| | VÍDEO DE SHEMINI ATSÉRET E SIMCHÁ TORÁ | | | ASSUNTOS DA PARASHAT VEZÓT HABRACHÁ - Brachá para as Tribos: Reuven, Yehudá, Levi, Biniamin, Yossef, Zevulun, Issachar, Gad, Dan, Naftali, Asher. - Brachá de Moshé para todo o povo judeu. - O falecimento de Moshé. | | | MANTENHAM A UNIÃO - SHEMINI ATSERET E SIMCHÁ TORÁ 5781 (09 de outubro de 2020) "Um famoso comediante foi convidado a fazer uma apresentação voluntária para veteranos da guerra do Vietnã. Porém, apesar dos pedidos do general para que ele fizesse uma apresentação longa, o comediante disse que sua agenda estava lotada e, portanto, ele poderia fazer apenas uma apresentação curta, de dez minutos. A plateia era composta por um grupo de pessoas muito sofridas, muitas com traumas psicológicos e mutilações. A apresentação estava fantástica, os soldados estavam rindo muito e se divertindo. Porém, algo muito estranho aconteceu. Depois de dez minutos de apresentação, o comediante não parou. Ele olhou no relógio, mas continuou a apresentação. Depois foram mais dez minutos, e mais dez, e finalmente mais dez. Depois de quarenta minutos de uma incrível noite, ele finalmente agradeceu ao público e encerrou sua apresentação. O sargento que havia organizado aquele evento aproximou-se do comediante e disse: - Agradeço muito a sua participação. Sua apresentação estava incrível. Mas há algo que eu não consegui entender. Quando eu pedi para que você fizesse uma apresentação mais longa, você me respondeu que tinha apenas dez minutos disponíveis. Mas, no final, você acabou ficando 40 minutos! O que aconteceu? - Eu vou lhe explicar - disse o comediante, visivelmente emocionado - Eu realmente estou com a agenda lotada, meu tempo estava muito limitado. Porém, fiquei muito sensibilizado ao ver estas pessoas tão sofridas. Muitos deles certamente perderam amigos e parentes na guerra. Pessoas que ficaram para sempre com sequelas físicas e traumas psicológicos. Percebi como todos estavam se divertindo tanto, gargalhando e aplaudindo. Estava me fazendo muito bem vê-los esquecer, mesmo que por alguns poucos momentos, de todos os problemas da vida. - Mas uma coisa me impressionou acima de tudo, e me motivou a não parar o show - continuou o comediante - Na primeira fileira, estavam sentados dois veteranos, um do lado do outro. Um deles perdeu o braço esquerdo na guerra, enquanto o outro perdeu o braço direito. Eles estavam assistindo o show, se divertindo e rindo muito. Quando o público começou aplaudir, os dois se olharam e um, com a sua mão direita, batia na mão esquerda do outro. Assim, juntos, ficavam me aplaudindo. - Eu nunca havia visto algo assim na minha vida - concluiu o comediante - Isso me emocionou profundamente. Prossegui o show só para poder continuar vendo tamanha união e solidariedade entre eles" Todos nós temos defeitos, mas cada um de nós também têm talentos e qualidades. Juntos, podemos nos completar. Através da união, podemos fazer muitas coisas boas e, inclusive, aplaudir o nosso Criador. | | Nesta semana o Shabat coincide com mais uma Festa do Calendário Judaico, Shemini Atseret (literalmente "O oitavo dia, o dia da parada"). Apesar de vir conectada com a Festa de Sucót, e em seu nome haver uma referência ao "Oitavo dia de Sucót", na verdade Shemini Atseret é uma Festa independente, com seu próprio significado e influência espiritual. Também em Shemini Atseret nossos sábios decidiram fixar o término do ciclo de leitura anual da Torá. Neste dia, também chamado de "Simchá Torá", nos alegramos muito, dançamos com o Sefer Torá, lemos a última Parashat da Torá, Vezót HaBrachá (literalmente "E esta é a benção") e imediatamente recomeçamos a leitura da Torá, demonstrando que nunca nos cansamos dos seus ensinamentos. Porém, a Festa de Shemini Atseret desperta alguns questionamentos. Em primeiro lugar, o que significa esta Festa, que não tem nenhum símbolo? Além disso, se é uma Festa independente, por que D'us a conectou com a Festa de Sucót? E, finalmente, por que este nome tão fora do normal, "O dia da parada"? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que depois de dias de muita proximidade com D'us, começando no mês de Elul e seguindo com Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucót, D'us diz ao povo judeu: "É difícil para Mim a partida de vocês". Este é o significado da expressão "Dia da parada", pois D'us pede para pararmos, para adiarmos a nossa partida e ficarmos perto Dele mais um dia. O Talmud (Sucá 55b) nos ensina que, após os sete dias de comemorações em Sucót, uma Festa de confraternização universal, que incluía 70 oferendas em prol das 70 nações do mundo, D'us fala ao povo judeu, seus filhos queridos: "Façam para Mim uma pequena refeição, para que Eu possa aproveitar com vocês". Porém, para alguém que está se despedindo, não é ainda mais doloroso ficar mais um dia juntos? Este dia a mais aumentará ainda mais o amor e a conexão, tornando a partida ainda mais difícil! E, além disso, por que D'us pede apenas "uma pequena refeição"? Já que é uma refeição de despedida entre aqueles que sentem um enorme amor recíproco, não seria adequado fazer