sexta-feira, 24 de maio de 2019

NÃO FIQUE SENTADO ESPERANDO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT BEHAR 5779

BS"D
Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
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NÃO FIQUE SENTADO ESPERANDO - PARASHAT BEHAR 5779 (24 de maio de 2019)


Roberto estava observando enquanto o Sr. Paulo, um velho jardineiro muito esforçado, que há anos cuidava de todos os jardins da região, estava entretido varrendo as folhas secas que haviam caído no seu quintal. A área era grande, mas o velhinho caprichava para não deixar nem mesmo uma folha no gramado. Para iniciar uma conversa, Roberto perguntou se não seria maravilhoso caso o Sr. Paulo pudesse, apenas com um único desejo, ver todas as folhas, de repente, empilhadas milagrosamente em um monte. O Sr. Paulo deu um sorriso e disse:
 
- Mas eu posso fazer isso!
 
- Vamos ver, então - desafiou Roberto.
 
- Folhas. juntem-se todas! - disse o velho jardineiro, com uma voz de comando.
 
E, após dizer esta frase, continuou limpando a grama, até que todas as folhas ficaram juntas em um só monte.
 
- Viu? - disse o Sr. Paulo, sorrindo - Este é o melhor meio de vermos realizados os nossos desejos. Trabalhar, com afinco, para que aquilo que queremos seja feito. Este é o maior milagre de todos: D'us nos deu a força e a perseverança para atingirmos os nossos objetivos.
 
Aquela foi uma das lições mais importantes da vida de Roberto. No mesmo dia, ao estudar a biografia de alguns cientistas cujas obras pareciam milagres sobre-humanos, Roberto descobriu que eles adotavam o mesmo sistema do velho jardineiro. Todas as suas realizações resultavam de, desejando fortemente chegar a certo objetivo, nunca terem cessado de lutar para alcançá-lo.

Nesta semana lemos a Parashat Behar (literalmente "No monte"). Esta Parashat nos ensina que a Terra de Israel tem uma conexão única com o povo judeu. E a primeira Mitzvá trazida nesta Parashat ressalta este relacionamento especial. A Parashat começa falando sobre uma das Mitzvót mais emblemáticas da Torá: a Mitzvá de Shemitá. A cada 6 anos, as pessoas precisavam dar um "descanso" para as suas terras, conforme está escrito: "Quando vocês chegarem à terra que Eu dei para vocês, a terra deve observar um descanso de Shabat para D'us. Por seis anos você deve semear o seu campo e por seis anos você deve podar seu vinhedo, e você deve recolher sua colheita. Mas o sétimo ano deve ser um completo descanso para a terra" (Vayikrá 25:1-4).
 
Explica o Rav Simcha Barnett que, apesar desta Mitzvá ser um pouco enigmática, ela tem um entendimento racional. De acordo com os modernos conhecimentos de agronomia, há um enorme benefício para a terra quando ela passa por um período de descanso. Ano após ano, a terra vai se desgastando e perdendo seus nutrientes e sua força. Um período de descanso possibilita o restabelecimento da terra. Porém, precisamos voltar 3 mil anos no tempo para entender exatamente o impacto do que a Torá estava exigindo do povo judeu. Para uma sociedade totalmente dependente da agricultura, ter que abandonar completamente qualquer tipo de trabalho na terra, comprometendo a colheita de dois anos seguidos, não é uma Mitzvá um pouco drástica?  Não seria mais razoável parar 1/7 dos campos a cada ano, sem comprometer a produção? Ou orientar o povo a armazenar 1/7 da produção anual, para que nada faltasse no ano de Shemitá? Porém, a Torá exige que o povo judeu simplesmente pare, por um ano completo, de plantar e colher os produtos da terra. Será que isto não causava em cada judeu uma preocupação demasiada com a sua subsistência durante o ano de Shemitá?
 
Pensando nisto, a Torá inclusive já havia previsto que haveria reclamações do povo judeu, como está escrito: "E se você disser: "O que eu comerei no sétimo ano, já que não poderei semear e nem recolher nossas produções?" (Vayikrá 25:20). Em outras palavras, a Torá já estava prevendo que as pessoas se queixariam e diriam: "D'us, o que devemos fazer? Vamos morrer de fome para conseguir cumprir esta Mitzvá?". Estas potenciais reivindicações dos mais reclamões também foram imediatamente respondidas pela Torá, com uma garantia que traz tranquilidade para quem escuta: "Eu vou comandar Minha Brachá para você no sexto ano, e a terra produzirá uma produção de três anos" (Vayikrá 25:21).
 
A promessa da Torá parece absurda. Uma produção tripla, e justamente no sexto ano, o ano em que a terra está mais desgastada? Que ser humano poderia ter escrito este tipo de informação na Torá? Somente D'us poderia ter garantido, e cumprido, este tipo de garantia estranha. Se uma pessoa tivesse escrito esta garantia, o judaísmo não teria durado mais do que seis anos.
 
