras de lidar com questões difíceis. As pessoas constantemente batiam à sua porta em busca de aconselhamento e palavras de sabedoria. Certo dia, uma mulher muito simples, sem muitos conhecimentos de Halachá, veio fazer uma pergunta. Ela estava muito perturbada com um descuido que havia feito e preocupada com a possibilidade de ter causado uma consequência grave. Ao iniciar o relato do problema, alguns dos alunos do Rav Salant se aproximaram para escutar e observar como ele resolveria o caso, para aprenderem a como agir no futuro. - Eu tinha um pedaço de carne que ainda não havia sido ritualmente salgada (e, portanto, ainda não estava Kasher) guardada no meu armário - disse a mulher, angustiada - Mas antes que eu tivesse tempo de salgá-la, meu gato veio e comeu toda a carne não Kasher. Rav, eu gostaria de saber qual é o status do meu gato. Os alunos mal puderam conter suas risadas. Um gato não é Kasher, mesmo que coma comida Kasher, e um animal Kasher permanece Kasher mesmo que coma algo proibido. O que um animal come não muda seu status! E, além disso, quem desejaria comer um gato? A pergunta era, portanto, ridícula! Entretanto, devido ao respeito ao rabino, os alunos seguraram suas risadas e aguardaram a resposta. Ele abriu um dos livros que estavam em sua mesa e começou a examiná-lo com o rosto sério, enquanto a mulher aguardava ansiosa. Após folhear algumas páginas, o Rav Salant disse para a mulher: - Você deve procurar não fazer isso novamente. O que você fez pode levar no futuro a um problema mais sério. Se você deixar uma carne ainda não Kasher no armário, alguém pode acabar comendo por engano! Com relação ao gato, o status dele permanece como anteriormente, e você pode mantê-lo em casa sem problema. A mulher agradeceu profundamente ao rabino e saiu aliviada. Quando ela já estava do lado de fora, o Rav Salant virou-se para seus alunos, que estavam dando gargalhadas, e disse: - Deixa-me dizer algo importante. Um dia vocês poderão ser autoridades em assuntos religiosos, e é fundamental que vocês tenham humildade. Sempre que alguém lhes fizer uma pergunta sobre qualquer assunto religioso, vocês devem sempre tratar a pergunta, e quem a fez, com dignidade e respeito. Pois, se vocês debocharem da pergunta, a pessoa vai deixar de perguntar novamente no futuro, quando talvez for uma pergunta mais séria e importante. A sua resposta hoje afetará as perguntas que poderão vir amanhã." A humildade é uma das características mais importantes para que um ser humano possa crescer em Torá. | | Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Vayakel (literalmente "E reuniu") e Pekudei (literalmente "Contas"). Após lermos duas Parashiót inteiras (Terumá e Tetsavê) que falaram sobre os comandos de D'us para Moshé em relação à construção do Mishkan, nas duas Parashiót lidas nesta semana é descrita a construção na prática, liderada por Betzalel e Achaliav e supervisionada pessoalmente por Moshé. Enquanto a Parashá Vayakel fala sobre a construção da estrutura e dos utensílios do Mishkan, a Parashá Pekudei fala sobre a confecção das roupas dos Cohanim e sobre a contabilidade das doações, demonstrando a imensa honestidade de Moshé que, apesar de estar acima de qualquer suspeita, insistiu em prestar contas de todos os materiais depositados diante de sua tenda. A construção do Mishkan veio logo depois de um dos episódios mais tristes da história do povo judeu. Na Parashá da semana passada, Ki Tissá, vimos o enorme erro do povo judeu, quando eles se desesperaram com a suposta demora de Moshé em descer do Monte Sinai e acabaram fazendo um bezerro de ouro. As consequências foram trágicas, pois milhares que haviam feito do bezerro de ouro uma idolatria morreram, e mesmo a grande maioria do povo, cuja única intenção foi fazer um novo intermediário entre eles e D'us para substituir a suposta perda de Moshé, também foram duramente castigados. Após a revelação de D'us no Monte Sinai, o povo judeu se elevou tanto que conseguiu voltar ao nível espiritual de Adam Harishon antes de sua transgressão. Quando Adam Harishon foi criado, ele era imortal e, da mesma maneira, após a entrega dos 10 Mandamentos e a revelação de D'us no Monte Sinai, o povo judeu voltou ao nível de imortalidade. Além disso, por terem falado no Monte Sinai "Naassê VeNishmá" (faremos e depois entenderemos), uma incrível demonstração de Emuná, um "cheque em branco" para D'us, eles receberam dos anjos duas coroas. A conexão do povo com D'us chegou a um nível tão elevado que não seria mais necessário nenhum meio para que cada indivíduo pudesse se conectar espiritualmente. Isto significa que naquele momento não seria necessário nem mesmo um Mishkan