quinta-feira, 16 de julho de 2020

EDUCANDO COM AMOR - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT MATÓT E MASSEI 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHIÓT MATÓT E MASSEI 5780:

São Paulo: 17h19                   Rio de Janeiro: 17h07 
Belo Horizonte: 18h02                  Jerusalém: 19h09
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VÍDEO DAS PARASHIÓT MATÓT E MASSEI
BS"D
ASSUNTOS DA PARASHAT
MATÓT
 
- Juramentos e Promessas.
- Atacando os Midianim.
- Moshé critica a decisão dos oficiais de poupar as mulheres.
- Purificação depois da guerra (Kasherização dos utensílios).
- Divisão dos despojos de guerra.
- Dedicação de parte dos despojos de guerra.
- O Pedido de Reuven e Gad.
- Bronca de Moshé.
- O pedido é esclarecido.
- As Condições de Moshé – Participação na conquista e divisão da Terra de Israel.
MASSEI
 
- Resumo da Jornada: O Êxodo até a morte de Aharon
- As Jornadas Finais.
- Orientações para ocupação da Terra de Israel.
- As fronteiras da Terra de Israel.
- Nova liderança para a Terra de Israel.
- As Cidades dos Leviim.
- As Cidades de Refúgio (Assassinato não intencional).
- Proibição de casamentos entre as Tribos.

 
 

EDUCANDO COM AMOR - PARASHIÓT MATÓT E MASSEI 5780 (17 de julho de 2020)

 
"Eduardo é um rapaz incrível. Calmo, generoso, um amigo para todos os momentos. Porém, nem sempre foi assim. Quando garoto, Eduardo era brigão e rebelde. Ele percebia que seu comportamento aborrecia muito seus pais, mas pouco se incomodava. Queria que sempre as coisas fossem do seu jeito e não importava que, para isto, precisasse "passar por cima" dos outros. Porém, como a vida funciona no sistema de "ação e reação", quanto mais ele agredia e desrespeitava as pessoas, mais ele recebia de volta o mesmo tratamento.
 
Quando Eduardo cresceu um pouco, começou a perceber que aquela situação estava desconfortável. Ele começou a ficar preocupado, mas não sabia como mudar. O principal aprendizado de sua vida aconteceu em um domingo, quando ele foi, com seus pais e irmãos, passar o dia no campo. Correram e brincaram muito até que, para descansar um pouco, Eduardo foi até a margem do riacho que corria entre um pequeno bosque e os campos. Ali, encontrou algo que parecia uma pedra, mas que se movia. Era a primeira vez que ele via pessoalmente uma tartaruga. Ele examinou-a com cuidado, mas, quando aproximou-se um pouco mais, o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de seu casco. Foi o suficiente para despertar a fúria de Eduardo. Com sua má-índole, imediatamente decidiu que a tartaruga deveria sair do seu casco e, tomando um pedaço de galho, começou a cutucá-la. Mas os esforços eram inúteis e ele começou a ficar, como sempre, cada vez mais impaciente e irritado. Foi quando seu pai aproximou-se dele. Olhou por um instante para aquela cena, da criança, cada vez mais irritada, golpeando a tartaruga sem conseguir nenhum resultado. Em seguida, sentou-se junto a ele e disse calmamente:
 
- Filho, você está perdendo seu tempo. Desta maneira você não vai conseguir nada, mesmo que fique o resto da vida cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz. Venha comigo e traga o bichinho.
 
Eduardo o acompanhou, levando a tartaruga. O pai parou perto da fogueira que haviam acendido e disse:
 
- Coloque a tartaruga aqui, mas não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável.
 
Eduardo obedeceu. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga colocou a cabeça e as patas para fora e começou a caminhar tranquilamente. O pai novamente disse a Eduardo:
 
- Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas, procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que elas se aborreçam conosco. Gestos amáveis geram atitudes simpáticas, enquanto gestos bruscos geram barreiras.
 
Eduardo sentiu algo diferente naquele momento. Sempre que o pai lhe dava uma bronca, achava que era porque ele se sentia incomodado, que era simplesmente um ato egoísta. Porém, naquele dia foi diferente. Eduardo sentiu a preocupação do pai, o amor e o carinho que vinham junto com aquele ensinamento. A partir daquele dia, Eduardo começou a mudar."
 
Talvez o que falta no mundo não são mais broncas e disciplina. Talvez o que falta de verdade é amor.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Matót (literalmente "Tribos") e Massei (literalmente "Viagens"), terminando o quarto livro da Torá, Bamidbar. A Parashat Matót traz alguns assuntos importantes, tais como a importância de manter as promessas feitas e a guerra de vingança contra o povo de Midian. Já a Parashat Massei descreve as viagens do povo judeu durante os 40 anos em que permaneceu no deserto, além de falar sobre a divisão da Terra de Israel e a construção das "Cidades de Refúgio", para casos de assassinatos acidentais.

Na Parashat Matót, depois de conquistar as terras dos reis Sihon e Og, no lado oriental do rio Jordão, as Tribos de Reuven e de Gad aproximaram-se de Moshé com um pedido. Ao invés de viver dentro da Terra de Israel, junto com as outras Tribos, eles preferiam ficar naqueles planícies férteis, boas para o rebanho, e pediram para Moshé permissão para já começarem os primeiros preparativos para se estabelecerem naquelas terras, conforme está escrito na Torá: "Eles aproximaram-se dele (de Moshé) e disseram: 'Construiremos currais para o nosso rebanho aqui e cidades para nossos filhos pequenos'" (Bamidbar 32:16).

