quinta-feira, 30 de outubro de 2025

IMPACTANDO AS FUTURAS GERAÇÕES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT LECH LECHÁ 5786

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Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é especialmente dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de:

Sra. Shulamit bat Itzchak z"l 
             (Zulema Liliana Krasbuch)  


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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de:


Sr. Nelson ben Luiza z"l (Nissim ben Luna) 

R' Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Sr. Avraham Favel ben Arieh z"l 

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PARASHÁ LECH LECHÁ 5786



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ASSUNTOS DA PARASHAT LECH LECHÁ
  • 3º teste de Avraham: Abandonar tudo e ir para uma terra estranha (Lech Lechá).
  • 4º teste de Avraham: Fome em Eretz Knaan.
  • Avraham vai para o Egito.
  • 5º teste de Avraham: Sara é sequestrada pelo Faraó.
  • Avraham e Lot voltam com grandes riquezas.
  • Separação de Avraham e Lot.
  • A Guerra dos 5 reis contra os 4 reis.
  • Lot é sequestrado e Avraham é avisado.
  • 6º teste de Avraham: Luta contra os 4 reis.
  • O "Pacto entre as partes".
  • A promessa da Terra de Israel.
  • 7º teste de Avraham: D'us anuncia a Avraham o exílio dos seus descendentes.
  • Casamento com Hagar.
  • O nascimento de Ishmael.
  • 8º teste de Avraham: Brit-Milá.
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IMPACTANDO AS FUTURAS GERAÇÕES - PARASHAT LECH LECHÁ 5786 (31/out/25)

"Durante sua vida, o Rav Aryeh Levin zt"l (Império Russo, 1885 - Israel, 1969), conhecido como o "Tzadik de Jerusalém", dedicou-se a cuidar de cada judeu com atenção, compaixão e discrição. Ele não buscava fama nem reconhecimento, seu objetivo era simplesmente cumprir a vontade de D'us, ajudando o próximo com todo o coração e com toda a sua força.
 
Um dos exemplos mais conhecidos de sua vida era seu cuidado com prisioneiros judeus. Em tempos em que muitos eram detidos por pequenos delitos ou até por atos de resistência contra o domínio inglês, o Rav Levin ia às prisões e visitava cada prisioneiro pessoalmente, oferecendo palavras de esperança e consolo. Ele nunca julgava, apenas lembrava a cada um: "Há uma faísca de santidade em você, não permita que ela se apague".
 
Mas o Rav Aryeh Levin não parava por aí. Durante os conflitos que antecederam a criação do Estado de Israel e nas guerras seguintes, ele visitava as famílias dos soldados, confortando mães e pais aflitos. E, discretamente, ajudava os pobres, às vezes colocando moedas nos bolsos ou entregando dinheiro pessoalmente, sem que ninguém soubesse de quem vinha a ajuda. Cada gesto era simples, mas feito com total amor ao próximo.
 
O impacto de suas atitudes foi profundo e duradouro. Muitos prisioneiros que ele incentivou retornaram à vida de Torá e Mitzvót, tornando-se pais de família e mães exemplares. Filhos e netos dessas famílias cresceram com Emuná e dedicação à Torá, seguindo o exemplo do Rav Levin. As famílias que receberam ajuda material ou emocional preservaram o legado de Chessed e Tzedaká, passando esses valores adiante por gerações. De forma silenciosa, ele criou linhagens espirituais inteiras, moldadas por atos cotidianos de bondade."
 
O Midrash ensina: "Se você vir pessoas em necessidade, não feche os olhos. Cada ato de misericórdia reverbera através das gerações". O Rav Aryeh Levin ensinou na prática a veracidade deste ensinamento. Ele não fazia milagres, não precisava de grandes discursos ou feitos grandiosos. Cada visita, palavra de consolo ou moeda entregue tinha o poder de transformar vidas. E, de fato, transformou. Não apenas a vida de pessoas, mas o destino espiritual de famílias inteiras. Nenhum ato de bondade é pequeno. Cada gesto feito com o coração, mesmo que seja simples, tem o poder de influenciar por gerações.

