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VÍDEOS DA PARASHAT DEVARIM |
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ASSUNTOS DA PARASHAT
- Moshé começa a relembrar os principais acontecimentos - Bronca "encoberta" de Moshé. - Apontando juízes sobre o povo. - Episódio dos espiões. - Encontro com Essav (Terra de Seir). - Encontro com Moav. - Encontro com Amon. - A conquista de Og. - A herança de Reuven, Gad e metade de Menashe.
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VALORIZE O QUE VOCÊ RECEBE - PARASHAT DEVARIM 5780 (24 de julho de 2020)
"O Rabino Yisrael Zev Gustman zt"l (Lituânia,1908 - Israel, 1991) foi um famoso Talmid Chacham que, com apenas 20 anos, já tinha uma posição no Beit Din do grande Rav Chaim Ozer Grodzinski zt"l. Ele sobreviveu milagrosamente ao Holocausto, foi para os Estados Unidos e, muitos anos depois, foi para Jerusalém, onde fundou uma proeminente Yeshivá. Porém, havia algo que chamava muito a atenção dos seus alunos. Todos os dias de manhã, o Rav Gustman acordava muito cedo e pessoalmente cuidava do jardim da Yeshivá. Certa vez, um dos alunos tomou coragem e perguntou: - Rav, você é o um Rosh Yeshivá, uma pessoa extremamente ocupada. Por que você se dedica pessoalmente todas as manhãs a regar as plantas do jardim da Yeshivá? Por que você não contrata um jardineiro para isso? - Caro rapaz, ouça bem o que vou te ensinar agora - respondeu o Rav Gustman, com um sorriso - Há muitos anos, o meu Rebe do Cheider levou toda a minha turma para uma floresta e começou a nos ensinar dicas de sobrevivência. Ele nos ensinou a identificar quais plantas eram comestíveis e quais eram venenosas. Eu não entendia por que o Rebe, ao invés de estar nos ensinando Torá, estava dando uma aula de botânica. No entanto, anos depois, quando os nazistas invadiram Vilna, eu e minha família conseguimos fugir para a floresta, poucos dias antes deles exterminarem todo o Gueto onde vivíamos. Nos escondemos na floresta por 3 longos anos, sobrevivendo na natureza com os ensinamentos que, "Min Hashmaim" (através da Supervisão Divina), meu Rebe havia me transmitido naquele dia. Finalmente, quando a guerra terminou, com a ajuda de D'us pudemos ir para os Estados Unidos. - Portanto, meu jovem rapaz - concluiu o Rav Gustman - como foi graças às plantas que eu e minha família pudemos sobreviver durante o Holocausto, todos os dias eu dedico alguns minutos do meu tempo precioso para regar as plantas da Yeshivá, como um ato de "Hakarat HaTov" (reconhecimento pelas bondades recebidas), por terem salvado a minha vida e a vida da minha família nos momentos mais difíceis." Hakarat HaTov significa nunca mais esquecer as bondades recebidas e, sempre que possível, retribuir.
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Nesta semana começamos o último livro da Torá, Devarim, também conhecido como "Mishnê Torá" (a repetição da Torá), pois este livro é dedicado integralmente às últimas palavras de Moshé ao povo judeu, em sua despedida, antes do seu falecimento e da entrada do povo judeu na Terra de Israel. Moshé deixou para o final da sua vida a importante missão de recapitular os principais acontecimentos dos últimos 40 anos em que o povo judeu passou no deserto, apontando os erros cometidos, justamente para possibilitar que o povo aprendesse com seus tropeços e não voltasse a cometê-los no futuro. Na Parashat desta semana, Devarim (literalmente "palavras"), Moshé relembrou o momento em que o sistema judiciário do povo judeu foi modificado, com a criação de várias instâncias de justiça, responsáveis por cuidar de todos os casos de questionamentos e disputas, desde os mais simples até os mais complexos. Moshé relembra que havia advertido aos recém nomeados juízes a não mostrar nenhum tipo de favoritismo que pudesse comprometer o veredicto de um caso que estivessem julgando, conforme está escrito "E eu ordenei aos juízes naquele momento e disse: 'Escutem (as discussões) entre seus irmãos e julguem-nos com retidão'" (Devarim 1:16). Em outras palavras, Moshé estava advertido os juízes a serem corretos e justos, não aceitando nenhum tipo de suborno, pois, conforme afirma a Torá, "o suborno cega os olhos do sábio" (Devarim 16:19). Na sociedade na qual vivemos atualmente, onde a moralidade está tão corrompida, infelizmente o conceito de suborno tornou-se algo normal e, algumas vezes, até mesmo aceitável. Em nossa concepção, suborno refere-se à aceitação, por parte de um juiz, de favores ou considerações pessoais que fazem com que ele veja um dos litigantes de forma mais favorável do que o outro, influenciando diretamente na forma como ele conduz seu julgamento. Porém, o Talmud (Ketubot 105b) nos ensina que suborno não refere-se necessariamente a vantagens monetárias. Mesmo favores mínimos, pequenos agrados e gestos, por mais insignificantes que possam parecer, podem afetar a percepção de um juiz e causar um desvio no seu julgamento. O Talmud afirma que até mesmo dizer coisas agradáveis e lisonjeiras a um juiz é considerado suborno, pois pode distorcer um julgamento. O Talmud traz uma lista de vários sábios que recusaram-se a participar em um julgamento após receberem pequenos