uma grande e suntuosa refeição? Explica o Rav Chaim Friedlander zt"l (Alemanha, 1923 - Israel, 1986) que tanto a Festa de Sucót quanto a Festa de Shemini Atseret são chamadas de "Zman Simchateinu" (Época da nossa alegria). Porém, as duas alegrias não são iguais, pois há uma diferença entre a alegria material e a alegria espiritual. Alegria material é aquela que vêm junto com a sensação de que estamos satisfeitos em relação às necessidades do mundo material. Por exemplo, é a alegria que a pessoa sente após terminar uma deliciosa refeição. Nossa missão neste mundo é tentar justamente canalizar todas as alegrias materiais para o nosso serviço espiritual e para reconhecer todas as bondades que D'us faz conosco, nos dando um mundo com tantos prazeres. Este é o papel da Festa de Sucót, uma época naturalmente alegre, pois é a época em que os grãos, que estavam secando no campo, começam a ser guardados dentro dos armazéns. Quando esta alegria material preenche nosso coração, imediatamente a canalizamos para o nosso serviço a D'us, através das Mitzvót da Sucá e dos Arbaat HaMinim. Desta maneira, estamos usando o mundo material como utensílios para nos aproximarmos de D'us. Além disso, a Sucá e os Arbaat Haminim também servem como proteção, pois a alegria material nos seduz, nos coloca em risco de esquecermos o nosso objetivo verdadeiro. Quando balançamos os nossos Arbaat Haminim nas quatro direções, além de para cima e para baixo, estamos nos lembrando que D'us é o verdadeiro Dono de tudo. A Sucá nos relembra do caráter passageiro e provisório do mundo material e seus prazeres. Porém, além da alegria material, existe também uma alegria espiritual, despertada através do serviço espiritual. Esta é a alegria de Shemini Atseret. A fonte desta alegria é a proximidade e a conexão direta com D'us. Este tipo de alegria não precisa de proteções e, portanto, não são necessários "símbolos" em Shemini Atseret. Este é o motivo pelo qual nossos sábios fixaram em Shemini Atseret o dia de Simchá Torá, pois a forte conexão entre D'us e o povo judeu, expressão do Seu amor pelo Seu povo, se dá através da Torá. A Torá, portanto, representa a conexão espiritual intensa de Shemini Atseret e a fonte da nossa alegria verdadeira e duradoura. Assim podemos entender também o ensinamento do Talmud, de que D'us pediu para que fizéssemos apenas uma pequena refeição em Shemini Atseret. Normalmente o propósito de uma refeição é criar um sentimento de amor entre os convidados e o dono da festa. Porém, quando já se trata de pessoas queridas, não são necessárias ações externas para aumentar o amor entre elas, pois o contato e o vínculo já são o motivo do amor por si só. É por isso que, tendo a Torá como fonte da nossa conexão com D'us, não precisamos de outros meios para aumentar a nossa conexão. A pequena refeição é suficiente para ressaltar o amor e o vínculo existentes. E esta refeição não é uma despedida, e sim uma demonstração do incrível amor entre D'us e o povo judeu. De acordo com o Rav Dovid Biderman Milelov zt"l (Polônia, 1746 - 1814), há também outra forma incrível de entender as palavras de Rashi. Durante as Festas, há uma grande união de todo o povo judeu. Eles se sentam e comem juntos, sem nenhum tipo de separação. O Talmud (Nidá 34a) afirma que durante as Festas, os nossos sábios consideraram a impureza de um "Am Haaretz" (um ignorante, que não conhece as leis da Torá e não se cuida em relação às fontes de impureza) como sendo pura, baseado em um versículo que diz: "E todos os homens de Israel se reuniram na cidade, como um só homem, unidos (chaverim)" (Juízes 20:11). Isto significa que quando todo o povo se reúne em um lugar, com um único propósito, como nas Festas de peregrinação ao Beit HaMikdash, a Torá considera todos "cḥaverim". A expressão "chaverim" pode significar "amigos, unidos", mas também pode significar alguém que é sábio, conhecedor das leis da Torá. Isto permite que, durante as Festas, todos possam sentar-se juntos para comer, sem que os sábios tenham que se preocupar com a possibilidade de os ignorantes impurificarem seus utensílios. Porém, assim que as Festas terminam, os judeus se separam, voltam às suas vidas normais e as pessoas já não comem mais juntas. É por isso que D'us diz "É difícil para Mim a partida de vocês". Isto se refere à separação entre as pessoas, a desunião do povo. D'us então nos pede mais um dia de união, para que Ele possa sentir a alegria de ver seus filhos sentados juntos, unidos. A entrega da Torá no Monte Sinai foi um momento de incrível união do povo judeu, estavam "como um só homem, em um só coração". É este sentimento que tentamos resgatar em Shemini Atseret e Simchá Torá: a união, o sentimento de irmandade, de preocupação mútua. E este sentimento deve ser levado para todo o ano. Como um pai que se alegra quando vê seus filhos unidos, D'us também se alegra quando vê Seu povo unido. Esta é a garantia da alegria verdadeira e da nossa conexão espiritual. Unidos, podemos servir D'us de verdade. SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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