Nesta semana lemos a Parashat Lech Lechá (literalmente "Vá por você"), que começa a se aprofundar nos detalhes da vida do nosso primeiro patriarca, Avraham, e em especial os grandes testes que ele passou na vida. Avraham era extremamente íntegro e reto, seguia a vontade de D'us sem questionamentos, mesmo quando os comandos Divinos iam completamente contra a lógica humana. E foi justamente por isso que ele deixou uma marca tão profunda na humanidade. Na realidade, Avraham foi um divisor de águas, pois foi aquele que conseguiu se elevar novamente, após a drástica queda espiritual que ocorreu a partir da transgressão de Adam Harishon e que continuou nas gerações posteriores.
 
O primeiro teste de Avraham trazido na nossa Parashá é o de "Lech Lechá". D'us ordenou que Avraham abandonasse o comodismo, o conforto do lar e a proximidade da família e fosse atrás do preenchimento do seu potencial espiritual, que somente chegaria na sua plenitude dentro da Terra de Israel, uma terra sagrada, apropriada para o crescimento. O teste era ainda mais difícil por Avraham não ser mais um jovem com espírito aventureiro, que se empolgaria com a ideia de colocar uma mochila nas costas e desafiar o desconhecido. Ele já tinha uma idade avançada, como está escrito sobre a sua saída: "E Avraham tinha setenta e cinco anos quando deixou Charan" (Bereshit 12:4).
 
Pouco depois de ter chegado em Eretz Israel, Avraham foi testado novamente e forçado pela fome a descer para o Egito. Em seguida, a Torá registra a disputa entre os pastores de Avraham e os pastores de Lot, seu sobrinho, o que os levou a se separarem. Depois da separação, a Torá relata a guerra dos quatro reis, que vieram principalmente das terras a leste do Rio Jordão, contra os cinco reis, que vieram das terras a oeste do Rio Jordão. Os quatro reis venceram, capturaram os cinco reis e seus territórios, incluindo Lot e toda a sua fortuna. Avraham então foi avisado sobre o sequestro de Lot e o salvou, derrotando os quatro reis. Finalmente, a Torá relata o "Brit Bein Habetarim" (Pacto entre as Partes), firmado entre D'us e Avraham.
 
Porém, há algo estranho na ordem destes eventos descritos na Parashá, pois não parecem seguir a cronologia. De acordo com o livro Seder Olam, que reflete o consenso da maioria dos comentaristas, Avraham tinha setenta anos no Brit Bein Habetarim. Já segundo os Baalei HaTossafot (Brachot 7b), a guerra dos reis ocorreu quando Avraham tinha setenta e três anos. Portanto, a Parashá começa com Avraham indo para Eretz Israel aos setenta e cinco anos e, quase imediatamente, descendo para o Egito. Depois, a Parashá relata a guerra dos reis, que ocorreu quando Avraham tinha setenta e três anos e, finalmente, o Brit Bein Habetarim, quando ele tinha setenta anos. Embora exista uma regra clara de que "a Torá não segue necessariamente uma ordem cronológica", a forma mais lógica de relatar eventos seria descrevê-los na ordem cronológica. Portanto, sempre que a Torá se desvia dessa ordem, é necessária uma explicação para esta mudança. Neste caso, o que levou a Torá a quebrar a cronologia?
 
Um dos conceitos importantes do Sefer Bereshit é "Maasse Avot Siman Labanim", isto é, as ações dos patriarcas são um sinal e um modelo para os seus descendentes. O Sefer Bereshit é como um esboço do que aconteceria com o povo judeu ao longo da história. Em um nível, isso significa que o refinamento de caráter que nossos antepassados alcançaram ficou gravado e foi "geneticamente" transmitido aos seus descendentes. As experiências dos patriarcas nos dão força para perseverar. Da mesma forma que Avraham passou por testes e venceu, ele nos deixou de herança a força para vencermos nossos testes do cotidiano.
 
