sexta-feira, 1 de setembro de 2023

O POÇO DOS DESEJOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KI TETSÊ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é especialmente dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) da minha saudosa tia 
Lea bat Meir z"l  


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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  
Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 


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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ KI TETSÊ



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MENSAGEM DA PARASHÁ KI TETSÊ

ASSUNTOS DA PARASHÁ KI TETSÊ
  • Mulheres cativas de guerra
  • A porção do Primogênito.
  • O Filho Rebelde.
  • Enforcamento e enterro do corpo.
  • Devolução de objetos perdidos.
  • O Animal caído.
  • Proibição de homens usarem roupas de mulher e vice versa.
  • Espantando a mãe pássaro.
  • Parapeito.
  • Agricultura Mista e Combinações proibidas.
  • Tsitsit.
  • A mulher casada difamada.
  • Se a acusação é verdadeira e o castigo por adultério.
  • A jovem comprometida.
  • Violação.
  • Casamentos proibidos: A esposa do pai, genitais mutilados, Bastardo, Amonitas e Moabitas, Edomitas e Egípcios.
  • Santidade do acampamento do exército.
  • Abrigando escravos fugitivos.
  • Proibição de prostituição.
  • Cobrança de Juros.
  • Mantendo as promessas.
  • O trabalhador em uma videira e no campo.
  • Divórcio e novo casamento.
  • Isenção da guerra no Shaná Rishoná.
  • Proibição de pegar a pedra do moinho como objeto de garantia.
  • Sequestro.
  • Lembrança do erro de Miriam e a Tzaraat.
  • Garantia para empréstimos e a honra do devedor.
  • Pagamento de salários na data certa.
  • Responsabilidades individuais.
  • Consideração pelas viúvas e órfãos.
  • Presentes da colheita aos pobres (Leket, Shichechá e Peá).
  • Chicotadas.
  • Levirato (Ibum e Halitzá).
  • Pessoa que ataca seu companheiro.
  • Pesos e Medidas corretos.
  • Lembrando Amalek.
     
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O POÇO DOS DESEJOS - PARASHÁ KI TETSÊ 5783 (25/ago/23)

"O imperador estava saindo do palácio para sua caminhada matinal quando encontrou um mendigo. Com dó daquele homem de roupas esfarrapadas, carregando apenas uma pequena tigela nas mãos, o imperador perguntou se ele precisava de algo. O mendigo riu e disse:

- Você está me perguntando como se pudesse satisfazer meus desejos! Com certeza você não conseguiria.

- Claro que posso satisfazer seus desejos - disse o imperador, ofendido - Apenas me diga o que você deseja e eu providenciarei. Sou uma pessoa muito poderosa! O que você pode desejar que eu não poderia lhe dar?

O que o imperador não sabia era que aquele mendigo era, na verdade, um anjo que havia sido enviado para despertá-lo, já que ele havia mergulhado na busca de prazeres e estava espiritualmente adormecido.
 
- Meu desejo é simples - disse o mendigo - Você vê esta tigela? Você consegue enchê-la com alguma coisa?
 
O imperador deu uma gargalhada. Era óbvio que ele podia encher aquela pequena tigela. Chamou um de seus empregados e ordenou que ele enchesse a tigela do mendigo com moedas de ouro. O empregado trouxe um grande saco de moedas e começou a despejar na tigela. Porém, as moedas que caíam dentro da tigela simplesmente desapareciam! Em certo momento o saco de dinheiro esvaziou, mas a tigela continuava vazia.

Aos poucos, o rumor se espalhou por todo o reino, e uma multidão enorme se reuniu na porta do palácio. O prestígio do imperador estava em jogo. Ele disse aos seus empregados:
 
- Estou disposto a perder toda a minha fortuna, mas não posso ser derrotado por esse mendigo!

Diamantes, pérolas e esmeraldas foram atiradas dentro da tigela, e os tesouros foram se esvaziando, mas a tigela do mendigo parecia inesgotável. Tudo o que era colocado nela desaparecia. Finalmente, já de noite, as pessoas estavam em completo silêncio. O imperador finalmente admitiu sua derrota.
 
