sexta-feira, 4 de abril de 2025

SERVIÇO DO CORAÇÃO – SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIKRÁ 5785

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PARASHÁ VAYIKRÁ 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYIKRÁ
  • D'us chama Moshé
  • D'us ensina a Moshé as regras gerais dos Korbanót
  • Korban de gado, rebanho e pássaros (Olá)
  • Oferenda de farinha - Oblação (Minchá).
  • Oferenda cozida, da frigideira, frita na panela.
  • Pacto de sal
  • Oferenda dos primeiros grãos (Bikurim).
  • Oferendas de Pazes de gado, rebanho e cabras (Shelamim).
  • Oferendas de Pecado para o Cohen Gadol, Comunidade, Rei, Indivíduos comuns (Chatat).
  • Cordeiros como Oferendas de Pecado (Chatat).
  • Oferenda de Culpa Ajustável (Ole VeIored).
  • Oblação por Culpa (Chatat).
  • Sacrifício da Malversação.
  • Oferenda por Culpa Questionável (Asham Talui).
  • Oferendas por Desonestidade.
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SERVIÇO DO CORAÇÃO - PARASHÁ VAYIKRÁ 5785 (04/abr/25)

Em Jerusalém viveu um grande e notável sábio da Torá, que tinha muito alunos e influenciava positivamente todas as pessoas à sua volta. Seu nome era Rav Baruch Heiman zt"l e ele era um Baal Teshuvá, isto é, alguém que originalmente veio de uma família não religiosa e havia se aproximado dos caminhos da Torá e das Mitzvót. Com muito esforço e anos de estudo, ele havia se tornado um Talmid Chacham. Ele contava a todos uma incrível história. No início do estabelecimento do Estado de Israel, um judeu chamado Zalman Aran era o Ministro da Educação no governo do Primeiro-Ministro David Ben-Gurion. Aran era um dos ministros mais próximos de Ben-Gurion e, além de considera-lo um grande amigo, estava entre seus fervorosos admiradores. 
 
Apesar de não ser religioso e, portanto, não cumprir as Mitzvót da Torá, esse Ministro da Educação tinha uma esposa que veio de uma família tradicional. Ela era muito cuidadosa de acender as velas de Shabat toda sexta-feira ao entardecer, algo que havia herdado de sua avó. Durante aquele momento sagrado, ela rezava por seus filhos, pedindo que fossem pessoas bem-sucedidas como David Ben-Gurion. Afinal, ele era a figura mais admirada por seu marido, que sempre exaltava sua força e grandeza.
 
Certo dia, após um encontro entre Ben-Gurion e o Rav Avraham Yeshayahu Karelitz zt"l (Bielorússia, 1878 - Israel, 1953), mais conhecido como "Chazon Ish", sobre a controversa questão do recrutamento dos estudantes de Yeshivá para o exército, Ben-Gurion voltou profundamente impressionado. Ele contou ao seu amigo próximo, o Ministro da Educação, sobre a experiência marcante que teve ao conhecer o Chazon Ish. Disse que encontrou um verdadeiro homem de espírito, que mais parecia um anjo, um líder de grande estatura e sabedoria extraordinária. Empolgado com a marca daquele encontro que, segundo suas próprias palavras, havia sido uma experiência inesquecível, Bem-Gurion afirmou aos amigos mais próximo que em toda a sua vida nunca havia encontrado uma pessoa tão sagaz, e que nem imaginava que uma pessoa com tal inteligência pudesse existir.
 
Ao chegar em casa, o Ministro da Educação compartilhou com a esposa a empolgação e o entusiasmo de Ben-Gurion que ele nunca havia presenciado antes. Quando ela soube do impacto que o Chazon Ish havia causado no Primeiro-Ministro, pensou consigo mesma: "Se até Ben-Gurion está tão maravilhado com este rabino e o vê como uma pessoa superior, isso significa que ele é ainda maior do que Ben-Gurion. Sendo assim, por que rezar para que meus filhos tenham sucesso como como Ben-Gurion? De agora em diante, rezarei para que sejam como o Chazon Ish!". E assim ela fez. A partir daquele Shabat, passou a rezar com todo o seu coração para que seus filhos seguissem os passos do grande sábio da Torá Chazon Ish.
 
- Eu sou neto de Zalman Aran - concluiu o Rav Heiman - e as Tefilót da minha avó produziram frutos, mesmo muitos anos depois. Elas me aproximaram da Torá e das Mitzvót e me deram forças para alcançar o sucesso".
 
