sexta-feira, 7 de outubro de 2022

NÃO SEJA EXTREMISTA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ HAAZINU E SUCÓT 5783

BS"D
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ASSUNTOS DA PARASHÁ HAAZINU
  • O Cântico de Moshé.
  • Chessed de D'us com o povo judeu.
  • Prosperidade causa afastamento de D'us.
  • A queda espiritual das futuras gerações.
  • A Fúria de D'us.
  • Falsa noção dos conquistadores.
  • Fonte do sofrimento do povo judeu.
  • Consolo do povo judeu.
  • Aviso de D'us que Moshé vai morrer.
BS"D

NÃO SEJA EXTREMISTA - PARASHÁ HAAZINU E SUCÓT 5783 (07/Out/22)

"Rodrigo, após terminar a escola, foi para a faculdade e acabou perdendo contato com a maioria dos seus colegas. Anos mais tarde, andando pela rua, viu um homem muito estranho, que andava todo encurvado e tateando as coisas, como se estivesse quase cego. Sentiu dó daquele homem, que parecia ter nascido com algum problema genético ou algo parecido. Porém, ao se aproximar daquele homem, tomou um grande susto. Era Alberto, seu colega de infância, que ele não via há muitos anos. Rodrigo assustou-se com aquela deformidade, pois lembrava-se de Alberto como um rapaz bonito e saudável.
 
Rodrigo chegou abalado em casa. Não teve coragem de perguntar para Alberto o que havia acontecido, mas a curiosidade era grande. Então ele ligou para Paulo, outro amigo de infância, e lhe contou sobre o que havia visto. Paulo explicou, com muita tristeza, o que havia acontecido: certo dia Alberto havia encontrado uma moeda de ouro na rua. Ficou tão contente, mas tão contente, que só pensava em achar mais e mais moedas. Com o tempo, começou a andar curvado, com os olhos grudados no chão, sempre procurando moedas. De fato, ao longo dos anos ele conseguiu encontrar mais algumas moedas. Enquanto isso, porém, suas costas foram se entortando e sua vista enfraquecendo. Que preço alto ele teve que pagar!"
 
A vida não é feita só de coisas materiais. Os verdadeiros tesouros são os valores morais e espirituais que herdamos e cultivamos. São estas as riquezas que precisamos preservar e transmitir às futuras gerações. Ao invés de olhar somente para o chão, aprenda a olhar também para o céu.

Nesta semana lemos a Parashá Haazinu (literalmente "Escute"), que é um Cântico de louvor a D'us feito por Moshé antes do seu falecimento. Moshé convoca o céu e a terra como testemunhas de suas advertências ao povo judeu para que as futuras gerações não se desviassem, com as possíveis consequências negativas caso eles transgredissem. As próprias testemunhas aplicariam a punição ao povo, como dizemos no Shemá Israel: "E a fúria de D'us se acenderá contra vocês, e Ele fechará os céus, e não haverá chuva, e a terra não dará o seu produto" (Devarim 11:17). O Cântico de Moshé termina descrevendo a alegria que virá com a Redenção Final.
 
Esta alegria prevista no final da Parashá se conecta com a próxima parada do Calendário Judaico: a Festa de Sucót. A partir do próximo domingo de noite começaremos a reviver a "Festa das cabanas", também conhecida como "A época da nossa alegria". É uma Festa na qual nos alegramos muito, cantamos e dançamos.
 
Mas como encaixar a alegria de Sucót em um mundo que está passando por um momento tão difícil? Estamos vivendo uma época de polarização política, tensões raciais, incerteza econômica, desigualdade e todo tipo de intolerância. Além disso, alterações extremas do clima e a longa convivência com o coronavírus nos deixaram angustiados. Como a Festa de Sucót nos ajuda a navegar nesses tempos tão caóticos? A Festa de Sucót é descrita como sendo "a época da nossa alegria", cumprindo as palavras do versículo "Se alegrem na Festa [de Sucót]... e terão apenas alegria" (Devarim 16:14-15). Mas qual é a chave para a felicidade? É realista ser alegre, mesmo quando não temos vontade? É possível ser feliz diante de tantas dificuldades que estamos enfrentando?
 
Nossos sábios trazem uma resposta simples, mas extremamente profunda: "Quem é rico? Aquele que está feliz com sua porção" (Pirkei Avót 4:1). Isso nos ensina que, diferente do que a cultura ocidental prega, a felicidade não é um "acontecimento" gerado externamente, baseado em experiências emocionantes, nem uma "pílula mágica" que podemos ingerir quando queremos. Felicidade é um estado de espírito. Ao dominar a arte de apreciar e desfrutar conscientemente o que você já tem, você sempre estará feliz.
 
A Festa de Sucót é representada por duas importantes Mitzvót: habitar por uma semana em uma Sucá, uma cabana feita com uma cobertura temporária, completamente exposta às intempéries, e os Arbaat HaMinim, as quatro espécies agrícolas. Como estes "símbolos" nos ajudam a chegar a um estado de alegria?
 
