quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

O QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A ABRIR MÃO? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIESHEV E CHANUKÁ 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
  
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHAT VAIESHEV




São Paulo: 18h27                  Rio de Janeiro: 18h12 
Belo Horizonte: 18h07                  Jerusalém: 16h00
ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
Facebook
Facebook
Instagram
Instagram
YouTube
YouTube
Twitter
Twitter
VÍDEO DA PARASHAT VAIESHEV
ASSUNTOS DA PARASHAT VAIESHEV
  • Yaacov se assentou em Eretz Knaan.
  • Yossef fala mal dos irmãos ao pai.
  • 2 sonhos de Yossef: trigos e estrelas.
  • Yossef sai para procurar seus irmãos, a pedido de Yaacov, e encontra homem no caminho.
  • Irmãos de Yossef querem matá-lo.
  • Por sugestão de Reuven, Yossef é jogado no poço.
  • Reuven se ausenta.
  • Por sugestão de Yehudá, Yossef é vendido como escravo e levado ao Egito em caravana de especiarias.
  • Yehudá e Tamar.
  • Yossef é vendido ao Potifar.
  • A esposa do Potifar e a tentação de Yossef.
  • Yossef é enviado para a prisão.
  • Yossef interpreta os sonhos dos dois prisioneiros.
  • A interpretação de Yossef se cumpre.
BS"D

O QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A ABRIR MÃO? - PARASHAT VAIESHEV E CHANUKÁ 5781 (11/dez/2020)


"Fábio, um jovem engenheiro civil, foi convidado para trabalhar em uma grande construtora, um enorme salto profissional. Quando foi para a entrevista, descobriu que não seria uma conversa com a equipe de recursos humanos, e sim diretamente com o presidente da empresa. Mas Fábio estava confiante. Ele era um profissional dedicado e com boa formação. A entrevista começou com uma conversa informal, muito agradável. O presidente foi explicando a filosofia da construtora e as exigências do cargo. Fábio seria o responsável por todos os novos lançamentos da construtora, um cargo de alta responsabilidade e uma excelente remuneração.

O presidente quis então saber alguns detalhes pessoais de Fábio. Percebendo que ele usava uma kipá na cabeça, começou a fazer perguntas sobre a religião judaica. Questionou sobre as implicações práticas da religião na vida profissional, isto é, se o fato de ele ser um judeu religioso traria restrições ao seu trabalho. Fábio começou a explicar que haveriam algumas restrições, mas todas contornáveis. Por exemplo, ele precisaria trazer a sua própria comida, por questões de Kashrut. Além disso, não poderia trabalhar aos sábados por causa do Shabat e na sexta-feira teria que sair um pouco mais cedo, mas poderia compensar nos outros dias da semana. O presidente escutava atentamente. Quando Fábio terminou de explicar, ele fez uma difícil pergunta:

- Deixe-me ver se entendi. Você gostaria de ser o responsável pelos novos lançamentos da construtora, mas você disse não trabalha no sábado. E se tivéssemos um empreendimento, com potencial de trazer milhões de reais de lucro para a construtora, e o lançamento fosse no sábado de manhã, o que você faria?

- Infelizmente, conforme expliquei ao senhor, eu não poderia vir - respondeu Fábio.

- Acho que você não entendeu a minha pergunta - repetiu o presidente, com mais firmeza - Não estou falando de um simples lançamento. Estou falando de um lançamento com um lucro de milhões. O que você faria?

Fábio gelou. O emprego, que já parecia garantido, agora estava em risco. O que ele poderia responder? Como sair daquela situação? Seus valores espirituais foram mais fortes. Com muita convicção, ele disse:

- Desculpe, senhor, mas o Shabat é muito importante para mim. Eu realmente não viria.

O presidente então abriu um enorme sorriso e disse:

- Na realidade nós nunca fizemos nenhum lançamento no sábado, e nem pretendemos fazer. Queria apenas checar suas convicções religiosas, se elas tinham algum preço. Mas percebi que você não vende seus valores por nenhum dinheiro. Você está contratado" (História real).

