| | VÍDEO DA PARASHÁ CHUKAT | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ CHUKAT - A vaca vermelha
- A morte de Miriam e reclamação por falta de água.
- Água da Rocha - Erro e castigo de Moshé e Aharon.
- Encontro com Edom.
- A morte de Aharon.
- Confrontação com Canaan (Amalek).
- A reclamação, as Serpentes e o Mastro de cobre.
- Jornadas Posteriores.
- Cântico do Poço.
- Confrontações com Sichon e Og.
| | | DANDO O DEVIDO VALOR AOS TZADIKIM - PARASHÁ CHUKAT 5781 (18 de junho de 2021) Desde Moshé Rabeinu, em todas as gerações tivemos o mérito de sermos orientados por grandes líderes e sábios de Torá, que iluminavam o mundo com seus ensinamentos e nos inspiravam com sua retidão e seriedade. Um dele foi o Rabi Akiva Eiger zt"l (Hungria, 1761 - Polônia, 1837), rabino da cidade de Posen, um dos maiores sábios de sua geração, com um incrível temor a D'us e uma cabeça extremamente afiada no estudo da Torá. Porém, infelizmente, algumas pessoas de sua geração não deram a devida honra que ele merecia e quiseram confrontá-lo de maneira desrespeitosa, sendo duramente castigados. Um incidente ocorreu com um homem muito rico e poderoso. Sua casa havia sido parcialmente destruída em um incêndio e ele estava com muita pressa para reconstruí-la. Ele estava tão obstinado que permitiu aos empregados continuarem a construção mesmo durante os Shabatot, indo contra as leis da Torá. O Rabi Akiva Eiger, quando escutou sobre as atitudes daquele homem, ordenou que ele parasse imediatamente com aquele desrespeito público ao Shabat, mas ele desdenhou das palavras do rabino e ignorou a ordem. Quando a casa estava quase pronta, ela desabou. Foram verificar as causas do desabamento e perceberam que os pilares haviam sido devorados por cupins e mofo. Outro incidente ocorreu com um homem que se recusava a dar o "Guet" (documento de divórcio) à sua esposa, apesar de não querer mais viver com ela. A mulher estava imersa em sofrimento, pois não poderia se casar novamente e reconstruir sua vida. O Rabi Akiva Eiger, ao escutar sobre o caso, foi pessoalmente falar com o marido. Porém, não apenas o marido não respeitou o rabino como também começou a ofendê-lo. O Rabi Akiva Eiger, sem perder a calma, lembrou àquele homem que, conforme ensinado no Talmud, uma mulher poderia ser liberada de um casamento através do Guet ou da morte do marido. O homem deu risada, desprezando as palavras do rabino. Quando o rabino levantou-se para sair, o homem correu atrás dele, para continuar a pronunciar ofensas. Quando o homem chegou à porta, teve um ataque cardíaco fulminante e faleceu. Um terceiro incidente também ficou muito famoso. Um judeu influente tinha um negócio lucrativo, emprestando dinheiro para as pessoas. Porém, ele cobrava juros, uma clara violação da Torá, e não doava nem mesmo um centavo para Tsedaká. O Rabi Akiva Eiger o advertiu diversas vezes, mas sem efeito, pois o homem dava risada das palavras do rabino. Algum tempo se passou e aquele homem, já envelhecido, começou a fazer os preparativos para sua morte. Ele desejou comprar um túmulo para si. "Isso vai custar cem mil marcos", disse o funcionário do Chevra Kadisha, um valor astronômico, muito maior que o valor cobrado de outras pessoas. O homem ficou revoltado e questionou aquele valor. O funcionário do Chevra Kadisha explicou: "Por orientação do Rabi Akiva Eiger, a política da Chevra Kadisha é que um homem que comete fraudes financeiras deve pagar mais por seu túmulo. Os fundos extras serão usados para apoiar instituições de caridade, o que ele não fez em vida". Como o homem era muito rico e poderoso, conhecia pessoas influentes do governo. Ele reclamou para as autoridades locais e exigiu justiça. Oficiais do governo convocaram o Rabi Akiva Eiger para um julgamento. Quando questionado, ele explicou: "É verdade que estamos cobrando dele mais do que da maioria das pessoas, mas não há nada de injusto nisso. Nossa Torá ensina que é proibido cobrar juros. Quem cobra juros perde o direito à Ressureição dos mortos. As pessoas da comunidade, quando falecem, querem apenas alugar um túmulo, por um curto período de tempo, pois assim que o Mashiach chegar, eles acordarão e deixarão o túmulo. Porém, este homem, quando for enterrado, ficará na terra para sempre. Isso é uma compra, não um aluguel. Por isso, precisa pagar mais caro do que os outros pagam". Quando os funcionários do governo escutaram o argumento do rabino, ficaram impressionados. Imediatamente eles ordenaram ao homem que pagasse o preço total cobrado ou se arrependesse de seus maus atos e desistisse de cobrar juros em seus empréstimos. Esta é a força dos grandes sábios do povo judeu, que devemos escutar e respeitar. | | Nesta semana lemos a Parashá Chukat (literalmente "Estatuto"), que traz muitos assuntos importantes. A Parashá começa descrevendo as leis da Vaca Vermelha, que servia para limpar a impureza associada com a morte. Além disso, a Parashá também descreve o falecimento de Miriam, o erro de Moshé, que golpeou a pedra para dar água ao povo judeu ao invés de falar com ela, o falecimento de Aharon e a guerra contra Amalek. Mas qual é a conexão entre todos estes assuntos? Logo após o falecimento