| | VÍDEOS DA PARASHÁ SHEMÓT | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ SHEMÓT - O Crescimento do povo judeu.
- O "novo" Faraó e a opressão.
- Bebês jogados no Nilo.
- Nascimento de Moshé.
- Moshé sai para ver seus irmãos.
- Moshé foge para Midian.
- O arbusto ardente.
- Moshé é apontado como salvador do povo judeu.
- Moshé "discute" com D'us.
- Moshé volta ao Egito.
- Brit Milá do filho de Moshé.
- Moshé e Aharon pedem ao Faraó a liberação do povo judeu.
- O Faraó aumenta o trabalho do povo.
- Os judeus reclamam com Moshé.
- Moshé reclama com D'us.
| | | FAZENDO O BEM SEM SEGUNDAS INTENÇÕES - PARASHÁ SHEMOT 5782 (24/dez/2021) Uma universidade americana decidiu descobrir a "receita" para ser um milionário. Cem milionários foram acompanhados por alunos, que observavam seu dia a dia. Ao final de meses de acompanhamento, os estudantes reuniram seus relatórios para analisá-los. Apenas um destoou completamente, pois a pesquisa apontou que os milionários dedicavam bastante tempo "guerreando" com seus concorrentes, e somente um deles não "lutava" contra ninguém e não tinha inimigos. Este milionário, o proprietário de uma grande rede de farmácias, explicou: - No início da minha carreira, eu seguia a filosofia do meu falecido pai, que sempre dizia: "Estabeleça objetivos e os alcance a qualquer custo". Porém, tudo mudou há alguns anos, quando me reuni com alguns diretores e decidimos viajar para observar farmácias em diversas partes do mundo. Um dos países que visitei foi Israel. Passeamos por todo o país e aproveitamos bastante. No último dia, o nosso guia disse que iria nos levar a um lugar impressionante. Imaginamos que seria um sítio arqueológico com relíquias de 3.000 anos ou algo parecido. Porém, a van entrou em um bairro antigo em Jerusalém, de ruas estreitas, e parou diante de um prédio grande e movimentado. O guia nos perguntou qual deveria ser o tamanho de um local de estudos para comportar 4 mil alunos, e quantos funcionários deveriam trabalhar por esse local. Começamos a fazer as contas: auditórios, salas de estudos, dormitórios, refeitórios, escritórios. Chegamos à conclusão que seria necessário ao menos 130 mil metros quadrados e cerca de 350 pessoas no staff. Porém, o guia nos apresentou à Yeshivat Mir, onde estudam mais de 4 mil alunos em uma área de somente 3 mil metros quadrados. O staff da Yeshivá é composto por 20 pessoas e um único diretor. Nós ficamos mudos. O guia nos levou para conhecer a Yeshivá. Os salões de estudo estavam lotados. Os estudantes estavam tão concentrados que nem perceberam nossa presença. Fomos de andar em andar, e em cada canto possível havia pessoas sentadas estudando. Era uma visão incrível, que nos deixou sem palavras. De todos os lugares do mundo que havíamos visitado, aquele foi o que mais nos impressionou. - Ao final do tour - continuou o milionário - o guia agendou um encontro com o Rosh Yeshivá, o Rav Natan Tzvi Finkel zt"l (EUA, 1943 - Israel, 2011), Entramos em uma casa muito simples, mobiliada apenas com o estritamente necessário. Ao lado da mesa da sala estava sentado o Rosh Yeshivá. Ele tinha muitos problemas de saúde e muita dificuldade para falar, mas nos recebeu com uma face irradiante. Um dos diretores da minha empresa disse: "Prezado rabino, todos nós aqui administramos grandes negócios, mas não conseguimos entender como uma instituição como a de vocês é dirigida. Qual é o segredo?". O Rosh Yeshivá sorriu e respondeu: "Caros amigos, vocês sabem qual é a diferença entre um homem e um animal? Quando um animal deseja algo, ele faz de tudo para alcançar seu objetivo, mesmo que para isso ele tenha que pisar nos que estiverem no seu