quinta-feira, 3 de setembro de 2020

ALEGRE-SE COM O QUE VOCÊ TEM - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT KI TAVÔ 5780

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PARASHAT KI TAVÔ 5780:

São Paulo: 17h38                   Rio de Janeiro: 17h25 
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ASSUNTOS DA PARASHAT KI TAVÔ
- Primeiros Frutos (Bikurim).
- Declaração pela separação dos Dízimos.
- Relacionamento de D'us e o povo judeu.
- O novo pacto: as pedras escritas.
- Tornando-se uma Nação.
- A Brachá e a Klalá.
- A Brachá pela obediência.
- A Klalá pela desobediência.
- O Pacto.
- O discurso final de Moshé.

ALEGRE-SE COM O QUE VOCÊ TEM - PARASHAT KI TAVÔ 5780 (04 de setembro de 2020)

 
"Certa vez um homem pediu a D'us, em suas Tefilót, uma flor e uma borboleta. Ele achava que era tudo o que ele precisava na vida e, se tivesse estas coisas, seria plenamente feliz. Porém, para sua imensa decepção, D'us lhe mandou um cacto e uma lagarta. Que tristeza! O homem ficou arrasado, não conseguia entender o motivo pelo qual D'us não havia atendido seu pedido. Se D'us escutava as Tefilót, por que havia mandado o que ele não havia pedido? Por que havia recebido um cacto feio e uma lagarta horrorosa?
 
Em um primeiro momento, ele ficou revoltado. Depois que se acalmou um pouco, começou a refletir. Se D'us havia mandado o cacto e a lagarta, deveria haver alguma Sabedoria superior que ele, em sua limitação, não conseguia entender. Resolveu então não questionar mais. Porém, não tinha vontade de ver o cacto e a lagarta que tinha recebido. Em pouco tempo já havia até mesmo se esquecido deles.

Muito tempo depois, em certa manhã ensolarada, o homem lembrou-se do cato e da lagarta e foi vê-los. Para a sua enorme surpresa, do espinhoso e feio cacto havia nascido a mais bela das flores, e a horrível lagarta havia se transformado em uma belíssima borboleta. Somente então o homem entendeu a grandeza de D'us e Sua sabedoria. D'us não havia mandado o que ele havia pedido, mas havia mandado o que ele realmente precisava".

D'us sempre age certo. O Seu caminho é o melhor, mesmo que, aos nossos olhos, as coisas pareçam estar dando errado. Se você pediu a D'us algo e recebeu outra coisa, confie. Tenha a certeza de que Ele sempre dá o que você precisa, no momento certo. O ponto é que nem sempre o que desejamos é o que nós precisamos de verdade. D'us nunca erra. Siga em frente, sem questionar, sem duvidar. O espinho de hoje certamente será a flor de amanhã.

Nesta semana lemos a Parashat Ki Tavô (literalmente "Quando você vier"). A Parashat começa nos ensinando sobre a Mitzvá de oferecer os Bikurim (Primícias) no Beit HaMikdash. Outro tema central são as Brachót (Bençãos) e Klalót (Maldições) que Moshé avisou que recairiam sobre os judeus de acordo com o comportamento deles. Infelizmente, muitas das Klalót descritas realmente atingiram o povo judeu durante a história.
 
A Mitzvá de Bikurim consistia em levar as primeiras frutas (primícias) da nossa produção anual para Jerusalém. Eram oferecidos os frutos das 7 espécies através dos quais a Terra de Israel é louvada na Torá, conforme está escrito: "Uma terra de trigo e cevada, vinhas, figos e romãs, uma terra de azeite de azeitonas e mel (de tâmaras)" (Devarim 8:8). É muito fácil a pessoa, após uma colheita farta, atribuir o sucesso ao seu esforço e à sua sabedoria, esquecendo da ajuda de D'us. Portanto, a principal razão por trás da Mitzvá de Bikurim era justamente reconhecer e agradecer a D'us pela produção que nos foi agraciada. Além de trazer as primícias em uma cesta e oferecer ao Cohen, parte da Mitzvá era ler diante dele uma longa declaração de agradecimento, através da qual a pessoa reconhecia que tudo o que tinha era, na verdade, um presente de D'us. O agradecimento incluía desde a salvação de Yaacov Avinu das mãos de Lavan, passando pela escravidão egípcia, os milagres da salvação e a entrada na Terra de Israel, a terra do leite e mel.
 
Além de trazer as primícias e ler a declaração de agradecimento a D'us, a Torá acrescenta mais um detalhe na Mitzvá de Bikurim. A pessoa deveria se alegrar no momento em que trouxesse os Bikurim para Jerusalém, como está escrito: "E você deve se alegrar com toda a bondade que Hashem, teu D'us, tem dado para você e sua família" (Devarim 26:11).
 
Porém, este "acréscimo" na Mitzvá desperta um grande questionamento. Por que foi necessário a Torá adicionar este mandamento de ficarmos felizes aos trazermos os Bikurim? Quando as pessoas chegavam em Jerusalém com seus Bikurim, elas haviam acabado de colher uma bela produção. Naturalmente elas já estavam muito felizes com o sucesso das suas colheitas. Então por que a Torá precisou comandar que elas ficassem felizes com tudo o que D'us havia dado, se elas já estavam felizes?
 