- Você é vitorioso - disse o imperador, humilhado - porém, antes de partir, apenas satisfaça minha curiosidade. Do que é feita a sua tigela?

- Não há segredo - disse o mendigo, rindo - Ela é feita de desejo humano. Não há limites. Quanto mais for colocado, mais espaço haverá para colocar mais."

Assim funcionam nossos desejos. Primeiro vem uma grande empolgação, a sensação de que estamos prestes a alcançar algo novo e grandioso. E, então, conseguimos o celular novo ou o carro dos sonhos. Porém, de repente, tudo fica sem sentido novamente, um grande vazio. O carro continua na garagem, mas não há mais empolgação, pois a empolgação estava apenas em obtê-lo. Ficamos tão embriagados com o desejo que nos esquecemos que nosso interior está vazio. Então precisamos criar outro desejo, para escapar desse abismo profundo. Assim passamos a vida, pulando de um desejo para outro.

Nesta semana lemos a Parashá "Ki Tetsê" (literalmente "Quando você sair"), que traz uma quantidade enorme de Mitzvót, muitas delas "Bein Adam Lehaveiró", nos ensinando a importância de sermos misericordiosos e bondosos com as outras pessoas, e preocupados com os bens dos outros da mesma forma que nos preocupamos com os nossos próprios bens.

A Parashá começa falando sobre uma lei que se aplicava aos soldados do povo judeu que saíam para as guerras contra os inimigos. Logo depois a Parashá traz um assunto pesado: o "Ben Sorer uMorê", um filho rebelde que não escuta seus pais e cujas repreensões são ignoradas. Infelizmente esta criança, caso cumpras todos os requisitos definidos pela Torá, não tem esperança de melhoria e, portanto, deve ser morta.

Em geral, estudamos a Torá para colocar seus conhecimentos na prática. Até mesmo as histórias nos ensinam como devemos cumprir as Mitzvót e, desta maneira, fazer o que D'us espera de nós. Porém, a Mitzvá do Ben Sorer UMorê é uma exceção. Nos ensina o Talmud (Sanhedrin 71a) que nunca existiu e nunca existirá uma criança que preencha todos os requisitos necessários para ser qualificado como "Ben Sorer uMorê", isto é, que chegue ao nível de ser necessário aplicar a pena de morte. Então por que a Torá nos ensinou esta lei? Responde o Talmud que é para que possamos estudar e receber a recompensa pelo estudo. Mas falta conteúdos na Torá que podemos estudar para receber recompensa pelo estudo? Por que a recompensa vem de um assunto assim tão pesado?

Além disso, há outra pergunta famosa em relação à lei do "Ben Sorer uMorê". Rashi (França, 1040 - 1105) explica que o "Ben Sorer uMorê" vai se tornar um glutão e um beberrão, e iniciará a cometer pequenos furtos dentro de casa. No final ele acabará fazendo grandes roubos e chegará a cometer assassinatos. Portanto, é melhor que ele morra agora, inocente, do que seja condenado à morte por assassinato. Porém, a Torá nos conta sobre outro personagem importante, Ishmael, filho de Avraham Avinu com sua escrava Hagar. Ishmael cometia os piores tipos de transgressões, a ponto de Sara exigir que ele fosse expulso de casa, e foi apoiada por D'us. Ishmael e sua mãe se perderam no deserto e ele estava perto de morrer, mas D'us teve misericórdia e salvou sua vida. Mas por que Ishmael foi salvo, enquanto o "Ben Sorer uMorê" tinha que ser morto?

A resposta começa com as primeiras palavras da Parashá: "Quando você sair para a guerra contra o seu inimigo" (Devarim 21:10). Nossos sábios explicam que, além do entendimento mais simples do versículo, também podemos aprender lições importantes sobre a guerra contra o nosso maior inimigo: o Yetser Hará. Quando o povo judeu guerreava, havia dois tipos de guerra: as "Milchemet Mitzvá", guerras de conquista da Terra de Israel, cujas batalhas eram um comando de D'us e obrigatórias, e as "Milchemet Reshut", as guerras permitidas, mas que não eram obrigatórias. Explica o Midrash que este versículo inicial se refere às "Milchemet Reshut", pois o primeiro assunto é sobre mulheres cativas na guerra e nas "Milchemet Mitzvá" não havia cativos, já que o comando era destruir todos os habitantes idólatras e imorais.
 