Além do fato deste tipo de informação acima da natureza dar mais credibilidade para a afirmação de que a Torá foi escrita por D'us e não por um ser humano, as leis de Shemitá também ressaltam um princípio fundamental do judaísmo: a força primária do universo é D'us, não as leis da natureza. A Shemitá desmascara as leis da natureza e revela que, da mesma forma que o povo judeu vive acima das leis normais do mundo natural, assim também é a Terra de Israel. E, ao entendermos o papel do povo judeu no mundo, então entenderemos também o papel da Terra de Israel.
 
Ao receber a Torá no Monte Sinai, o povo judeu recebeu de D'us um papel especial: se tornar uma luz para todas as nações, trazendo moralidade ao mundo. Em outras palavras, o povo judeu se tornou o "projeto piloto de D'us para civilizar a humanidade". O destino do povo judeu através da história sempre foi um indicador do quão bem ou mal estamos preenchendo nosso papel.
 
A Terra de Israel também recebeu uma participação especial na checagem constante do compromisso do povo judeu com o seu papel no mundo. Da mesma forma que um teste do PH da água, feito com um papel de tornassol, reage imediatamente e indica se está ácida ou alcalina, a Terra de Israel também responde imediatamente ao comportamento do povo judeu. Quando os judeus cumprem sua obrigação no mundo, através do cumprimento da Torá, o povo judeu floresce e a Terra de Israel floresce junto. Porém, quando os judeus se descuidam de cumprir o seu papel, o povo judeu é exilado e a Terra de Israel murcha, refletindo fisicamente a queda espiritual.
 
Esta ideia é claramente apresentada na continuação dos versículos que falam sobre a Mitzvá de Shemitá: "E vocês devem cumprir os Meus decretos e as Minhas ordens. Então você poderá habitar em segurança na terra" (Vayikrá 25:18). Podemos deduzir que, caso não tenhamos a responsabilidade de cumprir o nosso papel, então seremos exilados e a terra ficará desolada.
 
Este é um milagre que ocorre diante dos nossos olhos. D'us advertiu os judeus, antes deles entrarem na Terra de Israel, que não se comportassem da mesma forma imoral que os povos que haviam vivido ali anteriormente, para que eles também não fossem "vomitados" da terra como foram seus antecessores. Este nível de "cobrança constante" da Terra de Israel é uma das explicações que os nossos sábios trazem para o terrível erro dos 10 espiões que falaram mal da Terra de Israel. Uma das coisas que mais os incomodava era justamente ter que viver em um lugar que constantemente verificava a moralidade de suas ações. É como se eles tivessem decidido que não queriam viver tão próximos assim de D'us.
 
Imagine se um país como o Brasil, fértil e coberto por uma vegetação exuberante, se tornasse repentinamente um deserto, e suas planícies cobertas de plantações se tornassem pântanos, apenas porque os índios foram expulsos da terra pelos primeiros portugueses que aqui chegaram. Foi exatamente isto o que ocorreu com a Terra de Israel. Na época da ocupação romana, há cerca de dois mil anos, Flavius Josephus, um historiador judeu, descreveu a Terra de Israel como sendo fértil, exuberante e produtiva. Porém, os judeus foram expulsos de sua terra e ficaram por quase dois mil anos longe de casa. Mark Twain, um famoso escritor americano, visitou a Terra de Israel no fim do século 19 e comentou que, durante todo o trajeto, tudo o que ele viu foram paisagens sombrias e tristes, sem uma única árvore ou vegetação. E quanto mais ele se aproximava da cidade sagrada de Jerusalém, mais a paisagem se tornava sombria e triste. Ele lamentou que a terra estivesse se comportando como se estivesse de luto, esperando a volta de seu povo e dos dias de sua antiga glória. E assim o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) nos ensinou, há mais de 700 anos, que não haverá sinal mais claro da redenção do povo judeu do que o momento em que a Terra de Israel começar a florescer. Olhando a Terra de Israel, será possível saber quando o final está próximo.
 
A situação da Terra de Israel, a vinda do Mashiach e a construção do nosso Terceiro Templo estão, em última instância, em nossas mãos. Não, como muitos acreditam, através da força militar do nosso exército, de um plano de paz proposto por algum Primeiro Ministro ou pela desintegração de grupos terroristas árabes. Da mesma forma que somente D'us pode prometer uma colheita tripla, somente Ele pode encontrar uma maneira de resolver nossos problemas internos e externos aparentemente insolúveis. Porém, D'us está esperando nós darmos o primeiro passo. Se nós não nos movemos, então limitamos a possibilidade da Sua intervenção. A solução dos nossos problemas somente poderá acontecer através de um povo judeu unido, comprometido em trazer um padrão maior de moralidade ao mundo através da Torá. Se nos comportarmos desta maneira, a Terra de Israel reagirá aos nossos atos e pensamentos e trará, em última instância, o anúncio de uma nova era.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT BEHAR 5779:

São Paulo: 17h09  Rio de Janeiro: 16h57  Belo Horizonte: 17h04  Jerusalém: 18h59
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Chana Mirel bat Feigue, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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