quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

SEJA CIVILIZADO E PENSE NOS OUTROS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ MISHPATIM 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de
R' Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ MISHPATIM 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ MISHPATIM
  • O Escravo judeu.
  • "Venda" da filha e a escrava judia.
  • Assassinato.
  • Agressão e injúria aos pais.
  • Morte de Escravos.
  • Penas por agressão física.
  • Morte causada por um animal.
  • Autodefesa.
  • Danos com animais.
  • Danos com fogo.
  • Os 4 tipos de Shomrim.
  • Sedução.
  • Práticas Ocultas.
  • Idolatria e Opressão.
  • Empréstimo de Dinheiro.
  • Aceitação da Autoridade.
  • Justiça.
  • Animais Perdidos.
  • Animal Caído.
  • Shalosh Regalim.
  • Promessas e Instruções.
  • A Terra.
  • Selando a Aliança.
  • Aceitação da Autoridade (Naasê Ve Nishmá).
  • Visão de D'us.
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SEJA CIVILIZADO E PENSE NOS OUTROS - PARASHÁ MISHPATIM 5785 (21/fev/25)

"Durante uma conferência, em uma famosa universidade americana, um dos estudantes fez uma pergunta interessante à antropóloga Margaret Mead:

- De acordo com a sua opinião, qual foi o sinal mais antigo de civilização encontrado na face da Terra?

O aluno esperava que Mead falasse sobre lanças, panelas de barro ou moinhos de pedra, sinais óbvios de civilização, quando o ser humano já dominava o uso de ferramentas. Mas a resposta de Mead surpreendeu:

- Na minha opinião, o primeiro sinal de civilização em uma cultura antiga foi um fêmur que tinha sido quebrado e depois curado.

Ao perceber o olhar de perplexidade dos estudantes, ela explicou:

- Vejam bem. No mundo animal, se você quebra uma perna, você morre. Você não pode fugir dos perigos, ir ao rio beber água e nem buscar comida. Você é uma presa fácil para os predadores e caçadores. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada tempo suficiente para o osso curar.

- Um fêmur quebrado e curado é a prova de que alguém ficou ao lado da pessoa machucada, tratou a ferida, levou-a para um lugar seguro e a ajudou a se recuperar – concluiu a antropóloga - Para mim, ajudar alguém necessitado é o ponto onde começa a civilização humana."

Não precisamos de ossos quebrados e curados para saber qual é o ponto de início da civilização humana. Temos a Torá, o nosso "Manual de instruções", que nos ensina a como nos comportarmos. Desde o primeiro ser humano, Adam Harishon, D'us já havia transmitido valores morais para a humanidade. Uma parte expressiva da Torá é dedicada justamente ao nosso comportamento e responsabilidade social. Parashiót inteiras são dedicadas para nos ensinar os níveis de bondade e amor ao próximo dos nossos patriarcas, que são nossos modelos de como nos tornarmos pessoas melhores.

Nesta semana lemos a Parashá Mishpatim (literalmente "Juízos"). Moshé havia acabado de receber a Torá no Monte Sinai e começou a transmitir ao povo judeu algumas das muitas Mitzvót contidas nela. Se prestarmos atenção, a maioria das Mitzvót trazidas na nossa Parashá são "Bein Adam Lehaveiro", entre a pessoa e seu companheiro, nos ensinando que nosso relacionamento interpessoal também é fundamental na nossa construção espiritual.
 
Entre as Mitzvót ensinadas por Moshé, algumas somente poderiam ser cumpridas dentro da Terra de Israel, como a Shmitá (Ano Sabático). Moshé então aproveitou para advertir o povo sobre os perigos do contato com os povos idólatras que viviam lá, para que eles não aprendessem com seus maus comportamentos. Em especial, Moshé os advertiu sobre os perigos da idolatria, como está escrito: "Não se curvarão diante dos seus deuses, nem os adorarão, nem seguirão as práticas deles; mas vocês derrubarão os seus monumentos e os destruirão completamente" (Shemot 23:24). Havia uma ordem de D'us de destruirmos todos os vestígios de idolatria assim que entrássemos na Terra de Israel, mostrando lealdade completa a Ele. Moshé então nos ensinou sobre a importância de andarmos nos caminhos corretos e a recompensa da retidão, como está escrito: "Servirá a Hashem, teu D'us, e Ele abençoará seu pão e sua água" (Shemot 23:25).
 
Sobre este versículo há um interessante ensinamento do Talmud (Brachót 48b), que afirma que não devemos ler a palavra como "Uverach", que significa "E Ele abençoará (seu pão e sua água)", mas sim "Uvarech", que significa "E você abençoará (antes de comer seu pão e beber sua água)". De acordo com o Talmud, é uma alusão da Torá à exigência de fazermos uma Brachá antes de comer ou beber comidas Kasher.
 
Porém, no mesmo Tratado, algumas páginas antes, o Talmud (Brachót 35a) ensina que nenhuma fonte da Torá é necessária para a obrigação de fazer Brachá antes de comer ou beber, pois é óbvio que antes de ter benefício de algo do mundo material, que pertence a D'us, devemos pedir permissão a Ele na forma de uma Brachá. Então como conciliar esta aparente contradição nos dois ensinamentos do Talmud? Afinal, é necessária uma fonte da Torá para fazermos Brachá antes de termos algum proveito do mundo material ou é algo tão óbvio que podemos aprender apenas através da lógica?
  