Porém, deste Midrash podemos aprender algo mais profundo. Travamos uma guerra contra o Yetser Hará quando deixamos de comer alimentos que são proibidos. Porém, é uma guerra mais simples, já que o inimigo é conhecido. A guerra mais difícil que travamos é contra as coisas que são "Reshut", isto é, permitidas, mas que devemos exercer o nosso autocontrole, como ensina o Talmud (Ievamot 20a): "Se santifique com o que é permitido". Assim também ensinam os nossos sábios: "A inveja, o desejo e a honra tiram o homem do mundo" (Pirkei Avot 4:21). "Desejos" não se refere apenas às coisas proibidas, mas inclui também as coisas permitidas. Qualquer coisa que consumimos sem controle torna-se um vício, e todo vício faz mal, tanto materialmente quanto espiritualmente. Quando nos afundamos no materialismo das coisas permitidas, nos aproximamos um pouco mais das coisas proibidas. Os desejos desenfreados, portanto, nos afastam do nosso caminho espiritual, como nos ensina Shlomo Hamelech, o mais sábio de todos os homens: "Escute, meu filho, e torne-se sábio... Não fique entre os bebedores de vinho, entre os comilões que comem carne, pois o bebedor e o comilão empobrecerão" (Mishlei 23:19-21).
 
Esta é a diferença entre Ishmael e o Ben Sorer uMorê. "Sorer" significa alguém que se desvia dos caminhos corretos. Ishmael também era Sorer. Porém, "Morê" significa alguém que "Morê Heiter Leatzmô", isto é, alguém que procura desculpas para manter seus desejos e vícios, como fez Essav. Aquele que justifica seus maus atos já não tem mais chances de voltar. Rashi explica que Ishmael, apesar de ser um "homem selvagem", no final da vida fez Teshuvá e voltou aos caminhos corretos. Já Essav, quando escutou que seus pais estavam descontentes com suas duas esposas, que eram imorais e idólatras, a ponto de sua mãe Rivka dizer: "Se for para ver o meu filho Yaacov também casar como moças assim, eu prefiro não viver", o que ele fez? Casou-se com Basmat, filha de Ishmael, que não era idólatra. Porém, Essav não largou suas outras duas esposas. Ele estava preso ao vício. Ele encontrava sempre formas de se autoenganar, de criar permissões para continuar vivendo uma vida desviada, sem espiritualidade. É isto que o Ben Sorer uMorê representa, e é esta a recompensa do estudo: entender que o desejo desenfreado, mesmo de coisas permitidas, nos leva à ruína física e espiritual.
 
Na continuação, a Parashá traz outra Mitzvá: "Você não verá o burro de seu irmão ou seu boi caído sob sua carga na estrada e os ignorará. Em vez disso, você deve levantá-lo com ele" (Devarim 22:4). As palavras finais do versículo, "com ele", nos ensinam que temos a obrigação de ajudar somente se o dono do burro também fizer a sua parte. Da mesma forma, às vezes D'us nos vê caídos sob nossa carga, isto é, nosso materialismo, e quer nos ajudar a levantar. Porém, antes temos que fazer nossa parte, demonstrar a nossa vontade de levantar.
 
Estamos nas últimas semanas do ano. Em breve chegaremos a Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento. Mais do que o passado, D'us quer saber das nossas propostas para o futuro. Que possamos mostrar a Ele que queremos nos livrar dos vícios e de tudo o que nos prende ao mundo material, como ensinam nossos sábios: "Quem é o valente? Aquele que conquista sua má inclinação" (Pirkei Avót 4:1)

SHABAT SHALOM - QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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