O Rav Mordechai Gifter zt"l (EUA, 1915 - 2001) explica que este mandamento é muito necessário, pois a pessoa poderia chegar em Jerusalém com uma enorme fartura de Bikurim e ainda assim não estar feliz. Mas como isto seria possível? Por exemplo, a pessoa poderia pensar: "A produção deste ano foi muito boa, mas sei que poderia ter sido melhor". Ou, pior ainda, ela poderia ficar com inveja ao olhar para as frutas do seu vizinho e pensar "Eu achei que a minha produção tinha sido boa, mas comparada à dele, que foi muito melhor, a minha foi insignificante!".

Portanto, apesar deste ensinamento ter sido transmitido há mais de 3.300 anos, ele é extremamente atual e importante para as nossas vidas. Por incrível que pareça, alguém pode ter recebido muitas Brachót de D'us, pode ter sido contemplado com uma produção muito farta, e ainda assim não estar feliz. Portanto, como parte da Mitzvá de Bikurim, a Torá nos comanda a sermos felizes. Isto significa que precisamos trabalhar a nossa apreciação pelo que temos de bom na vida.
 
Nossos sábios ensinam: "Quem é rico? Aquele que está feliz com o que tem" (Pirkei Avót 4:1). Se a pessoa tem 100 mil no banco, mas sonha em ter um milhão, então ela não tem 100 mil, ela tem uma falta de 900 mil. Por isso, devemos apreciar o que temos, inclusive quando parece que poderia ter sido melhor. Não existe melhor do que D'us nos mandou. Ele nem sempre manda o que nós pedimos, mas Ele sempre manda o que nós necessitamos de verdade para a nossa tarefa neste mundo, pois somente Ele sabe exatamente o que nós precisamos.
 
Esta claridade também nos ajuda a não sentirmos inveja do que os outros têm. Se nosso vizinho teve uma produção melhor do que a nossa, isto significa que ele precisava mais do que nós. Cada um tem uma tarefa específica no mundo e, portanto, precisa de ferramentas diferentes, específicas para a sua tarefa. Não há fonte de alegria maior do que este entendimento, de que temos tudo o que precisamos, e que não precisamos comparar com o que os outros têm.
 
Isto se conecta com outro assunto importante trazido na nossa Parashat: as Brachót e as Klalót. Moshé enumerou todas as Brachót que recairiam sobre o povo judeu, em todas as gerações, caso cumpríssemos a Vontade de D'us, e todas as Maldições que recairiam sobre o povo judeu, em todas as gerações, caso nos desviássemos das nossas obrigações espirituais. No meio das Klalót há um versículo que nos chama a atenção: "Pois você não serviu Hashem, teu D'us, com alegria e bondade no coração, quando tudo era abundante" (Devarim 28:47). D'us não está nos cobrando a falta de alegria quando as coisas estão difíceis, nos momentos de crise. D'us está nos cobrando a falta de alegria quando temos fartura e Brachá. Mas como pode ser que alguém não sente alegria quando tem fartura na vida? Isto é resultado da nossa falta de reconhecimento do que temos de bom e da nossa inveja, o terrível hábito de ficar olhando para o que os outros têm.
 
O Rav Issachar Frand nos chama a atenção que a expressão utilizada na Torá para "quando tudo era abundante" é "MeRov Kol". Estas duas palavras, "Rov" e "Kol", nos relembram de uma importante passagem da Torá. Quando Yaacov estava voltando para casa, após passar 20 anos na casa do seu tio Lavan, ele se reencontrou com seu irmão Essav. Apesar de tantos anos terem se passado, Essav ainda odiava Yaacov por ele ter recebido a Brachá da primogenitura no seu lugar. Conhecendo o amor que Essav tinha pelo mundo material e tentando apaziguá-lo, Yaacov mandou, através de intermediários, muito animais de presente. Quando eles finalmente se encontraram, se abraçaram e choraram. Essav perguntou a Yaacov por que ele havia mandado tantos animais. Quando Yaacov respondeu que era para encontrar graça aos olhos do seu irmão, Essav respondeu: "Tenho em abundância (Yesh li Rov), meu irmão, fique com o que é seu" (Bereshit 33:9), como se quisesse devolver os animais para Yaacov. Porém, Yaacov insistiu e disse: "Aceite por favor meu presente... pois eu tenho tudo (Yesh li Kol)" (Bereshit 33:11). No final, Essav acabou aceitando. A diferença entre Essav e Yaacov é que, não importava o quanto Essav possuísse, ele apenas via suas posses como "tenho bastante, mas nunca o suficiente". Yaacov, por sua vez, reconhecia que o que ele tinha era, de fato, tudo o que necessitava.
 
Portanto, o versículo da Parashá que traz as Klalót está explicando que uma das maiores fontes de infelicidade na vida de uma pessoa é o "MeRov", isto é, o fato de ela ver todas as boas coisas que possui como sendo apenas "bastante", mas nunca como sendo "suficiente", do mesmo modo que Essav via suas posses. Já a fonte de felicidade é o "Kol", isto é, a consciência de que D'us nos manda tudo o que nós precisamos no momento. Podemos querer ter mais na vida, mas com completo agradecimento e reconhecimento do que já temos agora.
 
Enquanto a pessoa não internalizar que tem tudo o que necessita agora, nunca será feliz, mesmo que possua uma grande fartura, como ensinam nossos sábios: "Aquele que tem cem, quer duzentos". Podemos escolher se queremos uma vida de Yaacov ou uma vida de Essav, lembrando o que a Parashat nos ensinou: um caminho nos leva para uma vida de Brachót e alegrias, enquanto o outro caminho nos leva para uma vida de Klalót e tristeza.
 

SHABAT SHALOM
 
QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA
  

R' Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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