Através das nossas convicções podemos ensinar ao mundo como se comportar com moralidade. Dizem que "todos têm seu preço", mas aqueles que estão conectados de verdade aos valores morais não estão à venda.

Nesta semana lemos a Parashat Vaieshev (literalmente "e se assentou"), que conta a história de Yossef e seus irmãos, com muitos altos e baixos. Yossef foi vendido como escravo ao Egito, acabou tornando-se uma espécie de governante na casa de um dos ministros do Faraó, passou 12 anos na prisão por uma falsa denúncia e finalmente tornou-se o vice-rei do Egito. Mas algo chama a atenção nas atitudes de Yossef: tanto nos momentos de desespero quanto nos momentos de honra e poder, ele nunca se esqueceu de D'us.
 
Esta Parashat é lida sempre na semana em que cai nossa próxima Festa do Calendário Judaico, Chánuka, que se inicia nesta quinta de noite (10 de dezembro). Durante oito dias acendemos a Chanukiá, para reviver o milagre do óleo, que era suficiente para acender a Menorá por apenas um dia, mas que durou oito dias. Além disso, relembramos a vitória milagrosa na batalha contra os gregos, que queriam destruir a nossa espiritualidade.
 
Sabemos que as Festas Judaicas são oportunidades, épocas de crescimento. Em Yom Kipur podemos nos arrepender dos nossos erros e mudar. Em Shavuót podemos nos conectar mais com a Torá. Durante Pessach podemos nos sentir livres de todos os vícios do mundo material. Mas qual é a oportunidade de Chánuka?
 
Para responder esta pergunta, precisamos entender os eventos que ocorreram naquela época. O povo judeu foi para a guerra com a superpotência da época, o império grego. Demorou anos, mas finalmente conseguimos expulsá-los da nossa terra, um enorme milagre. Mas o que levou aquela geração a enfrentar o temível e poderoso império grego?

Explica o Rav Noach Weinberg zt"l que a ameaça do império grego foi única. Diferente de outros povos, eles não queriam nos expulsar da nossa terra, eles queriam nos afastar de D'us. Mas sabemos que os gregos eram muito tolerantes. Eles aceitavam todos os deuses e os incorporavam à sua cultura. Então por que não podiam aceitar também o D'us de Israel? O que os incomodou tanto?
 
Isto se compara a um homem muito forte e orgulhoso. Se dissermos que um menino de oito anos quer desafiá-lo, ele não se sentirá incomodado, pois sabe que aquela criança não pode vencê-lo. Mas se surgir outro homem forte com capacidade de derrotá-lo, seu ego será atingido e seu instinto de competição se aflorará. Os gregos se orgulhavam de serem filósofos e intelectuais. Todos os outros povos conquistados não apresentavam nenhuma ameaça, mas eles tropeçaram nos judeus. Então eles nos disseram: "Vocês não podem continuar fazendo Brit Milá, cumprindo o Shabat e estudando Torá. Se vocês aceitarem, seremos amigos". Eles estavam  incomodados, queriam que renegássemos nossa conexão com a Torá em favor da civilização grega, o orgulho deles. Muitos judeus arriscaram a vida para continuar cumprindo secretamente as Mitzvót, mas não tinham intenção de se rebelar abertamente. Eram simples camponeses, o que poderiam fazer contra o maior império?
 
