quinta-feira, 1 de outubro de 2020

ALEGRIA E AMOR NA TRANSMISSÃO DA TORÁ - SHABAT SHALOM M@IL - SUCÓT 5781

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ALEGRIA E AMOR NA TRANSMISSÃO DA TORÁ - SUCÓT 5781 (02 de setembro de 2020)

 
Certa vez um homem foi desabafar com o Rav Shlomo Zalman Auerbach zt"l (Israel, 1910 - 1995). Ele estava muito chateado de ver que, apesar do seu amor pela Torá e pelas Mitzvót, nenhum dos seus filhos havia se interessado pelo estudo da Torá. Porém, o que mais o chateava era que todos os filhos do seu vizinho, um homem simples e de pouco estudo, haviam se tornado aplicados estudantes de Torá. O Rav Shlomo Zalman, com visível sofrimento no rosto, explicou:
 
- Você sabe qual é a diferença entre você e o seu vizinho? Na sua mesa de Shabat, sobre o que você conversa com a sua família? Você fala mal deste rabino, critica abertamente aquele outro rabino, sempre encontra algum ponto negativo para questionar em relação aos grandes líderes de Torá do povo judeu. É por isso que seus filhos pensam: "Se é para ser assim, não tem nenhum sentido se dedicar para estudar Torá".
 
- Por outro lado - continuou o Rav Shlomo Zalman - quando seu vizinho se senta na mesa de Shabat com a família, sobre o que ele fala? Ele louva os estudantes de Torá, honra os líderes do povo judeu e fala com respeito em relação aos ensinamentos dos rabinos. É por isso que os filhos dele dizem: "É neste caminho que nós queremos seguir, queremos ser estudantes de Torá".
 
O Rav Shlomo Zalman estava transmitindo àquele homem que quando nos sentamos com nossas famílias na mesa, em especial no Shabat e nos Chaguim, apesar de parecer apenas um momento de relaxamento e descontração, é uma ocasião na qual podemos transmitir as mensagens mais importantes da vida.

Após passarmos pelo julgamento de Rosh Hashaná e a purificação de Yom Kipur, nos aproximamos da próxima festividade judaica, a Festa de Sucót, também conhecida como "Zman Simchateinu" (A época da nossa alegria), que neste ano se inicia junto com o próximo Shabat. O que fazemos em Sucót? Vivemos por uma semana na Sucá, uma cabana temporária, realizando diversas Seudót (refeições festivas) e nos alegrando. Porém, será que depois daquelas Festas tão solenes, como Rosh Hashaná e Yom Kipur, não deveríamos fazer algo mais elevado do que simplesmente sentarmos na mesa com nossas famílias, para comer, cantar e nos alegrar?
 
Para entender o verdadeiro valor de Sucót, precisamos voltar a como era sua comemoração na época em que o Beit Hamikdash ainda existia. Naqueles dias, uma das marcas da Festa de Sucót era uma cerimônia chamada "Simchá Beit HaShoevá" (Alegria da retirada da água). Durante todo o ano, quando um sacrifício era oferecido no altar, ele era acompanhado por libações de vinho, derramadas sobre o altar de sacrifícios. Em Sucót, mais um Serviço era acrescentado: a água também era derramada sobre o altar, em uma cerimônia especial. Todas as manhãs de Sucót, ao amanhecer, um grupo de Cohanim e Leviim descia até o riacho de Shiloach, que corria ao sul do Monte do Templo, e retirava de lá três medidas de água, que era derramada no altar após o Korban Tamid (sacrifício diário). A chegada ao Templo com a água era acompanhada por toques de trombeta e muita alegria.
 
Esta alegria se estendia durante o dia e, durante todas as noites, Tzadikim dançaram segurando tochas, faziam malabarismos e os Leviim tocavam músicas, enquanto o povo assistia com entusiasmo. Depois que eles haviam recebido sobre si mesmos, em Rosh Hashaná e Yom Kipur, melhorar e corrigir seus atos, a Simchá Beit HaShoevá vinha para alegrar o coração do povo. Quando os corações estavam abertos pela alegria, então eram faladas palavras de louvor sobre os Tzadikim e aproveitavam o momento para transmitir mensagens de Teshuvá ao povo. O Talmud (Sucá 53a) ensina que eles costumavam dizer frases como: "Louvado é aquele que não transgrediu. E aquele que transgrediu, que se arrependa e volte ao caminho correto, e assim será perdoado".
 
Na Simchá Beit HaShoevá participavam também as crianças e, por isso, era comum ser anunciado: "Louvados são os filhos que não envergonham seus pais". Era uma forma de ensinar às crianças que quando elas andavam nos caminhos corretos, isto causava uma grande alegria aos seus pais. Aquelas palavras, que vinham em um momento de grande alegria, penetravam fundo no coração das crianças e ajudava que pudessem se tornar pessoas corretas e tementes a D'us.
 
