sexta-feira, 13 de março de 2015

INFLUÊNCIA DOS NOSSOS ATOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5775

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INFLUÊNCIA DOS NOSSOS ATOS - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5775 (13 de março de 2015) 

"Yaacov era um homem de bom coração, sempre que podia ajudava os outros. Certo dia ele caminhava com alguns amigos por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. Yaacov teve misericórdia e não pensou duas vezes, correu pela margem do rio, entrou na água e pegou o escorpião na mão para salvá-lo. Porém, quando o trazia para fora, o escorpião picou sua mão. Devido à dor, Yaacov deixou o escorpião cair novamente no rio, e ele foi arrastado novamente pelas águas. Mas Yaacov não desistiu, ele foi até a margem, pegou um galho de árvore caído, alcançou novamente o  escorpião e o salvou, mas desta vez sem encostar a mão no bicho. Os amigos, que haviam assistido a cena, ficaram perplexos e disseram:
 
- Yaacov, deve estar doendo muito. Por que você foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse, seria um a menos! Veja como ele retribuiu a sua ajuda, picando a mão que o havia salvado! Este bicho não merecia sua misericórdia.
 
Yaacov, sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento, respondeu:
 
- O escorpião me picou porque agiu conforme a sua natureza, e eu o salvei pois agi de acordo com a minha natureza".
 
De acordo com os nossos atos nós moldamos a nossa natureza e o nosso coração. Bons atos repetidos continuamente resultam em um bom coração, enquanto maus atos repetidos continuamente resultam em um mau coração. 

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Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Vayakel e Pekudei, que descrevem respectivamente as atividades de construção do Mishkan e a prestação de contas que Moshé fez dos materiais doados para a construção o Mishkan. A Parashá Vayakel também descreve o momento em que as pessoas escolhidas para construir o Mishkan terminaram seu serviço: "E eles trouxeram o Mishkan para Moshé: a Tenda e todos os seus utensílios..." (Shemot 39:33). Por que o Mishkan foi levado até Moshé, e já não foi montado pelos próprios construtores?
 
Explica o Midrash (parte da Torá Oral) que quando Moshé anunciou ao povo que todos poderiam participar na construção do Mishkan através da doação dos materiais, eles se alegraram muito e doaram com entusiasmo e agilidade, atingindo a meta em apenas dois dias. Depois que os trabalhos foram concluídos, o povo inteiro ficou muito ansioso, esperando pelo momento em que a "Shechiná" (Presença de D'us) repousaria entre eles. Os sábios construtores tentaram montar o Mishkan, mas ele não conseguia se manter de pé e caía. Por que eles não conseguiam montar o Mishkan, se D'us havia dado a eles a sabedoria necessária para construir cada parte do Mishkan e cada um dos seus utensílios?
 
Continua o Midrash e explica que Moshé estava sofrendo muito por não ter participado ativamente na construção do Mishkan. D'us viu o sofrimento de Moshé e disse para ele: "Como você está sofrendo por não ter participado da construção do Mishkan, então Eu não deixarei que os homens sábios que construíram o Mishkan consigam montá-lo sem você, para que todo o povo judeu saiba que somente através de você o Mishkan pode ser montado". É por isso que o versículo enfatiza que o Mishkan foi levado até Moshé, pois ele foi o único que realmente conseguiu montá-lo.
 
Mas desta explicação surge uma grande pergunta, pois o Midrash afirma que Moshé estava muito triste por não ter participado da construção do Mishkan. Porém, há outro Midrash que afirma que Moshé estava muito presente durante toda a construção do Mishkan e teve uma participação fundamental, pois ele circulava o tempo inteiro entre os profissionais que estavam construindo o Mishkan para ensiná-los como fazer cada parte e cada utensílio com perfeição, sem nenhum erro. Moshé foi tão zeloso e tão minucioso em construir o Mishkan exatamente da maneira como D'us havia ensinado que diversas vezes a Torá repete que os objetos foram feitos "conforme D'us ordenou a Moshé".
 
Além disso, está escrito na Torá: "E foi no dia em que Moshé terminou de construir o Mishkan" (Bamidbar 7:1). Rashi questiona por que está escrito que foi Moshé quem construiu o Mishkan, como se ele tivesse o mérito de ter construído o Mishkan sozinho, ao invés de atribuir o mérito a Betzalel, Ahaliav e os outros tantos homens sábios que haviam se voluntariado para fazer as atividades construtivas do Mishkan? Ele responde que Moshé se entregou completamente à tarefa de construir o Mishkan, checando uma por uma todas as formas de todos os utensílios e partes do Mishkan e ensinando a cada construtor todos os minuciosos detalhes conforme D'us havia mostrado para ele no Monte Sinai. E o empenho de Moshé teve frutos, pois nenhum formato continha nenhum erro, tudo saiu exatamente como D'us havia mostrado. A dedicação de Moshé foi tanta que ele meritou um versículo que atribui a ele sozinho a construção de todo o Mishkan. quem estabeleceu o Mishkan, e nbçstruçatamente da maneira como D'turesençade  Então por que ele se entristeceu por não ter "colocado a mão na massa", se sua participação na construção havia sido tão fundamental? O que faltava para Moshé?
 
