quinta-feira, 16 de junho de 2022

AMOR PELAS MITZVÓT - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5782

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
 
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHÁ BEHAALOTECHÁ



         São Paulo: 17h08                  Rio de Janeiro: 16h57 

Belo Horizonte: 17h05                  Jerusalém: 19h11
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MENSAGEM DA PARASHÁ BEHAALOTECHÁ
ASSUNTOS DA PARASHÁ BEHAALOTECHÁ
  • Acendendo a Menorá.
  • Inauguração dos Leviim.
  • Responsabilidade dos Leviim.
  • O primeiro Pessach no deserto (2º ano).
  • Pessach Sheni.
  • Sinais Divinos para iniciar as viagens.
  • As Trombetas.
  • Moshé convida Itró (Chovev) a se juntar ao povo judeu.
  • A Viagem do Sinai.
  • A Arca Parte (Nun invertido).
  • Queixas e o fogo Celestial.
  • Reclamação do Man e desejo por carne.
  • Moshé reclama com D'us do peso do povo e D'us escolhe 70 anciãos.
  • A Codorniz e a praga.
  • Lashon Hará de Miriam e Aharon sobre Moshé.
  • D'us ressalta o valor único de Moshé.
  • A Punição de Miriam (Tzaraat).
  • Miriam de Quarentena fora do acampamento e o povo espera.
BS"D

AMOR PELAS MITZVÓT - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5782 (17/jun/22)


No fim de 1937, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, o Sr. Gaier decidiu fugir do regime nazista, que já era uma grande ameaça aos judeus alemães. Com sua esposa e filhos, eles juntaram os pouco pertences que podiam carregar e embarcaram em um trem rumo à Holanda, esperando encontrar lá melhores condições.

Durante a viagem, o Sr. Gaier estava muito preocupado. Não por causa dos riscos que aquela viagem implicava, mas porque aquela era a última noite de Chanuká e ele ansiava por acender as velas. Sua esposa, vendo seu rosto preocupado, lhe disse:

- Querido, você sabe que é impossível acendê-las agora, a região está cheia de soldados nazistas. Se eles identificarem que somos judeus, imediatamente nos mandarão de volta para a Alemanha!

Mesmo assim, o Sr. Gaier não perdeu as esperanças. Depois de alguns minutos, o trem parou e entraram oficiais nazistas para revisar os documentos de todos os passageiros. O Sr. Gaier achou que aquele era o fim. Silenciosamente ele começou a rezar para que D'us salvasse sua família. De repente, apagaram-se todas as luzes do trem. As pessoas, na escuridão total, não sabiam o que fazer. Uns tentavam acender fósforos, mas estes se apagavam rapidamente e a escuridão voltava. Então o Sr. Gaier, sem perder tempo, tirou do bolso do seu casaco nove velas, as oito de Chanuká e o Shamash, acomodou-as na janela do trem e as acendeu, com muita alegria, pronunciando as Brachót em voz baixa para que ninguém escutasse.

Vendo as velas acesas, um dos oficiais nazistas gritou: "Olhem, nesse canto tem luz". Parabenizaram o Sr. Gaier por sua incrível ideia e ordenaram a todos os outros passageiros que formassem uma fila naquele lugar iluminado para revisar seus documentos. Todos os documentos do trem foram revisados, menos os da família Gaier.

Depois de meia hora, exatamente o tempo que as velas de Chanuká necessitam estar acesas para que a Mitzvá seja cumprida, as luzes se acenderam e o trem seguiu seu caminho a Amsterdã. A família Gaier festejou naquela noite os milagres que D'us havia feito. Não apenas na época dos Chashmonaim, mas também seu milagre pessoal, de terem conseguido sair da Alemanha sãos e salvos. E o rosto do Sr. Gaier brilhava, por ter conseguido cumprir a importante Mitzvá do acendimento da Chanukiá, mesmo quando parecia impossível.

