quinta-feira, 6 de março de 2025

SINTA-SE EM CASA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TETZAVÊ 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ TETZAVÊ 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ TETZAVÊ
  • Óleo para Menorá.
  • As 8 Vestes do Cohen Gadol:
  • 1) Efod ("Avental") e os Engastes.
    2) Choshen Mishpat ("Peitoral").
    3) Meil ("Manto").
    4) Tsits ("Tiara", Placa para a cabeça).
    5) Avnet ("Cinto").
    6) Ktonet ("Túnica").
    7) Mitsnefet ("Turbante").
    8) Michnassaim ("Calças").
  • As 4 Vestes dos Cohanim simples.
  • 1) Ktonet ("Túnica").
    2) Avnet ("Cinto").
    3) Migbaat ("Turbante").
    4) Michnassaim ("Calças").
  • Consagração dos Cohanim.
  • Consagração do Altar.
  • Korban Tamid.
  • Mizbeach (Altar) de Incenso.
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SINTA-SE EM CASA - PARASHÁ TETSAVÊ 5785 (07/mar/25) 

O metrô de Nova York pode ser um lugar frio e impessoal, mas houve um dia no qual ele se tornou um lugar de luz e empatia. Isaac Theil, um judeu ortodoxo de meia-idade, morador do Brooklyn, estava sentado no metrô, voltando do trabalho, quando sentiu que alguém estava apoiando a cabeça em seu ombro. Ao olhar para o lado, viu que se tratava de um jovem rapaz negro, que parecia estar exausto e havia pegado no sono profundamente. Sem hesitar, Theil permitiu que o rapaz descansasse a cabeça em seu ombro. Quando outro passageiro sugeriu acordá-lo, preocupado com o desconforto de Theil, ele respondeu com simplicidade:
 
- Provavelmente ele teve um dia longo e puxado, deixe-o dormir. Todos nós já passamos por isso, não é mesmo? 
 
Quando o metrô chegou à estação que era seu destino, Theil acordou o jovem delicadamente e desembarcou. 
 
A história poderia ter terminado assim. Mas um dos passageiros, impressionado com a cena, registrou o momento em uma foto e a publicou nas redes sociais. O que parecia ser apenas um pequeno gesto de bondade viralizou. A imagem de um judeu ortodoxo acolhendo um jovem negro de moletom no metrô tocou milhares de corações. Em pouco tempo, a foto foi compartilhada por milhões e captou a atenção da mídia. A identidade de Isaac Theil foi descoberta pelos jornalistas e se espalhou pelo mundo, elogiado como símbolo de empatia e humanidade.
 
Os jornais logo destacaram a história. Isaac virou uma celebridade global. As manchetes dos jornais eram "Uma incrível lição de bondade" e "Imagem no metrô que renova a fé na humanidade". Em um mundo onde as notícias geralmente são negativas, o simples ato de Isaac trouxe um raro momento de esperança. Mais de um milhão de pessoas curtiram a foto, sem contar os milhões que a viram e se emocionaram com sua simplicidade e força.
 
Mas para aqueles que conhecem Issac, não houve surpresa alguma. Sua filha disse em uma entrevista: "Meu pai sempre foi assim. Certamente ele nem pensou duas vezes antes de fazer o que fez". A prima de Isaac concordou e disse: "Esse é o Isaac. Uma pessoa boa, um bom judeu. Ele simplesmente fez o que sempre faz". E talvez seja exatamente por isso que sua história tenha emocionado tanta gente. Em um simples ato de bondade, ele nos lembrou do poder da empatia e do quanto um pequeno gesto pode iluminar até o lugar mais sombrio."
 

Às vezes é tão fácil fazer Kidush Hashem. Basta cumprirmos os ensinamentos da Torá, não apenas quando estamos na sinagoga, mas quando estamos no cotidiano, nos atos mais simples e corriqueiros da vida.