Responde o Rav Bentzion Bamberg zt"l (Alemanha, 1920 - Israel, 1981) que da tristeza de Moshé aprendemos qual é a importância de fazer bons atos na prática. Apesar de toda a sua dedicação e sua participação "intelectual" no Mishkan, Moshé estava triste por não ter participado diretamente na construção física do Mishkan, isto é, por não ter colocado a mão na massa, com atos físicos de construção. Mas o que teria mudado se ele tivesse feito algum ato na prática? Por que não foi suficiente sua participação "intelectual"?
 
Um dos motivos pelos quais D'us nos ordenou Mitzvót que necessitam da utilização de objetos e partes do nosso corpo, como colocar Tefilin no braço e na cabeça ou segurar os Arba Minim em Sucót, é para que as Mitzvót possam ser internalizadas, através dos atos, em nossos corações. O ser humano não consegue, apenas através de seu intelecto, canalizar seus desejos e mudar características que estão naturalizadas. Cada ato externo que fazemos funciona como um contrapeso para as tendências naturais do nosso corpo, como ensinam os nossos sábios: "Atrás dos nossos atos é levado o nosso coração". Por isso muitas Mitzvót envolvem atos físicos, para poderem nos ajudar no processo de purificação e elevação espiritual.
 
Há uma Mitzvá interessante que demonstra o quanto este conceito é verdadeiro. Em relação ao Korban Pessach (sacrifício de Pessach), há uma proibição na Torá de quebrar qualquer osso do Korban. Qual é o motivo desta Mitzvá? Ensina o Sefer HaChinuch (Mitzvá 16) que quebrar os ossos é a forma como os animais e as pessoas pobres e famintas comiam. Mas como o povo judeu foi tirado do Egito para se tornar uma luz para as nações do mundo, um povo sagrado e elevado, não era apropriado que eles se comportassem com atos que não condiziam com o seu novo status, pois os atos que uma pessoa faz ficam gravados em sua alma para sempre. O coração e os pensamentos de uma pessoa sempre vão atrás de seus atos, tanto para o bem quanto para o mal.
 
O Sefer HaChinuch revela algo ainda mais impressionante: mesmo um Rashá Gamur (pessoa completamente má), se ele começar a fazer constantemente bons atos, como estudar Torá, cumprir Mitzvót e fazer atos de caridade, mesmo que não seja com as intenções corretas, sua natureza finalmente penderá para o lado positivo, pois cada ato externo influencia seu interior. E assim nos ensina o Talmud (Makot 23b): "D'us quis trazer méritos ao povo judeu, por isso multiplicou para eles a Torá e as Mitzvót". Como há muitas Mitzvót na Torá, praticamente o dia inteiro estamos nos ocupando com elas. Quando acordamos, quando nos vestimos, quando nos alimentamos, e até mesmo quando vamos ao banheiro. A repetição constante de Mitzvót nos torna, a cada instante, pessoas melhores. O mesmo conceito é ensinado em outro Tratado do Talmud (Menachót 43b): "Aquele que tem Tefilin no braço e em sua cabeça, fios de Tsitsit em sua roupa e uma Mezuzá em sua porta, é garantido que não vai cometer transgressões". Por que justamente estas Mitzvót? Pois são Mitzvót constantes, que cumprimos o tempo inteiro, e por isso elas vão purificando nosso coração e nos afastando das transgressões.
 
Desta Parashá aprendemos o quanto devemos ter cuidado com nossos atos, pois atrás dos nossos ato
s será levado o nosso coração. Moshé sofreu por não ter colocado a mão na massa na construção do Mishkan, pois sabia o quanto cada bom ato que fazemos nos influencia para o bem e purifica nossos corações e pensamentos. Mesmo Mitzvót pequenas e bons atos aparentemente sem importância contribuem para o nosso crescimento constante. Por isso devemos procurar o tempo inteiro oportunidades de cumprir Mitzvót e fazer bons atos, mesmo que em um primeiro momento não façamos com as intenções mais puras e elevadas, pois a repetição de bons atos faz com que nos elevemos e consigamos, em algum momento, atingir também as intenções puras e elevadas, como afirmam os nossos sábios: "Através da repetição de bons atos, mesmo que em um primeiro momento sejam sem intenções puras, virão atos com as intenções mais puras e elevadas".
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm

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