Dessa história aprendemos o imenso poder da Tefilá sincera vinda do coração de qualquer pessoa, como dizemos na Amida: "Pois Você escuta a Tefilá de toda boca".

 

Nesta semana começamos o terceiro Livro da Torá, Vayikrá, que trata de assuntos relacionados com os Serviços do Mishkan, pureza e impureza, e sagrado e mundano. E a Parashá desta semana, Vayikrá (literalmente "E chamou"), descreve os diferentes tipos de Korbanót e a forma como cada um deles era oferecido no Mishkan. Por exemplo, um dos Korbanót detalhados nesta Parashá é o "Korban Olá", literalmente "Sacrifício de elevação", que era completamente queimado sobre o Mizbeach, como está escrito: "Então o Cohen queimará todo o animal sobre o altar, como um Korban de elevação, uma oferenda queimada, um aroma agradável a D'us" (Vayikrá 1:9).
 
O Talmud (Menachót 110a) chama a atenção de um detalhe interessante. Este versículo, que descreve a oferenda de um animal, conclui com as palavras "um aroma agradável a D'us". Um pouco depois, em relação à oferenda de um pássaro, o versículo também conclui com as palavras "um aroma agradável a D'us" (Vayikrá 1:17). Poderíamos pensar que a oferenda de um animal grande, que envolve investimentos maiores, seria mais agradável para D'us do que a oferenda de um pequeno pássaro, que envolve investimentos pequenos. Porém, como a Torá utiliza a mesma linguagem nos dois, o Talmud entende que isso carrega um importante ensinamento: "Tanto aquele que oferece mais quanto aquele que oferece menos, desde que a pessoa direcione seu coração aos Céus". Em outras palavras, aprendemos que o principal no serviço a D'us é a intenção do coração.
 
O Rav Yehuda Leib Chassman zt"l (Lituânia,1869 - Israel, 1935) explica que o Korban representa a conexão com D'us, seguir Seus caminhos. O pensamento correto e a conexão do coração no momento da oferenda do Korban é o "aroma agradável" que sobe às alturas. Portanto, tanto aquele que oferece mais quanto aquele que oferece menos são igualmente recebidos por D'us, desde que direcionem seus corações aos Céus!
 
Desde que fomos exilados da nossa terra por causa das nossas muitas transgressões, já não temos mais os Korbanót. Como podemos ficar sem o pilar do Serviço Divino, um dos três pilares sobre as quais o mundo se sustenta? A resposta é que a Tefilá foi instituída em substituição aos Korbanót. Por isso, da mesma forma que o essencial no Serviço dos Korbanót era a intenção do coração, o mesmo também ocorre com a Tefilá.
 
Este conceito apresenta um grande desafio para as nossas Tefilót diárias. A pronúncia das palavras da Tefilá sem a intenção do coração certamente não pode ser chamada de "Serviço Divino". Com Kavaná durante a Tefilá podemos nos elevar e elevar o mundo todo, como se fosse um Korban oferecido sobre o Mizbeach. Mas que desperdício quando voltamos nossos corações a pensamentos fúteis e vãos. Essa é a artimanha do Yetzer Hará, que conhece a grandeza da Tefilá com Kavaná e, por isso, tenta desviar nosso coração com distrações. Qual é o resultado? O coração fica preso nas ilusões, enquanto as palavras da Tefilá saem apressadamente pelos lábios que se movem sem atenção e sem concentração. Com isso, joias preciosas são diariamente desperdiçadas.
 
Quando uma pessoa faz sua Tefilá, os anjos vêm até ele e lhe dão uma Brachá. E até mesmo D'us, a partir de Seu lugar, lhe dá uma Brachá no momento de sua Tefilá. Se pudéssemos imaginar a movimentação na Corte Celestial em torno da nossa Tefilá, certamente nossas Tefilót tomariam outra forma. Por outro lado, aquele que vai até a Casa de D'us para rezar, mas seu coração não está com ele, traz para si uma grande vergonha. Todos no Céu aguardam o "Korban" que será oferecido, o "aroma agradável", mas ao invés disso a pessoa desvia sua atenção para coisas vãs e preocupações mundanas. Uma Tefilá assim não tem sabor e nem aroma. Não há Serviço Divino, apenas palavras soltas e desconexas, um murmúrio de alguém que fala dormindo em pé.
 