Nesta semana lemos a Parashá Behaalotechá (literalmente "Quando você acender"), que ensina a importante Mitzvá do acendimento diário da Menorá, que era feita por Aharon HaCohen. A Parashá também descreve o primeiro "aniversário" da saída do Egito e o comando para o povo oferecer novamente o Korban Pessach.

Imediatamente após o aviso sobre o Korban Pessach, a Parashá traz um acontecimento interessante: "Havia homens que estavam ritualmente impuros por causa do contato com uma pessoa morta e, portanto, não podiam fazer o Korban Pessach naquele dia. Então eles se aproximaram de Moshé e Aharon... Aqueles homens lhe disseram: 'Nós estamos impuros... por que devemos ser excluídos, para não trazer a oferenda de D'us no tempo determinado, com todos os filhos de Israel?'" (Bamidbar 9:6,7).

Nossos sábios explicam que estes homens são exemplos de pessoas com um enorme nível de "Ahavat HaMitzvót", o amor pelas Mitzvót. Mas como podemos perceber isso, se o versículo apenas descreve uma pergunta técnica feita a Moshé sobre a oferenda do Korban Pessach?

Rashi (França, 1040 - 1105) traz detalhes dessa conversa. Moshé explicou que o Korban Pessach não poderia ser oferecido em um estado de impureza. Porém, os homens que estavam impuros não desistiram e insistiram para que os Cohanim aspergissem o sangue do Korban por eles e que outras pessoas puras comessem a carne do Korban. Moshé, sem saber o que fazer, foi se aconselhar com D'us, que gostou tanto da vontade demonstrada por aqueles homens que deu a eles uma nova Mitzvá: o "Pessach Sheni" (Segundo Pessach). Todo aquele que, na data estipulada por D'us, o dia 14 de Nissan, não pudesse oferecer o Korban por motivos de força maior, teria uma nova chance um mês depois, no dia 14 de Yiar. Este ensinamento deveria ter sido transmitido através de Moshé, como as outras Mitzvót, mas esses homens mereceram que fosse ensinado com a participação deles. Porém, quem são estes homens, e o que eles fizeram de tão especial para merecer este reconhecimento Divino?
 
A resposta começa em uma volta ao passado. Pouco antes de falecer no Egito, Yossef fez com que seus irmãos jurassem que, quando chegasse o momento da redenção, seu corpo seria levado do Egito e enterrado em Israel. Este juramento valeria também para os descendentes. Moshé, no momento da saída do Egito, conseguiu recuperar o caixão de Yossef e instruiu alguns homens para carrega-lo. Estes eram os homens que estavam impuros, aqueles que estavam se ocupando com a sagrada Mitzvá de levar o corpo de Yossef para ser enterrado em Israel.

Para entender o que eles fizeram de tão especial, precisamos nos aprofundar em um lindo ensinamento do Talmud (Brachót 35b), que ressalta a diferença espiritual entre as gerações mais recentes e as gerações mais antigas. Quando alguém planta na Terra de Israel, os frutos são chamados de "Tevel" e só podem ser consumidos após a separação de certas partes da produção, conhecidas como Terumót e Maasserót. Porém, esta obrigação somente ocorre caso a colheita "veja" a frente da casa pela qual as pessoas entram e saem, e seja trazida para dentro da casa dessa maneira. Nas gerações mais antigas, as pessoas traziam seus frutos através do portão principal, a fim de se obrigar a separar Terumót e Maasserót. No entanto, as gerações posteriores traziam seus frutos através dos telhados e pátios, evitando o portão principal, para se isentar da Mitzvá de separar Terumót e Maasserót.