Aprofundando essa ideia, o Ramban (Espanha, 1194 - Israel, 1270) acrescenta um segundo entendimento do conceito de "Maasse Avot Siman Labanim". Ele explica que eventos que ocorreram na vida de Avraham foram símbolos proféticos que garantiram Brachót futuras a seus descendentes. Isso significa que quando D'us criou o mundo, Ele utilizou a Torá como a planta de construção. Segundo o Talmud (Shabat 88b), o mundo foi criado com um plano mestre e um propósito, sendo o objetivo final do ser humano revelar a honra de D'us. Quais nações e indivíduos desempenhariam um papel fundamental para atingir essa finalidade seria determinado pelas escolhas que fariam. Embora os patriarcas fossem "carruagens" dignas para carregar a honra de D'us neste mundo, isso não asseguraria, necessariamente, que seus descendentes fossem incluídos no plano mestre. Mesmo profecias que garantem a criação e continuidade dos descendentes podem ser anuladas pelas transgressões destes, como declara o Talmud (Brachot 4a): "Talvez a transgressão venha a interferir". Porém, uma profecia acompanhada pelas ações dos patriarcas, que representariam os acontecimentos futuros, garantiria que a história se desenrolasse da maneira profetizada.
 
Explica o Rav Yssocher Frand shlita que os patriarcas tinham, portanto, a capacidade de orquestrar o curso da história judaica. Desta forma, os eventos da vida de Avraham devem ser vistos em dois planos: aqueles que o afetaram individualmente e aqueles nos quais ele atuou como "cabeça" da entidade coletiva do povo judeu. A Torá reflete a sequência dos eventos na medida em que afetam o povo judeu, e não necessariamente na ordem em que ocorreram na vida particular de Avraham. A descida de Avraham ao Egito devido à fome antecipa a descida dos filhos de Yaacov ao Egito também por causa de uma fome. O Faraó tentou tomar Sara de Avraham, da mesma forma que os egípcios tentaram matar todos os meninos judeus para poderem tomar as meninas para si. Avraham deixou o Egito com uma grande riqueza, garantindo que seus descendentes fariam o mesmo na saída do Egito. Quando Avraham entrou em Eretz Israel, surgiu uma disputa com Lot. De modo semelhante, ao tentar entrar em Eretz Israel, o povo judeu foi confrontado pelos povos de Amon e Moav, descendentes de Lot. O povo judeu conquistou o lado leste do Rio Jordão (parte de fora) e, nos dias de Yehoshua, o lado oeste (parte de dentro), o que foi predefinido quando Avraham derrotou os quatro reis.
 
Rashi oferece uma descrição detalhada de como o Brit Bein Habetarim tornou irrevogáveis tanto o mérito de Eretz Israel para o povo judeu quanto a garantia de sua sobrevivência, desde os tempos da dinastia de David Hamelech, passando pelos quatro impérios que dominariam o povo judeu no exílio e culminando com a vinda do Mashiach. A Parashat Lech Lechá, portanto, reflete todos os aspectos da história judaica. É essa cronologia que a Parashá segue, com Avraham atuando como o patriarca que influencia seus descendentes, em vez de relatar os eventos segundo a ordem em que aconteceram em sua vida particular.
 
Não temos o nível dos patriarcas, de influenciar de forma tão decisiva o futuro dos nossos descendentes. Porém, ao mesmo tempo, nós sim temos o poder de influenciar, não apenas indivíduos, mas gerações inteiras, com pequenas boa atitudes cotidianas. Fazer o bem, sentir a dor do próximo e ser honesto até mesmo nos pequenos detalhes são atitudes que todos nós podemos fazer. Mesmo sendo pessoas simples, podemos ser excepcionais.
 