para que o povo judeu pudesse estar conectado a D'us. Porém, após o erro do bezerro de ouro, os judeus perderam sua imortalidade, suas coroas e sua conexão espiritual. Foi um duro golpe, que causou muito desânimo e tristeza. O povo judeu já não tinha mais forças para continuar. Foi quando D'us ordenou a construção do Mishkan, que era parte do conserto da transgressão e representava a reconexão do povo judeu com D'us. A construção do Mishkan foi, portanto, uma mensagem de esperança de D'us ao povo, uma garantia de que, apesar do erro, a conexão espiritual não havia sido cortada e haveria continuidade. Ao estudarmos Torá, devemos sempre nos lembrar que não se trata de um livro de histórias, cujo propósito é apenas nos contar o que ocorreu no passado. Quando lemos a Torá sem atenção e sem refletir sobre os seus ensinamentos, muitas mensagens importantes são perdidas. Por exemplo, a Torá nos descreve que quando Moshé desceu do Monte Sinai trazendo as Tábuas dos 10 Mandamentos, ele não apenas se deparou com o bezerro de ouro que o povo havia construído, mas também com uma enorme festa. Talvez a alegria do povo foi ainda mais chocante para Moshé do que o próprio bezerro de ouro. Por que o povo havia construído o bezerro de ouro? Ele seria um substituto na liderança, já que eles achavam que Moshé havia morrido. Vamos tentar imaginar a indignação de Moshé ao ver como o povo estava festejando, com danças e alegria, mesmo após acharem que ele tinha falecido. Moshé havia dedicado sua vida em prol do povo, e por diversas vezes havia arriscado sua vida por eles. O mínimo que Moshé esperava do povo, após receberem a "notícia" de sua morte, era encontrá-los tristes e enlutados, não cantando e dançando animadamente! Certamente esta atitude do povo foi um balde de água fria na cabeça de Moshé. Como nós reagiríamos? Certamente desistiríamos de ajudar um povo com este tipo de comportamento. Porém, a continuação da história é surpreendente. Ao invés de ficar chateado ou ofendido com o povo, Moshé imediatamente se levantou em defesa deles, ao ponto de dizer para D'us "ou perdoe o povo, ou me apague do Seu livro". Moshé não se preocupou com a sua honra, ele se preocupou com o bem estar do povo. Foi justamente a sua intervenção que salvou o povo e garantiu o perdão de D'us. Isto quer dizer que, se Moshé tivesse se preocupado com a sua honra, não estaríamos aqui agora para contar a história. O mesmo aprendemos em relação a David HaMelech. Quando estava fugindo do seu palácio, devido à perseguição de seu próprio filho Avshalom, ele foi surpreendido com uma chuva de pedras e insultos provenientes de um homem chamado Shimi ben Guerá. Naquele momento, os amigos de David HaMelech que o acompanhavam disseram que ele deveria matar Shimi ben Guerá, pois ele era considerado um rebelde contra o rei e merecia a pena de morte de acordo com a Torá. Porém, sem que ninguém entendesse o motivo, David HaMelech preferiu que Shimi ben Guerá fosse poupado. Com muita humildade, ele disse: "Se ele está me insultando, então isso está vindo de D'us, não dele". Mas há uma lei que o rei não pode perdoar uma ofensa à sua honra. Por que David HaMelech perdoou aquele homem? O Rav David Kimhi zt"l (França, 1160 - 1235), mais conhecido como Radak, explica que David HaMelech teve uma visão profética de que Shimi ben Guerá teria um descendente que seria muito importante para o povo judeu, e que caso ele o matasse naquele momento, este descendente não viria ao mundo. David HaMelech entendeu que ele não deveria zelar pela sua própria honra, e sim pela honra do povo. Apenas em seu leito de morte David HaMelech ordenou a morte de Shimi ben Guerá, cumprindo a lei de matar alguém que é rebelde contra o rei. Mas quem foi este descendente que David Hamelech garantiu a vinda ao mundo ao passar por cima de sua própria honra? Mordechai, o responsável pela salvação do povo judeu na história de Purim. Mais uma vez a humildade de um judeu salvou o povo inteiro da destruição. Daqui aprendemos que a humildade faz com que a pessoa enxergue a realidade com outros olhos. Consta no Midrash que quem persegue a honra, a honra foge dela, mas quando ela foge da honra, a honra o alcança. Isso se comprovou com Moshé e David HaMelech. Ambos fugiram da honra, mas se tornaram personalidades muito conhecidas, pessoas que influenciaram e mudaram o mundo. Como o Rav Salant ensinou aos seus alunos, devemos ser humildes diante de todas as pessoas, das mais importantes às mais simples, pois é desta maneira que poderemos deixar nossa verdadeira contribuição ao mundo. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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