Nesta semana lemos a Parashá Tetsavê (literalmente "Ordene"), que ensina os detalhes das roupas que os Cohanim utilizavam nos Serviços do Mishkan, em especial as roupas do Cohen Gadol, que continham muitos detalhes e envolviam o uso de muitos materiais nobres, tais como ouro e pedras preciosas.
 
O Cohen Gadol utilizava oito roupas para fazer os Serviços no Mishkan, e estas eram elas: O Efod (um "Avental", que protegia a parte de trás e era amarrado pela frente, feito de lã de várias cores e fios de ouro), o Choshen Mishpat ("Peitoral", também feito de lã de várias cores e continha 12 pedras preciosas, que representavam as 12 Tribos, presas sobre engastes de ouro), o Meil (um "Manto" de lã azul celeste, com sinos de ouro e romãs de lã na sua borda inferior), o Tsits (uma "Tiara" de ouro, com a inscrição "Kadosh LaHashem"), o Avnet (um "Cinto" com cerca de 16 metros de comprimento, que dava várias voltas na cintura), o Ktonet (uma "Túnica" de linho com detalhes tridimensionais), o Mitsnefet (um "Turbante") e a Michnassaim (uma "Calça curta" que cobria as partes íntimas). Cada uma destas roupas, além do belo efeito visual, também tinha um profundo efeito espiritual. Por exemplo, cada roupa era responsável pela expiação de algum erro específico do povo judeu, como o Choshen Mishpat, que vinha expiar por erros judiciais, o Mitsnefet, que vinha expiar o erro da arrogância, e o Meil, que vinha expiar o erro do Lashon Hará.
 
Em relação ao Meil, havia um detalhe interessante. Os sinos de ouro que ele continha em sua borda inferior emitiam um barulho quando ele se movia, como está escrito: "Seu som será ouvido quando ele entrar no Santuário diante de D'us" (Shemot 28:35). Isso garantia que, antes de entrar no Santuário, a presença do Cohen Gadol fosse anunciada. Mas por que este barulho da roupa era importante? O que isso nos ensina?
 
Nossos sábios, além dos muitos ensinamentos relacionados às Mitzvót, também nos transmitiram muitos ensinamentos de como nos comportar e nos tornar pessoas melhores, com Derech Eretz (bons modos). Por exemplo, o Midrash traz, em nome do Rabi Shimon bar Yochai: "Há quatro coisas que D'us odeia. Uma delas é uma pessoa que entra em sua própria casa de repente, sem bater. E nem é necessário dizer sobre alguém que entra na casa do seu vizinho sem bater". De forma semelhante, o Talmud (Pessachim 112a) traz sete instruções que Rabi Akiva deu ao seu filho, Rabi Yehoshua. Uma delas é: "Meu filho, nunca entre em sua casa de repente, e muito menos na casa de seu amigo". O Rav Shmuel ben Meir zt"l (França, 1085 - 1158), mais conhecido como Rashbam, cita o versículo da nossa Parashá, sobre o barulho da roupa do Cohen Gadol, como a fonte deste ensinamento do Rabi Akiva.
 
Porém, se prestarmos atenção, perceberemos que há uma dificuldade nas palavras do Rashbam. Pareceria lógico supor que o versículo indica que uma pessoa é obrigada a anunciar sua presença antes de entrar na casa de outra pessoa, já que se refere ao Cohen Gadol fazer barulho antes de entrar na "casa de D'us". A novidade dos nossos sábios é que eles aprenderam deste versículo a anunciar sua presença até mesmo antes de entrar em suas próprias casas. Como a exigência do Cohen Gadol de se anunciar antes de entrar no Santuário, que é a morada da Presença Divina, pode ser a fonte da exigência de que devemos nos anunciar antes de entrar em nossas próprias casas?
 
Além disso, a Torá afirma: "Eles devem construir para Mim um Santuário e Eu residirei neles" (Shemot 25:8). Para ser gramaticalmente correto, o versículo deveria ter declarado "e Eu residirei nele". Que mensagem está sendo ensinada por essa aparente inconsistência gramatical?
 