Que possamos nos inspirar no Rav Aryeh Levin e em seu legado de bondade silenciosa, e que cada ato de Chessed que fazemos seja uma semente que florescerá nas futuras gerações. Devemos sempre perguntar a nós mesmos: como posso hoje mudar a vida de alguém com uma atitude simples, mas cheia de boas intenções?

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

O SEGREDO ESTÁ NA INTENÇÃO E NO ESFORÇO - SHABAT SHAOM M@IL - PARASHÁ NOACH 5786

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ASSUNTOS DA PARASHAT NOACH
  • Noach encontra graça aos olhos de D'us.
  • Construção da Arca.
  • O grande Dilúvio e um ano na Arca.
  • O corvo e a pomba.
  • Noach e a família saem da Arca.
  • Noach oferece um Korban.
  • O pacto: Arco-Íris.
  • Noach fica bêbado e é envergonhado por seu filho Ham.
  • Knaan, filho de Ham, é amaldiçoado.
  • Descendentes de Yafet, Ham, Knaan e Shem.
  • A Torre de Babel e a dispersão.
  • 10 Gerações de Noach a Avraham.
  • 1º teste de Avraham: 13 anos escondido de Nimrod.
  • 2º teste de Avraham: Ur Kassdim.
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O SEGREDO ESTÁ NA INTENÇÃO E NO ESFORÇO - PARASHAT NOACH 5786 (24/out/25)

"Já depois de sua fama ter se espalhado por todo o mundo, o Gaon MiVilna (Lituânia, 1720 - 1797) encontrou um amigo de sua juventude, alguém que estudara ao seu lado no Cheider. O amigo, surpreso com a grandeza alcançada pelo Gaon MiVilna, perguntou com sinceridade:
 
- Como você se tornou um Talmid Chacham tão extraordinário? Quando éramos jovens, estudávamos juntos e, naquela época, não parecia haver uma diferença tão grande entre nós. Como você alcançou tanto?
 
O Gaon MiVilna olhou para ele e respondeu com tranquilidade:
 
- Você já estudou certa vez a Guemará (Chaguigá 9b) que diz: "Não se compara quem revisa seu estudo cem vezes àquele que revisa cento e uma vezes"?
 
O amigo confirmou que conhecia o ensinamento.
 
- E você realmente acredita nisso? - perguntou novamente o Gaon MiVilna.
 
- Claro que acredito - disse o amigo, convicto.
 
O Gaon MiVilna, com serenidade, completou:
 
- Então, eu não apenas acreditei, eu coloquei isso na prática".
 
Muitas vezes a diferença não está no talento natural ou na inteligência, mas na perseverança, na disciplina e no esforço contínuo. Alguém que se dedica verdadeiramente à Torá e às Mitzvót pode chegar muito alto".

Nesta semana lemos a Parashat Noach, que descreve o que talvez seja a maior catástrofe que já se abateu sobre a humanidade. Poucas gerações após a criação do mundo, o ser humano já havia se corrompido e se desviado dos caminhos de D'us, a ponto de merecer que o mundo inteiro fosse destruído por meio de um Dilúvio. Apenas a família de Noach encontrou graça aos olhos de D'us para ser poupada e repovoar o mundo.
 
Porém, mesmo Noach não estava em um nível espiritual tão elevado. Apesar de Noach ter sido chamado pela Torá de "Tzadik", de acordo com uma das explicações de Rashi (França, 1040 - 1105) ele seria um nada comparado a Avraham Avinu. Também Rashi descreve que Noach era "pequeno em Emuná, que confiava e, ao mesmo tempo, não confiava em D'us", pois ele não conseguia demonstrar sua Emuná em seus atos.
 