A Torá declara: "Você deve habitar em cabanas por sete dias" (Bamidbar 23:42). Fora dos nossos confortos habituais, a Sucá muda nosso foco para anseios espirituais maiores, que definem nossa essência humana. É bom ter uma boa casa, um bom carro e boas roupas. Mas, às vezes, caímos no erro de considerar este mundo uma "morada permanente", ou seja, tratamos as atividades materiais como o propósito final da vida. Mover-se para uma habitação frágil e temporária, desprovida de confortos e conveniências, nos lembra que a verdadeira alegria interior é uma questão espiritual, que vem com o reconhecimento de que este mundo é temporário.
 
A capacidade de se elevar acima das considerações materiais é algo inerente ao povo judeu, um povo "errante", desarraigados de seus lares por milênios. Os judeus passaram a confiar na alegria mais profunda do mundo espiritual, independente das posses materiais.
 
Durante Elul, Rosh Hashaná e Yom Kipur, subimos uma escada espiritual, trabalhando para nos conectar com o "prazer supremo", de experimentar o espiritual e se conectar com D'us. No topo da escada está Sucót. Chegamos a uma realidade na qual não precisamos de ar condicionado ou de uma cama confortável, nem portas trancadas ou um sistema de alarme. Nós só queremos estar com D'us. E é isso que a Sucá nos proporciona.
 
Uma Sucá, para que seja Kasher, requer ao menos duas paredes inteiras e mais uma terceira parede parcial. Isto seria um paralelo de um braço, representado por uma parede inteira; o antebraço, representado pela segunda parede inteira; e uma mão, representada pela terceira parede parcial. Na Sucá, estamos completamente imersos nos braços de D'us. É como acampar sob as estrelas, conectando-se com algo além de nós mesmos. É estar exatamente onde queremos estar, totalmente cercados pela experiência alegre da conexão Divina.
 
Sucót é descrita como "A Festa da colheita, no final do ano, quando você recolhe seus produtos do campo" (Shemót 23:16). Explica o Rav Eliyahu Dessler zt"l (Império Russo, 1892 - Israel, 1953) que a justaposição da "alegria material" da colheita com a "alegria espiritual" de Sucót ensina que a alegria material deve ser um trampolim para a alegria espiritual. Porém, o segredo é que os prazeres materiais não devem ser o objetivo final. Em vez disso, utilizamos nossos bens materiais, como nosso dinheiro, carro ou casa, de maneira a elevá-los para um propósito maior. Dessa forma, esses dois elementos trabalham juntos, transformando nossa alegria em um nível mais alto e completo.
 
Este é um grande diferencial entre o judaísmo e outros caminhos espirituais. Ao longo da história, diversas abordagens foram propostas para o antagonismo entre o material, representado por atos mundanos como comer, dormir, ter relações íntimas, etc, e a iluminação espiritual que tentamos alcançar.
 
Vemos que o mundo acaba adotando como filosofia de vida os extremos. De um lado estão os ascetas, pessoa que rejeitam os prazeres materiais, dedicando-se a privações e flagelações, encarando o prazer físico como um "mal necessário" que deve ser evitado sempre que possível. São pessoas que escolhem se retirar e meditar sozinhas no topo de uma montanha. Em muitas religiões, o relacionamento íntimo é visto como uma expressão da natureza pecaminosa do ser humano e, portanto, a pessoa verdadeiramente "espiritual" deve permanecer celibatária. No outro extremo estão os hedonistas, pessoas cuja filosofia é defender a busca por prazeres como um propósito de vida, abraçando o materialismo como um fim por si só. As olimpíadas gregas, nas quais os competidores participavam nus, as festas romanas onde tudo era permitido e os esportes de gladiadores demonstram a idolatria do prazer material.
 
A Torá traça um caminho do meio, sem idolatrar nem rejeitar a realidade material. Elevando-se acima disso, a Torá vê o mundo físico como o portal para prazeres mais elevados e transcendentais, onde cada elemento e cada momento são revestidos com um potencial para despertar seu lado espiritual. Ao invés vez de negar e se retirar da vida material, a espiritualidade no judaísmo vem através da interação com o mundo material de forma que o eleva. Por exemplo, recitamos uma Berachá antes da comida, como meio de nos conectarmos ao espiritual. No Shabat nós bebemos vinho, não para ficarmos bêbados, e sim como uma forma de santificação.
 
De fato, o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) explica que o propósito do mundo material, como as riquezas e as ciências, é para fins de ações nobres, como a aquisição de sabedoria e refinamento de caráter. O Rav Chaim Volozginer zt"l explica o versículo "Conheça a D'us em todos os Seus caminhos" (Mishlei 3:6) como um comando para que os impulsos materiais sejam direcionados a um propósito elevado.
 
A colheita simboliza a ideia de que qualquer que seja nosso envolvimento nas atividades mundanas do cotidiano, seja interagindo com a família ou na fila do caixa do supermercado, podemos nos realinhar com essa grande verdade espiritual parando para nos perguntar: neste momento, o que posso fazer melhor para elevar o nível desta atividade? Será que consigo ser mais gentil ou mais paciente? Como posso incorporar mais pontos de reflexão e gratidão para elevar essa atividade a um nível espiritual mais alto?
 
Esta é a grande oportunidade de Sucót. Em um mundo cheio de distrações caóticas, Sucót é o leme espiritual para ajudar a navegar nas ondas tempestuosas, focando nosso olhar em dimensões mais profundas.
 

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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