O Midrash afirma que, após os transgressores passarem doze meses de julgamento no Mundo Vindouro, os Tzadikim vêm para defendê-los e salvá-los do Guehinom. E qual é o principal mérito que apresentam em suas defesas? "Eles madrugavam nas sinagogas, recitavam o Shemá e faziam a Tefilá". Descobrimos, então, que através da Tefilá a pessoa pode alcançar uma salvação eterna. Portanto, é necessário ter muito cuidado para que a Tefilá não se torne um fardo e não caia em um ato mecânico, sem qualquer emoção e empolgação. 
 
O Talmud (Rosh Hashaná 18a) traz a fórmula para garantir que nossas Tefilót façam a diferença. O Rabi Meir descreve dois cenários. O primeiro cenário é o de dois homens gravemente doentes com a mesma doença, no qual um foi curado e o outro não. O segundo cenário envolve dois homens condenados à morte por enforcamento pelo mesmo crime. Enquanto um recebe um indulto e é salvo, o outro é morto. Em ambos os casos, os homens rezaram a D'us para serem salvos. Então por que, em cada situação, apenas uma das Tefilót foi aceita? Responde o Rabi Meir que apenas um dos indivíduos rezou uma "Tefilá Shleima (completa)" e foi atendido, enquanto o outro, que fez uma Tefilá incompleta, não foi atendido.
 
O que é uma "Tefilá Sheleimá"? Rashi
(França, 1040 - 1105) explica que quem reza uma Tefilá completa é aquele que faz a Tefilá com Kavaná. Mas a explicação de Rashi apenas aumenta o questionamento. É concebível que uma pessoa que está de pé ao lado da forca, com uma corda em volta do pescoço, ou alguém em seu leito de morte, atingido por uma doença terrível, não tenha a Kavaná adequada ao rezar? O que mais ele poderia estar pensando em um momento tão terrível, se não em sua própria Tefilá por recuperação e salvação?
 
O Rav Elyahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970) oferece uma explicação incrível. Quando Rashi define que "Tefilá Shleimá" é rezar com Kavaná, não está se referindo à mera concentração nas palavras da Tefilá, mas à Emuná da pessoa, o quanto ela realmente acredita na eficácia de sua Tefilá e em seu poder de salvar sua vida. Os homens cujas vidas foram poupadas nos casos citados pelo Talmud realmente acreditavam que suas Tefilót poderiam, e iriam, efetuar mudanças. Foi por isso que suas Tefilót os salvaram. Os outros homens certamente se concentraram no conteúdo de suas Tefilót, mas não acreditavam de todo o coração que suas Tefilót seriam capazes de salvá-los. É por isso que suas Tefilót não foram eficazes.
 
Para que nossas Tefilót funcionem, devemos estar atentos às palavras que pronunciamos. Porém, somente isso não é suficiente. Devemos também internalizar a ideia de que as palavras que recitamos podem realmente fazer a diferença em nossas vidas e alterar decretos. Nossas lágrimas e Tefilót nunca são em vão. Se não forem usados ​​naquele momento, serão usados ​​em outro momento ou para outro propósito. D'us escuta todas as nossas Tefilót, com a única condição de que elas não venham da boca, e sim do coração.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

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quinta-feira, 27 de março de 2025

ENTUSIASMO EM TUDO O QUE FAZEMOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ PEKUDEI 5785

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  • A Contabilidade das doações.
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  • Moshé aprova o Mishkan e seus utensílios.
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  • A Presença de D'us preenche o Mishkan.
     
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ENTUSIASMOS EM TUDO O QUE FAZEMOS - PARASHÁ PEKUDEI 5785 (28/mar/25)

"Certa vez, o Rebe Zushia e seu irmão, o Rebe Elimelech de Lizhensk, foram falsamente acusados e presos. A cela era suja e apertada. Para piorar, no centro havia um balde cheio de fezes, que servia como banheiro para os prisioneiros. O Rebe Elimelech estava profundamente triste e começou a chorar. Ele lamentou:
 
- Zushia, como podemos ficar aqui com esse cheiro horrível? É proibido rezar em um lugar imundo, com este cheiro! O que faremos se não pudermos rezar? 
 
Mas o Rebe Zushia, ao contrário, estava sorrindo e feliz. Ele respondeu ao irmão: 
 
- Elimelech, por que você está triste? A mesma Torá que nos ordenou a rezar também nos ensina que não devemos rezar em um local sujo. Se não podemos rezar aqui, então podemos servir a D'us justamente ao não rezarmos!
 