Mas talvez o evento que mais represente a limitação espiritual de Noach aconteceu após o Dilúvio. Em vez de focar no que seria bom para a humanidade, Noach pensou em saciar seus desejos e plantou um vinhedo. Ele então se embebedou e ficou nu em sua tenda, sendo desonrado por seu filho Cham. Quando seus outros dois filhos, Shem e Yefet, escutaram o que havia ocorrido, eles imediatamente se importaram com a honra do pai e não quiseram deixá-lo exposto, conforme está escrito: "E pegou Shem e Yefet a vestimenta, colocaram-na sobre os ombros de ambos e caminharam de costas, cobrindo a nudez de seu pai" (Bereshit 9:23).
 
Mas, se prestarmos atenção nos detalhes deste versículo, perceberemos que há um aparente erro de concordância verbal. Deveria estar escrito "e pegaram", já que se refere a Shem e Yefet, mas está escrito "e pegou". O que este "erro" nos ensina?
 
Além disso, Rashi explica que por este ato de Chessed com seu pai, Shem recebeu como recompensa que seus descendentes, o povo judeu, receberiam a Mitzvá de Talit com Tsitsit, enquanto Yefet mereceu como recompensa a sepultura para seus descendentes, como está dito: "Eu darei a Gog um local de sepultura" (Yechezkel 39:11). Mas qual é a relação entre estas recompensas, o sepultamento dado aos descendentes de Yefet e o Tsitsit dado aos descendentes de Shem, e o ato de cobrir a nudez do pai?
 
De acordo com o Rav Zalman Sorotzkin zt"l (Lituânia, 1880 - Israel, 1966), normalmente D'us utiliza o atributo de "Midá Kenegued Midá" (medida por medida) quando nos recompensa por nossos atos. Mas em que sentido as recompensas neste caso foram Midá Kenegued Midá? Nossos sábios explicam que em várias Mitzvót nas quais D'us nos impõe uma obrigação, Ele também nos garante os meios para cumpri-la. Por exemplo, quando D'us nos ordenou a Mitzvá de colocar uma proteção no telhado ("Maake"), estava garantindo que nos daria um teto; quando Ele nos ordenou colocar Mezuzá nas portas, estava garantindo que nos daria um lar; quando Ele nos ordenou fazer Brit-Milá, estava garantindo que nos daria filhos homens; e quando Ele nos ordenou colocar Tsitsit, estava garantindo que nos daria roupas. Assim, quando foi prometido a Mitzvá de Tsitsit aos descendentes de Shem, isso também incluía uma garantia de roupas para cobrir a nudez de seus descendentes, Midá Kenegued Midá por ele ter se preocupado com a nudez do seu pai. E também Yefet recebeu sua recompensa Midá Kenegued Midá, pois na guerra de Gog Magog os descendentes de Yefet merecerão sepulturas, o que também é uma forma de cobrir a nudez e não permitir que o corpo do falecido fique exposto.
 
Porém, por que esta diferença entre as recompensas de Shem e de Yefet? Por que um receberia a recompensa para descendentes vivos, através de roupas, enquanto o outro receberia a recompensa para seus descendentes mortos, através do enterro do corpo deles? Se o ato foi exatamente o mesmo, já que ambos o fizeram juntos, conforme está explícito no versículo, então por que a recompensa não foi a mesma?
 
Há uma lição incrível nesta diferença entre as duas recompensas. Mesmo que duas pessoas cumpram exatamente a mesma Mitzvá, as recompensas que elas receberão podem ser completamente diferentes. Shem e Yefet fizeram exatamente o mesmo ato, mas como Shem fez com Kavaná e entusiasmo, com vitalidade e alegria, sua recompensa veio Midá Kenegued Midá: uma roupa usada por uma pessoa viva que está obrigada a cumprir a Mitzvá de Tsitsit. Yefet também cumpriu a Mitzvá, mas não por sua iniciativa. Ele a cumpriu apenas seguindo seu irmão, e sem entusiasmo, fazendo como um hábito, sem o mesmo fervor. Como ele fez o ato, receberá também sua recompensa. Porém, ela será Midá Kenegued Midá: não uma roupa de um vivo, mas a cobertura da terra sobre os mortos. Há também mais um ponto de Midá Kenegued Midá: como Shem se apressou no cumprimento da Mitzvá, também recebeu sua recompensa com rapidez, pois já no momento da entrega da Torá seus descendentes receberam a Mitzvá de Tsitsit. Mas Yefet, que foi lento, só receberá sua recompensa muito mais tarde, na guerra de Gog e Magog, que ocorrerá no final dos tempos.
 