de Miriam, a Torá relata a reclamação do povo judeu por água. De acordo com os nossos sábios, havia três milagres constantes que ocorriam no deserto: o Man, alimento que caía diariamente do céu; o Poço de água, que acompanhava o povo judeu no deserto; e as Nuvens de Glória, que protegiam o povo judeu de qualquer tipo de perigo. O Man era mérito de Moshé, as Nuvens eram mérito de Aharon e o Poço de água era mérito de Miriam. Portanto, assim que Miriam faleceu, a fonte que acompanhava o povo judeu no deserto secou. Desesperado, o povo gritou por água. O Rav Shlomo Ephraim zt"l (Polônia, 1550 - Praga, 1619), mais conhecido como Kli Yakar, vai além e explica que a seca foi um castigo para o povo judeu, por não terem feito um "Sped" (discurso fúnebre) adequado para Miriam após o seu enterro, e por quase não terem sentido a sua falta. Quando Aharon e Moshé faleceram, a Torá diz que o povo chorou muito por eles. Porém, em relação à Miriam, está escrito apenas: "E o povo se estabeleceu em Kadesh. Miriam faleceu lá e foi enterrada lá" (Bamidbar 20:1). Não há absolutamente nenhuma menção ao choro do povo pelo falecimento dela. Miriam teve uma vida comunitária muito ativa, principalmente no Egito, quando era uma das parteiras, junto com sua mãe Yocheved. Foi pelo mérito dela que muitos bebês sobreviveram, pois mesmo colocando sua própria vida em risco, podendo ser morta pelo Faraó, Miriam dedicou-se a fazer o parto das mulheres judias, salvando milhares de vidas. Além disso, Miriam convenceu Amram, seu pai, a voltar a se casar com sua mãe, na época em que os egípcios jogavam os bebês judeus no Nilo. Desta nova união nasceu Moshé, o salvador do povo. E novamente ela colocou a vida em risco para garantir a segurança de Moshé, enquanto ele estava à deriva dentro de uma cestinha no Nilo. Miriam foi, sem dúvida nenhuma, uma das pessoas mais importantes na história do povo judeu. Portanto, ela merecia muito mais que um discurso adequado. Ela merecia homenagens e uma memória digna de uma mulher importante, mas não recebeu. Por que D'us castigou o povo justamente com a falta de água? Pois foi um castigo "Midá Kenegued Midá" (medida por medida). A água no deserto é uma necessidade básica. Sem água é impossível viver, mesmo por pouco tempo. Porém, o povo só descobriu a verdadeira importância da fonte de água depois que ela secou. O mesmo ocorre em relação aos Tzadikim. Não sabemos como e quanto um Tzadik influência em nossas vidas, mas devemos saber que essa influência é primordial para a nossa sobrevivência. O desaparecimento do poço foi uma forma de ensinar ao povo que, durante os 40 anos no deserto, ele existiu apenas pelo mérito de Miriam. Segundo o Kli Yakar, há quatro benefícios que recebemos dos Tzadikim. Em primeiro lugar, todo o mundo é alimentado pelo mérito dos Tzadikim. Isso fica evidente ao sabermos que o Man e a água no deserto vinham pelos méritos de Moshé e Miriam. Em segundo lugar, são os Tzadikim que nos ensinam a andar nos caminhos de D'us e a como nos tornarmos pessoas melhores. Por isso, o falecimento dos Tzadikim se assemelha à tragédia da quebra das Tábuas dos Mandamentos. Em terceiro lugar, o mérito dos Tzadikim protege todo o povo, como uma sombra nos dias quentes e uma roupa nos dias frios. Porém, quando eles falecem, esta proteção desaparece e o povo fica despido de proteção, como aconteceu após a morte de Aharon, quando as Nuvens de Glória desapareceram. É por isso que o povo judeu foi atacado pelo povo de Amalek logo após o falecimento de Aharon. E, em quarto lugar, a morte dos Tzadikim traz expiação para todo o povo. É por isso que o falecimento de Miriam é descrito logo após as leis da Vaca Vermelha, pois da mesma maneira que a Vaca Vermelha veio limpar as sujeiras deixadas pelo Bezerro de Ouro, também a morte dos Tzadikim serve para limpar os erros do povo judeu. Há mais um detalhe que chama a atenção. Logo após a morte de Miriam, a Torá relata a reclamação do povo pela falta da água e o episódio de Moshé ter batido na pedra e ter sido proibido de entrar na Terra de Israel. Tudo isso foi consequência da falha em honrar Miriam. Ela nunca agiu esperando nada em troca. Nunca esperou louvores nem considerações. Tudo o que ela fazia era "Leshem Shamaim", em nome de D'us. Mas o povo não estava isento de reconhecer e agradecer por todas as vezes em que ela arriscou a vida por eles. Faz parte da nossa obrigação como povo reconhecer a dedicação dos nossos sábios e líderes, e prestar as devidas homenagens, em vida e após o falecimento. Precisamos respeitar muito nossos sábios e seus ensinamentos. Piadas, comentários desrespeitosos e falta de reconhecimento da importância dos nossos sábios pode ser muito perigoso. A Parashá nos ensina que a falha em dar a devido honra aos nossos sábios pode ter consequências desastrosas. Muito mais trágico é desprezar um sábio de Torá. Que possamos dar o devido respeito e valor aos nossos sábios, que contribuem tanto, diretamente ou indiretamente, nas nossas vidas. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle, Chaia bat Yehudit. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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