Explica o Rav Yochanan Zweig shlita que, infelizmente, por sermos influenciados pela sociedade secular, muitos acreditam que para experimentar a presença de D'us precisamos estar na sinagoga. De forma equivocada, assumimos que entrar na sinagoga é semelhante a entrar na "casa de D'us" e que Ele se encontra apenas lá dentro. Consequentemente, quando saímos da sinagoga, sentimos que deixamos D'us para trás, isto é, não levamos D'us e Seus ensinamentos e leis para a nossa vida e para o nosso comportamento cotidiano. E isso fica ainda mais ressaltado dentro de nossas próprias casas, onde colocamos nossos nomes na porta e sentimos que lá dentro podemos fazer o que quisermos, já que somos os "donos de casa".
 
Talvez esse seja o conceito escondido por trás da palavra "religião", que vem do verbo "religar". Implica em, durante a semana, as pessoas sentirem que podem fazer o que bem entenderem, desde que, uma vez por semana, compareçam ao "templo" e se reconectem a D'us. Neste sentido, o judaísmo não é uma religião, pois não nos desconectamos de D'us nem mesmo por um instante. D'us está presente em tudo o que fazemos, do momento em que acordamos até o momento em que fechamos os olhos para dormir. Isso é algo literal, pois ao abrirmos os olhos já dizemos "Modê Ani", agradecendo a D'us por Ele ter restituído nossa alma após uma noite de sono. Já quando vamos dormir, a última coisa que fazemos é o "Kriat Shemá SheAl HaMitá", um agradecimento e pedido de proteção durante o sono. Acordamos e vamos dormir todos os dias conectados com D'us.
 
O Rabi Akiva está nos ensinando algo incrível através da roupa com sinos do Cohen Gadol. Embora a estrutura que construímos no Mishkan seja para a presença de D'us vir residir, ainda assim ela ainda é considerada nosso lar. O Mishkan, e em menor escala nossas sinagogas, são o protótipo comunitário do que nossos próprios lares devem ser. A presença de D'us não deve ser confinada a uma estrutura que é considerada Seu lar, pois, em tal caso, não poderíamos tirar um exemplo dela em um nível pessoal para os nossos próprios lares. O Mishkan deve ser visto como o projeto para a construção dos nossos próprios lares individuais. Da mesma forma que é óbvio para todos nós que o Mishkan contém santidade, assim também nossos lares devem ter santidade. Da mesma forma que no Mishkan as pessoas se comportavam com Tzniut (recato) e Derech Eretz, assim também uma pessoa deve se comportar dentro da sua própria casa. D'us não está apenas na sinagoga, Ele está em todos os lugares.
 
É por isso que somos ordenados a construir uma estrutura de maneira que, em última instância, facilitará não apenas que a Presença Divina repouse dentro dela, mas, ainda mais importante, que a Presença Divina repouse dentro de nós. Desta maneira, poderemos fazer atos sempre corretos, em todos os momentos do nosso dia, santificando o Nome de D'us em todas as nossas atitudes. Não podemos ser um tipo de pessoa dentro da sinagoga e acharmos que fora dela não temos nenhuma responsabilidade com nossa espiritualidade. As Mitzvót nos ensinam que precisamos estar conectados com D'us o tempo todo, em tudo o que fazemos. A própria Kipá que colocamos o dia todo em nossas cabeças é um lembrete de que D'us está constantemente sobre nós, nos observando, não importa onde estamos e o que estamos fazendo. Mesmo dentro de casa, estamos cercados de Mitzvót, começando pelas Mezuzót em nossas portas, que mostram que aquele também é um local da morada de D'us. A Presença Divina repousa em uma casa onde há Shalom Bait e harmonia. Viva a vida como se estivesse sempre diante de D'us. Desta maneira, certamente o resultado serão muitos atos de Kidush Hashem. Mesmo se não virarem manchetes nos jornais do mundo, serão lindas manchetes diante de D'us.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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