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VÍDEO DA PARASHAT EMOR |
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ASSUNTOS DA PARASHAT
- As Leis Sacerdotais. - Cohen Gadol. - Cohanim defeituosos. - Pureza dos Cohanim. - Terumá. - Animais defeituosos. - Animais aceitáveis. - Korban Todá. - Kidush Hashem e Chilul Hashem. - Dias Especiais: Shabat, Pessach, Omer, Contagem, Shavuót, Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucót, Shemini Atseret. - A Menorá. - Lechem HaPanim. - O Blasfemador. - Penalidade por Blasfêmia.
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ACERTO DE CONTAS COM D'US - PARASHAT EMOR 5780 (08 de maio de 2020)
Um homem apareceu certa vez diante do Rav Israel Salanter zt"l (Lituânia, 1810 - Prússia, 1883) com o rosto bastante machucado. Ele relatou ao rabino que havia discutido com um vizinho e que, no calor do momento, o outro judeu havia perdido a cabeça e lhe dado uma surra. O Rav Salanter, chocado de ver aquele rosto todo machucado, imediatamente pediu para que o agressor fosse chamado. O homem chegou com medo e vergonha, pois sabia que a conversa não seria agradável. O Rav Salanter, com a expressão muito séria, disse: - Você sabe que cometeu duas transgressões muito graves? - Duas? - perguntou o homem, sem entender - Sei que perdi a cabeça e machuquei meu vizinho. Estou muito arrependido e envergonhado. Porém, foi a única coisa que eu fiz de errado. Não fiz duas transgressões! - Infelizmente você fez duas transgressões graves. A primeira foi que você agrediu e machucou outra pessoa. Quando Moshé presenciou dois judeus discutindo e viu que um deles tinha levantado a mão para golpear seu companheiro, imediatamente chamou aquele homem de "Rashá" (perverso). E, além disso, você cometeu outra transgressão que também é muito grave. Durante o tempo em que você estava machucando outra pessoa, você poderia estar estudando Torá ou fazendo atos de bondade. Este desperdício de tempo se configura em outra transgressão muito grave". Não apenas os erros que cometemos são transgressões. A perda da oportunidade de ter feito coisas boas no momento em que fizemos coisas ruins também é transgressão. As oportunidades que perdemos não voltam.
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Nesta semana nós lemos a Parashat Emor (literalmente "Fale"), que continua a tratar de assuntos de pureza e impureza espiritual. A Parashá começa com as seguintes palavras: "E disse D'us a Moshé: 'Fale aos Cohanim, filhos de Aharon, e diga a eles: Vocês não devem se contaminar com uma pessoa morta dentre seu povo'" (Vayikrá 21:1). A Parashá então continua descrevendo muitas leis específicas para os Cohanim e para o Cohen Gadol, cujo propósito era mantê-los em um nível maior de pureza, já que eles eram os responsáveis pelos Serviços espirituais do povo judeu e deveriam ser vistos como modelos de santidade. Porém, além do entendimento mais simples das palavras iniciais da Parashá, há um interessante Midrash que traz um enfoque diferente. O Midrash descreve que D'us mostrou a Moshé cada geração e seus juízes, cada geração e seus reis, cada geração e seus sábios e cada geração e seus ladrões. D'us mostrou a imagem de Shaul HaMelech e de seu filho Yonathan, dois grandes Tzadikim, pessoas espiritualmente muito elevadas, morrendo através da espada durante uma batalha com os Plishtim (Filisteus). Moshé, ao ver aquela cena, questionou D'us: "Por que o primeiro rei do povo judeu deveria morrer de maneira tão desonrosa, através da espada?". D'us então respondeu a Moshé: "Por que você está reclamando comigo? Shaul massacrou Nov, a cidade dos Cohanim. Fale aos Cohanim!" D'us estava se referindo a um trágico incidente que ocorreu na história do povo judeu. Shaul HaMelech tinha sob seu comando um homem chamado Doeg, que era o chefe dos pastores do reinado. Ele era um homem muito sábio, porém extremamente invejoso, especialmente em relação a David HaMelech. Em certo momento do seu reinado, Shaul HaMelech pensou que David HaMelech estava se rebelando contra ele e passou a persegui-lo com a intenção de matá-lo. David HaMelech precisou fugir para salvar sua vida e buscou refúgio na cidade de Nov, onde viviam os Cohanim. Achimelech, o Cohen Gadol, sem saber que David HaMelech estava sendo perseguido por Shaul HaMelech, forneceu pão a ele. Doeg estava presente naquele momento e, quando Shaul HaMelech mencionou em seu palácio sobre a rebeldia de David HaMelech, ele aproveitou para fazer um Lashon Hará (malediscência) sobre os Cohanim, contando que eles haviam dado refúgio a David HaMelech mesmo sabendo que ele era um rebelde contra o rei. Sem verificar a fundo esta história, Shaul HaMelech acreditou no relato de Doeg e, em um ato desmedido, mandou matar todos os Cohanim de Nov. Portanto, de acordo com o Midrash, as palavras iniciais da Parashá, "Fale aos Cohanim", é a resposta de D'us ao questionamento de Moshé em relação à morte violenta e desonrosa de Shaul HaMelech. D'us quis dizer a Moshé: "Você quer saber por que Shaul morreu desta maneira? Pergunte aos Cohanim de Nov, assassinados por ordem de Shaul". Porém, este Midrash desperta um enorme questionamento. De acordo com o entendimento mais superficial, a causa da morte violenta e prematura de Shaul HaMelech foi sua atitude de mandar matar os Cohanim de Nov. Porém, este