Os gregos continuaram implantando gradativamente seu plano de destruir a conexão do povo judeu com D'us. De cidade em cidade, eles pegavam ídolos e diziam: "curvem-se ou matamos vocês". Alguns entregaram a vida para não transgredir, mas outros acabaram sucumbindo e, por medo de morrer, acabaram adorando as idolatrias. Até que os gregos chegaram a Matitiahu e seus filhos. Aquela família de Cohanim nunca havia sonhado em se rebelar contra o império grego, ao contrário, estavam prontos para morrer e não transgredir. Porém, uma das pessoas da aldeia deles se tornou um traidor. Ele pegou um porco, matou e ofereceu para as idolatrias gregas, o que fez Matitiahu aprender uma importante lição: se um de nós chegou a fazer isso, poderemos realmente ser completamente afastados de D'us. Naquele momento Matitiahu se levantou e matou um soldado grego, iniciando a rebelião. Ele e seus filhos não fugiram, eles lutaram. Matitiahu aprendeu que há momentos em que temos que fazer um esforço a mais. Não podemos esperar que D'us nos ajude quando o que Ele quer é justamente ver a nossa atitude. D'us queria ver nossa disposição de confiar Nele e, se necessário, morrer se esforçando. Matitiahu entendeu que poderia entregar sua vida para não transgredir, mas morrer não faria a assimilação ir embora.
 
Chánuka é uma incrível época de reflexão. Pelo que estamos dispostos a morrer? No Shemá Israel nós dizemos todos os dias "E amarás a Hashem, teu D'us, com todo o teu coração, com toda a sua alma e com todas as tuas posses" (Devarim 6:5). O que significa amar D'us com toda a nossa alma? Estarmos disposto a morrer pela santificação do Nome Dele. Nossos antepassados ​​fizeram isso. Podemos fazer isso de novo? Estamos dispostos a morrer pelo judaísmo, por D'us? Mas "Messirut Nefesh" ("entregar a vida") não significa apenas arriscar a vida para fazer o que é certo. Há muitas outras coisas que devemos abrir mão quando é necessário fazer o que é correto, como a carreira e os interesses pessoais. Chanuká é o momento de decisões, de definir o que é o principal e o que é secundário em nossas vidas. Existe uma Mitzvá de "Kidush Hashem", santificar o Nome de D'us. Há pessoas que lutam por causas absurdas e morrem por elas. Nossa causa é a conexão com D'us. Levou tempo até Matitiahu entender isso. Ele não sabia se D'us faria um milagre na luta contra uma superpotência. As probabilidades eram ínfimas. Mesmo assim ele estava disposto a morrer. Ele suportou os decretos gregos até ver seus irmãos se perderem. Então ele entendeu que teria que fazer o impossível. Ao menos tentar.
 
Estamos em uma difícil época de Kidush Hashem. Não de morrer por D'us, e sim de viver por Ele. A Mitzvá de Kidush Hashem atualmente é lutar pela continuidade do povo judeu e nossa conexão verdadeira com D'us. É ensinar ao mundo que fazer a vontade de D'us é o mais importante e está acima de qualquer outra coisa. Todos os dias terminamos nossas três rezas diárias com o "Aleinu Leshabech", onde dizemos "Naquele dia Hashem será um e Seu Nome será um". Por que terminamos assim as rezas? Pois esse é o objetivo de tudo.
 
Cada Mitzvá feita com a intenção correta é o início de uma conexão verdadeira. Assim transferimos algo que era apenas uma compreensão da mente para uma apreciação do coração. Quando acendemos a Chanukiá, não é apenas as velas que estamos acendendo, mas também o nosso coração. É um momento de harmonia com o Criador, cada pequeno detalhe conta. Faça uma Mitzvá com as intenções corretas para transferir o entendimento racional para uma realidade. Chánuka é um momento de apreciação. Ao acender sua Chanukiá, agradeça por fazer parte dessa causa do Criador. Por alguns instantes, esqueça a promessa de eternidade e o reconhecimento dos outros, foque apenas na harmonia com D'us. Esta é a oportunidade de Chánuka.
 

CHANUKÁ SAMEACH E SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l, Reuven ben Alexander z"l, Mechel ben Haim z"l, Yaacov ben Israel z"l.
--------------------------------------------

Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
Copyright © 2016 All rights reserved.


E-mail para contato:

efraimbirbojm@gmail.com







This email was sent to efraimbirbojm.birbojm@blogger.com
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
Shabat Shalom M@il · Rua Dr. Veiga Filho, 404 · Sao Paulo, MA 01229090 · Brazil

Email Marketing Powered by Mailchimp