Explica o Rebe de Kalev que a transmissão de mensagens de crescimento espiritual em momentos de alegria é um dos grandes segredos da Festa de Sucót até hoje em dia, mesmo que não tenhamos mais a Simchá Beit HaShoevá no Templo. Durante as Seudót do Chag, a comida saborosa e o ambiente relaxado trazem uma grande alegria e paz de espírito. Nestas condições, o coração das pessoas fica mais aberto e propenso a receber conselhos. A mesa torna-se, portanto, um importante local de crescimento espiritual, a ponto de o Talmud (Brachót 55a) afirmar que, durante todo o tempo em que o Beit Hamikdash estava de pé, o altar de sacrifícios era responsável pela expiação de todas as transgressões do povo judeu. Porém, após a destruição do Beit Hamikdash, nossa mesa se tornou a responsável pela expiação das nossas transgressões. Através de uma Seudá feita de modo apropriado, as pessoas podem se elevar e se conectar a D'us como se tivessem oferecido um sacrifício no altar.
 
Porém, o que significa "uma Seudá feita de modo apropriado"? Além de obviamente conter comidas que são Kasher, também é importante que os assuntos discutidos na mesa sejam "Kasher", conforme ensinam nossos sábios: "Três pessoas que comem juntas na mesma mesa e falam palavras de Torá, é considerado como se tivessem comido na mesa de D'us" (Pirkei Avót 3:3). O Talmud (Brachót 64a) afirma que "Aquele que participa de uma Seudá junto com um grande estudioso de Torá é como se tivesse desfrutado do resplendor da Presença Divina", pois as palavras de santidade que um sábio pronuncia durante uma refeição causam um impacto muito positivo sobre todos os que estão presentes, fazendo com que se aproximem um pouco mais de D'us.
 
Portanto, as Seudót das nossas Festas são uma enorme oportunidade de sentarmos junto com nossas famílias, de cantarmos músicas alegres, falarmos palavras de agradecimento e nos aprofundarmos nos conhecimentos da Torá. Isto desperta uma enorme alegria em nossos corações, nos eleva espiritualmente e cria um ambiente de santidade. Como é um momento no qual os relacionamentos familiares são reforçados, torna-se uma ocasião propícia para que os pais possam educar seus filhos, como ocorria durante a Simchá Beit HaShoevá. É um momento precioso, que deve ser muito bem planejado e aproveitado.
 
Ao mesmo tempo em que devemos nos esforçar para santificar a nossa Seudá, é fundamental nos afastarmos neste momento tão especial de qualquer tipo de conversa negativa, como conversas de vanidades, Lashon Hará, diminuição da honra dos grandes sábios de Torá ou queixas em relação ao cumprimento de Mitzvót. O Talmud (Sucá 56b) conta a história de uma jovem moça judia, chamada Miriam bat Bilga, filha de um Cohen, que acabou afastando-se dos caminhos da Torá e casou-se com um militar grego. Quando os gregos finalmente conseguiram conquistar e entrar no Beit Hamikdash, ela chutou o altar e disse: "Lobo, lobo, até quando você vai consumir o dinheiro do povo judeu?". O Talmud nos ensina que quando os sábios a escutaram pronunciando esta frase, toda a família dela também foi castigada. Mas o que a família havia feito de errado? Quando um filho diz algo em público, certamente ele aprendeu estas palavras de seu pai ou de sua mãe. Por que Miriam bat Bilga queixou-se do altar? Pois certamente havia escutado seus pais reclamando de terem gastado muito dinheiro com os sacrifícios oferecidos. E certamente esta foi a causa da terrível queda espiritual dela.
 
Talvez um dos maiores desafios atuais é educar nossos filhos para que andem nos caminhos corretos. Estamos diante de uma geração muito sensível, que não está pronta a ouvir críticas e que não consegue se construir através de repreensões. Em nossa geração devemos ser muito cuidadosos para não repreendermos as pessoas com palavras críticas e duras, e sim devemos nos esforçar para nos dirigirmos a elas com suavidade, tentando nos aproximar de seus corações com amor e compreensão. Atualmente a fórmula mais indicada de educação é através dos elogios, de procurar as qualidades positivas nos nossos filhos e, com alegria e amor, despertar a vontade de andar nos caminhos de D'us.
 
Desta maneira entendemos a importância de Sucót, o Zman Simchateinu, em nossas vidas. É justamente dentro deste clima de alegria, durante as Seudót de Sucót, que podemos completar o trabalho de conserto dos nossos atos que começamos em Rosh Hashaná. É o momento das famílias se unirem, de estudarem na mesa assuntos de santidade, escutarem as histórias incríveis dos grandes líderes do povo judeu, que nos inspiram e nos motivam a querer crescer. Durante as Seudót do Chag podemos colocar no coração dos nossos filhos o amor pela Torá e pelas Mitzvót. Como fazemos isto? Ao invés de reclamar diante dos filhos do preço dos Arbaat HaMinim, podemos agradecer a D'us por termos condições financeiras de cumprir as Mitzvót. Ao invés de reclamar aos nossos filhos que estamos cansados por termos montado a Sucá e preparado toda a comida do Chag, podemos agradecer por D'us ter nos dado força. Assim estaremos injetando no coração dos nossos familiares a alegria e o amor pelas Mitzvót. Amor que será responsável para que a Torá seja transmitida para as futuras gerações.
 

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH
 

R' Efraim Birbojm

 

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