Midrash parece contradizer a razão explícita trazida pela Torá para a morte de Shaul HaMelech. De acordo com o que está escrito no Tanach (Sefer Shmuel), ele desobedeceu ao comando de D'us, transmitido através do profeta Shmuel, de exterminar os homens, mulheres, crianças e animais do povo de Amalek, um povo que representa a escuridão do mundo, a negação da Supervisão Divina e da espiritualidade. Apesar da ordem simples e direta de D'us, Shaul poupou Agag, o rei de Amalek. Certamente seu ato foi embasado em nobres intenções, mas seu ato de "bondade" equivocada teve como resultado a germinação de Haman, descendente de Agag, um inimigo implacável que quase causou o extermínio do povo judeu nos dias de Mordechai e da Rainha Esther, séculos mais tarde. O Tanach então nos ensina que quando o profeta Shmuel viu o que Shaul HaMelech havia feito, desrespeitando a ordem de D'us, informou que alguém que não obedece a D'us não merece ser rei e, por causa disso, ele perderia seu reinado. Portanto, se o motivo da morte de Shaul HaMelech e da perda do seu reinado está explícito na Torá, por que o Midrash conectou a morte de Shaul com o massacre dos Cohanim de Nov, algo que não está escrito na Torá como causa de sua morte prematura? Responde o Rav Yssocher Frand que o principal erro de Shaul HaMelech foi, de fato, não ter exterminado o povo de Amalek, conforme D'us havia ordenado. Apesar das suas melhores intenções, ele quase causou o extermínio do povo judeu ao ter racionalizado seus atos. Porém, ele poderia ter recebido uma punição mais leve e uma morte menos dolorosa. Shaul HaMelech poderia ter argumentado que ele não queria ter sido desobediente, que seu ato não havia sido uma rebeldia contra D'us, mas que sua atitude havia sido motivada pelo seu coração de manteiga e pela sua enorme compaixão pelas criaturas, que não haviam permitido que ele matasse o rei Agag. Tal argumento não o teria inocentado de sua grave transgressão, mas poderia ter atenuado a sua culpa de alguma forma. No entanto, o massacre dos Cohanim em Nov fechou todas as portas para este tipo de argumento. Onde estava seu coração de manteiga quando ele atacou Nov, pessoas inocentes, que não tinham feito mal a ninguém? Onde estava sua misericórdia quando ele exterminou todos os Cohanim de uma cidade? Isto demonstrou que a falha em matar o rei Agag não foi devido a uma compaixão incontrolável e, portanto, sua culpa não foi diminuída. Quando D'us respondeu o questionamento de Moshé com as palavras "Fale aos Cohanim", Ele estava ensinando que, apesar de muitas vezes termos muitas desculpas que justificam nossos erros, nossos próprios atos acabam demonstrando nossas verdadeiras intenções. Este Midrash nos ensina algo profundo sobre o julgamento de D'us em relação aos nossos atos neste mundo. Sempre temos uma desculpa na ponta da língua para justificar nossos erros. Por que não viramos a noite estudando Torá em Shavuót? Pois estamos muito cansados. Mas D'us vê quando viramos a noite em uma festa. Por que não damos Tzedaká aos necessitados? Pois a situação econômica do país está difícil. Mas D'us vê quando escolhemos comprar o melhor modelo de Iphone. Por que não estudamos mais Torá durante o nosso dia? Pois não temos tempo. Mas D'us vê quantas horas por dia gastamos nas redes sociais ou assistindo vídeos que não agregam valor em nossas vidas. É isto o que ocorrerá no julgamento do Tribunal Celestial quando sairmos deste mundo. Chegaremos com uma sacola cheia de justificativas por todos os nossos erros, mas D'us nos mostrará, através do filme das nossas próprias vidas, que as justificativas não passavam de desculpas e, automaticamente, todos os argumentos serão derrubados. Os nossos próprios atos acabam contradizendo as nossas justificativas. Este conceito chama-se "Din e Cheshbon", literalmente "Julgamento e Contas". Além disso, o conceito de "Din e Cheshbon" também tem outra implicação prática. "Din" representa o mau ato cometido, enquanto "Cheshbon" representa o acerto de contas que será feito das coisas positivas que a pessoa poderia ter feito enquanto estava envolvida em suas transgressões. Quando fazemos um mau ato, o problema não está apenas no ato que fizemos, mas também no desperdício do nosso potencial. No mesmo momento em que estamos fazendo coisas erradas ou desperdiçando nosso tempo com coisas que não agregam absolutamente nenhum valor, poderíamos estar aproveitando este tempo para alcançarmos o nosso objetivo neste mundo, que é o nosso crescimento espiritual. Ao invés de utilizar nossa boca para falar Lashon Hará, poderíamos estar utilizando-a para estudar Torá ou para dizer palavras de incentivo aos outros. Ao invés de passar uma hora acompanhando a vida dos outros no Facebook, poderíamos estar lendo um livro com ensinamentos de Torá que nos transformariam em pessoas melhores. Temos um potencial gigantesco, mas acabamos desperdiçando-o, e não nos arrependemos por isso. Precisamos ser sinceros com as nossas atitudes. Sempre temos mil argumentos para justificar os nossos atos ou as nossas omissões. Porém, não podemos esquecer que é possível enganar os outros, até mesmo enganar a nós mesmos, mas não podemos enganar D'us.
SHABAT SHALOM
R' Efraim Birbojm
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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