Sobre a grandeza do esforço no cumprimento das Mitzvót, o Rav Meir Rubman zt"l (Israel, século 20) acrescenta algo incrível. A Guemará (Chaguigá 9b) registra uma discussão entre dois sábios. Bar Hei Hei perguntou o significado do versículo "Então novamente vocês discernirão entre o justo e o perverso, entre aquele que serve a D'us e aquele que não O serve" (Malachi 3:18). O questionamento de Bar Hei Hei é que neste versículo existem aparentemente duas redundâncias: "o justo" aparentemente é o mesmo que "aquele que serve a D'us", enquanto "o perverso" é aparentemente o mesmo que "aquele que não O serve". Por que esta redundância? Hilel explicou que "Aquele que serve a D'us" e "aquele que não O serve" referem-se ambos a Tzadikim, mas o versículo está sugerindo que há uma distinção entre eles, semelhante à diferença entre aquele que revisa seu estudo cem vezes e aquele que o revisa cento e uma vezes. Mas Bar Hei Hei questionou a resposta de Hilel: uma pessoa é chamada de "aquele que não serve a D'us" apenas por não ter revisado mais uma vez seu estudo? Hilel respondeu que sim, e que podemos aprender isso observando o comportamento dos condutores de jumentos. Um condutor pode ser contratado para viajar até dez quilômetros por uma moeda. Porém, se a pessoa quiser que ele viaje onze quilômetros, fará isso somente por duas moedas. Por que? Pois o normal é viajar dez quilômetros. Fazer mais do que isso já exige muito mais esforço. A Guemará está nos ensinando que fazer qualquer coisa além do que é o normal, o que estamos acostumados, é considerado uma diferença significativa.
 
Esta Guemará, mencionada pelo Gaon MiVilna ao seu amigo de juventude, está nos revelando algo maravilhoso: mesmo que uma pessoa tenha se esforçado muito e revisado cem vezes, e seja considerado um Tzadik, ainda assim ele está muito distante daquele que estudou cento e uma vezes. Estudar cem vezes é considerado pela Guemará como o normal. Cento e uma vezes já necessitou de um esforço adicional. Comparado ao segundo, o primeiro é chamado de "aquele que não serve a D'us". Vemos o quanto é precioso o esforço adicional. Assim como será muito perceptível a diferença entre um justo e um perverso, também será igualmente perceptível a diferença entre dois justos. Aquele que se esforçou a mais do que o normal é chamado de "aquele que serve a D'us", enquanto aquele que não fez nenhum esforço extra é chamado de "aquele que não serve a D'us".
 
Essa diferença é justamente o que separa a grandeza da Mitzvá de Shem daquela de seu irmão Yefet, apesar de ambos terem realizado o mesmo ato. Como Shem se esforçou na Mitzvá e estava no nível de "aquele que serve a D'us", a Torá enfatiza sua grandeza ao dizer: "E pegou Shem e Yefet". Mesmo que ambos tenham pego, apenas Shem é mencionado em destaque. Pois a grandeza não vem de talento nato, mas do esforço além do normal. A diferença entre uma pessoa comum e uma extraordinária pode ser apenas "uma vez a mais". O hábito cria o comum, mas a superação cria o excepcional. Na vida, dê mais um passo. Pode fazer toda a diferença do mundo. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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