Explica o Rav Meir Rubman zt"l (Israel, século 20) que esta é uma maneira de testar os níveis de "Ahavat HaMitzvót" de uma pessoa. As gerações mais recentes eram extremamente rigorosas para não tropeçar na transgressão de comer "Tevel", e faziam todo o possível para comer os frutos de acordo com a Halachá. Porém, seu comportamento é trazido pelo Talmud como um exemplo da "queda das gerações", mostrando a diferença entre aqueles que procuravam formas de se obrigarem a cumprir as Mitzvót e aqueles que procuravam formas de se isentar delas, de procurar "jeitinhos" para fugir de sua obrigação.

A diferença entre as gerações pode ser percebida através de uma comparação interessante. O mesmo vínculo que as primeiras gerações tinham com os assuntos espirituais, as futuras gerações tinham com os assuntos materiais. Nos assuntos materiais, sabemos bem quanto uma pessoa se esforça para alcançar seus objetivos, não desistindo com facilidade. E caso não consiga alcançá-los, como se enche de tristeza e lamentação. Assim também se comportavam as gerações anteriores em relação à sua ocupação com a Torá e as Mitzvót. Eles não desistiam tão facilmente, e caso não conseguissem cumprir uma Mitzvá, se entristeciam muito. Esta foi a grande demonstração de amor pelas Mitzvót que D'us apreciou naqueles homens que foram falar com Moshé. Por seu estado de impureza, e em especial por estarem cuidando do enterro de Yossef, eles estavam isentos da Mitzvá de Korban Pessach. Porém, eles não se conformaram com a isenção. Ao utilizar todo tipo de argumentos para tentar encontrar uma forma de estarem obrigados a cumprir a Mitzvá, eles demonstraram seu amor pelas Mitzvót.
 
No comentário de Rashi, ele nos ensina que os homens impuros tentaram dar a Moshé várias sugestões de como poderiam cumprir a Mitzvá mesmo estando impuros. Porém, dentre as sugestões, estavam várias maneiras de cumprir a Mitzvá de forma incompleta, como cumprir apenas uma pequena parte dela, e ainda através de outras pessoas. Se não poderiam cumprir a Mitzvá de forma completa, não deveriam ter desistido?
 
Explica o Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) que daqui aprendemos outro aspecto da "Ahavat HaMitzvót". Quando surgem condições que impossibilitam uma pessoa de cumprir uma Mitzvá, ela deve cumprir o que for possível. Mesmo que desta maneira ela não cumpra a Mitzvá, ainda assim demonstra "Ahavat HaMitzvót". Um exemplo foi a atitude de Moshé. Quando recebeu o comando de construir as seis "cidades de refúgio", para assassinos não intencionais, ele sabia que elas só funcionariam quando todas estivessem construídas. Porém, três delas ficavam dentro de Israel, e Moshé sabia que não entraria. Mesmo assim ele construiu as três cidades do lado de fora. Apesar de não ter cumprido a Mitzvá, ele fez o que era possível.
 
Portanto, quando é difícil para a pessoa cumprir certa Mitzvá, que ela tente ao menos se esforçar no que for possível. Por exemplo, se por orientação médica a pessoa não pode comer a quantidade necessária de Maror ou Matzá no Seder de Pessach, que ela coma ao menos um pouco. Se a pessoa estiver doente e não puder ficar na Sucá, que ao menos se esforce para construí-la. Mesmo que a pessoa não cumpra a Mitzvá desta maneira, ao menos ela demonstra para D'us seu "Ahavat HaMitzvót"
 
Quando um bebê faz o Brit Milá, damos a ele uma linda Brachá: "Da mesma forma que você entrou no Brit (pacto), que também possa entrar na Torá, na Chupá e nos bons atos. Porém, a priori, a entrada na Torá já inclui os bons atos, pois explicam nossos sábios que aquele que estuda Torá sem intenção de colocá-la na prática é melhor que não tivesse nascido. Então a que se refere a entrada aos bons atos? Estamos desejando ao bebê que ele não apenas cumpra as Mitzvót, mas que tenha "Ahavat HaMitzvót", que procure maneiras de cumprir cada vez mais Mitzvót, não maneiras de se isentar delas.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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