caminho. O homem, por sua vez, consegue abdicar de seus desejos e vontades para não causar danos ao seu companheiro. Mais ainda, o homem pode inclusive deixar de ter um proveito em prol de seu companheiro. Aqui na nossa Yeshivá estudam homens, e quando cada um deles se preocupa em como seu companheiro pode viver bem ao seu lado, e o objetivo de cada um é fazer o bem ao próximo, não há problemas para ninguém". - As palavras do sábio rabino entraram como uma faca no meu coração - concluiu o milionário - pois era exatamente o oposto do que eu expressava até então. Comecei a entender que isto era uma atitude de animais. A partir daquele dia decidi não causar mais sofrimentos a ninguém, pelo contrário, decidi alegrar, a querer o bem e o sucesso dos outros. E, acreditem em mim, não perdi nada com isso. Como vocês podem testemunhar, só lucrei mais, principalmente por ter me tornado mais humano". | | Nesta semana começamos o segundo livro da Torá, o Sefer Shemot, que trata principalmente da escravidão egípcia e a posterior redenção do povo judeu. E a Parashá desta semana, Shemot (literalmente "Nomes"), traz justamente o início da escravização do povo judeu e os terríveis sofrimentos que eles passaram. Um exemplo dos sofrimentos foi quando o Faraó decretou que duas parteiras, Shifra e Puá, que na verdade eram Yocheved e Miriam, matassem os bebês homens no momento do parto. Porém, em uma demonstração incrível de temor a D'us, elas se recusaram a obedecer às ordens do Faraó, e foram recompensadas por isso, como está escrito: "D'us beneficiou as parteiras, e as pessoas multiplicaram e ficaram muito fortes. E foi porque as parteiras temeram a D'us que Ele lhes fez casas" (Shemot 1:20,21)". Yocheved e Miriam arriscaram suas vidas para salvar a vida dos bebês. D'us as recompensou fazendo delas "casas". Rashi (França, 1040 - 1105) explica que "casas" significa que elas mereceram ser as mães das linhagens dos Cohanim, Leviim e dos reis. Porém, observando com atenção o versículo, surge uma pergunta: se a recompensa principal eram as "casas", então por que as palavras "e as pessoas multiplicaram e ficaram muito fortes" interrompem entre a garantia de recompensa e a recompensa? O versículo deveria ter dito "D'us beneficiou as parteiras e lhes fez casas"! Pode haver uma série de razões diferentes pelas quais uma pessoa faz um ato de bondade. Pode ser porque ela sabe que é uma Mitzvá fazer atos de Chessed, mas também pode ser porque ela deve um favor a essa pessoa, pode ser por honra ou por outras razões. O Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) nos ensina que a principal intenção que devemos ter quando ajudamos alguém, além de obviamente a intenção de cumprir uma Mitzvá, é que os outros se beneficiem da nossa ação. Esta foi a intenção de Yocheved e Miriam. De acordo com o Rav Moshe Feinstein, portanto, a principal recompensa de Yocheved e Miriam não foram as "casas", mas sim o aumento e fortalecimento do povo. Elas não se importavam com a recompensa que receberiam por salvar vidas, elas apenas queriam que vidas fossem salvas. D'us as recompensou permitindo que suas ações tivessem sucesso e que o povo judeu aumentasse e se fortalecesse. Por isso, depois que o versículo diz que D'us as beneficiou, imediatamente é mencionado o crescimento do povo judeu, pois esta era a principal recompensa. As "casas" eram meramente um "bônus secundário" por suas grandes demonstrações de temor a D'us. O filho de Yocheved, Moshé Rabeinu, herdou essa mesma dedicação aos outros. Ele viu o sofrimento do seu povo e arriscou sua vida para ajudá-los. Ele persuadiu o Faraó a dar-lhes um dia de descanso, para que pudessem