Além disso, há uma regra geral de que quando os nossos sábios oferecem uma leitura alternativa para uma palavra contida em um versículo da Torá, não é para contradizer o entendimento original, mas sim para esclarecê-lo. Como esta mudança de "Ele (D'us) abençoará" para "Você abençoará" atende este critério? Não são ideias completamente diferentes? Como uma ideia esclarece a outra?
 
Finalmente, Shlomo Hamelech nos ensinou que "Aquele que rouba seu pai e sua mãe e diz: 'Não é uma transgressão', é companheiro de destruidores" (Mishlei 28:24). O Talmud (Brachót 35b) afirma que isso se refere à pessoa que não faz Brachá antes de ter proveito deste mundo. "Seu pai" se refere a D'us, enquanto "Sua mãe" se refere à comunidade. Porém, o que o Talmud está nos transmitindo? Entendemos que ter proveito de algo que pertence a outra pessoa sem nem mesmo pedir autorização é roubo, e por isso aquele que come sem Brachá está roubando de D'us. Porém, em que sentido aquele que tem proveito do mundo material sem fazer Brachá está roubando da comunidade?
 
Responde o Rav Yochanan Zweig shlita que, de acordo com alguns comentaristas, a raiz da palavra "Brachá" é "Berech", que significa "joelho". Ao recitar uma Brachá, estamos figurativamente nos ajoelhando diante de D'us, nos submetendo a Ele como o Criador do mundo. E, desta maneira, pedimos humildemente Sua permissão antes de nos beneficiarmos daquilo que pertence a Ele. Porém, o Rav Shlomo ben Avraham (Espanha, 1235 - 1310), mais conhecido como Rashba, oferece outra interpretação. Ele diz que a palavra "Brachá" vem de "Brechá", que significa "piscina" ou "fonte". Um objeto só pode ser receber Brachá quando está conectado à Fonte da qual toda a fartura emana, ou seja, D'us.
 
Ao recitar uma Brachá, estamos pedindo permissão para nos beneficiarmos do mundo de D'us, bem como estamos demonstrando nossa consciência de que, ao nos beneficiarmos, estamos causando o esgotamento de alguns dos recursos disponíveis no mundo. Portanto, apelamos à Fonte de todas as Brachót para que Ele restaure esse recurso perdido, garantindo que outros também possam se beneficiar dele. Recitar uma Brachá sobre um item que estamos prestes a consumir o conecta de volta à sua Fonte e, desta forma, faz com que a Brachá da fartura possa ser concedida a este alimento, permitindo a reposição desse recurso. É um incrível conceito de consciência social, de se importar com os outros, de abandonar nosso lado egoísta e desejar que todos à nossa volta também possam se beneficiar, não apenas nós.
 
Deixar de recitar uma Brachá, portanto, resulta em duas transgressões: estamos roubando do nosso "Pai", isto é, o Criador, ao obtermos usufruto do que é Dele sem permissão, e também estamos roubando da nossa "Mãe", ou seja, a sociedade, pois estamos esgotando do mundo um recurso sem garantir sua reposição.
 
Para o primeiro conceito, a exigência de pedir permissão a D'us antes de ter proveito do Seu mundo, o Talmud afirma que não precisamos de nenhuma fonte escritural, é algo que podemos entender intelectualmente, é algo lógico. No entanto, a exigência de pedir a D'us para restaurar o recurso esgotado através do nosso consumo não é uma ideia que teríamos entendido se tivesse sido deixada para nossas próprias capacidades intelectuais. Nosso lado egoísta, focado apenas na nossa própria existência, teria ofuscado qualquer lógica contrária. Portanto, para este segundo conceito, uma fonte escritural é apresentada.
 
Finalmente, podemos entender que não há contradição no entendimento simples do versículo e o novo entendimento sugerido pelo Talmud. O versículo afirma que "Ele abençoará (seu pão e sua água)", mas pode ser lido como "E você abençoará (antes de comer seu pão e beber sua água)". Não há contradição entre os dois entendimentos, pois ambas as ideias se fundem. Para recebermos a Brachá de fartura de D'us, precisamos fazer Brachá sobre a nossa comida. Ao conectar nossa comida à Fonte de Brachá, as Brachót de fartura serão concedidas a nós e a todos ao redor. Sem a nossa Brachá, não criamos a conexão espiritual necessária.
 
Aprendemos, portanto, dois conceitos muito importantes. Em primeiro lugar, devemos fazer Brachá antes de comer os alimentos Kasher, em uma demonstração de humildade e reconhecimento que tudo vem de D'us. Em segundo lugar, podemos entender a importância da responsabilidade social, de nos importarmos em não esgotar os recursos naturais, sempre preocupados que os outros também possam ter suas necessidades atendidas. Isso é parte da característica mínima para ser civilizado, para podermos ser chamado de "seres humanos". Ser humilde, agradecido pelo que temos e pensar nos outros são, portanto, as verdadeiras fontes de toda a Brachá.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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