favores. Mas o que nos chama a atenção nestes casos é que tratam-se de coisas tão triviais que dificilmente consideraríamos suborno. Por exemplo, o grande sábio Shmuel estava tendo dificuldades para atravessar uma ponte e foi prontamente ajudado por uma pessoa que passava por ali. Shmuel perguntou ao homem qual era o motivo pelo qual ele estava passando por ali, e ele, sem saber que estava diante do grande sábio, respondeu que tinha um caso a ser julgado no Beit Din presidido pelo sábio Shmuel. Ao escutar isso, Shmuel imediatamente desqualificou-se para o julgamento do caso, com medo de que o favor recebido, a ajuda para atravessar a ponte, pudesse inconscientemente fazê-lo querer que aquele homem ganhasse o caso. Outro grande sábio do Talmud, chamado Ameimar, estava sentado em seu Beit Din quando uma pena pousou sobre a sua cabeça. Uma pessoa que estava presente prontamente levantou-se e removeu a pena de sua cabeça. Ameimar perguntou ao homem o que ele fazia no Beit Din e ele respondeu que estava aguardando o julgamento do seu caso. Ameimar imediatamente desqualificou-se como juiz daquele caso, por sentir-se subornado pelo ato de gentileza daquele homem. Um terceiro caso interessante aconteceu com um grande sábio chamado Mar Ukba. Certa vez alguém cuspiu diante de Mar Ukba e, para evitar que o grande sábio pisasse no cuspe, outra pessoa correu e cobriu a saliva com um lenço. Quando Mar Ukba descobriu que aquele homem que havia sido gentil tinha um caso a ser julgado por ele, imediatamente desqualificou-se para o julgamento. É incrível ver o nível de rigorosidade que estes sábios, de elevado temor a D'us, impunham sobre si mesmos em relação aos cuidados com o suborno. Porém, o Rav Avraham Yaacov Pam zt"l (Lituânia, 1913 - EUA, 2001) faz um interessante questionamento. Estas histórias relatadas pelo Talmud envolvem grandes sábios, pessoas que podem ser comparadas a anjos, gigantes espirituais. Por acaso eles eram tão influenciáveis a ponto de desviarem um julgamento por terem recebido favores tão pequenos? Será que nós desviaríamos um julgamento apenas pelo fato de uma das partes envolvidas ter nos ajudado a atravessar a rua ou ter limpado o nosso chapéu? Estes grandes sábios do Talmud não deveriam acreditar mais em si mesmos, em sua seriedade e temor a D'us, ao invés de acharem que seriam influenciados por questões tão pequenas e triviais? O Rav Pam responde que o Talmud não está nos transmitindo apenas uma mensagem em relação à integridade no julgamento ou à natureza destruidora dos subornos. O Talmud também está nos ensinando sobre o "Hakarat Hatov", o nível de reconhecimento e agradecimento que devemos ter com aqueles que nos fazem algum favor. Por que consideramos que estes pequenos favores não seriam suficientes para desviar nosso julgamento? Infelizmente não é por nosso incrível nível de temor a D'us e retidão. Justamente o contrário, é por nosso total descaso com as bondades que recebemos dos outros. Não sabemos dar o verdadeiro valor a tudo de bom que recebemos das pessoas. Os sábios do Talmud levavam muito mais a sério os favores recebidos. Eles enxergavam que até mesmo pequenos favores eram verdadeiros tesouros que eles haviam recebido. Para nós, atos que fizeram com que eles pedissem afastamento do julgamento são tão insignificantes que passariam desapercebidos. Mas não para estes grandes sábios, pessoas que trabalhavam a característica de apreciar o que os outro fazem por eles, que consideravam mesmo as menores bondades como sendo valiosas, a ponto de influenciá-los em seu julgamento. Explica o Rav Yssocher Frand que muitos problemas da nossa sociedade emanam justamente da falta de Hakarat Hatov. Maridos consideram os pequenos favores do dia-a-dia que suas esposas fazem a eles como sendo "naturais", assim como as esposas consideram "naturais" os favores feitos pelos maridos. Muitas vezes consideramos os favores que os outros nos fazem como sendo apenas a obrigação deles e, com isso, deixamos de reconhecer e agradecer. Cada um está sempre esperando que a outra parte "cumpra o seu papel". Se cada esposa ou marido dessem mais consideração aos favores recebidos, assim como os grandes sábios do Talmud faziam, certamente teríamos casamentos muito mais felizes e estáveis, pois cada um sentiria o reconhecimento pelo que o outro faz por ele e, automaticamente, sentiria a obrigação de retribuir. O mesmo é válido na relação entre patrões e empregados, ou em qualquer outro relacionamento humano. Devemos parar de enxergar as coisas que recebemos como sendo obrigação dos outros, e começar a nos sentir endividados por tudo o que recebemos de bom. O segredo de uma vida harmônica é a pessoa sentir como se não merecesse nada de ninguém, e que tudo o que recebe é apenas um ato de bondade do próximo. Se valorizarmos o que o outro faz por nós, ao invés de considerarmos como parte dos nossos direitos, viveremos muito melhor. Se aprendermos a apreciar os favores que os outros fazem por nós, por menores que sejam, o mundo será um lugar muito melhor.
SHABAT SHALOM
R' Efraim Birbojm
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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