- Antes, servíamos a D'us rezando - continuou ele - Agora, podemos servi-Lo aceitando Sua vontade com alegria!
 
O Rebe Elimelech, inspirado pelo irmão, começou a sorrir também. Os dois começaram a dançar e a dar voltas em torno do balde de fezes, cantando com alegria por poderem cumprir essa nova "Mitzvá". Os outros prisioneiros, vendo a cena, ficaram intrigados e perguntaram por que eles estavam tão felizes. Os irmãos responderam que estavam felizes por poderem cumprir a vontade de D'us. 
 
A dança ficou tão animada que os guardas ouviram o barulho e entraram na cela. Quando viram os dois rabinos dançando em volta do balde de fezes, acharam que aqueles judeus haviam enlouquecido! Ficaram tão incomodados com aquela alegria que pegaram o balde e o retiraram da cela. E assim que o balde foi retirado, o Rebe Zushia e o Rebe Elimelech puderam finalmente rezar." 
 
Não importa as circunstâncias, sempre há uma maneira de servir a D'us com alegria e viver com inspiração e empolgação. O Rebe Zushia tinha esse dom especial, de ver cada situação como uma oportunidade de conexão com D'us. Ao invés de reclamar ou se desesperar, ele transformou uma prisão fedorenta em um momento de alegria e conexão espiritual.

 

Nesta semana lemos a Parashá Pekudei (literalmente "Contas"). Esta é a última das cinco Parashiót do Sefer Shemot que contém os detalhes de como o Mishkan foi construído. Além disso, é a Parashá que fecha o Sefer Shemot, também conhecido como "Sefer HaGalut VeHaGueulá" (o Livro do Exílio e da Redenção). Apesar de a redenção física do povo judeu ter ocorrido com a saída do Egito, a redenção espiritual somente ocorreu com o recebimento da Torá no Monte Sinai e a construção do Mishkan, o local de "moradia" do Criador do mundo.
 
Sentimos uma sensação de realização ao estudarmos essas cinco Parashiót, como se tivéssemos de certa maneira participado da construção do Mishkan. Podemos imaginar, portanto, quão grande foi a alegria que o povo experimentou na ocasião monumental descrita na Parashá Pekudei, quando o Mishkan foi concluído e finalmente montado pela primeira vez por Moshé Rabeinu. Quão incrível deve ter sido o momento em que, diante dos olhares de mais de três milhões de pessoas, a Presença Divina repousou pela primeira vez sobre o Mishkan recém construído.
 
Há um detalhe interessante registrado na nossa Parashá. Quando o trabalho do Mishkan finalmente foi completado, Moshé deu uma Brachá ao povo, como está escrito: "Moshé viu todo o trabalho, e eis que o haviam feito. Como D'us havia ordenado, assim o fizeram. E Moshé os abençoou" (Shemot 39:43). Mas que Brachá foi essa que Moshé deu? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que a Brachá foi: "Que a Presença Divina repouse sobre a obra das mãos de vocês". Agora que tudo havia sido feito da maneira correta, a Brachá era para que D'us repousasse Sua Presença sobre o povo e sobre o Mishkan.
 
Porém, o lugar mais lógico para dar essa Brachá ao povo judeu não seria no início da construção do Mishkan? O versículo no começo da Parashá Terumá diz: "Façam para Mim um Santuário, e Eu habitarei dentro deles" (Shemot 25:8). Essa Brachá, de "Que a Presença Divina repouse sobre a obra das mãos de vocês", não teria sido mais apropriada para se dizer naquele momento? Então por que Moshé a guardou para o final do processo?
 
O Rav Yssocher Frand shlita responde através de um famoso ensinamento de David HaMelech: "Quem subirá ao monte de D'us, e quem se manterá em Seu lugar sagrado?" 
(Tehilim 24:3). Os comentaristas explicam que esse versículo alude ao fato de que há dois desafios diferentes na vida. Há o "Quem subirá ao monte de D'us?", ou seja, o desafio de ter a força de vontade e a determinação necessárias para subir no "monte de D'us". Mas há um segundo desafio, que é ainda maior do que o primeiro. O maior desafio é, uma vez já estando no topo da montanha, conseguir permanecer lá.
 
Entendemos a dificuldade de subir para níveis mais elevados. Mas qual é a dificuldade de se manter lá em cima? O grande desafio é que a repetição cotidiana faz com que o tédio se instale. Por exemplo, repetimos todos os dias, três vezes por dia, a mesma Tefilá. No dia a dia, a monotonia se instala. Permanecer no "monte de D'us" é uma tarefa muito mais difícil do que inicialmente subir até lá.
 