observar o Shabat. Além disso, mostrou grande preocupação com as ovelhas de seu rebanho. Foi pelo mérito dessas ações que D'us se revelou a ele e o fez líder do povo judeu. Moshé não queria nada além de libertá-los da escravidão, e sua recompensa foi que ele mereceu ser o escolhido para tirá-los de lá. Esta lição é relevante em muitas áreas, mas talvez a mais importante é nas nossas carreiras. Muitas pessoas têm o mérito de trabalhar em atividades que envolvem ajudar os outros. No entanto, é fácil concentrar-se só no dinheiro que recebem pela prestação de serviços. O Rav Avraham Yaacov Pam zt"l (Lituânia, 1913 - EUA, 2001) estava certa vez sendo tratado por um dentista e comentou o quanto ele ajudava as pessoas em sua profissão. O dentista respondeu que era um bom benefício secundário, o que implicava que a principal razão de ele fazer isso era para ganhar a vida. O Rav Pam explicou que ele precisava mudar a forma de ver as coisas: o dinheiro deveria ser o benefício secundário, enquanto o principal objetivo deveria ser ajudar as pessoas a ter dentes saudáveis. Infelizmente, a tendência de enfatizar demais o aspecto financeiro dos nossos bons atos pode até mesmo se infiltrar na mais sagrada das atividades: estudar e ensinar Torá. Nossos sábios nos ensinam o quão indesejável é tal atitude: "Não faça da Torá uma coroa para atingir a grandeza ou uma pá para cavar" (Pirkei Avót 4:5). Muitos comentaristas explicam que a Mishná não está ensinando que é proibido ganhar dinheiro aprendendo ou ensinando Torá, mas todos concordam que este não deve ser a motivação principal. De acordo com o Rav Yehonasan Gefen, a principal recompensa de Yocheved e Miriam foi que elas puderam trazer benefícios para o povo judeu. Mas podemos perceber que mesmo a recompensa secundária, as "casas", também foi "Midá Kenegued Midá" (medida por medida) por seu puro desejo de ajudar o povo judeu. Elas tiveram o mérito que os Cohanim, Leviim e reis descendessem delas. A recompensa não era a satisfação de terem descendentes tão importantes, pois fama e honra não faziam sentido para Yocheved e Miriam. Em vez disso, a recompensa era o próprio fato de que essas famílias fizeram muito Chessed pelo povo judeu. Os Cohanim realizavam o Serviço do Beit HaMikdash, os Leviim ensinavam Torá e os reis lideravam o povo judeu. Há outros exemplos nos quais a recompensa por uma pessoa se esforçar para trazer méritos aos outros é que ela tem descendentes que fazem o mesmo. Por exemplo, Elkaná viveu em uma época em que as pessoas eram muito negligentes com a Mitzvá de ir ao Beit HaMikdash em Pessach, Shavuót e Sucót. Todo ano ele ia para Jerusalém e, durante suas viagens, encorajava outros a se juntarem a ele. A cada ano mais pessoas se juntavam a ele, até que finalmente todos estavam cumprindo essa preciosa Mitzvá. Como resultado de sua dedicação, D'us disse a ele: "Você pretendia trazer méritos a todo o povo judeu. Como recompensa, Eu darei a você um filho que trará muitos méritos a todo o povo judeu". De Elkaná saiu Shmuel HaNavi, um dos maiores profetas e líderes do povo judeu. Os atos de Elkaná foram motivados pelo puro "Ahavat Israel", o amor pelas pessoas, ele apenas desejava ajudar o povo. Como resultado, foi recompensado com um filho que trouxe muitos méritos ao povo judeu. Realizar atos de bondade é uma grande atitude e, portanto, merece uma grande recompensa. Porém, não podemos perder o foco de que nossa intenção deve ser ajudar os outros. Benefícios secundários virão, mas melhorar a vida dos outros é uma grande recompensa por si só. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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