Moshé inicialmente ficou muito bravo com o pedido das duas Tribos. Ele havia entendido que eles queriam abandonar seus irmãos, fugindo das lutas de conquista da Terra de Israel. O medo de Moshé é que aquela atitude, que demonstrava egoísmo e covardia, poderia contagiar negativamente todo o povo, da mesma forma que os espiões haviam feito anteriormente. Reuven e Gad explicaram para Moshé que aquela não era a intenção deles, pois eles desejavam entrar em Israel junto com seus irmãos, participar de toda a conquista e divisão da terra, e somente depois voltar para morar em suas terras fora de Israel. Ainda assim, ao dar a permissão, Moshé fez um pequeno "conserto". Ele inverteu a ordem do que as Tribos tinham pedido, dizendo "Construam cidades para seus filhos e currais para seus animais" (Bamidbar 32:24), colocando o cuidado com os filhos antes dos animais.

Rashi (França, 1040 - 1105) ressalta que Moshé estava criticando as duas Tribos por suas prioridades equivocadas, de colocar a preocupação com os animais na frente da preocupação com os próprios filhos. Porém, é difícil entender esta explicação de Rashi. Como pessoas da "geração do conhecimento", que haviam aprendido a Torá diretamente da boca de Moshé, acabaram distorcendo tanto seus valores, a ponto de colocar a preocupação com os animais à frente da preocupação com os próprios filhos? Talvez nem mesmo em nossa geração faríamos uma escolha tão distorcida!

Responde o Rav Yohanan Zweig shlita que a resposta está em um interessante ensinamento do Talmud (Ketubót 49a), que afirma que os pais são responsáveis ​​financeiramente pelos filhos apenas quando eles são muito pequenos, mas depois a ajuda dos pais é considerada um ato de Tzedaká. Porém, este ensinamento é um pouco contraditório com a realidade do relacionamento entre pais e filhos dentro do povo judeu. O compromisso dos pais judeus com seus filhos é algo lendário. Quem não conhece o famoso estereótipo da "Ydishe Mame", a mãe judia ultra protetora? Certamente o cuidado que os pais têm com seus filhos ultrapassa muito o que é exigido de acordo com o Talmud, isto é, um suporte apenas quando os filhos são pequenos. Por que a responsabilidade legal dos pais judeus, de acordo com a Torá, aparentemente não reflete o sistema de valores intrínseco a cada judeu?

Criar filhos não é algo fácil. Acabamos distorcendo a educação dos nossos filhos por diversos motivos, tais como falta de preparo, falta de aconselhamento e até preguiça. Mas uma das grandes armadilhas na educação dos filhos é a percepção de que eles são uma extensão de nós mesmos. Este é o motivo pela qual acabamos negligenciando muito a necessidade de independência e autoexpressão de cada criança. Outro grave problema, que cria uma barreira entre pais e filhos, surge quando uma criança não sente a gratidão necessária pelos esforços que seus pais fazem para garantir seu bem-estar. Muitos filhos enxergam os sacrifícios que seus pais fazem por eles como sendo parte dos seus "direitos de filho". Qual é a solução para estes dois grandes problemas?

O ensinamento do Talmud é uma solução genial para ambos. Quando uma pessoa é legalmente responsável por algo ou alguém, ela adquire um senso de propriedade. Os pais acabam se sentindo como se fossem donos dos seus filhos. Quando a Torá remove, desde cedo, a responsabilidade financeira dos pais sobre os filhos, ela está permitindo que os pais vejam seus filhos como uma entidade independente. E, por outro lado, quando uma criança sabe que seus pais não são legalmente obrigados a sustentá-la, mas o fazem apenas por amor, isto a leva a sentir mais gratidão pelos esforços dos seus pais.

As Tribos de Reuven e Gad não fizeram um erro tão grosseiro de se importar mais com os animais do que com os filhos. Eles tiveram a sensibilidade correta em relação às suas responsabilidades legais. Eles possuíam animais e, portanto, eram legalmente obrigados a garantir seu bem-estar. Seus filhos, a quem viam corretamente como entidades independentes, não faziam mais parte de sua preocupação legal e, portanto, não foram mencionados em primeiro lugar. Isso refletiu uma qualidade positiva, pois indica que eles não se sentiam motivados a apoiar seus filhos por enxergá-los como partes de si mesmos. Ao contrário, mantendo um relacionamento saudável com os filhos e reconhecendo suas qualidades individuais, eles os sustentavam por amor.

Porém, se a atitude de Reuven e Gad estava correta, então qual foi a objeção de Moshé? Ele estava ensinando que a preocupação em cuidar dos animais decorria da responsabilidade legal de cuidar de si mesmos e de tudo o que era uma extensão deles. Porém, havia algo muito maior do que isto: o cuidado dos filhos por amor. A razão para garantir que seus filhos fossem bem cuidados, embora fosse apenas algo moral, era muito mais importante do que as responsabilidades legais. Isto quer dizer que, legalmente, eles não fizeram nada de errado, mas o amor pelos filhos deveria ter falado mais alto.

Estamos vivendo tempos difíceis, e uma das áreas mais prejudicadas é justamente a educação dos filhos. Crianças rebeldes, mal educadas e com valores distorcidos são fenômenos cada vez mais frequentes e "normais". Talvez o motivo de tudo isto é a falta de amor. Pais cuidam de seus filhos e se preocupam com seu bem estar econômico, mas esquecem do principal: o bem estar psicológico. Não será uma casa transbordando de dinheiro que fará as crianças felizes, e sim uma casa transbordando de amor.
                                                  

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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