Um exemplo bem palpável é o que sentimos durante Elul, Rosh Hashaná e Yom Kipur. Nestes dias tão sagrados todos estão entusiasmados. Recebemos sobre nós comportamentos mais elevados. Nos comprometemos a subir de nível, a cumprir a Torá com mais rigorosidade, a nos cuidarmos das transgressões mais graves. Mas quando chegamos ao final de Adar, o que acontece? Apenas os mais elevados ainda estão de pé no topo do "monte de D'us". A grande maioria já abandonou seus compromissos de crescimento e voltou ao que era antes.
 
Esse conceito se aplica a muitas áreas da vida. Por exemplo, quando chegamos à idade de Bar Mitzvá, começamos a colocar Tefilin, um ritual que normalmente envolve uma grande empolgação. Porém, quando alguém já coloca Tefilin há 20 ou 30 anos, parte daquela empolgação se perde. Isso também acontece na maioria dos casamentos. O "Shaná Rishoná", primeiro ano de casamento, é maravilhoso. É o período da lua de mel. Tudo parece perfeito, o amor está no ar. Mas quando alguém está casado há 20 ou 30 anos, a empolgação daquele primeiro ano não parece persistir. A quantidade de divórcios é um forte indicador de como muitos realmente não conseguem se manter lá em cima do "monte de D'us".
 
Mas não podemos permitir que isso aconteça. O desafio não é apenas "Quem subirá ao monte de D'us?", isto é, quem alcançará o topo da montanha. O desafio é ainda maior, o "Quem se manterá em Seu lugar sagrado?". É esta mensagem que D'us está nos transmitindo em relação ao Mishkan. No começo da construção, todos estavam entusiasmados, principalmente se nos lembrarmos do contexto no qual a construção aconteceu. Após a transgressão do Bezerro de Ouro, D'us ameaçou destruir todo o povo. Moshé rezou por eles e, finalmente, em Yom Kipur, ele desceu novamente do Monte Sinai com as Segundas Tábuas. Eles começaram a construir o Mishkan no dia seguinte a Yom Kipur. Todos participaram com empolgação e emoção. Mesmo que eram materiais caros e preciosos, as doações foram tão fartas que Moshé teve que pedir para que as pessoas parassem de doar. Aquela era a fase do "Quem subirá ao Monte de D'us?".
 
No entanto, a partir do momento em que o Mishkan estava pronto, a empolgação se dissipou. Agora começava o cotidiano repetitivo, o "dia após dia". Manhã e tarde, manhã e tarde, trazendo sempre o mesmo "Korban Tamid". Portanto, a Brachá de Moshé para eles foi: "Que a Presença Divina repouse sobre a obra das mãos de vocês", isto é, que o entusiasmo inicial seja mantido ao longo da fase contínua dos Serviços diários do Mishkan.
 
É a isso que David HaMelech se referiu quando nos ensinou: "Uma coisa peço a D'us e a procuro: que eu possa morar na Casa de D'us todos os dias da minha vida, para ver a bondade de D'us e visitar o Seu templo todas as manhãs" (Tehilim 27:4). Há uma aparente contradição em suas palavras, pois em um primeiro momento ele pede a D'us para ser um morador em Sua casa, mas logo que seguida pede para ser um visitante. Afinal, ele queria ser um morador definitivo ou apenas um visitante passageiro da Casa de D'us?
 
A resposta é que obviamente David HaMelech queria ser um morador definitivo na Casa de D'us. Porém, ele sabia que um morador definitivo aos poucos vai se acostumando e, algo que no início era deslumbrante e encantador, torna-se normal. Já no caso de um visitante, tudo para ele é mágico, pois tudo é novidade. Portanto, foi isso o que David HaMeleh pediu, que ele vivesse de forma definitiva na Casa de D'us, mas com o frescor e a empolgação de quem está apenas visitando o lugar.
 
Nosso problema é que não sabemos dar valor às pequenas oportunidades do dia a dia. Vivemos apenas em busca de grandes momentos e realizações. Esquecemos que o principal da vida não está nos raros grandes momentos, e sim na esmagadora maioria dos pequenos momentos comuns do cotidiano. E, por esta falta de percepção do verdadeiro valor dos pequenos momentos, acabamos perdendo grandes oportunidades. Este é o grande desafio da vida, e é justamente onde está escondida a verdadeira alegria da nossa existência.                   
                           

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

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